sexta-feira, 6 de junho de 2014

Van Gogh




Van Gogh

O que gostaria de sussurrar a Van Gogh?

Pode soar estranho, literalmente. Uma réplica da orelha de Van Gogh foi criada com células de um familiar do pintor e está exposta na Alemanha.


A réplica da orelha com células vivas THOMAS KIENZLE/AFP

Vincent van Gogh deixou-nos alguns auto-retratos e, em 1889, fez mais um, desta vez de orelha enfaixada. Após algumas versões dos factos em torno do corte da sua orelha, acrescenta-se agora mais um ponto à história: com um microfone, os visitantes do Centro de Arte e Media, em Karlseuhe, Alemanha, podem falar com uma réplica da famosa orelha do pintor feita de células vivas, concebida pela bioartista Dietmut Strebe, que costuma utilizar materiais biológicos nos seus trabalhos.
Para esta orelha, em exposição até dia 6 de Julho, usaram-se células vivas da cartilagem de Lieuwe van Gogh, tetraneto de Theo van Gogh, irmão do pintor holandês. A intenção de Dietmut Strebe era a de utilizar material genético do próprio Vincent van Gogh, obtido de um envelope que o pintor teria lambido em 1883.
Inicialmente, pretendia-se incorporar esse ADN do pintor em células vivas de Lieuwe van Gogh e construir a orelha. Tudo parecia em andamento, mas os testes genéticos ao ADN que ficou no envelope revelaram que, afinal, quem lambeu o envelope foi outra pessoa. Assim, a solução encontrada passou apenas pelas células de Lieuwe van Gogh.
Cientistas no Brigham and Woman’s Hospital, em Boston (EUA), cultivaram-nas em laboratório, para se obter uma quantidade suficiente que permitisse construir uma orelha em tamanho real. Depois, as células receberam a forma da orelha cortada de Van Gogh, com o recurso a uma impressora 3D.Para os que se interrogam de que forma as células da orelha estão a ser mantidas vivas, eis a resposta: com nutrientes colocados numa solução.
E se alguém sussurrar a esta orelha de Van Gogh, por um microfone, ela até “ouvirá” o que lhe disserem, através da simulação dos impulsos nervosos originados por esses sons. Resultado desta simulação em tempo real para os visitantes: uns estalidos.nbsp;Texto editado por Teresa Firmino

In Publico de 05/06/2014 - 20:10
 No dia 23 de dezembro de 1888, o pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh, que sofria de depressão, cortou parte de sua orelha esquerda, na cidade francesa de Arles. 
O pintor levou o pedaço cortado para uma prostituta amiga sua. O motivo da automutilação teria sido um desentendimento com Gauguin, durante uma caminhada, em que Van Gogh mostrou uma navalha aberta e assustou o amigo. 
Após cortar a própria orelha, Van Gogh voltou para sua casa e dormiu como se nada houvesse acontecido. Ele foi encontrado pela polícia desmaiado e ensanguentado. Foi levado ao hospital, onde ficou por 14 dias. Assim que recebeu alta, pintou o “Auto Retrato com a Orelha Cortada”. 
Após o episódio, o comportamento de Van Gogh piorou e ele começou a sofrer com paranoias, imaginando que alguém quer lhe envenenar. Com isso, sofre novas internações, mas nenhuma delas dá resultado definitivo. Deprimido, no dia 27 de julho de 1890 o pintor vai ao campo, onde teria dado um tiro contra o próprio peito.
 Ele morreu dois dias depois, em Auvers-sur-Oise, aos 37 anos de idade.
In hojenahistoria.seuhistory.com


POLÉMICA

Foi Gauguin que cortou a orelha a Van Gogh?

Após dez anos de investigação, dois historiadores alemães concluíram que Van Gogh não se automutilou: terá sido Gauguin, com um golpe de espada, a cortar-lhe a orelha. O motivo? Uma prostituta chamada Raquel.

A teoria não é nova, mas agora é sustentada por dois historiadores alemães que dedicaram dez anos a analisar os relatórios originais da polícia francesa, os depoimentos de testemunhas e as cartas trocadas entre os dois pintores desavindos. Afinal, parece que Van Gogh não cortou a própria orelha com uma navalha. Terá sido Gauguin, também mestre na arte da esgrima, que no calor de uma discussão por causa de uma mulher o mutilou com um golpe de espada. Provavelmente, por acidente.
É esta a tese defendida pelos investigadores Hans Kaufmann e Rita Wildegans, no livro Van Gogh's Ear: Paul Gauguin and the Pact of Silence (A Orelha de Van Gogh: Paul Gauguin e o Pacto de Silêncio, em tradução literal), que acaba de ser publicado na Alemanha. E, segundo o El Mundo, será essa a versão dos factos que será apresentada, em Junho, num congresso internacional a realizar em Basileia - onde, desde 26 de Abril e até 27 de Setembro, no Kunstmuseum, se exibe Vincent Van Gogh- Between Earth and Heaven: The Landscape, uma grande mostra dedicada às paisagens pintadas pelo mestre holandês.
Conta a historiografia oficial que Paul Gauguin foi para Arles em Outubro de 1888, a convite do seu amigo Vincent Van Gogh, que por essa altura andava entusiasmado com a luminosidade e as cores da Provença. Durante nove semanas, coabitaram com discussões na Casa Amarela. Até que Gauguin quis voltar para Paris. E Van Gogh, que já sofria de distúrbios mentais, reagiu mal.
Van Gogh terá ameaçado Gauguin, pegou na navalha de barbear e cortou a orelha esquerda. Dirigiu-se depois a um bordel da cidade e entregou a orelha a uma prostituta, chamada Raquel. Foi para casa e só mais tarde, voluntariamente, se internou no hospital. Gauguin partiu de imediato para Paris. Van Gogh deixou Arles em Janeiro de 1889. É esta a versão aceite pelo próprio Museu Van Gogh de Amsterdão (ver.vangoghmuseum.nl).
Mas Hans Kaufmann e Rita Wildegans suspeitaram da arma usada - seria difícil alguém cortar a própria orelha com uma navalha. Encontraram incongruências na história. E após se debruçarem sobre os documentos da polícia, os depoimentos, as notícias publicadas na época e as cartas trocadas, concluíram que não foi bem assim.

In DN por Paula Lobo,
 06 maio 2009http://www.dn.pt/Common/Images/img_artes/icn_comentario.gif



Afinal, porque  e como Van Gogh cortou sua orelha?



A automutilação de Vincent Van Gogh, cortando a própria orelha, é um dos acontecimentos mais célebres da história da arte e, como tal, sujeito às mais variadas versões. Na verdade, existem duas vertentes historicamente aceitas e que muito se assemelham. A da chefatura de polícia da cidade de Arles, no sul da França, e o depoimento de Paul Gauguin, ambos tidos como “fontes primárias” confiáveis e que descrevem o drama da amputação da orelha. No caso de Paul Gauguin, veremos que, muito mais de que uma testemunha, ele foi praticamente um protagonista.



Autorretrato de Van Gogh com a orelha mutilada

Naquele final de ano de 1888, Gauguin compartilhava com Van Gogh a famosa Casa Amarela em Arles, uma espécie de estúdio moradia que Théo Van Gogh alugara para os dois pintores. 


Van Gogh pintou a Casa Amarela em Arles

No dia 25 de dezembro, Vincent tem um ataque de loucura e faz com que exploda a crise que se armava entre ele e seu amigo Gauguin. Van Gogh corta com uma navalha a própria orelha e entrega à um policial (segundo Gauguin).  



"Vincent Van Gogh Painting Sun Flowers", a pintura de Gauguin em que Van Gogh se viu como um louco e que teria despertado uma de suas mais terríveis crises (leia o texto em anexo do livro "Antes e Depois)

A relação entre ambos estava extremamente tumultuada e terminou exatamente quando Van Gogh cortou sua orelha. O testemunho de Paul Gauguin está imortalizado no seu livro “Antes e Depois” (Coleção L&PM Pocket). É um longo e riquíssimo depoimento, onde Gauguin faz considerações sobre o estado mental àquela altura já bastante deteriorado de Van Gogh. 

 Num  trecho do livro,  Gaughin  descreve jornalisticamente e reconstitui a noite em que se deu o célebre drama 


Quer ler?


http://issuu.com/nannirios/docs/antes_e_depois_trecho_21-24/1?e=0

In  L&PM  blog




Lola

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...