David Hume
Exercícios
Identifique VERDADES NECESSÀRIAS e VERDADES CONTINGENTES
Amália nasceu em Lisboa Verdade Contingente
Nenhum preto é branco Verdade Necessária
Um pedaço de metal dilatou ao ser aquecido Verdade Contingente
Um triângulo tem três lados Verdade Necessária
Identifique QUESTÕES DE FACTO e RELACÕES DE IDEIAS:
Deus existe ou não existe RELAÇÃO DE IDEIAS
Deus existe QUESTÃO DE FACTO
Três morangos são mais que dois RELAÇÃO DE IDEIAS
O sol vai nascer amanhã QUESTÃO DE FACTO
As coisas velhas não são novas RELAÇÃO DE IDEIAS
Os planetas têm órbitas elipticas QUESTÃO DE FACTO
Pedro Abrunhosa é um musico português QUESTÃO DE FACTO
Amália nasceu em Lisboa Verdade Contingente
Nenhum preto é branco Verdade Necessária
Um pedaço de metal dilatou ao ser aquecido Verdade Contingente
Um triângulo tem três lados Verdade Necessária
Identifique QUESTÕES DE FACTO e RELACÕES DE IDEIAS:
Deus existe ou não existe RELAÇÃO DE IDEIAS
Deus existe QUESTÃO DE FACTO
Três morangos são mais que dois RELAÇÃO DE IDEIAS
O sol vai nascer amanhã QUESTÃO DE FACTO
As coisas velhas não são novas RELAÇÃO DE IDEIAS
Os planetas têm órbitas elipticas QUESTÃO DE FACTO
Pedro Abrunhosa é um musico português QUESTÃO DE FACTO
Complete de acordo com a filosofia de David Hume
A relação de causa e efeito é uma relação de CAUSALIDADE
Habitualmente concluimos que há uma relação de causa e efeito com base NUMA CONJUNÇÃO CONSTANTE
Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando UM NÃO PODE OCORRER SEM O OUTRO
A conexão necessária entre dois acontecimentos é algo que não CONSEGUIMOS OBSERVAR
Conjunção constante e conexão necessária são COISAS DIFERENTES
A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do HÁBITO
A relação de causa e efeito é uma relação de CAUSALIDADE
Habitualmente concluimos que há uma relação de causa e efeito com base NUMA CONJUNÇÃO CONSTANTE
Há uma conexão necessária entre dois acontecimentos quando UM NÃO PODE OCORRER SEM O OUTRO
A conexão necessária entre dois acontecimentos é algo que não CONSEGUIMOS OBSERVAR
Conjunção constante e conexão necessária são COISAS DIFERENTES
A nossa convicção de que há uma conexão necessária entre acontecimentos é apenas fruto do HÁBITO
Selecciona a
alternativa correcta:
1. Hume defende que ...
A. as impressões são cópias menos vívidas de ideias.
B. as impressões são cópias mais vívidas de ideias.
C. as ideias são cópias mais vívidas de impressões.
D. as ideias são
cópias menos vívidas de impressões.
2. Hume defende que ...
A. todas as nossas
ideias têm origem empírica.
B. apenas as ideias simples têm origem empírica.
C. apenas as ideias complexas têm origem empírica.
D. nenhuma ideia tem origem empírica.
3. Hume defende que as afirmações sobre questões de
facto …
A. exprimem verdades necessárias.
B. exprimem verdades contingentes.
C. não exprimem verdades.
D. não têm
sentido.
4. Hume defende que as afirmações sob
re relações de ideias …
re relações de ideias …
A. exprimem verdades necessárias.
B. exprimem verdades contingentes.
C. não exprimem verdades.
D. não têm sentido.
5. Hume defende que as inferências causais …
A. baseiam‐se na observação de conjunções constantes.
B. não se baseiam na observação.
C. baseiam‐se na observação de conexões necessárias.
D. têm um carácter demonstrativo.
6. Segundo Hume, a
ideia de conexão necessária entre causa e efeito …
A. resulta da observação.
B.
resulta de um sentimento interno. (O Hábito)
C. tem uma origem
desconhecida.
D. não existe.
Defina os seguintes conceito
- Empirismo
- Impressões
- Ideias
- Relações de Ideias
- Questões de facto
- Principios de associação de ideias
- Principio da causalidade
- Conexão Necessária
- Conjunção constante
- Hábito
- Indução
- Principio da regularidade da natureza
Qual é, segundo Hume a origem da ideia de causalidade ?
Para
David Hume, o conceito de causa não tem qualquer validade objectiva nem
fundamento racional. À ideia de causa não corresponde qualquer impressão
sensível.
Que
regularmente vejamos ou tenhamos visto B acontecer depois de A não nos
permite estabelecer uma relação causal
objectiva, ou seja, que B acontecerá necessariamente depois de A. A experiência — para Hume o único critério
quanto ao conhecimento dos factos
— permite-me captar uma sucessãoregular entre dois fenómenos, mas
não uma sucessão necessária (ou seja, só
permite ver o que acontece aqui e agora e não o que sempre acontecerá). Pela experiência, sabemos que sempre no
passado a água ferveu, mas não é legítimo concluir que no futuro sempre
ferverá. E contudo acreditamos — e é, útil que acreditemos — que o aquecimento da água é a causa necessária
da sua fervura. Porquê?
A
explicação de Hume baseia-se em factores psicológicos. Transformamos uma sucessão temporal regular em relação causal ou necessária
devido ao costume ou ao hábito: habituados
a ver que B sucede regularmente a A, acreditamos que A é a causa necessária de
B, isto é, que sempre assim será.
O
conceito de causa é o resultado de uma ilusão psicológica.
Na
verdade, o que acontece é que, por nos habituarmos a ver dois objectos
sucederem-se um ao
outro do mesmo modo, criamos a tendência para crer que, aparecendo o primeiro,
aparecerá também o segundo. Nada mais ilusório do que esta relação de
dependência, porque transformou-se
uma relação de mera sucessão temporal (o antes e o depois) em relação causal. Não há, segundo Hume, qualquer fundamento
objectivo na experiência que confirme esta relação. Assim, o princípio de causalidade
considerado um princípio racional e objectivo
nada mais é do que uma crença subjectiva, o produto de um hábito, a
transformação de uma expectativa em realidade.
Negando
a origem a priori do conceito de causa e do princípio de
causalidade, Hume rejeita
um instrumento no qual a metafísica tradicional se baseava para as suas
especulações.
Como
usamos a ideia de causa para compreender muito do que acontece no mundo, então
como ela exprime uma conexão de que não temos experiência, o nosso conhecimento
do mundo não passa de conjectura que bem pode ser uma ilusão.
Distinga questões de
facto e relações de ideias?
Os conhecimentos a que
Hume dá o nome de "relação entre ideias" são conhecimentos a
priori. Consistem, esses conhecimentos, em analisar o significado dos
elementos de uma proposição, em estabelecer relações entre as ideias que ela
contém. As "relações entre ideias" são proposições cuja verdade pode
ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.
Vejamos: A proposição
"O quadrado tem quatro lados" é um juízo necessariamente verdadeiro e
para disso estarmos certos basta analisar o significado de
"quadrado". Trata-se de uma verdade necessária porque a sua negação
implica uma contradição.
Vemos assim que, embora
todas as ideias tenham o seu fundamento nas impressões, podemos conhecer sem
necessidade de recorrer às impressões, isto é, ao confronto com a experiência.
É o caso dos conhecimentos da lógica e da matemática. Contudo, diz Hume, tais
conhecimentos, ou seja, as proposições lógicas e matemáticas, nada nos dizem
sobre o que existe e acontece no mundo. Se nos limitarmos a este tipo de
conhecimentos, nada ficamos a saber sobre o mundo.
O segundo tipo de
conhecimento – o conhecimento de questões de facto – já implica um confronto
das proposições (do que dizemos) com a experiência. Os conhecimentos de facto
são proposições cujo valor de verdade tem de ser testado pela experiência, ou
seja, temos de "inspeccionar" o mundo dos factos para verificar se
elas são verdadeiras ou falsas.
Assim, a proposição
"Este martelo é pesado" é um juízo cujo valor de verdade não pode ser
decidido pela simples inspecção a priori do significado dos termos,
isto é, temos de a confrontar com uma verificação experimental elementar, ou
seja, a sua verdade ou falsidade só pode ser determinada a posteriori.
Como todas as nossas
ideias têm uma origem empírica, não há conhecimento a priori de
questões de facto, ou seja, o nosso conhecimento do mundo depende completamente
da experiência. E, quando as nossas ideias acerca do mundo exprimem mais do que
aquilo que observamos ou de que nos lembramos de ter observado, estamos a
ultrapassar o que a experiência nos permite e nenhum conhecimento certo e
seguro podemos assim constituir. Será o caso da ideia de causalidade.
"Em que consiste a nossa ideia de necessidade
quando dizemos que dois objetos estão necessariamente ligados entre si? A este
respeito repetirei o que muitas vezes disse: como não temos ideia alguma que
não derive de uma impressão se afirmarmos ter a ideia de ligação necessária (ou
causal) deveremos encontrar alguma impressão que esteja na origem desta ideia.
Para isso, ponho-me a considerar o objeto em que comummente se supõe que a
necessidade se encontra. E como vejo que esta se atribui sempre a causas e
efeitos, dirijo a minha atenção para dois objetos supostamente colocados em tal
relação (causa-efeito) e examino-os em todas as situações possíveis.
Apercebo-me de imediato que são contíguos em termos de tempo e lugar e que o
objeto denominando causa precede o outro, a que chamamos efeito. Não existe um
só caso em que possa ir mais longe, não me é possível descobrir uma terceira
relação entre esses objetos.
Suponhamos que uma pessoa, embora dotada das
mais fortes faculdades de razão e reflexão, é trazida subitamente para este
mundo; observaria, de facto, imediatamente uma contínua sucessão de objetos e
um acontecimento sucedendo-se a outro, mas nada mais seria capaz de descobrir.
Não conseguiria, a princípio, mediante qualquer raciocínio, alcançar a ideia de
causa e efeito, visto que os poderes particulares pelos quais todas as
operações da natureza são executadas, nunca aparecem aos sentidos; nem é justo
concluir, unicamente porque um evento, num caso, precede outro, que o primeiro
é, por isso, a causa e o segundo o efeito. A sua conjunção pode ser arbitrária
e casual. Pode não haver motivo para inferir um a partir do aparecimento do
outro. E, numa palavra, tal pessoa, sem mais experiência, nunca poderia
utilizar a sua conjetura ou raciocínio acerca de qualquer questão de facto ou
certificar-se de alguma coisa para além do que está imediatamente presente à
memória e aos seus sentidos".
D. Hume, Investigação sobre o Entendimento
Humano.
1. Que
problema é discutido no texto?
2. O
que se entende por conexão necessária entre dois objetos?
3. A
causalidade pode, segundo Hume, ser definida como uma conexão necessária. Justifique
4. Em
que principio se baseiam as inferências causais segundo Hume?
5. A
crença no princípio da uniformidade da natureza está, para Hume, justificada? Porquê?
Leia o texto seguinte.
Em suma, todos os materiais do pensamento são derivados do nosso sentimento externo e interno. Apenas a mistura e a composição destes materiais competem à mente e à vontade. Ou, para me expressar em linguagem filosófica, todas as nossas ideias ou perceções mais fracas são cópias das nossas impressões, ou perceções mais vívidas.
[…] Se acontecer, devido a algum defeito orgânico, que uma pessoa seja incapaz de experimentar alguma espécie de sensação, verificamos sempre que ela é igualmente incapaz de conceber as ideias correspondentes. Um cego não pode ter a noção das cores, nem um surdo dos sons. Restitua se a qualquer um deles aquele sentido em que é deficiente e, ao abrir-se essa nova entrada para as suas sensações, abrir-se-á também uma entrada para as ideias, e ele deixará de ter qualquer dificuldade em conceber esses objetos.
D. Hume,
Investigação sobre o Entendimento Humano,
1. Explicite as razões usadas no texto para defender que a
origem de todas as nossas ideias reside nas impressões dos sentidos.
1. Explicitação das razões usadas no texto:
– se as ideias não derivassem das impressões dos sentidos, os cegos e os surdos seriam capazes de formar ideias das cores e dos sons, respetivamente;
– os cegos e os surdos são incapazes de formar ideias das cores e dos sons, respetivamente.
OU
– se as ideias não derivassem das impressões dos sentidos, as pessoas com uma incapacidade que as priva de um certo tipo de sensações poderiam, ainda assim, ter as ideias correspondentes;
– as pessoas com uma incapacidade que as priva de um certo tipo de sensações não podem ter as ideias correspondentes.
2. Concordaria Descartes com a tese segundo a qual «todas as
nossas ideias […] são cópias das nossas impressões»?
Justifique a sua resposta.
– Descartes não concordaria com a tese apresentada.
Justificação:
– temos ideias que não poderiam ter tido origem nos sentidos, como o cogito /
«eu penso», cuja origem é a priori / só pode ser o próprio ato de pensar;
– temos ideias inatas, (como a ideia de Deus,) que possuímos desde que
nascemos, sem qualquer intervenção dos sentidos
Distinga Relação de Ideias e Questões de Facto.
David
Hume afirmou existirem dois tipos de conhecimento. O primeiro, as Relações de
Ideias, corresponde ao conhecimento a priori, é resultado de
intuições e deduções e rege-se pelo princípio da não contradição. Por exemplo,
o triângulo tem três lados. é uma proposição analítica, porque o predicado já
está contido necessariamente no sujeito. É, por isso, uma verdade necessária.
Pelo contrário, o conhecimento do tipo Questões de Facto é um
conhecimento a posteriori, derivado da experiência e resulta de
processos indutivos. É contingente e corresponde a proposições sintéticas, como
por exemplo os homens são inteligentes O sujeito homem não
possui de modo necessário o predicado Inteligente.
Caracterize a
relação causal de acordo com Hume.
Para
Hume, a causalidade consiste num processo de conhecer que transcende as experiências
do passado e do presente. Quer isto dizer que a causalidade fundamenta-se a
partir de um processo que se resume ao hábito, à contiguidade espácio-temporal
e à sucessão de eventos. Apesar de ser através da experiência que adquiro a
noção de relação entre fenómenos, essa relação não está necessariamente
presente. Simplesmente adquiro essa noção pelo facto do mesmo fenómeno se
repetir. Assim, há certas características que acompanham um fenómeno tipo A e B.
Entre eles existe uma certa conjunção de acontecimentos. A antecede B e A
apresenta-se sempre em conjunção com B. Do mesmo modo, eles estão próximos no
espaço e no tempo e também existe uma precedência cronológica habitual. Todos
estes factores são os motivos pelos quais efetuamos relações de causa e efeito.
Só que esta relação não é necessária, é contigente e baseia-se numa crença na
repetição dos fenómenos.
Defina o problema da
indução segundo Hume.
A
indução consiste numa inferência que decorre da observação e das respectivas
generalizações e previsões. Apesar da base da indução ser a causalidade, esta
baseia-se numa mera repetição de eventos o que não significa que tal relação
seja necessária e, por isso, é difícil de prever que tal ocorra no futuro. Esse
é problema da indução. O simples facto de acontecer no passado não significa
que os mesmos fenómenos ocorram no futuro. Simplesmente existe uma crença. A
conclusão de um argumento indutivo pode sempre ser falsa mesmo que a
experiência que acumulámos sobre um determinado assunto aponte em sentido
contrário
Explique por que
razão segundo Hume a relação causal não pode justificar a indução.
Porque
a relação causal que estabeleço entre dois fenómenos decorre de uma mera
regularidade. A generalização efectuada pela indução não é de todo
sustentada a priori, nem é necessária, decorre de uma mera crença
na regularidade dos fenómenos. No passado constatámos padrões e acreditámos que
eles continuariam a produzir-se no futuro e que isso sempre aconteceu. Porém,
como asseverou Hume do facto de no passado o futuro se ter revelado semelhante
ao passado não se pode inferir que, no futuro, o futuro seja como o passado ou,
dito de outro modo, a nossa experiência apenas pode justificar as nossas
crenças acerca do futuro se tivermos uma justificação independente (dela) para
acreditar que o futuro será como o passado; mas, claro, isso é o que
precisamente não temos.
Por outras palavras, o único modo por meio do qual se pode fazer
apelo à experiência para verificar se P logo Q é o de observar se no passado se
observou sempre que P logo Q. Portanto, para mostrar que P logo Q é verdadeira seria
necessário mostrar que não haveria casos em que Plogo ~Q e de termos esgotado todas
as inferências do tipo P logo Q. Assim, P logo Q não podem resumir-se àqueles que foram
objecto das nossas observações passadas e presentes. Se P logo Q ocorre num certo
universo não posso inferir daí que ocorra em qualquer universo.
Explique
a que tipo de cepticismo conduz a crítica de Hume da indução.
Perante
a dificuldade da indução parece haver uma só saída: o ceticismo. Efetivamente,
o problema da indução veio mostrar-nos que não é possível conhecer a realidade,
pois não devemos confundir a realidade com a perceção que possuímos dessa
realidade. Na base do conhecimento está tão só uma crença na uniformidade da
natureza. Para Hume é bom que assim seja caso contrário ficaríamos numa posição
de imobilismo. Portanto, o ceticismo de Hume não é radical, antes pode ser
qualificado de mitigado ou moderado.
boa tarde será que podia publicar as respostas às perguntas do segundo texto? obrigada
ResponderEliminarpoderia publicar as soluções dos exercícios em falta por favor? iria dar muito jeito para o meu estudo!
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