quarta-feira, 13 de março de 2024

Filosofia da Ciência: Teste de Avaliação.

 




Filosofia da Ciência: 

Teste de Avaliação.


Na resposta a cada um dos itens seguintes, selecione a única opção correta.

 

1.   A qual dos seguintes problemas procura responder a filosofia da ciência?

A. Em que consiste a teoria da gravitação universal, de Newton?

B. Como evolui a ciência?

C. O que é que faz com que uma ação seja moralmente correta?

D. Em que diferem as teorias do fixismo e do evolucionismo?

 

2.   A perspetiva indutivista do método científico

A. baseia-se no raciocínio dedutivo.

B. incorre na falácia da afirmação do consequente.

C. é defendida por Francis Bacon e Karl Popper.

D. subestima o valor das previsões bem-sucedidas.

 

3.   O problema da verificação das hipóteses científicas

A. opõe o indutivismo ao critério da verificabilidade.

B. procura identificar o que distingue as teorias científicas das que não são científicas.

C. questiona a possibilidade de confirmação das hipóteses científicas ou a sua verificabilidade.

D. não tem qualquer relação com o problema da indução apresentado por David Hume.

 

4.   Considere os seguintes enunciados:

1.  Todos os planetas descrevem rotas elípticas.

2.  O Inferno é um lugar hostil.

3.  Não há vida noutros planetas.

 

Deve afirmar-se que

A. 1 e 3 são falsificáveis; o enunciado 2 não é falsificável.

B. 2 e 3 são falsificáveis; o enunciado 1 não é falsificável.

C. 1 é falsificável; os enunciados 2 e 3 não são falsificáveis.

D. 1 e 3 não são falsificáveis; o enunciado 2 é falsificável.

 

5.  Para Popper, uma teoria científica que revela resistência a um ou mais testes empíricos que a procuram refutar é uma

A.  teoria falsificada.

B.  má teoria.

C. teoria verdadeira.

D. teoria corroborada.

 

6.    A falsificabilidade de uma teoria é

A. um atributo que a torna passível de ser verificada pela experiência.

B. uma característica que ela tem de poder ser submetida a testes empíricos que visem a sua refutação.

C. uma qualidade que denota a sua não resistência a testes em que se procurou a sua falsificação.

D. o maior ou menor “grau de confirmação” que ela revela.

 

7.   Uma das críticas feitas ao indutivismo é a de que

A. não é o procedimento mais comum entre os cientistas.

B. corresponde a uma conceção idealizada da ciência.

C. as leis científicas não são suscetíveis de uma verificação conclusiva.

D. a observação dos factos ou fenómenos é neutra e isenta de pressupostos.

 

8.   A possibilidade de uma afirmação ser testada através da observação ou experimentação

A. é condição de cientificidade tanto para o indutivismo como para o falsificacionismo.

B. não é condição de cientificidade para o indutivismo nem para o falsificacionismo.

C. é condição de cientificidade para o indutivismo, mas não para o falsificacionismo.

D. é condição de cientificidade para o falsificacionismo, mas não para o indutivismo.

 

9.   O problema da objetividade da ciência

A. é um falso problema, uma vez que a história da ciência confirma a total objetividade do conhecimento científico.

B. procura determinar se a avaliação e escolha de teorias é feita com base em razões estritamente imparciais.

C. não encontra resposta na filosofia da ciência de Karl Popper.

D. está relacionado com o problema da demarcação, mas não com o da evolução da ciência.

 

10. Indique qual das opções descreve corretamente a ordem dos procedimentos metodológicos no âmbito do indutivismo?

A. Observação dos factos ou fenómenos; experimentação/verificação experimental; formulação de hipóteses; generalização dos resultados.

B. Experimentação/Verificação experimental; generalização dos resultados; formulação de hipóteses; observação dos factos ou fenómenos.

C. Generalização dos resultados; experimentação/verificação experimental; formulação de hipóteses; observação dos factos ou fenómenos.

D. Observação dos factos ou fenómenos; formulação de hipóteses; experimentação/verificação experimental; generalização dos resultados.

 

Grupo II

1.   Como se distingue a ciência da pseudociência?

2.   Qual é o papel do senso comum na evolução do conhecimento científico e como difere do conhecimento científico?

3.   Em que consiste o critério da verificabilidade na filosofia da ciência?

4.   Por que razão é que a astrologia, apesar de oferecer explicações organizadas, é geralmente considerada não científica?


Grupo III


1.   Leia o texto seguinte:

 «Quanto mais falsificável for um enunciado, mais útil é à ciência. Muitos enunciados são expressos de forma vaga, fazendo que seja bastante difícil ver como poderiam ser testados e como interpretar os resultados

Nigel Warburton (1998), Elementos Básicos de Filosofia, Lisboa, Gradiva. p. 180


1.1. Explicite em que medida o conceito de falsificabilidade de Karl Popper contribui para o problema da demarcação em Filosofia da Ciência. Dê um exemplo de um enunciado vago e justifique.

 

 

Sugestões de resposta

Grupo I

1. B.         

2. B.        

3. C.         

4. A.         

5. D.         

6. B.         

7. C.        

8. A.         

9. B.        

10. C.

 

Grupo II

1.   A ciência distingue-se da pseudociência pela sua metodologia rigorosa e pelo uso do método científico, que inclui a formulação de hipóteses testáveis, a realização de experiências e a análise objetiva dos dados. A ciência é aberta à revisão e ao escrutínio da comunidade científica, enquanto a pseudociência muitas vezes, se baseia em alegações não verificáveis, carece de evidência empírica e não está aberta a críticas ou revisões. A pseudociência, frequentemente, utiliza jargão científico de forma inadequada e faz alegações que não são sustentadas por estudos científicos confiáveis.

2.   O senso comum desempenha um papel inicial na evolução do conhecimento científico, muitas vezes servindo como ponto de partida para questionamentos e observações que podem levar a investigações científicas. No entanto, o senso comum difere do conhecimento científico em termos de rigor, sistematização e metodologia. Enquanto o senso comum se baseia em perceções imediatas, experiências pessoais e é muitas vezes não sistemático e acrítico, o conhecimento científico é construído através de métodos rigorosos, é sistematizado, baseia-se em evidências empíricas e está sempre sujeito a revisão e a teste. Assim, a ciência transforma e aprofunda o conhecimento originado no senso comum, oferecendo uma compreensão mais detalhada, precisa e testável dos fenómenos.

3.   Segundo o critério da verificabilidade, proposto pelo Círculo de Viena, uma teoria é científica apenas se o que propõe puder ser verificado empiricamente. Isto significa que, para ser considerada científica, uma teoria ou hipótese deve ser passível de ser testada através de observações ou experiências. Este critério baseia-se na ideia de que o valor de verdade de uma afirmação pode ser determinado pela sua correspondência com os factos observáveis. A verificabilidade não exige que todas as observações necessárias sejam realizáveis na prática, mas sim que, em princípio, seja possível estabelecer o valor de verdade da teoria através da observação.

4.   Apesar de a astrologia oferecer explicações sistemáticas e organizadas sobre o comportamento humano com base na posição dos astros, ela é, geralmente, considerada não científica porque as suas afirmações não são empiricamente falsificáveis de acordo com os padrões da ciência moderna. A astrologia não se baseia em métodos científicos rigorosos e as suas previsões não são testáveis de uma forma que permita a sua refutação. Além disso, ela não se ajusta ou evolui com base em novas evidências ou descobertas, o que é um aspeto fundamental da ciência. Portanto, a astrologia, apesar de ter um sistema de crenças e práticas, não satisfaz os critérios de cientificidade estabelecidos pela filosofia da ciência, como a falsificabilidade.

 

Grupo III


1. O conceito de falsificabilidade de Karl Popper oferece uma solução para o problema da demarcação, ao sugerir que a cientificidade de uma teoria depende da sua capacidade de ser refutada empiricamente. Segundo Popper, uma proposição, hipótese ou teoria é científica só se for possível conceber uma observação ou experiência que possa refutá-la. Isso significa que testar uma teoria científica envolve procurar casos que sejam incompatíveis com ela, e não apenas procurar apoio empírico. O conceito de falsificabilidade permite distinguir teorias científicas das não científicas com base na possibilidade de serem testadas e potencialmente refutadas. Teorias que não são falsificáveis, ou seja, que não podem ser refutadas por qualquer observação empírica, são consideradas não científicas. Este critério de falsificabilidade torna-se um importante marco na diferenciação entre ciência e não ciência, permitindo identificar as teorias que contribuem efetivamente para o avanço do conhecimento científico.

 

Um exemplo de um enunciado vago poderia ser: “Algumas pessoas têm uma energia especial que afeta os outros à sua volta.” Este enunciado é vago porque não especifica o que significa “energia especial” nem como essa energia poderia ser medida ou observada. Sem critérios claros e mensuráveis, tal enunciado não é empiricamente falsificável.

 

 

Muito obrigada aos autores do projecto 

Ágora - 11º Ano!

 

José Ferreira Borges

Marta Paiva

Nuno Fadigas

Orlando Tavares



LOLA

  

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