FILOSOFIA - 11º Ano
PREPARAÇÃO DE UM DEBATE
Tema: Filosofia da Religião
Antes de mais….
- Todos
os alunos têm de participar, OBRIGATORIAMENTE, no debate;
- Cada
aluno (ou grupo de 2/3 alunos) escolhe o subtema e prepara-o, cuidadosamente; deverão
comunicar à professora, via mail.
- Todos
os subtemas têm de ser abordados, em cada turma;
- A
cada aluno será atribuída, pela professora, uma avaliação que contará 20% no Domínio
3 – Problematização e Argumentação.
- O
debate será realizado, em cada turma, na aula de dois tempos, na semana de 27 a
31 de Maio de 2024.
- O
aluno que não participar no debate terá zero na avaliação.
ALUNOS |
TEMAS |
ARGUM. E CRÍTICAS |
AVAL. |
Professora |
Filosofia
da Religião |
-Religiões monoteístas de religiões
politeístas - Distinguir a abordagem racional
do problema da existência de Deus e da fé. - Enunciar o problema filosófico da
existência de Deus. |
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Teísmo |
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Agnosticismo |
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Ateísmo |
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Argumento Ontológico |
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Argumento Cosmológico |
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Argumento
teleológico/ Argumento
do desígnio |
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Problema do Mal: definição e respostas |
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Aposta de Pascal. |
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Marx e a
religião |
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Nietzsche e
a religião |
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Todos os
alunos |
Deus existe ou não
existe? Justificar uma posição
pessoal acerca do problema da (in)existência de Deus. |
Como organizar um debate?
Poderão Consultar:
Geral:
https://criticanarede.com/religiao.html
https://criticanarede.com/dicionario.html#a
MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel. In: Sobre a Religião. Lisboa: Edições
70, 1975, p.47-49
"É este o fundamento da crítica irreligiosa: o homem faz a religião; a
religião não faz o homem. E a religião é, de facto, a autoconsciência e o sentimento
de si do homem, que ou ainda não se conquistou ou voltou a perder-se. Mas o
homem não é um ser abstrato, acocorado fora do mundo. O homem é o mundo do
homem, o Estado, a sociedade. Este Estado e esta sociedade produzem a religião,
uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido. A
religião é a teoria geral deste mundo, o seu resumo enciclopédico, a sua lógica
em forma popular, o seu point
d’honneur espiritualista, o seu entusiasmo, a sua sanção moral, o seu
complemento solene, a sua base geral de consolação e de justificação. É a
realização fantasmal da essência humana, porque a essência humana não possui
verdadeira realidade. Por conseguinte, a luta contra a religião é indiretamente
a luta contra aquele mundo cujo aroma espiritual é a religião.
A miséria religiosa é, ao mesmo tempo, a expressão da miséria real e o
protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o
âmago de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. É o ópio do
povo.
A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a
exigência da sua felicidade real. O apelo para que eles deixem as ilusões a
respeito da sua situação é o apelo para abandonarem uma situação que precisa de
ilusões. A crítica da religião é, pois, em germe a crítica do vale de lágrimas
de que a religião é a auréola. A crítica colheu nas cadeias as flores
imaginárias, não para que o homem suporte as cadeias sem fantasia ou sem
consolação, mas para que lance fora as cadeias e colha a flor viva. A crítica
da religião liberta o homem da ilusão, de modo que ele pense, atue e configure
a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e recuperou o entendimento, a
fim de que ele gire à volta de si mesmo e, assim, à volta do seu verdadeiro
sol. A religião é apenas o sol ilusório que gira à volta do homem enquanto ele
não gira à volta de si mesmo.
Por isso, a tarefa da história, depois que o além da verdade se
desvaneceu, é estabelecer a verdade do aquém. A imediata Tarefa da filosofia,
que está ao serviço da história, é desmascarar a autoalienação humana nas
suas formas não sagradas, agora que ela foi desmascarada na sua forma
sagrada. A crítica do céu transforma- se deste modo em crítica da terra, a
crítica da religião em crítica do direito, a crítica da teologia em crítica da
política."
Se a luta política e a sociedade ideal se revelou, quando experimentada,
tirânica e profundamente injusta, a sociedade cristã católica nunca poderá ser
testada na história porque abdicou há muito de ser histórica, é como uma
esperança infinita, nunca desilude pois a sua forma não pode ser testada. Esta
esperança infinita pode coexistir com a miséria dos factos e ser por eles
alimentada num procedimento natural de fuga que por ser de algum modo
maniqueísta é condescendente com a miséria dos factos. Alimenta-se essa
esperança infinita de folclore e demagogia que se vai metamorfoseando para
falar a linguagem do seu tempo. É certo que precisamos de folclore e demagogia
para que as desigualdades e injustiças não sejam tão aquilo que verdadeiramente
são, um filme de terror difícil de aguentar.
Karl Marx, Para a crítica da Filosofia do Direito de Hegel,
Tradução de Artur Mourão
Nietzsche:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ph000245.pdf
https://www.infolivros.org/autores/classicos/livros-friedrich-nietzsche/
A professora: Rosa Sousa
Abril, 2024
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