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segunda-feira, 11 de março de 2019

Valores e valoração - respostas





VALORES E VALORAÇÃO - RESPOSTAS


1. Relacione valores e ação humana
Poderemos dizer que uma ação humana são os atos conscientes, livres e voluntários do Homem e os valores orientam a nossa vida e influenciam as nossas decisões. A ação humana é todo o comportamento intencional, consciente e voluntário. Face ao real, o Homem tem atitudes de preferência e admiração que são os valores. Ora, os valores são guias de orientação do agir humano. Os valores permitem-nos interpretar a realidade atribuindo-lhe qualidades que estão relacionadas com as nossas atracções e as nossas repulsas... com base na atribuição de valores às coisas, às acções, às situações, às pessoas,formulando juízos de valor vamos-nos apropriando da realidade e escolhemos os rumos a seguir ao longo da nossa vida

2. Apresente tipos diferentes de valores:
Temos diversos valores, no entanto os principais são: a ética, a estética e a religião.

3.  Dê exemplos de cada um dos valores:
Os exemplos de valores éticos são: a generosidade, liberdade e justiça, ou seja a ética está relacionada com a maneira de agir; os exemplos de valores da estética são a beleza, a elegância, e a originalidade; e por último, os valores da religião são: a fé e o sagrado.

4. Distinga juízos de facto e juízos de valor:
Fazer um juízo significa geralmente que alguém formou ou deu uma opinião. Esta opinião é comunicada oralmente ou por escrito através de uma frase declarativa, que exprime o juízo formulado. Se a frase pôde expressar a opinião ou juízo de alguém é porque há um significado associado à frase. Em geral, distinguimos dois tipos de juízos: Juízos de facto e Juízos de valor.
Os juízos de facto têm valor de verdade independentemente de crenças e são totalmente descritivos. Os juízes de facto são aqueles que nos dizem como uma coisa é e não variam de pessoa para pessoa – fornecem informação à cerca do mundo, por exemplo: a turma do 10ºB tem 24 alunos. Os juízos de valor são dependentes da perspetiva do sujeito.

5.  Caracterize os juízos de facto e os juízos de valor:
Os juízos de facto descrevem a realidade de uma forma correta e a sua verdade ou falsidade é objetiva, significa que não depende do ponto de vista das pessoas. Os juízos de facto são descritivos, têm valor de verdade, são objetivos e verificados. Os juízos de facto são: objectivos factuais quantitativos verificáveis são verdadeiros ou falsos a ciência baseia-se em juízos de facto
Os juízos de valor não se limitam a fornecer informação sobre as coisas, o que significa que não são meramente descritivos. Os juízos de valor são subjetivos, não têm valor de verdade e são normativos. Os juízos de valor são: subjectivos circunstanciais qualitativos inverificáveis não são nem verdadeiros nem falsos

6. Qual a função dos juízos de facto e dos juízos de valor?
Os juízos de facto têm como principal função fornecer informação acerca do mundo, por outro lado os juízos de valor influenciam o comportamento dos outros e mostram-lhes como devem olhar para a realidade, exprimem uma avaliação/ indicam como devemos avaliar as coisas. Os juízos de valor não descrevem a realidade tal como ela é referem-se á forma como reagimos aos elementos da realidade e estão intimamente ligados às nossas atitudes perante as situações

7.  Porque é que os juízos de valor são normativos?
São caracterizados como normativos, uma vez que influenciam o comportamento dos outros e ensinam-lhes como devem olhar para a realidade. Indicam como devemos avaliar as coisas.

8. Terão valor de verdade os juízos de facto e os juízos de valor? Justifique
Os juízos de facto apresentam valor de verdade porque esta não depende da opinião de quem a profere.
Os juízos de valor não podem ser verdadeiros ou falsos pois dependem das crenças de cada um.

9. Distinga as perspetivas objetivista e subjetivista da ética:
O objetivismo e o subjetivismo são duas perspetivas que respondem às questões como: Os juízos morais terão valor de verdade? São verdadeiros ou falsos? Dependem do sujeito ou são independentes dele?
Na perspetiva objetivista, há verdades morais independentes da preferência dos indivíduos. Na perspetiva subjetivista não existem factos morais que ultrapassam o âmbito dos gostos e as preferências pessoais.

10. O que é o subjetivismo moral?
É a teoria segundo a qual, embora existam factos morais, estes não são objetivos, são genuínos e subjetivos. È uma teoria acerca dos valores morais respondendo a problemas como: Se existem ou não factos morais?
Segundo este, o valor das acções, dos objectos e dos próprios juízos morais depende da importância que cada indivíduo, por si próprio e independentemente dos outros, lhes atribui. Os valores morais resultariam de factores psicológicos, do que desejo, do que preciso, do que de algum modo me agrada: o que prefiro é o melhor. 
subjectivismo ético está certo na medida em que não há coisas nem acções que valham por si independentemente de um sujeito valorizador, que ajuíze conscientemente do valor das coisas e das acções, assim como dos próprios juízos morais. Não há verdades morais objectivas e universais.
O subjectivismo ético é também atraente para o individualismo actual porque parece respeitar a liberdade entendida como livre-arbítrio das pessoas, porque parece mostrar que o progresso moral resulta de indivíduos reformadores que romperam pela sua vontade com valores antigos de que já não gostamos e porque parece promover a tolerância.

11. Qual a posição de subjetivismo moral em relação à verdade?
O subjetivismo moral afirma que apenas existem opiniões pessoais e é impossível a existência de verdades absolutas.

12.  Existirão para o subjetivismos moral, factos morais?
O subjetivismo moral aceita que existam factos morais mas defende que estes são subjetivos pois só dizem respeito aos sentimentos de aprovação ou reprovação das pessoas. Para o subjetivismo não existem verdades absolutas, não existem factos objectivos, existem opiniões pessoais.

13. Imagine que discute com o seu melhor amigo, a abolição (ou não) da pena de morte e têm posições diferentes. Podem ambos estar certos?
Segundo o subjetivismo moral, podemos estar ambos certos, pois as nossas opiniões descrevem apenas os nossos sentimentos de aprovação ou reprovação acerca das pessoas e das ações destas.

14. Que razões nos levam a aceitar o subjetivismo moral?
Existem duas razões que nos levam a aceitar o subjetivismo moral, umas delas baseia-se na ideia de que o subjetivismo torna possível a liberdade. A outra, é a ideia de que este promove a tolerância entre pessoas com convicções morais diferentes.

15. Que objecções podemos apresentar em relação ao subjectivismo moral?
As objeções em relação ao subjetivismo moral são: o subjetivismo permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro, que este (subjetivismo) compromete-nos com a educação moral e tira todo o sentido ao debate sobre questões morais.
Podemos dizer que os defeitos do subjectivismo moral são:
a)  tornar moralmente indiferentes as mais contraditórias máximas de conduta; 
b)  tornar inviável a discussão das questões morais;
c)  tornar-nos incapazes de tomar decisões com base em princípios morais fundamentados.

16.  O subjectivismo moral pode por em causa os seus próprios valores éticos?
O subjetivismo permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro. Por exemplo, o subjetivismo moral pode por em causa os próprios valores éticos, pois cada posição depende da opinião pessoal do sujeito.

17.  Exemplifique
Por exemplo, se uma pessoa pensa que devemos torturar inocentes, então para essa pessoa é verdade que devemos torturar inocentes.

18. Critique a tese de que :"O subjectivismo permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro".
Se uma pessoa pensa que é errado ajudar os outros, então para essa pessoa é verdade que é errado ajudar os outros. Com esta teoria nenhum ponto de vista, por muito monstruoso ou absurdo que seja, poder ser considerado errado ou pelo menos pior que pontos de vista alternativos

19.  Que problemas poderão advir da aceitação do subjectivismo moral em relação à educação moral?
O subjetivismo moral compromete-nos com uma educação moral que consiste apenas em ensinar que devemos agir de acordo com os nossos sentimentos.

20.  Se defendemos o subjetivismo moral, com que critério poderemos discutir questões morais?
Se defendermos o subjetivismo moral, temos que ter em conta que: "cada um tem a sua verdade" ou seja, não existem respostas erradas ou corretas pois são dependentes da apreciação do sujeito, sendo assim subjetivas.

21. Justifique a tese: "O subjetivismo tira sentido ao debate acerca das questões morais".
O subjetivismo tira sentido ao debate acerca das questões morais pois apesar de existirem factos morais estes não são objetivos, pois dizem respeito aos sentimentos de aprovação e reprovação de cada um, dependendo assim da perspetiva de cada pessoa.

22.  Será o subjetivismo moral falso? Justifique exemplificando.
Não, porque todos nos temos opiniões e pontos de vista diferentes. No caso de decisões como a legalização do aborto, nem todos nós temos a mesma opinião porém há que respeitar a opinião dos outros e avaliar as consequências.



23. O que é o objetivismo moral?
O objetivismo moral é a teoria segundo a qual os factos morais são objetivos, ou seja são independentes da apreciação do sujeito.
teoria objectivista dos valores morais associa-se à tese da sua universalidade. Seriam objectivos, segundo esta teoria, todos os valores que seriam independentes dos interesses e perspectivas pessoais, da diversidade das culturas, da História e do desenvolvimento humano. Dessa maneira os valores, entendidos como objectivos, definiriam as coisas a que se aplicam (coisas e actos concretos da relação entre os homens) como bons ou maus a partir dos próprios valores entendidos como critérios absolutos que, digamos assim, pairariam acima dos indivíduos para os julgar. Por exemplo, dizer sempre a verdade, independentemente das circunstâncias e das consequências. Os valores fariam parte da Natureza das coisas, de como elas têm que ser pela sua própria natureza, da natureza eterna do homem, das formas básicas e necessárias de organização social ou do Espírito, divino ou não, do qual participaria a razão humana e a que teria que obedecer. 

24. Segundo os objetivistas, em que se baseiam os juízos morais?
Segundo os objetivistas, os juízos morais baseiam-se na razão, na capacidade de raciocinar e compreender, numa só palavra, na capacidade de pensar.

25. Que relação existe entre ética e razão?
Na ética, um juízo moral tem de ser apoiado em boas razões  e não em razões insuficientes pois, deste modo, pode rejeitar-se  esse conselho por ser infundado. As verdades morais são verdades da razão,ou seja,  um juizo moral é verdadeiro se for sustentado em razões melhores que os juízos alternativos.


Ver no blog Objectivismo moral
      
26.  O que são critérios transubjectivos de valoração?
Critérios transubjectivos de valoração são princípios que ultrapassam a perspectiva de cada pessoa e de cada sociedade, proporcionando um modo de avaliar, com imparcialidade, as acções e as práticas sociais.  Podem ser compreendidos e aplicados   por todos os indivíduos racionais, independentemente das suas motivações e interesses particulares. São culturalmente neutros. Estes critérios proporcionam uma forma de avaliar, com imparcialidade, as acções e práticas ultrapassando perspectivas particulares inerentes a cada cultura. Por exemplo a defesa da DIGNIDADE HUMANA deve ser um valor acima de qualquer homem e qualquer cultura e, por isso mesmo,  válido universalmente.   

27. Exemplifique
 A violação é um acto moralmente mau pois prejudica e é um atentado contra a pessoa. A defesa da DIGNIDADE HUMANA deve ser um valor acima de qualquer homem e qualquer cultura e, por isso mesmo,  válido universalmente.   

        
28.  Condenar a violação é um juízo verdadeiro e objectivo?
Este juízo é verdadeiro, para o objectivismo,  pois pode ser justificado com boas razões e é objectivo, já que pode ser compreendido e, eventualmente, aceite pelas pessoas envolvidas. É mau independentemente do individuo e da cultura.
       
29. Apresente um exemplo em que o mesmo juízo moral possa ser considerado verdadeiro para o John e falso para o James.
 Se o John fosse um violador e o James reprovasse  tal prática, para o James a violação é um acto moralmente mau e   mas o John consideraria esse juízo moral falso. A pena de morte pode,por exemplo, ser aceitável para um que defenda o valor da justiça e para o outro ser, em qualquer circunstância, uma prática reprovável.      

30.  Será que o Objectivismo e o subjectivismo "resolvem" o problema dos valores morais?
Ora, nem o objectivismo nem o subjectivismo são capazes de explicar o facto da moral. Por um lado os princípios éticos e os valores morais não se reduzem às vivências do sujeito (subjectivismo) e, por outro, não existem em si e por si mesmos e independentes da vida social dos indivíduos nem sequer consistem em manifestações da natureza da sociedade que se impõem aos indivíduos de tal maneira que a moral destes seria um mero da leis sociais independentes deles (objectivismo).

31.  Justifique.
É na sociedade, nas relações sociais que os indivíduos estabelecem entre si, que se formam valores morais e princípios éticos que, para valerem como tais, passam a valer realmente como valores e princípios de conduta colectivos ou sociais. É uma objectividade que consiste no facto de serem valores normativos de conduta sociais mas que, ao mesmo tempo, só existem na medida em que foram interiorizadas subjectivamente, na convicção dos indivíduos que, assim, se impõem a si mesmos o respeito por esses valores normativos. Os valores consistem numa unidade dialéctica objectividade-subjectividade.
Ora, este valores, como factos sociais, e não meramente psicológicos, têm uma história. Depende da maneira como concebemos a História a nossa adesão à tese do relativismo moral cultural ou, pelo contrário, à tese do progresso moral, enquanto progresso universal da Humanidade.

32.  O que é o Relativismo moral?
relativismo moral cultural consiste na tese de que o valor ético dos juízos morais, das acções e dos objectos é sempre relativo ao que cada cultura, etnia, sociedade acredita ser correcto ou incorrecto, verdadeiro ou falso. Os valores do bem e do mal ter-se-iam formado como resultado das circunstâncias de vida, dos laços sociais específicos que os indivíduos foram construindo e das crenças associadas. O que vale para uma cultura pode não valer para outra.


 Ver no blog Relativismo Moral

33. Que relação entre o subjectivismo e o relativismo moral?
Tal como para o subjectivismo ético, o relativismo ético não acredita na objectividade e na universalidade dos valores morais. Estes não existem independentemente do contexto cultural. O nazi-fascismo, o canibalismo e outras condutas seriam perfeitamente aceitáveis.


   
                                              Lola

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