Preparação 4ª Ficha de
Avaliação - 11º Ano
(2023 - 2024)
Temas:
A Filosofia da Arte
A Filosofia da Religião
Estrutura da Ficha de Avaliação:
Grupo I - Itens de seleção - Escolha múltipla. (50 pontos).
Grupo II - Itens de resposta curta - definição de conceitos (50 pontos).
Grupo III - Itens de resposta restrita. (50 pontos).
Grupo IV - Item de resposta extensa - Construção de um texto argumentativo. (50 pontos).
Nota: Nos quatro grupos de questões serão avaliados os domínios D3, D4 e D5.
Tempo : 60 minutos
Aprendizagens essenciais a avaliar:
FILOSOFIA DA ARTE
1.
Definir Filosofia da Arte.
2.
Explicar o problema da definição de
arte.
3.
Conhecer exemplos de obras de arte.
4.
Diferenciar condições necessárias e condições suficientes.
5. Mostrar em que consiste uma boa definição explícita.
6.
Definir Teorias Essencialistas da Arte.
7.
Explicar a teoria da arte como imitação.
8.
Explicar as objeções à teoria da imitação.
9.
Relacionar Imitação e Representação.
10. Explicar as
objeções à teoria da representação.
11. Explicar a teoria
expressivista da arte.
12. Explicar as objeções à teoria expressivista.
13. Explicar a teoria formalista
da arte.
14. Explicar as objeções à teoria formalista.
15. Definir Teorias Não Essencialistas da Arte
16. Explicar a teoria institucional da arte.
17. Explicar as objeções à teoria institucional.
18. Explicar a teoria histórica da arte.
19. Explicar as
objeções à teoria histórica.
20. Comparar e avaliar
as teorias da arte estudadas.
21. Justificar a
posição pessoal acerca do problema da definição de arte.
22. Conhecer e aplicar conceitos
relacionados com a Filosofia da Arte.
FILOSOFIA DA RELIGIÃO
1.
Definir Filosofia da Religião
2. Distinguir religiões monoteístas de religiões politeístas. As primeiras defendem a existência de um único Deus, criador do mundo; as segundas defendem uma pluralidade de Deuses, cada um governando um determinado aspecto do mundo e da nossa vida.
2.
Explicar a conceção teísta de Deus.
3.
Distinguir o ateísmo de agnosticismo.
4.
Distinguir a abordagem racional do problema da existência de Deus e da fé.
5.
Enunciar o problema da existência de Deus.
6.
Explicar o argumento cosmológico.
7.
Explicar objeções ao argumento cosmológico.
8.
Explicar o argumento teleológico.
9.
Explicar objeções ao argumento teleológico.
10.
Explicar o argumento ontológico.
11.
Explicar objeções ao argumento ontológico.
12.
Explicar o problema do mal.
13. Explicar três respostas ao problema do mal.
1.O mal resulta do Livre arbitrio;
2. Se não existisse o mal do mundo não se poderiam criar determinados valores;
3. Não temos conhecimento suficiente para considerar o mal injustificado
14.
Mostrar em que medida Pascal é fideísta.
15.
Explicar a “Aposta de Pascal”.
16.
Explicar objeções à “aposta de Pascal”.
17. Compreender as posições de Marx e de Nietzsche em relação à religião (Não é contemplado nas aprendizagens essenciais de Filosofia).
18.
Comparar e avaliar os diversos argumentos e respetivas objeções acerca do
problema da existência de Deus.
19. Justificar uma posição pessoal acerca do problema da existência de Deus. Que tese defendo eu, e com que argumentos, acerca da existência de Deus?
20.Conhecer e aplicar
conceitos relacionados com a Filosofia da Religião.
VAMOS, ENTÃO, TESTAR
OS CONHECIMENTOS!
A - Filosofia
da Arte
Grupo I
Selecione a alternativa correta.
1. A teoria não essencialista da arte é a….
A. da representação.
B. expressivista.
C. formalista.
D. institucional.
2. Leia atentamente o
texto seguinte:
Não podemos
transformar qualquer coisa em obra de arte (…). Não posso
transformar todos os artefactos de Londres em obras de arte por ter
simplesmente a intenção de que estes sejam vistos como as obras de arte do
passado têm sido vistas. Não tenho o direito de propriedade adequado sobre
todos os artefactos de Londres. Nigel Warburton, O que é a
arte?, Editora Bizâncio, Lisboa, 2007, pág. 128 (Adaptado) |
Estas ideias permitem argumentar a favor da teoria
A. formalista.
B. institucional.
C. histórica.
D. expressivista.
3. Muitas pessoas
apreciadoras de arte não conseguem explicar, claramente, a emoção estética que
sentem perante uma certa harmonia de formas e cores de um quadro.
Esta dificuldade permite fazer uma objeção à teoria
A.
histórica.
B.
formalista.
C.
institucional.
D.
expressivista.
4.Os cantores de ópera,
ao interpretarem determinadas obras musicais, fazem transparecer através da sua
voz emoções de alegria ou tristeza que não estão autenticamente a sentir.
A partir deste facto é possível apresentar uma crítica à teoria
A. expressivista.
B. institucional.
C. formalista.
D. histórica.
5. A
questão da natureza dos valores estéticos consiste em
A. saber
se a beleza é objetiva ou subjetiva.
B. distinguir
o belo do feio.
C. determinar
as condições necessárias e suficientes para se falar em beleza.
D. determinar
as condições necessárias e suficientes para se falar em arte.
6. A Filosofia
da arte procura, em termos gerais,
A. distinguir as
emoções estéticas de outros tipos de emoções.
B. distinguir a
beleza artística da beleza natural.
C. distinguir,
quanto aos objetos artísticos, juízos subjetivos de juízos objetivos.
D. distinguir
objetos artísticos de objetos não artísticos.
7. Selecione
a opção que se refere ao problema da definição de arte.
A. Será a arte
indispensável à vida?
B. Deverá
a arte ser desinteressada?
C. As
nossas avaliações quanto à beleza das obras de arte serão objetivas ou
subjetivas?
D. Deverá
a arte representar a realidade?
8. Lev
Tolstoi considera que a arte
A. imita
os sentimentos do artista.
B. expressa
os sentimentos do artista.
C. permite
descobrir os sentimentos do artista.
D. é uma
expressão inconsciente e incontrolada dos sentimentos do artista.
9. Qual é
a teoria que exige a propriedade como condição necessária para que um objeto
possa ser considerado obra de arte?
A. Teoria
institucional.
B. Teoria
historicista.
C. Teoria
expressivista.
D. Teoria
representacional.
10. As obras de arte
abstratas podem ser utilizadas como contraexemplo de que teoria?
A. Teoria
institucional.
B. Teoria
historicista.
C. Teoria
formalista.
D. Teoria
representacional.
11. Para a
teoria formalista da arte,
A. a forma de
uma obra de arte é importante, sendo os conteúdos representacionais e
expressivos irrelevantes.
B. a forma de
uma obra de arte é importante e o conteúdo representacional também.
C. a forma de
uma obra de arte é importante e o conteúdo expressivo também.
D. a forma de
uma obra de arte é importante e o conteúdo representacional e expressivo
também.
12. As
teorias não essencialistas da arte defendem que….
A. a arte é
indefinível.
B. existem
condições contextuais e relacionais necessárias para que um objeto seja arte.
C. existem propriedades
intrínsecas dos objetos que os tornam obras de arte.
D. podem existir
condições suficientes, mas nunca necessárias, para definir arte.
13. De
acordo com Collingwood, a arte como ofício
A. tem por
objetivo provocar na audiência emoções previamente definidas.
B. é a expressão
imaginativa das emoções do autor.
C. é uma forma
de clarificação dos sentimentos do artista.
D. não pode ter
a emoção suscitada na audiência como objetivo previamente definido.
NOTA:
14. Para
Jerrold Levinson, a intenção não passageira de que a obra seja vista como foram
vistas outras obras do passado é uma condição
A. necessária
mas não suficiente para que se trate de uma obra de arte.
B. suficiente
mas não necessária para que se trate de uma obra de arte.
C. necessária e
suficiente para que se trate de uma obra de arte.
D. nem
necessária nem suficiente para que se trate de uma obra de arte.
Grupo II
A. Faça corresponder a
TEORIA DA ARTE apresentada aos respectivos AUTORES.
AUTORES |
TEORIAS |
RESPOSTAS Exemplo: B - 5 |
||
1 |
Clive Bell |
A |
Uma obra de arte só o é, quando imita algo. |
|
2 |
Morris Weitz |
B |
A arte é uma forma de representar
a realidade. |
|
3 |
Levinson |
C |
O próprio conceito de arte é um
conceito aberto. A arte é indefinível |
|
4 |
Platão |
D |
A arte é uma atividade humana que
consiste nisto: em uma pessoa conscientemente, por intermédio de certos
sinais externos, levar a outras pessoas sentimentos de que teve experiência e
que estas sejam contagiadas por tais sentimentos e deles também tenham
experiência. |
|
5 |
Colligwood | E |
A obra de arte é um artefacto propondo se como
candidato a apreciação. |
|
6 |
Tolstoi |
F |
O que caracteriza a obra de arte é
a sua forma e não o seu caráter representativo |
|
7 |
Dickie |
G |
A arte é necessariamente
retrospetiva, uma vez que a criação artística estabelece uma relação
apropriada com a atividade e o pensamento humanos que se traduziram na
história efetiva da arte. |
|
8 |
Aristóteles |
J |
Uma obra é arte se, e só se, provoca nas pessoas
emoções estéticas. |
Nota: representantes das Teorias da Arte
Imitação. Platao e
Aristoteles
Expressão : Tolstoi e Collingwood
Formalista: Clive Bell
Institucional: Danto e Dickie
Historica: Levinson, Noel Carrol
B. Apresente um contra exemplo que se seja uma objecção às seguintes teorias
TEORIA DA ARTE |
EXEMPLO |
Arte como Representação |
Arte abstrata |
Arte Expressivista |
Quadro de Victor
Vasarely |
Teoria Formalista |
Ready made |
Teoria Institucional |
Pinturas rupestres |
Teoria Histórica |
Street Art/Grafitti |
C. Apresente a definição do conceito apresentado.
|
CONCEITO |
DEFINIÇÃO |
A) |
Emoção estética |
|
B) |
Direito de propriedade |
O artista não pode transformar em arte objectos que não lhe pertençam ou em relação aos quais não esteja devidamente autorizado a agir pelos seus proprietários. É uma condição necessária mas não suficiente da TEORIA HISTÓRICA DA ARTE. |
C) |
Forma significante |
|
D) |
Artefacto (Dickie) |
A noção de artefacto de Dickie é alargada de modo a incluir objetos que não são físicos, como, por exemplo, poemas. A ideia é que um artefacto é tudo o que é feito por seres humanos, aí se incluindo o conjunto de movimentos coordenados que constituem uma dança ou o que resulta do ato de apanhar um pedaço de madeira à deriva nas águas de um rio para ser exibido numa galeria de arte. |
E) |
Intenção séria |
|
F) |
Filosofia da Arte |
|
G) |
Imitação/Representação |
|
H) |
Teorias não essencialistas |
|
D. Dadas as afirmações,
identifique a TEORIA DA ARTE correspondente
|
DEFINIÇÃO |
TEORIA
DA ARTE |
A) |
A arte é necessariamente retrospectiva |
|
B) |
Se não expressa emoções, não é obra de arte. |
|
C) |
É a estrutura narrativa que faz deste romance uma obra de arte
literária. |
|
D) |
É o mundo da arte que determina o que é a arte. |
|
E) |
Esta teoria é criticada pela circularidade da sua definição |
|
F) |
Dickie defende esta teoria. |
|
G) |
A obra é artística só se for fiel à realidade |
|
H) |
Arte é todo o artefacto criado e apreciado pelo mundo da arte. |
|
E – Integre cada um dos quadros seguintes numa Teoria da Arte. Justifique a sua opção.
A. Marilin Monroe de Andy Warhol (1967)
A. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
B. O Beijo de August Rodin (1882)
B. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Grupo III
Responda, de uma forma breve, às seguintes questões
1. Apresente duas criticas a uma das teorias não essencialistas da arte. __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
2. Porque é que o Urinol de Duchamp é considerado obra de arte para a teoria institucional da arte? _________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________
3. Pascal considera que, mesmo que os argumentos a favor da existência de Deus não consigam provar que Deus existe, devemos escolher acreditar que Deus existe. Porquê? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Como responde Leibniz ao problema do mal? ___________________________________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________
Grupo IV
Leia o texto e responde às questões que se seguem.
«O que está ao certo um filósofo a fazer quando elabora uma teoria ou definição da arte? Segundo a abordagem tradicional da definição, um filósofo teria de especificar as condições necessárias e suficientes que uma determinada coisa tem de satisfazer para ser uma obra de arte. Uma condição necessária para ser x é uma característica que qualquer objeto tem de ter para ser x.»
George Dickie, Introdução à Estética, Lisboa,
Editorial Bizâncio, 2008. p. 77.
1. Partindo do
texto, esclarece a diferença entre as condições para uma definição da arte
estabelecidas pelas teorias essencialistas e pelas teorias não essencialistas.
2. Considera que a imitação ou representação da realidade poderão ser condições suficientes
para que um objeto possa ser considerado artístico? Como responderia a esta questão Clive Bell.
3. Exponha a
condição ou as condições necessárias e suficientes propostas pela teoria da
arte defendida por Jerrold Levinson.
4. Indique a
condição estabelecida por Collingwood para distinguir a «arte autêntica» da
arte encarada como ofício.
5. Os objetos indiscerníveis, como A Fonte, de Duchamp, ou as Caixas Brillo, de Andy Warhol, colocam problemas a uma definição da arte que procure determinar as condições necessárias e suficientes nas características intrínsecas do objeto.
6. Identifique
o problema referido na afirmação anterior.
B - Filosofia da Religião
GRUPO
I
Assinale
a única opção correcta
1. A concepção
de Deus no teísmo corresponde a um ser:
A. Com todos os
poderes possíveis.
B. Único e perfeito
C. Omnisciente,
omnipotente e omnipresente
D. Único, omnisciente
e sumamente bom.
2. O argumento
cosmológico baseia-se no principio de que:
A. Tudo no universo
tem várias causas e vários efeitos
B. Não pode haver uma
regressão infinita na cadeia de causas do universo
C. Se Deus teve uma
causa, ela tem de ser tão perfeita quanto Deus o é
D. As causas não
podem ter efeitos infinitos no tempo.
3. O argumento
cosmológico pode ser contrariado:
A. Pela observação de
que tudo tem de ter uma causa, mas Deus, não.
B. Pelas mais
recentes descobertas cientificas acerca do Cosmos
C. Pelo problema do
mal natural
D. Pelo facto de nada
se poder criar a si próprio.
4. O Argumento
teleológico baseia-se numa analogia entre:
A. Um ser vivo e uma
máquina
B. As plantas e as
máquinas
C. O universo e os
seres vivos
D. O universo e uma
máquina.
5. Se
aceitarmos o argumento teleológico, mostramos que:
A. Algo criou o
universo com um propósito
B. Há um Deus
perfeito e criador do universo
C. Vários deuses
criaram o universo e nenhum deles era perfeito
D. Deus criou o universo
com o propósito de sermos felizes e bons.
6. A teoria da
evolução das espécies relaciona-se com o argumento teleológico por:
A. Mostrar
cientificamente a força desse argumento
B. Ser uma
alternativa que explica a analogia sem recorrer a Deus
C. Ser uma prova de
que Deus pode não ser único nem perfeito
D. Mostrar
cientificamente que esse argumento está errado.
7. O argumento
ontológico é um argumento:
A. A priori e por
redução ao absurdo
B. A priori que reduz
ao absurdo a existencia do mal
C. Absurdo por
defender que Deus existe a priori
D. Por redução ao
absurdo de uma hipótese apriori
8. Segundo o
argumento ontológico, a possibilidade de se pensar um ser com todas as
perfeições:
A. Desmente o
argumento cosmológico
B. Prova que Deus existe
no pensamento
C. Implica a
existência desse ser
D. Mostra que o
pensamento humano tem um alcance infinito
9. O facto de
não ser possível obrigarmo-nos a acreditar em algo sem justificação é uma
critica ao:
A. Teísmo
B. Argumento
ontológico
C. Fideísmo
D. Argumento
teleológico
10. O argumento
da aposta de Pascal visa provar que:
A. Só apostando na fé
podemos provar que Deus existe
B. O Deus do teísmo é
uma má aposta
C. É mais vantajoso
acreditar em Deus do que não acreditar
D. Deus é único, omnipotente,
omnisciente e sumamente bom.
11. O problema
da existência do mal dá força à tese de que Deus:
A. Quer acabar com o
mal mas não pode fazê-lo
B. Ou não existe, ou
não é simultaneamente omnipotente, omnisciente e sumamente bom
C. Ou não existe, ou
não quer acabar com o mal
D. Sendo perfeito, é
simultaneamente omnipotente, omnisciente e sumamente bom.
12. É possível tentar justificar o mal moral salientando
que:
A. Os responsáveis
por esse mal são os seres humanos
B. Um mundo sem mal
moral teria de ter muito mais mal natural
C. Um mundo com mal
moral é compatível com o teísmo
D. Sem a
possibilidade do mal moral, não teríamos livre-arbítrio.
GRUPO II
Responda, de uma forma breve, às seguintes questões
Por que razão constitui a seleção natural, uma objeção ao argumento do desígnio?
Porque explica a complexidade dos organismos vivos sem recorrer ao propósito ou ao desígnio e, portanto, sem uma causa inteligente sobrenatural que seja a origem deste desígnio. Por outras palavras, a teoria da seleção natural explica os organismos vivos por uma causalidade mecânica e não por uma causalidade pessoal e mental.
Apresente a definição do conceito apresentado.
| CONCEITO | DEFINIÇÃO |
A) | Deísmo |
|
B) | Arg. Teleológico |
|
C) | Fideísmo | É uma concepção que defende que a relação entre razão e fé é de oposição ou separação mantendo a tese de que só a fé nos permite acreditar na existência de Deus. |
D) | Teodiceia | É a tentativa de conciliar a perfeição de Deus com a existência de mal no mundo. Leibniz defende que.... |
E) | Teísmo |
|
F) | Argumento ontológico | Defende que Deus, o ser maior do que o qual nada mais pode ser pensado, existe no pensamento e na realidade. |
G) | Panteísmo |
|
H) | Filosofia da Religião | É a área da filosofia que procede ao exame de conceitos religiosos fundamentais (como o conceito de Deus e de fé) e de crenças religiosas fundamentais (tal como a crença de que Deus existe e de que a existência do mal é de algum modo consistente com o amor de Deus pelas suas criaturas) |
E.......
O ATEISMO?
É uma concepção que não acredita em deus(es) e nega a sua existência.
Um ateu defende a inexistência de Deus ou de qualquer outra divindade.
O AGNÓSTICISMO?
Uma pessoa agnóstica considera que não possui conhecimento suficiente
para provar quer a existência quer a inexistência de Deus (ou de qualquer
outra divindade). Por isso, suspende o juízo, isto é, abstém-se de tomar
qualquer tipo de posição sobre o problema.
GRUPO III
Assinale as Afirmações V e F. Justifique
as FALSAS.
A. A filosofia da
religião estuda factos sociais acerca da religião. FALSO (Sociologia das Religiões)
B.A filosofia da
religião estuda razões e argumentos acerca das crenças religiosas. VERDADEIRO
C. As religiões têm
várias conceções de divindade.
D.A filosofia da
religião estuda uma noção de Deus comum às religiões minoritárias.
E. O teísmo é uma
conceção que defende o politeísmo (vários deuses).
F. O Deus do
teísmo é único mas imperfeito.
G.O Deus do teísmo é
omnipotente, omnisciente e sumamente bom.
H.O Deus do teísmo é,
também, conhecida, como o "Deus dos Filósofos". VERDADEIRO.
I. Há muitos
argumentos acerca da existência de Deus.
J. Só há três
argumentos acerca da existência de Deus: ontológico, cosmológico e teleológico.
L. O argumento ontológico é um argumento a
posteriori. FALSO. A priori
M. O argumento
ontológico é um argumento por redução ao absurdo
N. A existência
não é uma propriedade é uma critica ao argumento ontológico.
O. O argumento cosmológico assenta na ideia
que tudo é incausado.
P. O argumento
cosmológico põe em causa a regressão infinita.
Q. Defender que
o universo poderia ser incriado e eterno constitui uma crítica ao argumento
cosmológico.
R. O argumento teleológico baseia-se num
raciocinio indutivo
S. O argumento
teleológico defende que todos os seres vivos são compostos por partes.
T. A teoria da
evolução das espécies de Darwin constitui uma critica ao argumento teleológico.
U. O fideísmo
defende a compatibilidade entre razão e fé.
V. A razão não
consegue mostrar que Deus existe é uma critica ao fideísmo.
X. O argumento do mal é um argumento a
favor da existência de Deus. FALSO. Defende que a existência de deus é incompatível com a existencia do mal.
Z. Segundo o
argumento do mal, dado que o mal existe, Deus ou não é omnipotente ou não
existe.
Filosofia da Religião - Ficha de Trabalho
1.De que problemas
trata a filosofia da religião?
2. Por que razão o
argumento cosmológico é a posteriori?
3. Qual é a ideia
central do argumento cosmológico de Tomás de Aquino?
4. Há autores que
afirmam que o argumento cosmológico de Tomás de Aquino é logicamente válido.
Recordando a matéria lecionada de lógica proposicional, constrói um inspetor de
circunstâncias para provar que este argumento é válido.
5. Quais são as
principais críticas que se podem apresentar ao argumento cosmológico?
6. Considera que se
pode formular um argumento cosmológico que evite alguma das críticas
anteriormente referidas? Justifica.
7. Explique
brevemente o argumento a favor da existência de Deus referido na entrevista.
8. Explique
brevemente que objeção principal se poderá apresentar a esse argumento.
9. Qual é o argumento
principal para se colocar Deus em causa? Explique brevemente esse argumento?
10. De que forma se
pode criticar esse argumento contra a existência de Deus?
Soluções - Ficha de trabalho
1. A filosofia da
religião consiste em pensar filosoficamente sobre tópicos que surgem quando o
assunto é a religião. Ou seja, podemos caracterizar a filosofia da religião
como o exame de conceitos religiosos fundamentais (como o conceito de Deus e de
fé) e de crenças religiosas fundamentais (tal como a crença de que Deus existe
e de que a existência do mal é de algum modo consistente com o amor de Deus
pelas suas criaturas). Importantes problemas da filosofia da religião são os
seguintes: Será que Deus existe? Será que o mal é uma forte razão contra a
existência de Deus? Será racional acreditar em Deus ou ter fé sem provas ou
argumentos?
2.Um argumento a
priori é um argumento cujas premissas são a priori, ou seja, tem apenas premissas
que podem ser conhecidas independentemente da experiência do mundo.
Pelo contrário, um argumento a posteriori é um argumento em que pelo menos
uma das suas premissas é a posteriori, isto é, pelo menos uma das suas
premissas baseia-se em informação sobre como o mundo realmente é. Seguindo este
critério, o argumento cosmológico é um argumento a posteriori, dado que tem as
seguintes premissas empíricas: existem coisas no mundo e essas coisas foram
causadas a existir por alguma outra coisa.
3. A ideia central do argumento é a seguinte: parte-se de factos simples
acerca do mundo, como o facto de nele haver coisas cuja existência é causada
por outras coisas, para daí concluir que tem de haver uma primeira causa, ou
seja, Deus.
4. Para se mostrar a
validade do argumento de Tomás de Aquino devemos começar pela construção do
respetivo dicionário:
P = Existem coisas no
mundo.
Q = As coisas do
mundo foram causadas a existir por alguma outra coisa.
R = Há uma cadeia
causal que regride infinitamente.
S = Há apenas uma
primeira causa que é a origem da cadeia causal.
Com base neste
dicionário, a forma lógica do argumento é a seguinte:
P, (P→Q), (Q→(R∨S)), ¬R ∴ S Com esta
formalização pode-se construir um inspetor de circunstâncias (ver aqui) e
pode-se constatar que não há nenhuma circunstância em que as premissas são
verdadeiras e a conclusão é falsa; por isso, o argumento é válido.
5. Pode-se criticar o
argumento de Tomás de Aquino pelo facto de cometer a falácia do falso dilema.
Isto porque, na premissa 3, além da opção de cadeia de regressão infinita, e da
opção de haver apenas uma primeira causa, também se deveria considerar a opção
de haver várias primeiras causas diferentes. Além disso, pode-se argumentar que
podem existir cadeias causais infinitas. E, por fim, ainda que o argumento
fosse bom, não provaria que existe o Deus teísta, dado que a primeira causa não
tem de ser omnisciente ou moralmente perfeita.
6. Por exemplo, uma
forma de evitar a crítica do falso dilema é argumentar que «Tudo o que começa a
existir tem uma causa para a sua existência; ora, o universo começou a existir;
logo, o universo tem algum tipo de causa para a sua existência.»
7. O argumento a
favor da existência de Deus referido na entrevista é o argumento da “afinação
minuciosa”. A ideia central do argumento é a seguinte: parte-se das descobertas
da física cosmológica que mostram que muitas das mais básicas forças ou
parâmetros na natureza (tal como a força nuclear forte, a força da explosão
inicial do big bang, a massa de protão e neutrão, a velocidade da luz, entre
muitas outras) são tais que, se fossem ligeiramente diferentes, a vida seria
impossível. Assim, alguns físicos concluíram que esses parâmetros do universo
estão minuciosamente afinados para a vida. Ora, tendo em conta esses dados ou
evidências, temos as seguintes hipóteses: essa afinação minuciosa do universo
deve-se a um designer sobrenatural, i.e., a um Deus. Ou, pelo contrário, a
afinação minuciosa do universo é fruto do acaso. Com base nestas informações,
pode-se sustentar que se o universo fosse resultado do mero acaso, seria
surpreendente ele ter aquelas características e padrões minuciosamente afinados
para a vida. Todavia, se o universo fosse o resultado de um designer
sobrenatural, não seria surpreendente ele ter aquelas características e
padrões. Daqui se segue que é mais provável que o universo tenha padrões ou
constantes minuciosamente afinadas para a vida se houver um designer do que se
for fruto do acaso. Mas, então, pode-se concluir que os dados ou a evidência disponível
confirmam a hipótese de um designer sobrenatural (ou seja, de Deus) em
detrimento da hipótese rival (ou seja, o acaso).
8. Como crítica ao
argumento da “afinação minuciosa” pode-se sustentar que não há apenas duas
hipóteses (Deus e o acaso), mas há igualmente uma terceira hipótese, a hipótese
do multiverso, ou seja, existem muitos universos distintos com constantes
físicas ou leis naturais diferentes. Assim entre os vários universos, acabará
por surgir por acaso um universo em que as constantes assumem os valores
“corretos” para a existência de vida. Admitida esta pluralidade de universos, a
afinação minuciosa não será surpreendente.
9. O argumento
principal para se colocar Deus em causa é o argumento do mal. Uma das versões
atuais mais relevantes é a versão probabilística. Muito sinteticamente o
argumento é o seguinte: Primeiro parte-se da ideia de que pelo menos algum dos
males no nosso mundo parece gratuito (aparentemente não servindo qualquer
propósito benéfico). Daí se infere que provavelmente algum dos males no nosso
mundo é gratuito e não serve qualquer propósito benéfico. Todavia, se Deus
existe, então não há males gratuitos. Pois, se Deus é moralmente perfeito e
poderoso, então poderia evitar tais males aparentemente gratuitos e sem sentido,
que não parecem ter qualquer justificação. Tendo em conta isto, pode-se
concluir que provavelmente Deus não existe.
10. Pode-se criticar o argumento do mal com a resposta do “teísmo cético”. Com essa resposta procura-se mostrar que a inferência de “parece-nos haver” mal gratuito para “provavelmente há” mal gratuito não é procedente dadas as nossas limitações cognitivas. Por exemplo, não podemos usar a nossa incapacidade para ver quaisquer insetos numa garagem (quando estamos a olhar da rua) para concluir que é improvável que haja insetos nessa garagem. De forma similar, não podemos usar a nossa incapacidade para apreciar as razões que justifiquem a Deus permitir um mal para concluir que é improvável que haja qualquer razão que justifique a Deus permitir esse mal.
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