sexta-feira, 6 de março de 2015

Preparação Testes 10° Ano




Preparação 4° teste 10° Ano


Estrutura 
  • Itens de escolha múltipla
  • Itens de resposta restrita
  • Itens de resposta extensa


Tempo : 90 minutos


Conteúdos


A - A Dimensão ético-política: análise e compreensão 

da experiência valorativa


    Como sabe existem diferentes dimensões da vida humana e dos valores. 
  1. O que significa dimensão ético-política?
  2. Que questões são abordadas pela ética?
  3. O que é um dilema moral?
  4. Dê um exemplo.


 Um dilema moral na Medicina
O neurocirurgião, João Lobo Antunes, descreve neste vídeo um dilema ético da Medicina.
 Suponhamos que só há uma cama disponível nos cuidados intensivos de um hospital
 e chegam dois pacientes: um com 67 anos (ou mais) e um de 18 anos.
Quem tem direito a essa cama?
Qual deles devem os médicos salvar?
Que critério devem utilizar?
A resposta não é evidente, o critério ético utilizável também não. 
Ouçamos as palavras deste médico. 


VER:



  1. Qual o conceito central da ética? Caracterize-o.
  2. Distinga ética e moral.
  3. Distinga intenção ética e norma moral.
  4. Exemplifique intenção ética e norma moral a partir da situação: “O Tomás tirou, abusivamente, da mochila do colega Xavier os resumos que este tinha feito para o teste de Filosofia privando-o de poder estudar por eles”. 
  5. Relacione dimensão pessoal e social da ética;
  6. Explique o conceito de consciência moral;
  7. Relacione Moralidade, Liberdade e Autonomia;
  8. Explique a afirmação de Sartre: "O homem está condenado a ser livre".
  9. Porque razão havemos de ser morais.
  10. Distinguir egoísmo ético e egoísmo psicológico.



 B - A Fundamentação da Moral: análise comparativa de 

duas perspetivas filosóficas





  Esclareça o significado da expressão: "Necessidade da Fundamentação da Moral";

  Significa que se deve estabelecer um critério  para distuinguir uma acção moralmente          boa ou correcta de uma  acçãomoralmente incorrecta.Tem a ver com a exigência de            encontrar esse critèrio que separe ou distinga o que é, moralmente, certo ou errado. 


  12. Distinguir as duas éticas quanto ao Bem Ultimo;
       13.Porque é que a ética de Kant é Deontológica?
       14. Relacionar os conceitos kantianos de dever e boa vontade;
       15. Apresente a concepção de ser humano para Kant;
    16. Distinguir, exemplificando, acções por dever, conforme ao dever e contra o dever;
       17. Relacionar Moralidade e Legalidade;
       18. Distinguir e exemplificar Imperativo Categorico e imperativo hipotetico;

O filósofo de Kõnigsberg distingue imperativos hipotéticos de imperativos categóricos.

 O imperativo hipotético é uma ordem condicionada, na medida em que se submete a condições para que cumpramos o dever, dizendo-me o seguinte: “Tu deves fazer isto, se queres obter aquilo”. Por exemplo, eu devo dizer a verdade, se quero ficar bem visto perante os vizinhos do meu bairro. Ora, a expressão que temos aqui tem a seguinte forma: Eu digo a verdade (cumpro o dever) para não ficar mal visto perante os outros (não pelo próprio dever, mas por interesse). Cumpro o dever, não pelo próprio dever, como um fim em si mesmo, mas como um meio para obter um fim. (O imperativo hipotético é o princípio que norteia a acção do indivíduo que age apenas em conformidade com o dever.)


Pelo contrário, o imperativo categórico é uma ordem incondicionada, na medida em que não se submete a qualquer condição para que realizemos uma certa acção, anunciando o seguinte: “Tu não deves mentir aos teus pais, porque esse é teu dever”. Não devo mentir aos meus pais, porque é meu dever não mentir em todas as circunstâncias possíveis e não por causa de qualquer outro interesse ou inclinação. Neste caso, estou a cumprir o dever pelo próprio dever, não minto porque é meu dever não mentir.

 19.  Caracterizar a lei moral em Kant; 
       20. O que entende Kant por màxima?
       21. Explicar as duas formulações do Imperativo categorico. 
     
    “Age segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que se torne         lei universal.” (agir de um modo tal que eu queira que o princípio que determina a       minha acção seja também ele seguido por todos os indivíduos) - lei universal

     Age de tal maneira que uses a tua humanidade, tanto na tua pessoa como na  pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca      simplesmente como meio.” (agir de um modo tal que, encare o outro como o fim da minha acção e não simplesmente como um meio para atingir algo) - respeito pela pessoa.
     
      22. Distinguir autonomia e heteronomia da vontade;

A capacidade do indivíduo agir de acordo com a lei moral denomina Kant de autonomia da vontade. Autonomia da vontade porque o indivíduo não está a agir condicionado pelos seus interesses ou inclinações sensíveis, mas num puro respeito pela lei da sua própria consciência racional. Ao obedecer à lei moral, estou a obedecer a uma lei da minha própria razão. Kant denomina esta vontade que cumpre o dever pelo próprio dever de boa vontade. (Nota: A autonomia da vontade identifica-se em Kant com o agir que cumpre o dever pelo próprio dever.)

Por sua vez, à incapacidade do indivíduo determinar a sua conduta pela lei moral chama Kant vontade heterónoma. A vontade heterónoma é aquela que cumpre o dever, não por dever, mas por interesse, mas também a vontade que simplesmente não cumpre o dever.


   23. Relacionar Moralidade, Autonomia e Dignidade Humana.

  24. Avaliar, em exemplos dados, a moralidade das acções, segundo a ética kantiana.


Atente na seguinte situação: “Durante a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra e os barcos de pesca com refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão de passagem. Ora, é claro que os pescadores tinham apenas duas alternativas, mentir ou permitir que os seus passageiros (e eles mesmos) fossem apanhados e executados. Não havia terceira alternativa.”

Os pescadores holandeses encontravam-se então na seguinte situação: ou “mentimos” ou “permitimos o homicídio de pessoas inocentes”. Os pescadores teriam de escolher uma dessas opções. De acordo com Kant, qualquer uma delas é errada, na medida em que as regras morais “não devemos mentir” e “não devemos matar” (ou permitir o assassínio de inocentes, no caso do exemplo dado) são absolutas. O que fazer então?
Verificamos que a teoria ética de Kant não saberia responder perante uma situação de conflito, porque proíbe ambas as possibilidades de acção por estas se revelarem moralmente incorrectas. Mas a verdade é que, perante uma situação destas, a qual por acaso se passou na realidade, teríamos de optar por uma dessas duas possibilidades. Se a teoria ética de Kant nos proíbe de optar por uma delas, mas na realidade somos forçados a optar por uma, a teoria ética de Kant revela-se incoerente. Incoerente porque aquilo que concluímos (existem casos em que temos de mentir) contradiz aquilo que Kant defende (não devemos mentir nunca e em qualquer situação e isto porque para Kant as regras morais são absolutas).  


    25; Como entende Kant a mentira?

 Para Kant, mentir é sempre incorrecto, sejam quais forem as circunstâncias em que me encontro, porque para Kant as regras morais são absolutas, não existem excepções para um eventual incumprimento dessas mesmas regras. Cumpro o dever como um fim em si mesmo e não como um meio para obter outro fim.


      26. Apresentar objecções à ética de Kant.


XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

   26. Defina a ética utilitarista de Stuart Mill


Para Stuart Mill, o critério para aferir da moralidade das nossas acções encontra-se nas consequências das mesmas, naquilo que resulta das nossas acções. É porque apenas se atende às consequências das nossas acções que se designa a teoria de Mill de teoria utilitarista, no sentido em que a minha acção é boa ou má, consoante seja útil ou não para o maior número possível de pessoas.

   27. Porque é que a ética de Stuart Mill é consequencialista;

   28. O que entende Stuart Mill por felicidade;


 Por felicidade entende ainda Mill o prazer e a ausência de dor ou sofrimento.

Mill enuncia o princípio utilitarista do seguinte modo: “A máxima felicidade possível para o maior número possível de pessoas é a medida do bem e do mal.”   



Para Mill, a felicidade geral é a única coisa desejável por si mesma, enquanto todas as outras coisas são apenas encaradas como um meio para obter um fim, fim esse que é a felicidade.
O argumento apresentado por Mill para justificar que a felicidade geral é algo de desejável por si mesmo (por todos nós) é o seguinte: Argumento da felicidade como fim em si:
Cada pessoa deseja a sua própria felicidade.
A felicidade de cada pessoa é um bem para essa pessoa.
Logo, a felicidade geral é um bem para o conjunto de todas as pessoas.  
A partir deste argumento, de que a felicidade geral é a única coisa desejável por si mesma, Mill vai defender que quando agimos devemos procurar visar essa mesma felicidade geral. Assim, a partir do argumento anterior construímos o seguinte argumento:
A felicidade geral é um bem para o conjunto de todas as pessoas.
Logo, cada pessoa deve agir de modo a promover a felicidade geral


Verificamos assim que, para Mill, o fim – a felicidade geral – justifica os meios. Na teoria do utilitarismo, há um primado dos fins da acção em relação aos meios. Significa isto que, para Mill, uma acção terá valor moral desde que a quantidade de felicidade que produzimos com a nossa acção sobre um determinado número de pessoas seja superior ao número de pessoas a que causamos dor ou sofrimento durante a realização da acção. Ou seja, para Mill, é suficiente que a felicidade produzida com a acção seja superior ao sofrimento eventualmente provocado com a sua realização para que a acção tenha valor moral e é neste sentido que há um primado dos fins da acção (da maximização da felicidade para o maior número) sobre os meios (mesmo que a acção produza sofrimento sobre algumas pessoas).

   29. Distinguir os prazeres para Stuart Mill;


Mill dá preferência aos prazeres intelectuais (prazeres superiores) – prazeres que resultam do exercício das nossas capacidades intelectuais – sobre os prazeres sensíveis (prazeres inferiores), querendo com isso dizer que não troca uma vida de prazeres intelectuais por outra vida com um maior número de prazeres sensíveis. Para testemunhar isso mesmo, Mill exemplifica dizendo que preferia ser um «Sócrates insatisfeito» do que um «porco satisfeito», ou seja, é preferível uma vida fraca em prazeres intelectuais a uma vida cheia de prazeres sensíveis, porque os prazeres intelectuais são qualitativamente superiores aos prazeres sensíveis.

   30. Exemplificar prazeres superiores e inferiores;

   31. Qual o principio moral que permite distinguir acções correctas de incorrectas?


 Para Stuart Mill, uma acção tem valor moral consoante produza uma maior ou menor    quantidade de felicidade sobre as várias pessoas implicadas pela acção (tendo em conta as próprias circunstâncias da acção e as condições de acção do próprio agente).

Para Mill, é suficiente que a felicidade produzida com a acção seja superior ao sofrimento eventualmente provocado com a sua realização para que a acção tenha valor moral e é neste sentido que há um primado dos fins da acção (da maximização da felicidade para o maior número) sobre os meios (mesmo que a acção produza sofrimento sobre algumas pessoas).


   32. Defina Hedonismo;

Para Mill, uma vida boa seria então uma vida de experiências aprazíveis, mas, sobretudo, experiências de prazer intelectual.  

  33. Avalie, mediante exemplos dados, acções moralmente correctas e incorrectas;

   34. Haverà para o utilitarismo deveres morais absolutos?

   35. Mas por que razão defende Mill este princípio da máxima felicidade?

Por que razão me hei-de eu esforçar por promover a felicidade dos outros, se posso limitar-me a promover apenas a minha própria felicidade? Mill parece apresentar dois argumentos para responder a esta questão, o argumento da felicidade geral como fim último das nossas acções (apresentado em cima) e o argumento da ética cristã.


   35. Apresente objecções à ética de Stuart Mill.


COMPARAR AS ÉTICAS DE KANT E STUART MILL




Na tentativa de se fazer uma avaliação moral das nossas acções, apresentam-se duas teorias morais: a teoria de Kant e a teoria de Stuart Mill.

A teoria moral de Kant vai avaliar a moralidade das nossas acções baseando –se na intenção com que realizamos as acções. Por sua vez, a teoria moral de Stuart Mill vai avaliar a moralidade das nossas acções a partir das consequências das acções. Denomina-se a teoria moral de Kant de teoria deontológica, porque é uma doutrina moral que se baseia na noção de dever. Para Kant, na avaliação da moralidade de uma acção aquilo que mais importa é a intenção com que a pessoa age e não as consequências da acção. Concretamente, para Kant, a moralidade de uma acção é cumprir o dever por dever.

A teoria de Stuart Mill é denominada teoria utilitarista, porque defende que o critério para avaliar a moralidade de uma acção é pelas consequências desta (uma acção é moralmente correcta se promover a felicidade para o maior número de pessoas).
A questão que se vai colocar com estas duas teorias morais vai ser a seguinte: 

Devemos avaliar a moralidade de uma acção pela intenção com que  a realizamos ou pelas consequências que dela resultam?


(Ver no blog quadros comparativos)




Nota: 

Para facilitar o vosso estudo apresentei algumas propostas de resposta 
a questões que poderiam suscitar mais duvidas!






                                                  Lola


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