domingo, 6 de outubro de 2024

Filosofia da Religião: Exercícios

  



Filosofia da  Religião: 

Exercícios

 

GRUPO I

Responda às questões apresentadas.

 

1. Teísmo e ateísmo são doutrinas antagónicas relativamente à existência:

(A) Do mal.

(B) Do universo.

(C) Do livre-arbítrio.

(D) de Deus.

 

2. O argumento ontológico pode ser sintetizado nos seguintes termos:

(A) Deus é o ser sumamente perfeito. Perfeição pressupõe, necessariamente, existência. Logo, Deus existe necessariamente.

(B) O universo existe. Tudo o que existe foi causado. A série de causas não pode ser infinita. Logo, existe uma causa primeira, Deus.

(C) Tal como tudo o que foi criado artificialmente pelos seres humanos tem um criador, também as coisas naturais o têm, Deus.

(D) O mal existe. Um ser sumamente bom não é compatível com a existência do mal. Logo, Deus não é sumamente bom.

 

3. Uma das objeções colocada ao argumento ontológico é:

(A) Mesmo que se consiga provar que “o ser maior do que o qual nada pode ser pensado” tem de existir, necessariamente, isso não obriga a que seja o Deus teísta.

(B) O facto de existir mal no mundo inviabiliza a possibilidade de pensar em Deus como um ser perfeito.

(C) A crença em Deus não pode ser racionalmente justificada.

(D) A existência não é uma qualidade do objeto, mas tão-somente uma condição de possibilidade para que ela se manifeste.

 

4. O argumento cosmológico é um argumento:

(A) Independente da experiência.

(B) Empírico.

(C) A priori.

(D) Puramente conceptual.

 

5. A segunda via de São Tomás mostra que:

(A) Fé e razão são inconciliáveis.

(B) A bondade é a via da salvação.

(C) É impossível provar, de forma conclusiva, que Deus existe.

(D) A fé em Deus pode ser racionalmente justificada.



Nota: "o filósofo cristão distingue cinco vias para caracterizar o conhecimento e provar a existência de Deus. Vejamos quais são:


1. Primeiro motor imóvel: esta primeira via supõe a existência do movimento no universo. Porém, um ser não move a si mesmo, só podendo, então, mover outro ou por outro ser movido. Assim, se retroagirmos ao infinito, não explicamos o movimento se não encontrarmos um primeiro motor que move todos os outros;


2. Primeira causa eficiente: a segunda via diz respeito ao efeito que este motor imóvel acarreta: a percepção da ordenação das coisas em causas e efeitos permite averiguar que não há efeito sem causa. Dessa forma, igualmente retrocedendo ao infinito, não poderíamos senão chegar a uma causa eficiente que dá início ao movimento das coisas;


3. Ser Necessário e os seres possíveis: a terceira via compara os seres que podem ser e não ser. A possibilidade destes seres implica que alguma vez este ser não foi e passou a ser e ainda vem a não ser novamente. Mas do nada, nada vem e, por isso, estes seres possíveis dependem de um ser necessário para fundamentar suas existências;


4. Graus de Perfeição: a quarta via trata dos graus de perfeição, em que comparações são constatadas a partir de um máximo (ótimo) que na verdade contém o verdadeiro ser (o mais ou menos só se diz em referência a um máximo);


5. Governo Supremo: a quinta via fala da questão da ordem e finalidade que a suprema inteligência governa todas as coisas (já que no mundo há ordem!), dispondo-as de forma organizada racionalmente, o que evidencia a intenção da existência de cada ser."


CABRAL, João Francisco Pereira. "Cinco vias que provam a existência de Deus em Santo Tomás de Aquino"; Brasil Escola

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/cinco-vias-que-provam-existencia-deus-santo-tomas-.htm. 

Acesso em 07 de maio de 2024.

 

6. O teísmo é uma perspetiva em torno da natureza de Deus que considera que:

(A) Deus é o ser maior do que o qual nada pode ser pensado  (S. Anselmo).

(B) Deus é imanente, pois confunde-se com a natureza.

(C) Deus é omnipotente, omnisciente, sumamente bom, governa o mundo e revela-se aos seres humanos.

(D) Deus é omnipotente, mas não providente.

 

7. O fideísmo é a doutrina que defende que:

(A) A fé e a razão são conciliáveis.

(B) A fidelidade a Deus é aceitar que o mal faz parte da vida.

(C) É a fé, e não a razão, a via que justifica as crenças religiosas.

(D) Deus é o ser maior do que o qual nada pode ser pensado.

 

8. A “aposta de Pascal” é um argumento que procura mostrar que:

(A) Aquele que aposta na existência de Deus tem tudo a ganhar e pouco ou nada a perder.

(B) Aquele que não acredita na existência de Deus nunca tem nada a ganhar ou a perder.

(C) Aquele que não acredita na existência de Deus tem tudo a ganhar ou a perder.

(D) Aquele que acredita na existência de Deus tem tudo a ganhar e tudo a perder.

 

9. Uma das objeções à “aposta de Pascal” é:

(A) O argumento ser circular e não provar a existência de Deus.

(B) Não haver como provar que Deus recompensa quem acredita e que castiga quem não acredita.

(C) Nenhum argumento baseado em palpites pode ser considerado válido.

(D) A conclusão do argumento é meramente provável.

 

10. Segundo a teodiceia de Leibniz:

(A) Não há inconsistência lógica entre a existência de Deus e a existência do mal, pois o melhor mundo possível é aquele em que o bem triunfa sobre o mal.

(B) O mal metafísico é responsabilidade de Deus, pelo que o ser humano não pode ser responsabilizado pelos seus atos.

(C) Se no melhor dos mundos possíveis existe mal moral, Deus não pode ser considerado sumamente bom.

(D) É impossível provar, de forma conclusiva, que Deus existe.


GRUPO II


1. Exponha, sucintamente, a versão tomista do argumento cosmológico.

 

2. Leia o texto com atenção.

 

Porém, se atento mais cuidadosamente, torna-se manifesto que a existência pode separar-se tanto da essência de Deus como da essência de um triângulo que a soma dos seus três ângulos é igual a dois ângulos retos ou da ideia de monte a ideia de vale: de tal modo que não repugna mais pensar um Deus (isto é, um ente sumamente perfeito) a que falta a existência (isto é, a que falta alguma perfeição) do que pensar um monte a que falta o vale.

 

René Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira (5.ª Meditação), Almedina, 1976, p. 187.

 

 

2.1. Tendo em conta os três argumentos teístas que tentam demonstrar a existência de Deus:

a) Identifique o argumento subjacente ao texto.

b) Apresente as críticas que lhe são feitas.

 

3. Se o mal existe, então Deus não é um ser sumamente bom, omnipotente e omnisciente. Como comentaria um teísta esta afirmação?

 

4. Explique o que são teodiceias e qual o objetivo a que se propõem.

 

GRUPO III

 

 

1. Leia o texto seguinte.

 

O argumento do apostador, derivado da obra do filósofo e matemático Blaise Pascal (1623-1662), habitualmente conhecido como aposta de Pascal, é muito diferente dos outros. O seu objetivo não é proporcionar uma demonstração, mas antes mostrar que um apostador sensato deveria «apostar» na existência de Deus.

Nigel Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, Gradiva, 2007, pp. 57-59.

 

1.1. Explique o argumento de Pascal.

 

2. Leia o excerto seguinte.

O mundo contém, pois, muito mal. Um deus omnipotente poderia ter evitado este mal — e sem dúvida que um deus sumamente bom e omnipotente o teria feito. Mas então, por que razão existe este mal? Não será a sua existência um forte indício contra a existência de Deus? Sê-lo-ia, sem dúvida — a menos que possamos construir o que é conhecido por teodiceia, uma explicação da razão pela qual Deus terá permitido que o mal ocorresse.

 

Richard SwinburneSerá que Deus existe?, 1998, Gradiva, p. 109.

 

2.1. Se Deus podia ter evitado o mal, porque não o fez? Como responderia Leibniz a esta questão?


 O que é a religião?

Em sentido lato, pode dizer-se que a religião é a relação, a união, entre o Eu e uma entidade ou ser sobrenatural. Na religião encontramos uma dimensão privada e mais subjetiva, relacionada com o próprio sentimento religioso e com a fé, e uma dimensão mais pública, marcada pelas cerimónias e rituais da experiência religiosa.

 

 Em que consiste a visão teísta de Deus?

O teísmo é a doutrina que afirma Deus como realidade suprema, absoluta e transcendente. O teísta entende Deus como criador do universo e de tudo quanto existe. Deus é fundamento da moral, do conhecimento e das leis. É pessoa que, embora transcendente, pode entrar em relação com o ser humano.

 

 Qual o fundamento da resposta da religião ao sentido da vida?

Do ponto de vista da religião, o sentido da vida depende da existência de Deus e da crença numa vida depois da morte que tudo recompensará. Para o crente, esta resposta é a que melhor esclarece as experiências e questões radicais postas pela realidade e pela existência. Deus é o sentido último de todo o sentido. Ele é a razão de todo o sentido.

 

 Há argumentos teístas que tentem provar a existência de Deus?

Sim. Os argumentos teístas tradicionais que tentam provar a existência de Deus são três: o argumento cosmológico (ou da primeira causa), o argumento teleológico (ou do desígnio) e o argumento ontológico. Os dois primeiros são a posteriori e o último é a priori.

 

 Em que se baseia a versão tomista do argumento cosmológico?

Se todo efeito tem uma causa e cada causa é, por sua vez, o efeito de outra causa, cai-se no mesmo ciclo indefinido e infinito do problema anterior, o que não é satisfatório. É, pois, necessário que haja uma primeira causa (causa eficiente) que por ninguém tenha sido causada, caso contrário não haveria nenhum efeito, uma vez que cada causa pediria uma outra causa numa sequência infinita de causas. A causa primeira das outras causas é uma causa não causada por nenhuma outra. Essa primeira causa é Deus.

 

 De que forma é criticada a versão tomista do argumento cosmológico?

O argumento é criticado por defender que tudo tem de ter uma causa e, no entanto, afirmar, simultaneamente, que há algo que não a tem. Por outro lado, é também refutado pelo facto de não ser uma demonstração, já que se é possível ter uma série infinita de causas e efeitos porque não pode esta prolongar-se, retrospectivamente, de forma infinita? Por fim, porque nada prova que essa causa primeira, a existir, seja necessariamente o deus teísta.

 O que diz a versão tomista do argumento teleológico?

A ordem do mundo implica que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas de uma inteligência que os dirige. Logo, é necessário que exista um ser inteligente que ordene a natureza e a encaminhe para a sua finalidade.

 

 Que críticas são feitas à versão tomista do argumento teleológico?

À semelhança do argumento cosmológico, o argumento teleológico, ainda que possa demonstrar a existência e a necessidade de um ser criador, não prova que ele seja único, como não prova que, existindo, seja o deus teísta. E se Deus existe e governa os fins para que tudo tende, sendo, por definição, omnisciente, omnipotente e sumamente bom, como se explica a existência do mal – catástrofes, sofrimento, crueldade, etc. – e a inação de Deus perante isso?

 

 Em que é o argumento ontológico diferente?

O argumento ontológico é o único que é a priori, pois assenta em verdades puramente conceptuais, já que tenta demonstrar Deus a partir da sua própria definição como ser supremo, omnisciente, omnipresente e omnipotente. Neste sentido, e a partir da argumentação apresentada por Sto. Anselmo, Deus seria o ser maior do que o qual nada pode ser pensado. E se Deus, com todas as suas características, só existisse no pensamento e não existisse na realidade, então, não seria perfeito, uma vez que a noção de perfeição inclui necessariamente a existência. Logo, conclui, Deus existe necessariamente.

 

 Que contra-argumentação é apresentada ao argumento ontológico?

Uma das críticas assenta no facto de, partindo do mesmo pressuposto do argumento, se poder justificar a existência de qualquer outra coisa, por mais absurda que seja. Uma outra crítica afirma que a existência não é uma propriedade de Deus, mas apenas uma possibilidade para que Ele possa ter propriedades, como a de ser omnipotente, por exemplo. Por fim, e na nesta mesma linha, a crítica apresentada por Kant diz que dado que a existência não faz parte da essência, e que o argumento a considera como tal, é dado um salto ilícito da ordem do pensar para a ordem do ser.

 

 Em que consiste o teísmo?

O teísmo é considera Deus criador do universo e de tudo quanto existe. Deus é o fundamento dos valores morais e o princípio supremo das leis naturais e das verdades lógicas. Deus é concebido como absolutamente livre, perfeito, omnipotente, omnisciente, sumamente bom. Apesar de ser, para os teístas, misterioso e infinito, a sua existência pode ser provada através de argumentação racional. Podemos não compreender os desígnios de Deus, mas podemos provar racionalmente a sua existência.

 

 Em que consiste o fideísmo?

O fideísmo considera que acreditar em Deus é dar um salto para lá dos limites e da capacidade de compreensão da razão. Por contraposição ao teísmo, considera que fé e razão são incompatíveis. A fé começa onde a razão acaba. De Deus podemos dar testemunho, mas não provas.

 

 O que separa a razão da fé?

A fé é a única via para se aceder a Deus. A razão é incompetente para tal fim. Como defendem os fideístas, a fé é um caminho alternativo para a verdade e, no caso da crença religiosa, o único caminho. A fé afirma-se por si própria, sem críticas, o que não acontece com a razão. A razão nunca é absoluta e isenta de erros e críticas.

 

 Qual o alcance da “Aposta de Pascal”?

A aposta de Pascal é um argumento baseado na impossibilidade de emitir qualquer juízo relativamente à existência ou não existência de Deus que tenha a razão como fonte. Apostar, isto é, arriscar, é a melhor alternativa que nos resta, porque ou Deus existe ou Deus não existe. A conclusão do argumento é a de que vale a pena apostar na existência de Deus, pois, se o fizermos e se Ele efetivamente existir, ganhamos tudo; se Deus existir e não apostarmos nele, temos tudo a perder.

 

 Que críticas podem ser feitas à “Aposta de Pascal”?

Mesmo admitindo que Deus existe, este tem de ser obrigatoriamente o Deus teísta. Não há como provar que Deus recompensa os que acreditam e que castiga os que não acreditam.

 

■ Em que consiste o argumento do problema da existência do mal no mundo?

O argumento do problema da existência do mal no mundo parte da própria definição de Deus como ser sumamente bom, omnipotente e omnisciente para afirmar que um Deus assim definido não evita que exista a dor e o sofrimento. Assim, argumenta-se que: (a) ou Deus não sabe que existe o sofrimento e então não é omnisciente (logo, não é Deus); (b) ou sabe que o sofrimento existe mas não consegue pôr-lhe fim e então não é omnipotente (logo, não é Deus); ou (c) sabe que existe sofrimento mas não quer terminar com ele e então não é sumamente bom (logo, não é Deus).

 

■ Que objetivos procura Leibniz alcançar na sua teodiceia?

Leibniz procura, através da resposta a duas questões principais, conciliar Deus com a presença do mal no mundo: como justificar o mal no mundo face à infinita bondade e omnipotência de Deus? Se Deus é bom e tudo quanto existe existe segundo a sua vontade, como pode existir o mal no mundo?

 

■ Que argumentos apresenta Leibniz?

Leibniz argumenta que o mundo criado por Deus é imperfeito e contingente, daí que a obra de Deus inclua o mal metafísico (imperfeição do ser criado). Do mal metafísico decorre o mal moral (pecado) e o mal físico (sofrimento). O livre-arbítrio é a origem do mal moral (pecado). O mal físico (sofrimento) surge como castigo decorrente do mal moral e para que possamos valorizar o bem. Pode, ainda, ser um instrumento que visa evitar um mal maior ou obter um maior bem. Deus não escolhe o mal. Deus quer, primordialmente, o bem, mas consente (posteriormente) o mal como condição sem a qual o melhor dos mundos nunca o seria.


 

 Muito obrigada aos autores do

 projecto "Clube das Ideias"!


LOLA

sexta-feira, 10 de maio de 2024

Preparação Ficha de Avaliação 11º Ano

 



 Preparação 4ª Ficha de

Avaliação - 11º Ano

(2023 - 2024)

 

Temas: 

A Filosofia da Arte

A Filosofia da Religião 

 

 

Estrutura da Ficha de Avaliação:

 

 

Grupo I -  Itens de seleção - Escolha múltipla. (50 pontos).

Grupo II - Itens de resposta curta - definição de conceitos (50 pontos).

Grupo III - Itens de resposta restrita. (50 pontos).

Grupo IV - Item de resposta extensa - Construção de um texto argumentativo. (50 pontos).

 

 

Nota: Nos quatro grupos de questões serão avaliados os domínios D3, D4 e D5.

 

 

Tempo : 60 minutos

 

 

Aprendizagens essenciais a avaliar:


FILOSOFIA DA ARTE 

1.    Definir Filosofia da Arte. A  Filosofia da Arte estuda os problemas, as teorias, os argumentos e contra-argumentos acerca da Obra de Arte.

2.    Explicar o problema da definição de arte.

3.    Conhecer exemplos de obras de arte.

4.    Diferenciar condições necessárias e condições suficientes.

5. Mostrar em que consiste uma boa definição explícita.Diz-se que uma definição é explícita quando apresentamos as condições necessárias e suficientes do conceito a definir.

6.    Definir Teorias Essencialistas da Arte.

7.    Explicar a teoria da  arte como imitação.

8.    Explicar as objeções à teoria da imitação.

9.    Relacionar Imitação e Representação.

10.    Explicar as objeções à teoria da representação.

11.    Explicar a teoria expressivista da arte.

12.    Explicar as objeções à teoria expressivista.  

13.    Explicar a teoria formalista da arte.

14.    Explicar as objeções à teoria formalista. 

15.    Definir Teorias Não Essencialistas da Arte 

16.    Explicar a teoria institucional da arte

17.    Explicar as objeções à teoria institucional. 

18.    Explicar a teoria histórica da arte

19.    Explicar as objeções à teoria histórica.

20.    Comparar e avaliar as teorias da arte estudadas.

21.    Justificar a posição pessoal acerca do problema da definição de arte.

22.    Conhecer e aplicar conceitos relacionados com a Filosofia da Arte. 

FILOSOFIA DA RELIGIÃO 

 

 

1. Definir Filosofia da Religião

2. Distinguir religiões monoteístas de religiões politeístas. As primeiras defendem a existência de um único Deus, criador do mundo; as segundas defendem uma pluralidade de Deuses, cada um governando um determinado aspecto do mundo e da nossa vida.

2. Explicar a conceção teísta de Deus.

3. Distinguir o ateísmo de agnosticismo.

4. Distinguir a abordagem racional do problema da existência de Deus e da fé.

5. Enunciar o problema da existência de Deus.

6. Explicar o argumento cosmológico.

7. Explicar objeções ao argumento cosmológico.

8. Explicar o argumento teleológico.

9. Explicar objeções ao argumento teleológico.

10. Explicar o argumento ontológico.

11. Explicar objeções ao argumento ontológico.

12. Explicar o problema do mal

13. Explicar três respostas ao problema do mal.

1.O mal resulta do Livre arbitrio; 

2. Se não existisse o mal do mundo não se poderiam criar determinados valores; 

3. Não temos conhecimento suficiente para considerar o mal injustificado 

14. Mostrar em que medida Pascal é fideísta. 

15. Explicar a “Aposta de Pascal”

16. Explicar objeções à “aposta de Pascal”.

17. Compreender as posições de Marx e de Nietzsche em relação à religião (Não é contemplado nas aprendizagens essenciais de Filosofia).

18. Comparar e avaliar os diversos argumentos e respetivas objeções acerca do problema da existência de Deus.

19. Justificar uma posição pessoal acerca do problema da existência de Deus. Que tese defendo eu, e com que argumentos, acerca da existência de Deus?

20.Conhecer e aplicar conceitos relacionados com a Filosofia da Religião.

 

VAMOS, ENTÃO, TESTAR OS CONHECIMENTOS!

 

A - Filosofia da Arte

  

Grupo I

Selecione a alternativa correta.

1. A teoria não essencialista da arte é a….

A.   da representação.

B.   expressivista.

C.   formalista.

D.   institucional.

 

2.     Leia atentamente o texto seguinte:

Não podemos transformar qualquer coisa em obra de arte (…).

Não posso transformar todos os artefactos de Londres em obras de arte por ter simplesmente a intenção de que estes sejam vistos como as obras de arte do passado têm sido vistas. Não tenho o direito de propriedade adequado sobre todos os artefactos de Londres.

 

Nigel Warburton, O que é a arte?, Editora Bizâncio, Lisboa, 2007, pág. 128 (Adaptado)

 

Estas ideias permitem argumentar a favor da teoria 

A. formalista.

B. institucional.

C. histórica.

D. expressivista.

 

3. Muitas pessoas apreciadoras de arte não conseguem explicar, claramente, a emoção estética que sentem perante uma certa harmonia de formas e cores de um quadro.

Esta dificuldade permite fazer uma objeção à teoria

A.    histórica.

B.    formalista.

C.   institucional.

D.   expressivista.

 

4.Os cantores de ópera, ao interpretarem determinadas obras musicais, fazem transparecer através da sua voz emoções de alegria ou tristeza que não estão autenticamente a sentir.

A partir deste facto é possível apresentar uma crítica à teoria

A.  expressivista.

B.  institucional.

C.  formalista.

D.  histórica.

 

5.  A questão da natureza dos valores estéticos consiste em

 A. saber se a beleza é objetiva ou subjetiva.

 B. distinguir o belo do feio.

 C. determinar as condições necessárias e suficientes para se falar em beleza.

 D. determinar as condições necessárias e suficientes para se falar em arte.

 

6. A Filosofia da arte procura, em termos gerais,

A. distinguir as emoções estéticas de outros tipos de emoções.

B. distinguir a beleza artística da beleza natural.

C. distinguir, quanto aos objetos artísticos, juízos subjetivos de juízos objetivos.

 D. distinguir objetos artísticos de objetos não artísticos.

 

7. Selecione a opção que se refere ao problema da definição de arte.

A. Será a arte indispensável à vida?

 B. Deverá a arte ser desinteressada?

 C. As nossas avaliações quanto à beleza das obras de arte serão objetivas ou subjetivas?

 D. Deverá a arte representar a realidade?

 

8. Lev Tolstoi considera que a arte

 A. imita os sentimentos do artista.

 B. expressa os sentimentos do artista.

 C. permite descobrir os sentimentos do artista.

 D. é uma expressão inconsciente e incontrolada dos sentimentos do artista.

 

9. Qual é a teoria que exige a propriedade como condição necessária para que um objeto possa ser considerado obra de arte?

A. Teoria institucional.

B. Teoria historicista.

C. Teoria expressivista.

D. Teoria representacional.

 

10. As obras de arte abstratas podem ser utilizadas como contraexemplo de que teoria?

A. Teoria institucional.

B. Teoria historicista.

C. Teoria formalista.

D. Teoria representacional.

 

11. Para a teoria formalista da arte,

A. a forma de uma obra de arte é importante, sendo os conteúdos representacionais e expressivos irrelevantes.

B. a forma de uma obra de arte é importante e o conteúdo representacional também.

C. a forma de uma obra de arte é importante e o conteúdo expressivo também.

D. a forma de uma obra de arte é importante e o conteúdo representacional e expressivo também.

 

12. As teorias não essencialistas da arte defendem que….

A. a arte é indefinível. 

B. existem condições contextuais e relacionais necessárias para que um objeto seja arte.

C. existem propriedades intrínsecas dos objetos que os tornam obras de arte.

D. podem existir condições suficientes, mas nunca necessárias, para definir arte.

 

13. De acordo com Collingwood, a arte como ofício

A. tem por objetivo provocar na audiência emoções previamente definidas.

B. é a expressão imaginativa das emoções do autor.

C. é uma forma de clarificação dos sentimentos do artista.

D. não pode ter a emoção suscitada na audiência como objetivo previamente definido.

 NOTA: Para Collingwood a “arte autêntica” distingue-se "Arte como ofício", que são atividades como o artesanato e outras artes decorativas, propagandísticas ou de entretenimento.

14. Para Jerrold Levinson, a intenção não passageira de que a obra seja vista como foram vistas outras obras do passado é uma condição

A. necessária mas não suficiente para que se trate de uma obra de arte.

B. suficiente mas não necessária para que se trate de uma obra de arte.

C. necessária e suficiente para que se trate de uma obra de arte.

D. nem necessária nem suficiente para que se trate de uma obra de arte.


Grupo II

A. Faça corresponder a TEORIA DA ARTE apresentada aos respectivos AUTORES.

AUTORES

TEORIAS

RESPOSTAS

Exemplo: B - 5

1

Clive Bell

A

Uma obra de arte só o é, quando imita algo. 


2

Morris Weitz

B

A arte é uma forma de representar a realidade. 

 

3

Levinson

C

O próprio conceito de arte é um conceito aberto. A arte é indefinível

4

Platão

D

A arte é uma atividade humana que consiste nisto: em uma pessoa conscientemente, por intermédio de certos sinais externos, levar a outras pessoas sentimentos de que teve experiência e que estas sejam contagiadas por tais sentimentos e deles também tenham experiência. 

 

 

5

Colligwood

   E

A obra de arte é um artefacto propondo se como candidato a apreciação. 

6

Tolstoi

F

O que caracteriza a obra de arte é a sua forma e não o seu caráter representativo 

7

Dickie 

G

A arte é necessariamente retrospetiva, uma vez que a criação artística estabelece uma relação apropriada com a atividade e o pensamento humanos que se traduziram na história efetiva da arte. 

 

8

Aristóteles

J

Uma obra é arte se, e só se, provoca nas pessoas emoções estéticas. 

 Nota: representantes das Teorias da Arte

 Imitação. Platao e Aristoteles

Expressão : Tolstoi e Collingwood

Formalista: Clive Bell

Institucional: Danto e Dickie

Historica: Levinson, Noel Carrol

 

B. Apresente um contra exemplo que se seja uma objecção às seguintes teorias

TEORIA DA ARTE

EXEMPLO

Arte como Representação

Arte abstrata

Arte Expressivista

Quadro de Victor Vasarely

Teoria Formalista

Ready made

Teoria Institucional

Pinturas rupestres

Teoria Histórica

Street Art/Grafitti

  

 C. Apresente  a definição do conceito apresentado.

 

CONCEITO

DEFINIÇÃO

A)

Emoção estética

 

B)

Direito de propriedade

O artista não pode transformar em arte objectos que não lhe pertençam ou em relação aos quais não esteja devidamente autorizado a agir pelos seus proprietários.

É uma condição necessária mas não suficiente da TEORIA HISTÓRICA DA ARTE.

C)

Forma significante

 



D)



Artefacto (Dickie)

A noção de artefacto de Dickie é alargada de modo a incluir objetos que não são físicos, como, por exemplo, poemas. A ideia é que um artefacto é tudo o que é feito por seres humanos, aí se incluindo o conjunto de movimentos coordenados que constituem uma dança ou o que resulta do ato de apanhar um pedaço de madeira à deriva nas águas de um rio para ser exibido numa galeria de arte.

E)

Intenção séria

 

F)

Filosofia da Arte

 

G)

Imitação/Representação

 

H)

Teorias não essencialistas

 

 

D. Dadas as afirmações, identifique a TEORIA DA ARTE correspondente

 

 

DEFINIÇÃO

TEORIA DA ARTE

A)

A arte é necessariamente retrospectiva

 

B)

Se não expressa emoções, não é obra de arte.

 

C)

É a estrutura narrativa que faz deste romance uma obra de arte literária.

 

D)

É o mundo da arte que determina o que é a arte.

 

E)

Esta teoria é criticada pela circularidade da sua definição

 

F)

Dickie defende esta teoria.

 

G)

A obra é artística só se for fiel à realidade

 

H)

Arte é todo o artefacto criado e apreciado pelo mundo da arte.

 

 

E – Integre cada um dos quadros seguintes numa Teoria da Arte. Justifique a sua opção. 

A. Marilin Monroe de Andy Warhol (1967) 

A. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

B. O Beijo de August Rodin (1882)

B. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


Grupo III

Responda, de uma forma breve, às seguintes questões 

 1. Apresente duas criticas a uma das teorias não essencialistas da arte. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

2. Porque é que o Urinol de Duchamp é considerado obra de arte para a teoria institucional da arte? _________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________

3. Pascal considera que, mesmo que os argumentos a favor da existência de Deus não consigam provar que Deus existe, devemos escolher acreditar que Deus existe. Porquê? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Como responde Leibniz ao problema do mal? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 


Grupo IV

Leia o texto e responde às questões que se seguem.

«O que está ao certo um filósofo a fazer quando elabora uma teoria ou definição da arte? Segundo a abordagem tradicional da definição, um filósofo teria de especificar as condições necessárias e suficientes que uma determinada coisa tem de satisfazer para ser uma obra de arte. Uma condição necessária para ser x é uma característica que qualquer objeto tem de ter para ser x

George Dickie, Introdução à Estética, Lisboa, Editorial Bizâncio, 2008. p. 77.

 

1. Partindo do texto, esclarece a diferença entre as condições para uma definição da arte estabelecidas pelas teorias essencialistas e pelas teorias não essencialistas.

 

2. Considera que a imitação ou representação da realidade poderão ser condições suficientes para que um objeto possa ser considerado artístico? Como responderia a esta questão Clive Bell.

 

3.  Exponha a condição ou as condições necessárias e suficientes propostas pela teoria da arte defendida por Jerrold Levinson.


4. Indique a condição estabelecida por Collingwood para distinguir a «arte autêntica» da arte encarada como ofício.


5.  Os objetos indiscerníveis, como A Fonte, de Duchamp, ou as Caixas Brillo, de Andy Warhol, colocam problemas a uma definição da arte que procure determinar as condições necessárias e suficientes nas características intrínsecas do objeto.

6. Identifique o problema referido na afirmação anterior.

  



 B - Filosofia da Religião 

GRUPO I


Assinale a única opção correcta

 

1. A concepção de Deus no teísmo corresponde a um ser:

A. Com todos os poderes possíveis.

B. Único e perfeito

C. Omnisciente, omnipotente e omnipresente 

D. Único, omnisciente e sumamente bom.

 

2. O argumento cosmológico baseia-se no principio de que:

A. Tudo no universo tem várias causas e vários efeitos

B. Não pode haver uma regressão infinita na cadeia de causas do universo

C. Se Deus teve uma causa, ela tem de ser tão perfeita quanto Deus o é

D. As causas não podem ter efeitos infinitos no tempo.

 

3. O argumento cosmológico pode ser contrariado:

A. Pela observação de que tudo tem de ter uma causa, mas Deus, não.

B. Pelas mais recentes descobertas cientificas acerca do Cosmos

C. Pelo problema do mal natural

D. Pelo facto de nada se poder criar a si próprio.

 

4. O Argumento teleológico baseia-se numa analogia entre:

A. Um ser vivo e uma máquina 

B. As plantas e as máquinas

C. O universo e os seres vivos

D. O universo e uma máquina.

 

5. Se aceitarmos o argumento teleológico, mostramos que:

A. Algo criou o universo com um propósito

B. Há um Deus perfeito e criador do universo

C. Vários deuses criaram o universo e nenhum deles era perfeito

D. Deus criou o universo com o propósito de sermos felizes e bons.

 

6. A teoria da evolução das espécies relaciona-se com o argumento teleológico por:

A. Mostrar cientificamente a força desse argumento 

B. Ser uma alternativa que explica a analogia sem recorrer a Deus

C. Ser uma prova de que Deus pode não ser único nem perfeito

D. Mostrar cientificamente que esse argumento está errado. 

 

7. O argumento ontológico é um argumento:

A. A priori e por redução ao absurdo

B. A priori que reduz ao absurdo a existencia do mal

C. Absurdo por defender que Deus existe a priori

D. Por redução ao absurdo de uma hipótese apriori

 

8. Segundo o argumento ontológico, a possibilidade de se pensar um ser com todas as perfeições: 

A. Desmente o argumento cosmológico

B. Prova que Deus existe no pensamento

C. Implica a existência desse ser

D. Mostra que o pensamento humano tem um alcance infinito

 

9. O facto de não ser possível obrigarmo-nos a acreditar em algo sem justificação é uma critica ao: 

A. Teísmo

B. Argumento ontológico

C. Fideísmo

D. Argumento teleológico

 

10. O argumento da aposta de Pascal visa provar que:

A. Só apostando na fé podemos provar que Deus existe 

B. O Deus do teísmo é uma má aposta

C. É mais vantajoso acreditar em Deus do que não acreditar 

D. Deus é único, omnipotente, omnisciente e sumamente bom.

 

11. O problema da existência do mal dá força à tese de que Deus:

A. Quer acabar com o mal mas não pode fazê-lo 

B. Ou não existe, ou não é simultaneamente omnipotente, omnisciente e sumamente bom

C. Ou não existe, ou não quer acabar com o mal 

D. Sendo perfeito, é simultaneamente omnipotente, omnisciente e sumamente bom.


12. É possível tentar justificar o mal moral salientando que:

A. Os responsáveis por esse mal são os seres humanos 

B. Um mundo sem mal moral teria de ter muito mais mal natural

C. Um mundo com mal moral é compatível com o teísmo

D. Sem a  possibilidade do mal moral, não teríamos livre-arbítrio. 

GRUPO II

Responda, de uma forma breve, às seguintes questões

Por que razão constitui a seleção natural, uma objeção ao argumento do desígnio?

Porque explica a complexidade dos organismos vivos sem recorrer ao propósito ou ao desígnio e, portanto, sem uma causa inteligente sobrenatural que seja a origem deste desígnio. Por outras palavras, a teoria da seleção natural explica os organismos vivos por uma causalidade mecânica e não por uma causalidade pessoal e mental.

 GRUPO III

Apresente  a definição do conceito apresentado.

 

CONCEITO

DEFINIÇÃO

A)

Deísmo

 

B)

Arg. Teleológico

 

C)

Fideísmo

É uma concepção que defende que a relação entre razão e fé é de oposição ou separação mantendo a tese de que só a fé nos permite acreditar na existência de Deus.

D)

Teodiceia

 É a tentativa de conciliar a perfeição de Deus com a existência de mal no mundo. Leibniz defende que....

E)

Teísmo

 

F)

Argumento ontológico

 Defende que Deus, o ser maior do que o qual nada mais pode ser pensado, existe no pensamento e na realidade.

G)

Panteísmo

 

H)

Filosofia da Religião

 É a área da filosofia que procede ao exame de conceitos religiosos fundamentais (como o conceito de Deus e de fé) e de crenças religiosas fundamentais (tal como a crença de que Deus existe e de que a existência do mal é de algum modo consistente com o amor de Deus pelas suas criaturas)

E.......

O ATEISMO?

É uma concepção que não acredita em deus(es) e nega a sua existência. 

Um ateu defende a inexistência de Deus ou de qualquer outra divindade.


O AGNÓSTICISMO?

Uma pessoa agnóstica considera que não possui conhecimento suficiente

 para provar quer a existência quer a inexistência de Deus (ou de qualquer

 outra divindade). Por isso, suspende o juízo, isto é, abstém-se de tomar

 qualquer tipo de posição sobre o problema.


GRUPO III

Assinale as Afirmações V e F. Justifique as FALSAS.

A. A filosofia da religião estuda factos sociais acerca da religião. FALSO (Sociologia das Religiões)

B.A filosofia da religião estuda razões e argumentos acerca das crenças religiosas. VERDADEIRO

C. As religiões têm várias conceções de divindade.

D.A filosofia da religião estuda uma noção de Deus comum às religiões minoritárias. 

E. O teísmo é uma conceção que defende o politeísmo (vários deuses).

F. O Deus do teísmo é único mas imperfeito.

G.O Deus do teísmo é omnipotente, omnisciente e sumamente bom.

H.O Deus do teísmo é, também, conhecida, como o "Deus dos Filósofos". VERDADEIRO.

I. Há muitos argumentos acerca da existência de Deus.

J. Só há três argumentos acerca da existência de Deus: ontológico, cosmológico e teleológico.

L. O argumento ontológico é um argumento a posteriori. FALSO. A priori

M. O argumento ontológico é um argumento por redução ao absurdo

N. A existência não é uma propriedade é uma critica ao argumento ontológico.

O. O argumento cosmológico assenta na ideia que tudo é incausado.

P. O argumento cosmológico põe em causa a regressão infinita.

Q. Defender que o universo poderia ser incriado e eterno constitui uma crítica ao argumento cosmológico.

R. O argumento teleológico baseia-se num raciocinio indutivo

S. O argumento teleológico defende que todos os seres vivos são compostos por partes.

T. A teoria da evolução das espécies de Darwin constitui uma critica ao argumento teleológico.

U. O fideísmo defende a compatibilidade entre razão e fé.

V. A razão não consegue mostrar que Deus existe é uma critica ao fideísmo.

X. O argumento do mal é um argumento a favor da existência de Deus. FALSO. Defende que a existência de deus é incompatível com a existencia do mal.

Z. Segundo o argumento do mal, dado que o mal existe, Deus ou não é omnipotente ou não existe.


 GRUPO IV

Filosofia da Religião - Ficha de Trabalho

 

1.De que problemas trata a filosofia da religião?

2. Por que razão o argumento cosmológico é a posteriori?

3. Qual é a ideia central do argumento cosmológico de Tomás de Aquino?

4. Há autores que afirmam que o argumento cosmológico de Tomás de Aquino é logicamente válido. Recordando a matéria lecionada de lógica proposicional, constrói um inspetor de circunstâncias para provar que este argumento é válido.

5. Quais são as principais críticas que se podem apresentar ao argumento cosmológico?

6. Considera que se pode formular um argumento cosmológico que evite alguma das críticas anteriormente referidas? Justifica.

7. Explique brevemente o argumento a favor da existência de Deus referido na entrevista.

8. Explique brevemente que objeção principal se poderá apresentar a esse argumento.

9. Qual é o argumento principal para se colocar Deus em causa? Explique brevemente esse argumento?

10. De que forma se pode criticar esse argumento contra a existência de Deus?

 

Soluções - Ficha de trabalho

 

1. A filosofia da religião consiste em pensar filosoficamente sobre tópicos que surgem quando o assunto é a religião. Ou seja, podemos caracterizar a filosofia da religião como o exame de conceitos religiosos fundamentais (como o conceito de Deus e de fé) e de crenças religiosas fundamentais (tal como a crença de que Deus existe e de que a existência do mal é de algum modo consistente com o amor de Deus pelas suas criaturas). Importantes problemas da filosofia da religião são os seguintes: Será que Deus existe? Será que o mal é uma forte razão contra a existência de Deus? Será racional acreditar em Deus ou ter fé sem provas ou argumentos?


2.Um argumento a priori é um argumento cujas premissas são a priori, ou seja, tem apenas premissas que podem ser conhecidas independentemente da experiência do mundo. Pelo contrário, um argumento a posteriori é um argumento em que pelo menos uma das suas premissas é a posteriori, isto é, pelo menos uma das suas premissas baseia-se em informação sobre como o mundo realmente é. Seguindo este critério, o argumento cosmológico é um argumento a posteriori, dado que tem as seguintes premissas empíricas: existem coisas no mundo e essas coisas foram causadas a existir por alguma outra coisa.

 

3. A ideia central do argumento é a seguinte: parte-se de factos simples acerca do mundo, como o facto de nele haver coisas cuja existência é causada por outras coisas, para daí concluir que tem de haver uma primeira causa, ou seja, Deus.

 

4. Para se mostrar a validade do argumento de Tomás de Aquino devemos começar pela construção do respetivo dicionário:

P = Existem coisas no mundo.

Q = As coisas do mundo foram causadas a existir por alguma outra coisa.

R = Há uma cadeia causal que regride infinitamente.

S = Há apenas uma primeira causa que é a origem da cadeia causal.

Com base neste dicionário, a forma lógica do argumento é a seguinte:

P, (P→Q), (Q→(RS)), ¬R  S Com esta formalização pode-se construir um inspetor de circunstâncias (ver aqui) e pode-se constatar que não há nenhuma circunstância em que as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa; por isso, o argumento é válido.

 

5. Pode-se criticar o argumento de Tomás de Aquino pelo facto de cometer a falácia do falso dilema. Isto porque, na premissa 3, além da opção de cadeia de regressão infinita, e da opção de haver apenas uma primeira causa, também se deveria considerar a opção de haver várias primeiras causas diferentes. Além disso, pode-se argumentar que podem existir cadeias causais infinitas. E, por fim, ainda que o argumento fosse bom, não provaria que existe o Deus teísta, dado que a primeira causa não tem de ser omnisciente ou moralmente perfeita.

 

6. Por exemplo, uma forma de evitar a crítica do falso dilema é argumentar que «Tudo o que começa a existir tem uma causa para a sua existência; ora, o universo começou a existir; logo, o universo tem algum tipo de causa para a sua existência.»

 

7. O argumento a favor da existência de Deus referido na entrevista é o argumento da “afinação minuciosa”. A ideia central do argumento é a seguinte: parte-se das descobertas da física cosmológica que mostram que muitas das mais básicas forças ou parâmetros na natureza (tal como a força nuclear forte, a força da explosão inicial do big bang, a massa de protão e neutrão, a velocidade da luz, entre muitas outras) são tais que, se fossem ligeiramente diferentes, a vida seria impossível. Assim, alguns físicos concluíram que esses parâmetros do universo estão minuciosamente afinados para a vida. Ora, tendo em conta esses dados ou evidências, temos as seguintes hipóteses: essa afinação minuciosa do universo deve-se a um designer sobrenatural, i.e., a um Deus. Ou, pelo contrário, a afinação minuciosa do universo é fruto do acaso. Com base nestas informações, pode-se sustentar que se o universo fosse resultado do mero acaso, seria surpreendente ele ter aquelas características e padrões minuciosamente afinados para a vida. Todavia, se o universo fosse o resultado de um designer sobrenatural, não seria surpreendente ele ter aquelas características e padrões. Daqui se segue que é mais provável que o universo tenha padrões ou constantes minuciosamente afinadas para a vida se houver um designer do que se for fruto do acaso. Mas, então, pode-se concluir que os dados ou a evidência disponível confirmam a hipótese de um designer sobrenatural (ou seja, de Deus) em detrimento da hipótese rival (ou seja, o acaso).

 

8. Como crítica ao argumento da “afinação minuciosa” pode-se sustentar que não há apenas duas hipóteses (Deus e o acaso), mas há igualmente uma terceira hipótese, a hipótese do multiverso, ou seja, existem muitos universos distintos com constantes físicas ou leis naturais diferentes. Assim entre os vários universos, acabará por surgir por acaso um universo em que as constantes assumem os valores “corretos” para a existência de vida. Admitida esta pluralidade de universos, a afinação minuciosa não será surpreendente.

 

9. O argumento principal para se colocar Deus em causa é o argumento do mal. Uma das versões atuais mais relevantes é a versão probabilística. Muito sinteticamente o argumento é o seguinte: Primeiro parte-se da ideia de que pelo menos algum dos males no nosso mundo parece gratuito (aparentemente não servindo qualquer propósito benéfico). Daí se infere que provavelmente algum dos males no nosso mundo é gratuito e não serve qualquer propósito benéfico. Todavia, se Deus existe, então não há males gratuitos. Pois, se Deus é moralmente perfeito e poderoso, então poderia evitar tais males aparentemente gratuitos e sem sentido, que não parecem ter qualquer justificação. Tendo em conta isto, pode-se concluir que provavelmente Deus não existe.

 

10. Pode-se criticar o argumento do mal com a resposta do “teísmo cético”. Com essa resposta procura-se mostrar que a inferência de “parece-nos haver” mal gratuito para “provavelmente há” mal gratuito não é procedente dadas as nossas limitações cognitivas. Por exemplo, não podemos usar a nossa incapacidade para ver quaisquer insetos numa garagem (quando estamos a olhar da rua) para concluir que é improvável que haja insetos nessa garagem. De forma similar, não podemos usar a nossa incapacidade para apreciar as razões que justifiquem a Deus permitir um mal para concluir que é improvável que haja qualquer razão que justifique a Deus permitir esse mal.



LOLA

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