domingo, 1 de março de 2015

Jurgen Habermas




Jurgen Habermas: forte criticismo à sabotagem alemã da EU

  Jürgen Habermas filósofo e sociólogo de 84 anos advertiu que a Alemanha está a conduzir a União Europeia na direção errada e deixou os políticos do SPD bastante desconfortáveis.
  O filósofo alemão Jürgen Habermas, num comunicado ao Partido Social-democrata (SPD), criticou este por suportar – tanto enquanto parte da oposição como agora em coligação com a chanceler alemã Angela Merkel – o “tratamento drástico” a que ela forçou os países em crise. Ele afirmou que a análise alemã da euro-crise boicotou a União Europeia a partir de dentro.
  A abordagem “favorável aos investidores” de Merkel foi profundamente prejudicial à democracia, avisou ele, teve consequências sociais “atrozes” nos países em crise e desencadeou uma nova onda de nacionalismo na Europa”, notificou o Times irlandês.

  “Não é do nosso interesse nacional reincidir na posição hegemónica que abriu caminho a duas Guerras Mundiais, e foi apenas superada através da unificação Europeia,” disse o Professor Habermas.

  O filósofo e sociólogo de 84 anos, um dos intelectuais alemães mais eminentes, tem vindo a ser um defensor de uma maior integração Europeia. Dai a sua advertência de que o maior membro da EU está a guiar o bloco na direção contrária foi uma audição desconfortável para os políticos do SPD.

  No seu comunicado de 30 minutos, o Professor Habermas fez do seu alvo a perceção alemã da recente instabilidade como “crise de dívida soberana” nos países periféricos europeus. Depois de se empanturrarem com dinheiro barato antes da crise, assim defende esta leitura convencional Alemã da crise, dietas fiscais drásticas e reformas sociais foram exigidas como uma precondição para a solidariedade fiscal da zona euro central liderada pela Alemanha.





  Segundo o Prof Habermas, Berlim utilizou o seu poder económico e político para impor medidas de resgate apropriadas às suas próprias – mas apenas suas – tradições económicas. Tal, defende ele, ocorreu não através dos canais políticos convencionais da zona euro, o assim chamado “método comunitário”, mas sim através da “Auto capacitação” do Conselho Europeu – onde os líderes europeus se reúnem.

  Finalmente, tendo assegurado tratados reformistas e estruturas de resgate para lá da lei da União Europeia, disse o Prof Habermas, Berlim desapropriou-se das “consequências da monolateral política de austeridade” que exigiu.

  Pensando no futuro, ele avisou que a tecnocracia de Berlim, aproximação intergovernamental- a qual “considera governos nacionais e cidadãos como crianças menores ”-diminuíram a disposição para uma integração Europeia mais próxima,

  É essencial trabalhar contra isto, argumenta ele, mantendo afastadas as políticas de autoridade para alcançar medidas de estímulo.
  Prof Habermas pôs de lado as preocupações alemãs que o ritmo da reforma iria ter como resultado atrasar os países em crise.

  Ele disse existirem boas razões para procurar uma excelente integração Europeia, mas os cidadãos nos estados-membros rejeitarão sempre sem serem presenteados com um maior controlo democrático. A abordagem dos “segredos tecnocráticos de Berlim “ nas crises aumentaram a influência Alemã na União Europeia, disse ele, mas também elogiou a grande resistência contra Berlim. “O governo federal tomou uma posição homogénea na Europa e … criou uma situação explosiva ”-disse ele.

  Separadamente, um novo estudo pôs de lado a afirmação que a década de ouro da economia alemã e as reformas sociais, atrasaram como um modelo para os países em crise, estão por trás da sua própria recuperação rápida.
  O estudo, que será publicado na próxima semana pelo ”Jornal das Perspetivas Económicas”, diz que as reformas “não foram centrais ou essenciais no processo de melhorar a competitividade da indústria Alemã”. 
   
  O relatório chama a atenção para o uso de reformas na Alemanha como um “modelo” noutros países com estruturas muito diferentes na maior parte das vezes. Em vez dos economistas recomendarem seguir o exemplo Da Alemanha na “descentralização contratual para um nível sólido” para melhorar a flexibilidade salarial e assegurar que os “os trabalhadores também beneficiam quando as condições económicas melhoraram”.

Source: Irish Times05 Feb. 14 (11:39)


Tirado daqui

-undermining-the-eu




Tradução livre dos meus mochinhos 
Pedro Justo e Gonçalo Rocha do 11°A

OBRIGADO!




                                                 Lola

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