segunda-feira, 6 de abril de 2020

Relatos do quotidiano em tempo de pandemia



Relatos do quotidiano em tempo de pandemia


"Ao longo da história do planeta terra muitos são as catástrofes que já existiram, tais como: a peste negra, a varíola, a gripe espanhola, a sida (que mataram dezenas de pessoas) e outras menos mortíferas como por exemplo: ébola, a febre-amarela, a colora… Mais uma vez estamos a passar por uma pandemia, o covid-19. Já conhecemos a sua estrutura e algumas das suas formas de contaminação mas ainda existem muitas incógnitas.
Vivemos novamente num tempo de sofrimento, um tempo em que é necessário mudar de comportamento individual e pensar também nos outros. Não podemos voltar ao normal porque o normal é o problema.
Cada vez mais existem mais casos de covid-19, isso acontece porque as pessoas não respeitam as normas e porque é que erramos? Segundo Descartes erramos porque conduzimos os nossos pensamentos por vias dispersas e porque não consideramos as mesmas coisas, neste caso não aceitamos as “regras”.
Há uma falácia no ar que isto vão ser apenas algumas semanas complicadas. Será mesmo? Razão, segundo Descartes é a capacidade de distinguir o verdadeiro do falso. Evidência é uma das regras do método, só devemos aceitar algo como verdadeiro se se apresentar claro e distintamente ao espirito. Vão ser mais que semanas, vão ser meses ou até anos…Quando será vão encontrar a vacina? Para perceber que nos estão a dar informações certas é necessário duvidar. Esta é a atitude que Descartes toma para encontrar verdades indubitáveis a partir das quais possa construir os princípios sólidos da sua filosofia.
Para que tudo melhore é necessário utilizar um método, este é um conjunto de regras certas e fáceis que por quem quer que seja utilizado não lhe permite tomar o falso pelo verdadeiro e permite conhecer tudo o que ainda pode ser conhecido.
“ As pessoas que olham para as coisas de fora tem a impressão que tudo é fácil. Mas nada é fácil” – Francesco Alberoni
Se tem possibilidade de ficar em casa fique, existem tantos médicos e outras pessoas que gostariam de estar no seu lugar, com a sua família".

I.M. 11º Ano

"Boa tarde!
Hoje é dia 25 de Março de 2020, um dia normal, mas um dia completamente diferente e aborrecido como tem sido todos até aqui desde o dia 13 de Março, o dia em que todos os alunos, como eu, fomos mandados para casa, para prevenir a nossa saúde. 
Inicialmente, baseando me em factos reais, na escola, se um colega meu tivesse um espilro ou estivesse a tossir, todos brincava mos “ é o corona vírus” e ouviam se inúmeras gargalhadas, porque não estava em Portugal, era engraçado brincar com a situação. Segue-se que a situação com que nós brincávamos e desprezávamos é hoje muito preocupante, e muito injusta.
 Mas hoje até arrepia olhar para as notícias e ver o que está a acontecer, os números a crescer fortemente, não só aqui, mas também nos outros países. É a situação que está a prejudicar milhares de pessoas a nível financeiro, e por vezes a matar pessoas com poucas defesas. Infelizmente, sabemos que, por exemplo na Itália, os “velhinhos” a partir de uma certa idade já nem sequer tem acesso a meios diretamente ligados á saúde, a este vírus, é triste, porque se fossem da nossa família, os nossos avós, os nossos pais, os nossos familiares, gostaríamos de os ver morrer assim? 
Não é injusto? 
Mas também não é possível salvar todos perante os números elevadíssimos que vão surgindo. Mas na verdade somos todos iguais, somos todos seres humanos, mas infelizmente não temos todos os mesmos direitos ou teremos? Por eu ser mais nova sou mais privilegiada, pois ainda terei muitos anos pela frente se nada correr mal, muito dinheiro para ganhar para gastar e ajudar a economia, os velhinhos não. Mas não é justo para eles já foram como nós, e nós seremos como eles são, e se tivéssemos na pele deles gostaríamos de saber que íamos morrer infetados com um vírus que apanhamos, ou que alguém nos transmitiu? 
E se fossemos nós, o que sentiríamos? 
Se fossem os nossos familiares? Deve ser uma dor torturante, para todas aquelas famílias e para todos aqueles que ainda não estão infetados e vivem uma enorme ansiedade de pensar que se apanham o vírus nem sequer tem hipóteses de sobreviver, nem sequer tem direito a ser visto e avaliado por um médico. 
Eu não me devo achar privilegiada?
E é nesta fase que eu, como neta até receio ir a casa da minha avó, pois a idade já lhe pesa, tem poucas defesas, e será que se a situação não acalmar não ficamos em situação igual a Itália? 
Eu pouco me preocupo comigo, pois tenho mais defesas… mas os meus pais, os meus familiares com mais idade? Não os quero perder. Mas na verdade são poucas hipóteses perante esta pandemia que estamos a viver de ajudar todos, está a deixar muitas questões, está a deixar os alunos preocupados com os exames, está a deixar empresas preocupadas de como proteger os seus empregados, está a afetar tudo, a religião também, tudo, parou tudo ou tudo deveria parar, alguns empregos que ainda trabalham e estão á espera de quê? De aparecer alguém infetado? Prevenir é antes.
Está a gerar muitos problemas, neste momento vivemos numa situação de medo, de incerteza, e de insegurança. 
E quando será o fim de tudo isto? Quando poderemos nós voltar á vida normal? Como será a vida depois disto? A economia? A escola? Tudo? Quando acabará tudo?
É agora que, eu enquanto aluna, dou valor á escola, á vida normal que tantas vezes me queixava. Nós que estudamos História na escola, e estudamos acontecimentos marcantes á uns anos, doenças, nunca pensaríamos sermos nós a viver também algo parecido, agora sim sabemos o quanto custa, vivemos nessa angústia, por tempo ilimitado.
Para os médicos não será uma fase fácil, tantas horas de trabalho, tantas vidas para tentar ajudar, tanto cansaço, tanto esforço. É a eles que teremos de valorizar pelo seu esforço para connosco, grandes guerreiros, grandes amigos, deixam tudo pelos pacientes. Resta apenas, fazer o mínimo, ajudar quem nos ajude, não sair de casa, evitar o mínimo contacto com pessoas. Juntos iremos ultrapassar esta fase".


T. T. 11º Ano



"Nós últimos tempos,temos assistido a determinados comportamentos ,a reações um pouco infundadas ,de acordo com o anúncio de estado de emergencia devido á pandemia do coronavirus.A comida dos supermercados que se vai,de forma descontrolada, pessoas que fazem o seu passeio matinal  sem pensar no risco para a saúde pública ,esplanadas cheias, praias aglomeradas ,numa altura que nos é pedido o distanciamento social,como podemos justifar estes comportamentos?Será que vivemos numa sociedade sem regras morais?Como podemos classificar esta ação humana?Será que na nossa sociedade,nas nossas relações humanas ,nas nossas relações sociais estão desprovidas do que chamamos de Etíca?
Com o aparecimento de uma pandemia o mundo fica suspenso, as nossas fragilidades e inseguranças vêm ao de cima, por momentos deixamos de acreditar nas nossas crenças, ficmos vulneráveis, sensíveis, sem conseguirmos ter um raciocínio, comportamentos, formas de agir sem o mínimo de bom senso.
A capacidade de julgar de distinguir o que é verdadeiro e o falso, é uma capacidade naturalmente igual em todas as pessoas, como afirmava Descartes.
Se formos analisar a obra de Descartes “Discurso de Método” o pai do racionalismo ,podemos a afirmar que o bom senso ,é de melhores faculdades que a sociedade pode ter, distinguir o verdadeiro do falso .
A obra de descates “Discurso do Método” não é um livro científico, mas sim pedagógico, que neste momento seria uma boa ferramenta para a nossa vida em sociedade, em que temos que filtrar de forma racional tanta informação, algumas sem fundamento, outras falsas,que tanto nos fragilizam e separar o verdadeiro do falso é uma das exigencias fundamentais mediante a disseminação de uma nova epidemia e de informações claras, unívocas e cientificamente fundadas,com vista a evitar reações inconvenientes de panico.
E necessário uma colaboração dos meios de comunicação em vista ao bem comum.
Quando falamos de ética estamos a falar de valores, sobretudo de valores coletivos ,principalmente quando vivemos uma situação em que os valores coletivos estão à flor da pele e quando nós deparamos com a falta deles.
Numa pamdemia, como a que estamos a viver é importante que a sociedade,  no seu todo,  adquira cada vez mais consciencia coletiva.
Atravessamos nos últimos dias cenários desoladores,escolhas difíceis,isto significa “escolhas trágicas”,tendo profissionais de saúde,nomeadamente os medicos quem salvar.Aqui entra a função da ética ,que é evitar que as decisões sejam imprudentes.
Quando falamos ”tenho um problema ético” quer dizer que tenho um conflito de valores?.
De acordo com a situação atual, podemos adaptar critérios racionais, atendendo a quem chegar em primeiro lugar ou outros aplicar outros critérios com objetividade e rigor?.
Todos os dias, observamos pelos meios de comunicação, hospitais lotados,com pessoas infetadas havendo, obviamente, de fazer opções quer pela gravidade quer pela idade.
Não é por acaso que a palavra ética vem do grego e significa “modos de ser” pode ser entendida como uma reflexao sobre o comportamento moral, procurando descobrir o que motivou cada indivíduo a agir de um determinado modo, em função  do bem comum".

Rui S.  11ªD


MUITO OBRIGADO A TODOS!

Orgulhosa de vós!




À espera de novos relatos dos meus alunos....


                                                Lola

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