quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Filosofar espontâneo e filosofar sistematico

                                 


Filosofar espontâneo e filosofar sistemático



Texto A

“ O que importa é incitar toda a gente a servir-se do seu raciocínio. Sempre que alguém procura forjar a sua própria opinião, incitá-lo a argumentar. É irrelevante, pois, saber se, ao agir desse modo, essa pessoa está, ou não, a filosofar. Em contrapartida, o que me parece relevante é que esse exercício do espírito não se torne o domínio reservado de uns tantos privilegiados. Reservar a Filosofia aos que se dizem filósofos seria tão ridículo como proibir de cozinhar os que não são cozinheiros profissionais.”
Albert Jacquard

Texto B

“Creio que todos os homens são filósofos, ainda que uns mais do que outros (...).
Todos os homens são filósofos. Mesmo quando não têm consciência de terem problemas filosóficos, têm, em todo o caso, preconceitos filosóficos. A maior parte destes preconceitos são as teorias que aceitam como evidentes: receberam-nas do seu meio intelectual ou por via da tradição.
Dado que só tomamos consciência de algumas dessas teorias, elas constituem preconceitos no sentido de que são defendidas sem qualquer verificação crítica, ainda que sejam de extrema importância para a acção prática e para a vida do homem.
Uma justificação para a existência da filosofia profissional ou académica é a necessidade de analisar e de testar criticamente estas teorias muito divulgadas e influentes.”
Karl Popper.
Qual o tema/problema comum aos dois textos?


Respostas ao tema/ problema:

SIM porque...

NÃO porque...













Então,  há que distinguir..
.
FILOSOFAR ESPONTÂNEO

FILOSOFAR SISTEMÁTICO















E agora
 leia, com atenção os textos, retirando deles:

O TEMA, a TESE, os ARGUMENTOS e a  CONCLUSÃO.


Texto C

“Tomando a noção de útil no sentido prático, aplicável, eficaz, a filosofia é sem dúvida um saber, uma actividade inútil, ou melhor, utilizando uma bela sugestão de Valéry, frágil. E, no entanto - ponto que é decisivo – a força dessa fragilidade marcou épocas, falhou teorias, suscitou visões do mundo; criou conceitos, articulou saberes, inventou mundos. A filosofia foi sempre uma actividade que se singularizou pelos imensos efeitos da sua ausência de utilidade.”
M. M. Carrilho – Filósofos, para quê?


Texto D

“Iludem-se, então, os que procuram a verdade na filosofia? Iludem-se, por certo, se procuram na filosofia a verdade total e definitiva, a fórmula completa, nítida e inalterável da lei suprema das coisas, esse segredo transcendente que, uma vez conhecido, se isso fosse possível, os tornaria deuses, segundo a expressão bíblica, ou, segundo o nosso modo de ver, os tornaria inertes ininteligíveis…
Uma filosofia definitiva, feita e assente uma vez para todo o sempre, implicaria a imobilidade do pensamento humano: o absoluto anestesiá-lo-ia.”


Antero de Quental – Tendências Gerais da Filosofia na segunda metade do século XIX




Lola



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