VALORES E VALORAÇÃO - RESPOSTAS
1. Relacione valores e ação
humana
Poderemos dizer que uma ação humana são os
atos conscientes, livres e voluntários do Homem e os valores orientam a nossa
vida e influenciam as nossas decisões. A ação humana é todo o comportamento
intencional, consciente e voluntário. Face ao real, o Homem tem atitudes de
preferência e admiração que são os valores. Ora, os valores são guias de
orientação do agir humano. Os valores
permitem-nos interpretar a realidade atribuindo-lhe qualidades que estão
relacionadas com as nossas atracções e as nossas repulsas... com base na
atribuição de valores às coisas, às acções, às situações, às pessoas,formulando
juízos de valor vamos-nos apropriando da realidade e escolhemos os rumos a
seguir ao longo da nossa vida
2. Apresente tipos
diferentes de valores:
Temos diversos valores,
no entanto os principais são: a ética, a estética e a religião.
3. Dê exemplos de cada um
dos valores:
Os exemplos de valores
éticos são: a generosidade, liberdade e justiça, ou seja a ética está
relacionada com a maneira de agir; os exemplos de valores da estética são a
beleza, a elegância, e a originalidade; e por último, os valores da religião
são: a fé e o sagrado.
4. Distinga juízos de facto
e juízos de valor:
Fazer um juízo significa geralmente que alguém formou
ou deu uma opinião. Esta opinião é comunicada oralmente ou por escrito através
de uma frase declarativa, que exprime o juízo formulado. Se a frase pôde
expressar a opinião ou juízo de alguém é porque há um significado associado à
frase. Em geral,
distinguimos dois tipos de juízos: Juízos de facto e Juízos de valor.
Os juízos de facto têm
valor de verdade independentemente de crenças e são totalmente descritivos. Os
juízes de facto são aqueles que nos dizem como uma coisa é e não variam de
pessoa para pessoa – fornecem informação à cerca do mundo, por exemplo: a turma
do 10ºB tem 24 alunos. Os juízos de valor são dependentes da perspetiva do
sujeito.
5. Caracterize os juízos de
facto e os juízos de valor:
Os juízos de facto
descrevem a realidade de uma forma correta e a sua verdade ou falsidade é
objetiva, significa que não depende do ponto de vista das pessoas. Os juízos de
facto são descritivos, têm valor de verdade, são objetivos e verificados. Os juízos de facto são: objectivos factuais
quantitativos verificáveis são verdadeiros ou falsos a ciência baseia-se em
juízos de facto
Os juízos de valor não
se limitam a fornecer informação sobre as coisas, o que significa que não são
meramente descritivos. Os juízos de valor são subjetivos, não têm valor de
verdade e são normativos. Os juízos de
valor são: subjectivos circunstanciais qualitativos inverificáveis não são nem
verdadeiros nem falsos
6. Qual a função dos juízos
de facto e dos juízos de valor?
Os juízos de facto têm
como principal função fornecer informação acerca do mundo, por outro lado os
juízos de valor influenciam o comportamento dos outros e mostram-lhes como
devem olhar para a realidade, exprimem uma avaliação/ indicam como devemos
avaliar as coisas. Os juízos de valor não descrevem a realidade tal
como ela é referem-se á forma como reagimos aos elementos da realidade e estão
intimamente ligados às nossas atitudes perante as situações
7. Porque é que os juízos
de valor são normativos?
São caracterizados como
normativos, uma vez que influenciam o comportamento dos outros e ensinam-lhes
como devem olhar para a realidade. Indicam como devemos avaliar as coisas.
8. Terão valor de verdade
os juízos de facto e os juízos de valor? Justifique
Os juízos de facto
apresentam valor de verdade porque esta não depende da opinião de quem a
profere.
Os juízos de valor não
podem ser verdadeiros ou falsos pois dependem das crenças de cada um.
9. Distinga as perspetivas
objetivista e subjetivista da ética:
O objetivismo e o
subjetivismo são duas perspetivas que respondem às questões como: Os
juízos morais terão valor de verdade? São verdadeiros ou falsos? Dependem do
sujeito ou são independentes dele?
Na perspetiva objetivista, há
verdades morais independentes da preferência dos indivíduos. Na perspetiva
subjetivista não existem factos morais que ultrapassam o âmbito dos gostos e as
preferências pessoais.
10. O que é o subjetivismo moral?
É a teoria segundo a
qual, embora existam factos morais, estes não são objetivos, são genuínos e
subjetivos. È uma teoria acerca dos valores morais respondendo a problemas
como: Se existem ou não factos morais?
Segundo este, o valor das acções, dos
objectos e dos próprios juízos morais depende da importância que cada
indivíduo, por si próprio e independentemente dos outros, lhes atribui. Os
valores morais resultariam de factores psicológicos, do que desejo, do que
preciso, do que de algum modo me agrada: o que prefiro é o melhor.
O subjectivismo ético está
certo na medida em que não há coisas nem acções que valham por si
independentemente de um sujeito valorizador, que ajuíze conscientemente do
valor das coisas e das acções, assim como dos próprios juízos morais. Não há
verdades morais objectivas e universais.
O subjectivismo ético é também atraente
para o individualismo actual porque parece respeitar a liberdade entendida como
livre-arbítrio das pessoas, porque parece mostrar que o progresso moral resulta
de indivíduos reformadores que romperam pela sua vontade com valores antigos de
que já não gostamos e porque parece promover a tolerância.
11. Qual a posição de
subjetivismo moral em relação à verdade?
O subjetivismo moral
afirma que apenas existem opiniões pessoais e é impossível a existência de
verdades absolutas.
12. Existirão para o
subjetivismos moral, factos morais?
O subjetivismo moral
aceita que existam factos morais mas defende que estes são subjetivos pois só
dizem respeito aos sentimentos de aprovação ou reprovação das pessoas. Para o
subjetivismo não existem verdades absolutas, não existem factos objectivos,
existem opiniões pessoais.
13. Imagine que discute com
o seu melhor amigo, a abolição (ou não) da pena de morte e têm posições
diferentes. Podem ambos estar certos?
Segundo o subjetivismo
moral, podemos estar ambos certos, pois as nossas opiniões descrevem apenas os
nossos sentimentos de aprovação ou reprovação acerca das pessoas e das ações
destas.
14. Que razões nos levam a
aceitar o subjetivismo moral?
Existem duas razões que
nos levam a aceitar o subjetivismo moral, umas delas baseia-se na ideia de que
o subjetivismo torna possível a liberdade. A outra, é a ideia de que este
promove a tolerância entre pessoas com convicções morais diferentes.
15. Que objecções podemos
apresentar em relação ao subjectivismo moral?
As objeções em relação
ao subjetivismo moral são: o subjetivismo permite que qualquer juízo moral seja
verdadeiro, que este (subjetivismo) compromete-nos com a educação moral e tira
todo o sentido ao debate sobre questões morais.
Podemos dizer que os
defeitos do subjectivismo moral são:
a) tornar moralmente indiferentes as mais
contraditórias máximas de conduta;
b) tornar inviável a discussão das questões
morais;
c) tornar-nos incapazes de tomar decisões com
base em princípios morais fundamentados.
16. O subjectivismo moral
pode por em causa os seus próprios valores éticos?
O subjetivismo permite
que qualquer juízo moral seja verdadeiro. Por exemplo, o subjetivismo moral
pode por em causa os próprios valores éticos, pois cada posição depende da
opinião pessoal do sujeito.
17. Exemplifique
Por exemplo, se uma
pessoa pensa que devemos torturar inocentes, então para essa pessoa é verdade
que devemos torturar inocentes.
18. Critique a tese de que
:"O subjectivismo permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro".
Se uma pessoa pensa que
é errado ajudar os outros, então para essa pessoa é verdade que é errado ajudar
os outros. Com esta teoria nenhum ponto de vista, por muito monstruoso ou
absurdo que seja, poder ser considerado errado ou pelo menos pior que pontos de
vista alternativos
19. Que problemas poderão
advir da aceitação do subjectivismo moral em relação à educação moral?
O subjetivismo moral
compromete-nos com uma educação moral que consiste apenas em ensinar que
devemos agir de acordo com os nossos sentimentos.
20. Se defendemos o subjetivismo moral, com
que critério poderemos discutir questões morais?
Se defendermos
o subjetivismo moral, temos que ter em conta que: "cada um tem a
sua verdade" ou seja, não existem respostas erradas ou corretas pois são
dependentes da apreciação do sujeito, sendo assim subjetivas.
21. Justifique a tese: "O subjetivismo
tira sentido ao debate acerca das questões morais".
O subjetivismo tira sentido ao
debate acerca das questões morais pois apesar de existirem factos morais estes
não são objetivos, pois dizem respeito aos sentimentos de aprovação e
reprovação de cada um, dependendo assim da perspetiva de cada pessoa.
22. Será o subjetivismo moral falso?
Justifique exemplificando.
Não, porque todos nos temos opiniões e
pontos de vista diferentes. No caso de decisões como a legalização do aborto,
nem todos nós temos a mesma opinião porém há que respeitar a opinião dos outros
e avaliar as consequências.
ver no blog Subjectivismo e Relativismo
23. O que é o objetivismo moral?
O objetivismo moral é a teoria segundo a
qual os factos morais são objetivos, ou seja são independentes da
apreciação do sujeito.
A teoria objectivista dos valores morais associa-se à tese da sua
universalidade. Seriam objectivos, segundo esta teoria, todos os valores que
seriam independentes dos interesses e perspectivas pessoais, da diversidade das
culturas, da História e do desenvolvimento humano. Dessa maneira os valores,
entendidos como objectivos, definiriam as coisas a que se aplicam (coisas e
actos concretos da relação entre os homens) como bons ou maus a partir dos
próprios valores entendidos como critérios absolutos que, digamos assim,
pairariam acima dos indivíduos para os julgar. Por exemplo, dizer
sempre a verdade, independentemente das circunstâncias e das consequências. Os
valores fariam parte da Natureza das coisas, de como elas têm que ser pela sua
própria natureza, da natureza eterna do homem, das formas básicas e necessárias
de organização social ou do Espírito, divino ou não, do qual participaria a
razão humana e a que teria que obedecer.
24. Segundo os objetivistas, em que se baseiam
os juízos morais?
Segundo os objetivistas, os juízos morais
baseiam-se na razão, na capacidade de raciocinar e compreender, numa só
palavra, na capacidade de pensar.
25. Que relação existe entre ética e razão?
Na ética, um juízo moral tem de ser apoiado em boas razões e não em razões insuficientes pois, deste modo, pode rejeitar-se esse conselho por ser infundado. As verdades morais são verdades da razão,ou seja, um juizo moral é verdadeiro se for sustentado em razões melhores que os juízos alternativos.
Na ética, um juízo moral tem de ser apoiado em boas razões e não em razões insuficientes pois, deste modo, pode rejeitar-se esse conselho por ser infundado. As verdades morais são verdades da razão,ou seja, um juizo moral é verdadeiro se for sustentado em razões melhores que os juízos alternativos.
Ver no blog Objectivismo moral
26. O que são critérios transubjectivos de valoração?
Critérios transubjectivos de valoração são princípios que ultrapassam a perspectiva de cada pessoa e de cada sociedade, proporcionando um modo de avaliar, com imparcialidade, as acções e as práticas sociais. Podem ser compreendidos e aplicados por todos os indivíduos racionais, independentemente das suas motivações e interesses particulares. São culturalmente neutros. Estes critérios proporcionam uma forma de avaliar, com imparcialidade, as acções e práticas ultrapassando perspectivas particulares inerentes a cada cultura. Por exemplo a defesa da DIGNIDADE HUMANA deve ser um valor acima de qualquer homem e qualquer cultura e, por isso mesmo, válido universalmente.
Critérios transubjectivos de valoração são princípios que ultrapassam a perspectiva de cada pessoa e de cada sociedade, proporcionando um modo de avaliar, com imparcialidade, as acções e as práticas sociais. Podem ser compreendidos e aplicados por todos os indivíduos racionais, independentemente das suas motivações e interesses particulares. São culturalmente neutros. Estes critérios proporcionam uma forma de avaliar, com imparcialidade, as acções e práticas ultrapassando perspectivas particulares inerentes a cada cultura. Por exemplo a defesa da DIGNIDADE HUMANA deve ser um valor acima de qualquer homem e qualquer cultura e, por isso mesmo, válido universalmente.
27. Exemplifique
A violação é um acto moralmente mau pois prejudica e é um atentado contra a pessoa. A defesa da DIGNIDADE HUMANA deve ser um valor acima de qualquer homem e qualquer cultura e, por isso mesmo, válido universalmente.
A violação é um acto moralmente mau pois prejudica e é um atentado contra a pessoa. A defesa da DIGNIDADE HUMANA deve ser um valor acima de qualquer homem e qualquer cultura e, por isso mesmo, válido universalmente.
28. Condenar a violação é um juízo verdadeiro e objectivo?
Este juízo é verdadeiro, para o objectivismo, pois pode ser justificado com boas razões e é objectivo, já que pode ser compreendido e, eventualmente, aceite pelas pessoas envolvidas. É mau independentemente do individuo e da cultura.
Este juízo é verdadeiro, para o objectivismo, pois pode ser justificado com boas razões e é objectivo, já que pode ser compreendido e, eventualmente, aceite pelas pessoas envolvidas. É mau independentemente do individuo e da cultura.
29. Apresente um exemplo em que o mesmo juízo moral possa ser considerado verdadeiro para o John e falso para o James.
Se o John fosse um violador e o James reprovasse tal prática, para o James a violação é um acto moralmente mau e mas o John consideraria esse juízo moral falso. A pena de morte pode,por exemplo, ser aceitável para um que defenda o valor da justiça e para o outro ser, em qualquer circunstância, uma prática reprovável.
Se o John fosse um violador e o James reprovasse tal prática, para o James a violação é um acto moralmente mau e mas o John consideraria esse juízo moral falso. A pena de morte pode,por exemplo, ser aceitável para um que defenda o valor da justiça e para o outro ser, em qualquer circunstância, uma prática reprovável.
30. Será
que o Objectivismo e o subjectivismo "resolvem" o problema dos
valores morais?
Ora, nem o
objectivismo nem o subjectivismo são capazes de explicar o facto da moral. Por
um lado os princípios éticos e os valores morais não se reduzem às vivências do
sujeito (subjectivismo) e, por outro, não existem em si e por si mesmos e
independentes da vida social dos indivíduos nem sequer consistem em
manifestações da natureza da sociedade que se impõem aos indivíduos de tal
maneira que a moral destes seria um mero da leis sociais independentes deles
(objectivismo).
31. Justifique.
É na sociedade, nas
relações sociais que os indivíduos estabelecem entre si, que se formam valores
morais e princípios éticos que, para valerem como tais, passam a valer
realmente como valores e princípios de conduta colectivos ou sociais. É uma
objectividade que consiste no facto de serem valores normativos de conduta
sociais mas que, ao mesmo tempo, só existem na medida em que foram
interiorizadas subjectivamente, na convicção dos indivíduos que, assim, se
impõem a si mesmos o respeito por esses valores normativos. Os valores
consistem numa unidade dialéctica objectividade-subjectividade.
Ora, este valores,
como factos sociais, e não meramente psicológicos, têm uma história. Depende da
maneira como concebemos a História a nossa adesão à tese do relativismo moral
cultural ou, pelo contrário, à tese do progresso moral, enquanto progresso
universal da Humanidade.
32. O que é o Relativismo moral?
O relativismo moral
cultural consiste na tese de que o valor ético dos juízos
morais, das acções e dos objectos é sempre relativo ao que cada cultura, etnia,
sociedade acredita ser correcto ou incorrecto, verdadeiro ou falso. Os valores
do bem e do mal ter-se-iam formado como resultado das circunstâncias de vida,
dos laços sociais específicos que os indivíduos foram construindo e das crenças
associadas. O que vale para uma cultura pode não valer para outra.
Ver no blog Relativismo Moral
33. Que relação entre o
subjectivismo e o relativismo moral?
Tal como para o
subjectivismo ético, o relativismo ético não acredita na objectividade e na
universalidade dos valores morais. Estes não existem independentemente do
contexto cultural. O nazi-fascismo, o canibalismo e outras condutas seriam
perfeitamente aceitáveis.
Lola
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