Kant, Mill e Rawls: exercícios de escolha múltipla
Ética de Kant
Exercícios
Seleccione a alternativa correcta.
a) Dos resultados da acção;
b) Da intenção ou do motivo do agente;
c) Da intenção ou motivo do
agente façamos o que fizermos;
d) Da satisfação interior que decorre da
acção realizada
2. Agir em conformidade com o
dever é:
a) Respeitar a lei moral porque não se pratica crime
algum.
b) Respeitar uma exigência moral categórica;
c) Cumprir o dever sem qualquer outro objectivo.
d)
Agir de uma forma em que os nossos desejos e interesses influenciam a nossa
motivação.
3. Uma
acção genuinamente moral é, para Kant, a que:
a) Fazemos por compaixão;
b) Fazemos por amor ao próximo;
c)
Fazemos por respeito absoluto pela lei moral.
d) Fazemos por interesse em cumprir
o dever.
4. Segundo Kant, para determinar o
valor moral de uma acção temos de dar atenção:
a)
Ao motivo da acção;
b) À razão e às consequências da acção;
c) Aos efeitos da acção;
d) Ao que resulta do que fizemos.
5. A boa vontade é:
a)
A vontade que age motivada exclusivamente pelo cumprimento do dever;
b) Uma vontade divina
c) A vontade cujos actos produzem, por vezes, boas consequências.
d) A vontade cujos actos produzem, sempre, boas
consequências.
6. Para Kant:
a) Os deveres são obrigações que podemos cumprir;
b)
Os deveres são todos absolutos;
c) Os deveres são quase todos perfeitos;
d) Há deveres que são absolutos e deveres
que admitem excepções;
7. De acordo com Kant:
a) Para agir moralmente é
suficiente fazer o que é correcto;
b) Para agir moralmente temos de
sentir simpatia pelos outros;
c) Para agir moralmente temos de fazer o que é
correcto pelas razões correctas;
d) Para agir moralmente temos
respeitar a vontade de Deus.
8. Assinale a máxima que, para Kant, têm valor moral genuíno.
a)«Serei honesto com os meus clientes de modo a
ganhar a sua confiança e aumentar os meus lucros»;
b)«Serei honesto com os meus clientes porque fazem boa publicidade»;
c)«Não enganarei os meus clientes porque tenho bom
carácter e gosto deles»;
d)«Serei honesto com os meus clientes porque além
de gostar deles penso que essa é a minha obrigação»;
e)«Serei
honesto com os meus clientes porque a minha obrigação é respeitá-los».
9. Segundo Kant, as obrigações
morais como «Não matar inocentes» e «Não roubar ou mentir» são:
a) Condicionais;
b) Obrigações dependentes da nossa simpatia pelos
outros;
c) Deveres cujo cumprimento não é absolutamente
obrigatório se tiver consequências negativas;
d) Direitos dos outros que podemos não respeitar absolutamente;
e)
Regras que não estão sujeitas a excepções.
10. O imperativo categórico é:
a) Um princípio incondicionalmente
imposto pela razão;
b) Um princípio que nos diz a forma como, por vezes, devemos
cumprir o dever;
c)
Uma obrigação absoluta e incondicionada;
d) Um princípio que nada tem a ver com as máximas
que orientam as nossas acções.
11. As máximas são:
a) Regras segundo as quais agimos subjectivamente;
b) Regras segundo as quais devemos agir mesmo se não forem
universalizáveis;
c) Regras ou princípios que
exprimem a finalidade da nossa acção;
d) Aquilo de que depende o valor
moral de uma acção;
12.Ajudar os outros por compaixão
é, segundo Kant, uma acção:
a) Louvável;
b) Correcta porque baseada num bom sentimento;
c) Motivada pelo sentido do dever;
d) Uma
acção correcta realizada por um motivo sem valor moral.
13.Segundo Kant:
a)
É errado tratar os outros seres humanos como meios;
b) É errado desrespeitar a autonomia dos outros;
c) É errado forçar os outros a
prestarem-nos serviços;
d) Não é permissível tratar os seres
humanos de qualquer forma.
14.Ajudo alguém porque espero ser
recompensado ou porque
sinto ter o dever de o fazer. Estes
exemplo significam
que:
a)A mesma acção pode ser praticada com
diferentes intenções.
b) A mesma acção pode ter diferentes
consequências.
c) A moral kantiana é um conjunto de normas
absolutas.
d) Apenas no primeiro caso a acção tem valor moral.
15. Quando Kant afirma que o
valor moral de uma acção depende da intenção quer
dizer que:
a) Uma acção tem valor moral se for
motivada apenas pela compaixão pelos
outros.
b)
O conhecimento das intenções permite ficar a saber as razões que motivaram o agente a praticar uma acção.
c) Há acções que não têm
consequências.
d) Para determinar o valor moral de uma
acção é, algumas vezes,
necessário saber com que intenção essa acção foi praticada.
16. Quando se afirma que a ética
kantiana é um sistema de deveres absolutos
quer-se dizer que:
a)Todos os nossos deveres são absolutos e imperfeitos.
b) Nenhum
dos nossos deveres admite excepções.
c) Há obrigações morais que temos de respeitar mesmo que
respeitá-las tenha consequências negativas para todos.
d) As regras morais são leis
estabelecidas pela razão e valem para (aplicam-se a) todos
os seres racionais.
17. As regras morais devem ser
respeitadas independentemente das
consequências (boas ou
más). Esta afirmação vale
para:
a) O consequencialismo.
b) O utilitarismo
c)
O deontologismo ou ética deontológica.
d) O altruísmo.
18. Segundo a ética deontológica de Kant, o bem último da acção é:
a) A felicidade.
b) A vontade boa.
c) O interesse da maioria.
d) Viver com a consciência tranquila.
19. Para Kant, o imperativo 'Age de maneira a que a máxima da tua ação se possa tornar numa lei universal', significa:
a) A defesa do relativismo moral;
b) Que a lei moral é objetiva;
c) Que ao obedecer a este imperativo os seres racionais têm a certeza de que as suas ações terão boas consequências;
d) Que todos os seres racionais podem alcançar a felicidade.
20. Uma das críticas apontadas à teoria de Kant é a de que:
a) é uma ética que negligencia o dever moral;
b) é uma ética desumana, demasiado formal e incapaz de dar conta dos dilemas morais;
c) é uma ética que se centra exclusivamente na felicidade;
d) é uma ética que depende demasiado das normas morais vigentes nas sociedades.
GRUPO II
21. Segundo Kant, ter uma vontade boa é
A. Querer fazer ações que aumentem a felicidade mundial.
B. Agir em conformidade com o dever.
C. Agir por respeito à lei moral.
D. Agir heteronomamente.
22. Considere a seguinte situação:
"A Ana costuma mentir à mãe sobre a hora que chega a casa aos fins de semana para não hipotecar as próximas saídas, com os amigos, para a discoteca". Deste modo, a Ana está---
A. a realizar uma ação com valor moral.
B. agir em conformidade com o dever.
C. agir contra o dever.
D. agir por dever.
23. Alexia adorava os filhos e levada exclusivamente por esse amor
sacrificou a própria vida para os salvar. Segundo Kant, a ação de Alexia:
A. não tem valor moral, pois ela morreu.
B. tem valor moral, pois ela não foi egoísta.
C. tem valor moral, pois o amor é uma emoção altruísta e louvável.
D. não tem valor moral, pois ela agiu impelida por um sentimento e não
pelo dever.
24. Acerca do imperativo categórico Kant não dizia que
A. só pode ser conhecido por pessoas sábias.
B. descobrimos os nossos deveres graças a ele.
C. ordena ações independentemente das suas consequências.
D. é uma espécie de teste mental que permite determinar que ações estão
certas e que ações estão erradas.
25. Segundo Kant, se uma pessoa decidir embebedar-se porque gosta da sensação provocadas pelo excesso de álcool, revelará uma vontade
A. heterónoma, pois é determinada por uma inclinação.
B. autónoma, pois a decisão é da própria pessoa.
C. heterónoma, pois é errado sentir prazer.
D. autónoma, pois é movida pelo prazer.
26. Os direitos das pessoas devem constituir limites às ações que
fazemos, mesmo que delas resulte um enorme bem social. Esta afirmação insere-se
A. no utilitarismo.
B. na ética deontológica.
C. tanto na ética deontológica como no utilitarismo.
D. em objeções aplicáveis tanto à ética deontológica como ao
utilitarismo.
27. “Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como
na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca
simplesmente como meio”. Esta afirmação de Kant...
A. diz que, caso a ação seja correta, todos os seres humanos devem, em
circunstâncias semelhantes, poder fazer o mesmo que o agente.
B. diz-nos que devemos considerar as pessoas como fins em si mesmas e
não apenas como meios.
C. diz-nos que devemos considerar as pessoas como fins em si mesmas e
nunca como meios.
D. diz-nos que os fins justificam os meios.
28. Stuart Mill e Kant discordam quanto...
A. à existência de um princípio ético fundamental.
B. ao facto de a moralidade não ser relativa.
C. à importância ética da felicidade.
D. à rejeição do egoísmo.
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Ética
de Stuart Mill
Exercícios
Seleccione
a alternativa correcta.
1. O
consequencialismo é uma perspectiva ética que:
a) Se baseia no princípio da utilidade;
b) Defende
que as consequências da acção que realizamos são igualmente importantes para
avaliar a correcção de uma acção;
c) Defende que uma
acção é moralmente boa se as boas consequências superarem as más;
d) Afirma que
devemos fazer o que maximize as boas consequências de uma acção, ou seja,
devemos realizar a acção que tenha melhores consequências que a acção
alternativa.
2. Acerca do
consequencialismo podemos dizer que:
a) O consequencialismo não
é sinónimo de utilitarismo;
b) O consequencialismo é
sinónimo de egoísmo;
c) Há várias formas de consequencialismo;
d) É uma perspectiva
ética que coloca o cumprimento do dever
das normas morais comuns acima
de tudo.
3.
Segundo a perspectiva consequencialista,
a)Devemos agir de modo a que as nossas
acções produzam os melhores resultados possíveis;
b) Devemos agir de modo
a que as nossas acções produzam os melhores resultados possíveis para nós;
c) Devemos agir de modo
a que as nossas acções produzam os melhores resultados possíveis
para todaa gente;
d) Devemos agir de modo
a que as nossas acções produzam os melhores resultados possíveis para algumas
das pessoas por elas afectadas.
4. O utilitarismo é:
a) Um conjunto de normas
morais;
b) Uma teoria ética
consequencialista;
c) Uma teoria ética que
dá especial relevo ao valor intrínseco e extrínseco das acções;
d) Uma teoria ética que
dá especial relevo ao valor intrínseco das acções.
5. O egoísmo
ético e o utilitarismo distinguem se porque:
a) O egoísmo
ético preocupa se com as consequências positivas e negativas de
uma acção; o utilitarismo com as consequências positivas de uma
acção;
b)
Não refere quem deve beneficiar com as consequências positivas de uma acção;
c) Um egoísta ético afirma que devemos agir em vista
do nosso próprio bem enquanto um utilitarista defende que devemos ter em
vista o bem de todos os que são afectados pelos
nossos actos ou que sentirão os efeitos resultantes do que fazemos;
d)Defendem de modo diferente
o bem comum.
6. Segundo o
utilitarismo:
a) Temos o dever
de dizer a verdade;
b) Não temos nunca o
dever de dizer a verdade;
c)Temos o dever
de dizer a verdade mesmo se daí não resultarem mais benefícios do
que prejuízos;
d) Temos o dever de dizer a verdade
desde que desse acto resultem boas consequências.
7. Segundo
o utilitarismo:
a)
Devemos realizar as acções que promovam o maior bem para o maior número de
pessoas nossas amigas;
b)
Devemos realizar as acções que promovam o respeito pelo dever;
c) A correcção ou
incorrecção moral de um acto é, em geral, relativa à situação ou às circunstâncias;
d)
Há normas morais que não admitem excepções.
8.
A ética utilitarista é uma teoria:
a)
Deontológica;
b) Que considera
que o certo e o errado dependem do resultado visado por uma acção;
c)
Que considera que há acções correctas ou erradas em si mesmas;
d)
Para a qual as consequências das nossas acções são irrelevantes como critério
da sua correcção ou incorrecção moral.
9.
A ética utilitarista é uma teoria:
a)
Hedonista porque entende que o fim último das actividades humanas é a
felicidade individual;
b)Hedonista porque entende que o fim último
das actividades humanas é a felicidade
entendida como prazer ou ausência de dor e sofrimento;
c)
Que considera que o prazer é um meio para atingir a perfeição moral;
d)
Que valoriza as qualidades que constituem o carácter de uma pessoa.
10. Na perspectiva
utilitarista uma acção que procura criar felicidade mas produz mais
infelicidade do que acções alternativas, é uma acção:
a) Moralmente correcta;
b) Moralmente incorrecta;
c) Moralmente
permissível;
d) Uma acção boa em si
mesma.
11.
É completamente coerente com a doutrina utilitarista defender a moralidade da
escravatura.
Esta
afirmação é:
a) Falsa porque segundo
o utilitarismo a escravaturaviola direitos humanos fundamentais;
b) Verdadeiro porque
o sofrimento de uma minoria temcomo
contraponto o bem estar da maioria.
c)Falsa, porque a defesa da escravatura viola o
princípio de utilidade -a crença de que o
bem é a felicidade para o maior número possível de pessoas;
d)Verdadeira porque Mill
era partidário da escravatura.
12. O utilitarismo
avalia a moralidade dos actos baseado no seguinte princípio:
a ) Uma acção é
moralmente correcta quando ela tem consequências boas para o agente que
a realiza, independentemente do que ela possa trazer para as outras
pessoas.
b)Uma acção é
moralmente correcta quando produz um bem maior para os outros,
independentemente do bem ou mal que ela possa trazer para o agente que a
realiza.
c)Uma acção é
moralmente correcta quando com ela se trata as outras pessoas também como fins
em si mesmos
d)Uma acção moralmente correcta
é aquela que produz maior prazer (bem) e/ou
menor sofrimento (mal) para a maioria das pessoas.
13.Segundo
o utilitarismo, mentir é sempre errado. Esta afirmação é:
a) Falsa, porque a
mentira é má em algumas circunstâncias e boa em outras, dependendo das suas
consequências;
b)Verdadeira
porque se essa regra existe há séculos deve ao ao
facto de ser útil e se é útil deve ser sempre cumprida;
c)Falsa
porque o utilitarismo não dá a mínima importância às regras e princípios
morais;
d)Verdadeira
porque há deveres absolutos.
14.
Para o utilitarismo, a felicidade é o bem fundamental
e identifica se com o prazer. Acerca do prazer, Mill afirma que:
a) Preferimos a
experiência de um prazer superior a qualquer quantidade de prazeres
inferiores;
b)
Preferimos os prazeres mais intensos;
c)
A diferença entre dois prazeres é quantitativa;
d)
A quantidade de prazer é o único factor queconta na nossa felicidade e na
felicidade geral.
15.O princípio
utilitário ou princípio da maior felicidade,
a) Permite-nos prejudicar
os outros em nome da nossa própria felicidade;
b)
Proíbe nos sempre de prejudicar alguém em nome da felicidade geral;
c)Proíbe
nos que pensemos na nossa felicidade quando se trata de avaliar
as eventuais consequências das nossas acções;
d) Permite que a preocupação com a
nossa felicidade seja tida em conta na avaliação das eventuais
consequências de uma acção mas proíbe que lhe dêmos mais importância do que
à felicidade dos outros.
16. Segundo Stuart
Mill:
a) A violação
das normas morais estabelecidas numa sociedade nunca é errada porque o que
importa é cumprir o princípio utilitário;
b) A violação
das normas morais estabelecidas sociedade é sempre errada sejam quais forem as
consequências;
c) A violação das normas morais estabelecidas
sociedade é numa umas vezes errada outras vezes correcta dependendo das
consequências;
d) A violação
das normas morais estabelecidas numa sociedade deve ser permitida em nome da
felicidade pessoal.
17.
O utilitarismo é uma teoria ética que:
a) Rejeita
todas as regras morais convencionais e só aceita o princípio da utilidade;
b) Considera
que, em muitos casos, não respeitar as regras morais convencionais é, em termos
globais, mais benéfico que prejudicial;
c) Defende que devemos seguir cegamente as
normas morais estabelecidas;
d) Nas nossas decisões devemos ser guiados
pelo princípio de utilidade e não simplesmente pelas regras morais
convencionais como é costume fazer.
18. Segundo o
utilitarismo,
a) Roubar nunca é errado;
b) Roubar é sempre
errado;
c) Roubar a arma de um maníaco homicida é um acto
moralmente correcto;
d) Roubar é correcto
desde que seja benéfico para quem rouba.
19.
Stuart Mill rejeita uma estimativa quantitativa do prazer porque:
a) A felicidade é
incompatível com os prazeres inferiores como comida, bebida e sexo;
b) Os prazeres
inferiores são exclusivos dos animais não humanos;
c) Os seres
humanos apesar de terem experiência de prazeres inferiores tal como os outros
animais são capazes de outros prazeres que estão fora do alcance de outros
seres sencientes;
d) Só a diferença entre prazeres superiores e prazeres inferiores
compreender o carácter distintivo da procura humana da felicidade.
20.
Para um utilitarista a moralidade consiste em:
a) Agradar a Deus
cumprindo os seus mandamentos;
b)
Cumprir regras abstractas;
c) Criar no mundo o
melhor estado de coisas possível
através dos nossos actos;
d) Maximizar o bem não
só para nós mas para as pessoas do
grupo sócio cultural a que pertencemos.
GRUPO II
21. O utilitarismo
de Mill enfrenta, entre outras, a seguinte objecção:
a)Maximiza a quantidade
do prazer sem ter em conta a qualidade dos prazeres que são
maximizados.
b) Há acções que não têm
consequências
c) Nem sempre a acção moralmente correcta é a que
produz o melhor estado de coisas.
d) Que a felicidade seja
uma coisa desejável.
22. Segundo o
utilitarismo de Mill matar nunca é errado:
a) Falso, porque é
uma acção que nunca leva à felicidade..
b) Verdadeiro, porque
torna infeliz a vítima.
c) Verdadeiro, porque
pode levar outras pessoas a imitar o acto do ladrão.
d) Falso, pois, pode trazer boas consequências para
o maior número de pessoas.
23. Segundo o
utilitarismo de Mill roubar:
a) É um acto errado em
si mesmo.
b) É a infracção
de um dever absoluto.
c) É um acto que, em alguns casos, pode
ser justificado.
d) É um acto
que nunca está de acordo com o princípio de utilidade.
24. Segundo
Mill, uma acção correcta é a que conduz:
a) À felicidade ou
bem estar de quem a praticou.
b)
À felicidade das pessoas de quem o agente gosta.
c)
À felicidade geral mas não à do autor da acção.
d) À maior
felicidade possível para todos os envolvidos, incluindo o autor da acção.
25. De acordo com Stuart Mill, uma ação é moralmente correta se....
A. for feita com boa intenção.
B. aumentar a felicidade do agente.
C. não for motivada por sentimentos.
D. tiver melhores consequências que as ações alternativas.
26. Qual é a frase incompatível com as ideias de Stuart Mill?
A. O fundamento da moral é a utilidade.
B. A felicidade é o prazer e a ausência de dor.
C. As ações são erradas na medida em que tendem a gerar mais
infelicidade do que felicidade.
D. A intenção e as consequências são igualmente relevantes para avaliar
a moralidade das ações.
27. Se existirem duas pessoas muito doentes, uma delas for familiar do
médico e apenas existirem recursos médicos suficientes para salvar uma, um
defensor do utilitarismo defenderá que a escolha da pessoa a salvar deve...
A. ser aleatória, pois ambas têm direito à vida e é injusto escolher
uma delas condenando a outra a uma morte certa.
B. ser feita de modo imparcial, atendendo apenas às consequências de
salvar uma ou outra.
C. basear-se na natural preferência afetiva do médico relativamente à
sua família.
D. basear-se no dever.
28. A atividade que, segundo Stuart Mill, proporciona inequivocamente um
prazer superior é:
A. Contemplar a pintura “Rapariga com Brinco de Pérola”, de Vermeer.
B. Comer um bife com molho de mostarda e mel.
C. Cozinhar.
D. Passear.
29. O utilitarismo considera que a felicidade é o bem último, pois:
A. A felicidade é valiosa em si mesma.
B. A felicidade é mais importante do que o prazer.
C. A felicidade permite alcançar muitas coisas boas.
D. A felicidade deve ser calculada de modo imparcial.
30. “É melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um porco satisfeito.”
Com esta afirmação Stuart Mill pretende dizer que
A. a quantidade dos prazeres humanos suplanta em muito a quantidade dos
prazeres animais, mesmo que estes eventualmente tenham uma qualidade maior.
B. a qualidade dos prazeres humanos suplanta em muito a qualidade dos
prazeres animais, mesmo que estes sejam em muito maior quantidade.
C. a quantidade dos prazeres é mais importante do que a sua qualidade.
D. os seres humanos têm mais prazeres do que os animais irracionais.
31. O utilitarismo defende o egoísmo. Stuart Mill rejeitou esta objeção
argumentando que
A. o utilitarismo é uma teoria ética.
B. o utilitarismo defende o consequencialismo.
C. o agente deve ser imparcial ao calcular a felicidade decorrente das
ações.
D. o utilitarismo considera que apenas as ações desinteressadas têm
valor moral.
32. Stuart Mill e Kant não estão de acordo quanto
A. à existência de um princípio ético fundamental.
B. ao facto de a moralidade não ser relativa.
C. à importância ética da felicidade.
D. à rejeição do egoísmo.
CORRECÇÃO - STUART MILL GRUPO I |
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John Rawls - exercícios
1. Em Uma Teoria da Justiça, Rawls defende que:
(A) o princípio da
liberdade tem prioridade sobre os outros princípios da justiça.
(B) a justiça é
independente da distribuição da riqueza, mas não da liberdade.
(C) as distribuições
desiguais da riqueza são proibidas pelo princípio da diferença.
(D) a justiça consiste
apenas em todos terem idênticas oportunidades e expectativas.
2. De acordo com a
teoria da justiça de John Rawls:
(A) as desigualdades
económicas são aceitáveis sob certas condições.
(B) uma igual liberdade
é suficiente para assegurar a justiça social.
(C) toda e qualquer
desigualdade entre os indivíduos deve ser suprimida.
(D) o direito a
dispormos do que ganhamos ou adquirimos é absoluto.
3. Segundo Rawls, os
princípios da justiça por si apresentados
(A) proíbem diferenças
entre os indivíduos.
(B) são aqueles que
indivíduos racionais escolheriam na posição original.
(C) asseguram a
igualdade económica e social.
(D) são aqueles que os
indivíduos escolheriam sem o véu de ignorância.
4. Rawls defende que,
na posição original, a escolha dos princípios da justiça seguiria a estratégia
maximin.
Suponha que há 100
unidades de bem-estar para distribuir por três pessoas. Selecione a opção que apresenta
o modelo de distribuição que está mais de acordo com a estratégia maximin.
(A) Na melhor das
hipóteses, pode receber-se 60 unidades de bem-estar e, na pior, pode receber-se
20.
(B) Na melhor das
hipóteses, pode receber-se 65 unidades de bem-estar e, na pior, pode receber-se
15.
(C) Na melhor das
hipóteses, pode receber-se 45 unidades de bem-estar e, na pior, pode receber-se
15.
(D) Na melhor das
hipóteses, pode receber-se 80 unidades de bem-estar e, na pior, pode receber-se
5.
5. O caso seguinte
serve para testar a teoria da justiça de Rawls.
Um indivíduo sofre de
graves deficiências mentais, e um outro tem um grande talento matemático.
Estando satisfeitas as necessidades materiais de ambos, a sociedade dispõe de
recursos adicionais que permitem ajudar apenas um deles. Desse modo, ou o
indivíduo com graves deficiências mentais terá um apoio educativo suplementar,
que não irá melhorar significativamente a sua vida, ou será proporcionada uma
educação superior ao indivíduo com talento matemático, que dela retirará a
grande satisfação de desenvolver todas as suas potencialidades nesse domínio.
Quem, contra Rawls,
defender a opção de ajudar o indivíduo com talento matemático estará a pôr em
causa
(A) a existência de bens
sociais primários.
(B) o dever de
imparcialidade.
(C) o princípio da
diferença.
(D) o princípio da
igualdade de oportunidades.
6.Em John Rawls, é condição necessária da aplicação do princípio da diferença é:
(A) igualdade equitativa de oportunidades.
(B) anulação do princípio da liberdade.
(C) igualdade de mérito e de talento.
(D) conservação dos direitos adquiridos.
7. De acordo com Rawls,
o véu de ignorância garante
(A) que nenhum sujeito
se encontra na posição original.
(B) que a posição
original tem um carácter hipotético.
(C) a equidade na
criação de uma sociedade igualitária.
(D) a equidade na escolha dos princípios
da justiça.
8. Uma das finalidades do princípio da diferença, proposto por Rawls, é
(A) dar as mesmas liberdades a todas as pessoas.
(B) eliminar todas as diferenças sociais.
(C) reduzir os efeitos da lotaria social.
(D) preservar algumas diferenças individuais. ALTERAR
9. Uma das finalidades
do princípio da diferença, proposto por Rawls, é
(A) dar as mesmas
liberdades a todas as pessoas.
(B) eliminar todas as
diferenças sociais.
(C) reduzir os efeitos
da lotaria social.
(D) preservar algumas
diferenças individuais.
10.Em Uma Teoria da Justiça, Rawls defende que:
(A) o princípio da liberdade tem prioridade sobre os outros princípios da justiça.
(B) a justiça é independente da distribuição da riqueza, mas não da liberdade.
(C) as distribuições desiguais da riqueza são proibidas pelo princípio da diferença.
(D) a justiça consiste apenas em todos terem idênticas oportunidades e expectativas.
11. Na teoria de John
Rawls, o conceito de «véu de ignorância»
(A) permite conceber o
estado natural do homem antes da sociedade.
(B) significa que os
cidadãos estão cobertos de preconceitos.
(C) significa a posição
original na história humana.
(D) permite conceber
cidadãos capazes de julgar imparcialmente.
12. Segundo John Rawls,
a conceção de justiça fundamenta-se na
(A) partilha da mesma
noção de bem comum por todos os cidadãos.
(B) distribuição
igualitária de bens por todos os cidadãos.
(C) partilha dos mesmos
princípios de justiça por todos os cidadãos.
(D) distribuição
utilitarista do mérito por todos os cidadãos.
13. Em John Rawls, é
condição necessária da aplicação do princípio da diferença a:
(A) igualdade equitativa
de oportunidades.
(B) anulação do
princípio da liberdade.
(C) igualdade de mérito
e de talento.
(D) conservação dos direitos adquiridos.
14. Segundo Rawls, a posição original é…
(A) uma situação real na qual são
escolhidos os princípios de justiça
(B) uma situação real que
garante o maior bem-estar geral
(C) uma situação hipotética inicial
de igualdade e imparcialidade
(D) uma situação hipotética que
garante o maior bem-estar geral
15. Segundo Rawls, o véu de ignorância designa…
(A) o desconhecimento do que é um bem
social
(B) o desconhecimento dos interesses
e objetivos particulares
(C) as condições iniciais de
igualdade
(D) as circunstâncias em que o
contrato seria celebrado
16. Segundo Rawls, o véu de ignorância tem como
objectivo…
(A) assegurar a benevolência das
partes contratantes
(B) privar as partes contratantes de
todo o conhecimento
(C) assegurar a equidade na escolha
dos princípios de justiça
(D) privar as partes contratantes de
uma posição de equidade
17. Segundo Rawls, uma sociedade justa admite a
desigualdade…
(A) porque os mais aptos devem ter mais
rendimentos do que os outros
(B) porque a sociedade justa não visa a
igualdade
(C) desde que traga benefícios para os
mais desfavorecidos
(D) desde que esteja de acordo com os
interesses e objetivos das pessoas
18. A teoria da justiça de Rawls não é utilitarista
porque…
(A) o bem-estar geral pode implicar
alguns vivam numa situação miserável
(B) a sua teoria não valoriza o
bem-estar
(C) a justa distribuição da riqueza
não contribui para o bem-estar geral
(D) a desigual distribuição da
riqueza não deve ser instrumental
19. A teoria da justiça de Rawls é uma teoria
deontológica…
(A) porque os princípios de justiça
visam a promoção imparcial do bem-estar
(B) porque os princípios de justiça
antecedem o cálculo de utilidade
(C) porque os princípios de justiça
não visam a promoção imparcial do bem-estar
(D) porque os princípios de justiça
não antecedem o cálculo de utilidade
20. Para Rawls, a justiça implica
A. subjugar a liberdade à
igualdade.
B. pôr fim a todas as
desigualdades.
C. aceitar o princípio
utilitarista.
D. tratar as pessoas com
equidade.
GRUPO II
21. A principal finalidade da teoria de Rawls era:
A. diminuir as diferenças entre as classes ricas e as menos desfavorecidas.
B. criar condições para que todos pudessem usufruir de apoios do Estado.
C. definir princípios aleatórios de igualdade que permitissem a criação de uma
sociedade justa.
D. definir os princípios que devem estar na base da organização de uma
sociedade justa.
22. Qual dos seguintes enunciados representa melhor a teoria da justiça
de Rawls?
A. A justiça deve ter em atenção todos os problemas dos cidadãos.
B. Uma sociedade justa é aquela que trata todos os cidadãos por igual.
C. Uma sociedade justa defende os interesses individuais.
D. Uma teoria da justiça deve reger-se pelo princípio da equidade.
23. O véu de ignorância pressupõe que as pessoas envolvidas
A. não tenham qualquer conhecimento da sua condição futura na sociedade.
B. não julguem os outros em função do conhecimento do seu passado.
C. não sejam influenciadas por fatores culturais e económicos na definição dos
princípios justos.
D. apliquem a justiça de forma imparcial e igual para todos os cidadãos.
24. Um Estado que decida investir mais numa determinada região a fim de
garantir melhores condições básicas para essa comunidade poderá estar a ser
justo, segundo a teoria de Rawls?
A. Sim, porque o princípio da liberdade prevê que o Estado possa agir em
função daquilo que considerar mais importante para a sociedade.
B. Não, porque não respeita o princípio da igualdade.
C. Sim, se a medida proporcionar que essa região tenha iguais oportunidades em
relação a outras.
D. Não, pois coloca em causa o princípio da equidade, ao privilegiar uns em
detrimento de outros.
25. Se, numa situação de incerteza, tivéssemos se aplicar a regra maximin deveríamos
A. procurar diminuir as diferenças entre as classes mais favorecidas e as
menos favorecidas.
B. apoiar mais aqueles que estão em situação mais desfavorecida.
C. garantir que todos os cidadãos possam receber o maior número de apoios.
D. recorrer a um empréstimo
bancário a fim de responder às necessidades de todos.
26. A visão utilitarista não seria admissível para Rawls porque
A. são os princípios a determinar a justiça e não os efeitos ou as
consequências das ações.
B. não deve ser a sociedade a determinar o que é o Bem ou a definir a
distribuição justa de riqueza.
C. uma sociedade justa não é aquela que maximize a felicidade, mas aquela que
privilegie os mais desfavorecidos.
D. o utilitarismo não tem em atenção o mérito individual.
27. Um dos conceitos de Rawls que Sandel critica quanto à
operacionalidade da justiça é
A. o véu de ignorância.
B. a regra maximin.
C. o princípio da diferença.
D. o princípio da igualdade de oportunidades.
28. Uma das críticas apontadas por Nozick à teoria de Rawls é o facto
de
A. Rawls estar mais preocupado com a garantia das liberdades formais dos
cidadãos.
B. o princípio da diferença implica tirar a uns para dar a outros.
C. Rawls aceitar que existam na sociedade desigualdades económicas e
sociais.
D. o princípio das iguais
liberdades ter prioridade sobre o princípio da diferença.
ROPOSTAS DE CORREÇÃO
1. D
2. D
3. A
4. C
5. B
6. C
7. A
8. B
29. Por que o "véu da
ignorância" é uma ferramenta importante na escolha dos princípios de
justiça?
A. Porque
impede que os indivíduos favoreçam suas próprias posições sociais e econômicas.
B. Porque
incentiva a cooperação e a competição entre os membros da sociedade.
C. Porque
permite que os indivíduos negociem livremente suas preferências.
D. Porque
garante que os indivíduos sejam motivados por interesses pessoais.
30. O que é o
"véu da ignorância" na teoria da justiça de John Rawls?
A. Uma ferramenta para determinar quem
deve ser mais favorecido na sociedade.
B. Uma forma de analisar a justiça a
partir de uma perspectiva imparcial.
C. Uma metáfora para a injustiça na
sociedade.
D. Um princípio que afirma que as pessoas devem ser ignorantes em relação à política.
31. Na posição original de Rawls, por que as pessoas escolheriam o princípio da diferença em vez de uma distribuição igualitária?
A. Porque
acreditam que mesmo as pessoas menos favorecidas seriam beneficiadas pela
desigualdade.
B. Porque
acreditam que a desigualdade leva as pessoas a vencer na vida.
C. Porque
acreditam que a desigualdade é inevitável na sociedade.
D. Porque
acreditam que a desigualdade é moralmente superior
32. De acordo
com Rawls, como as liberdades básicas devem ser distribuídas?
A. De acordo
com as tradições e valores culturais de cada sociedade.
B. Proporcionalmente
ao mérito e esforço individual.
C. De forma a
maximizar a felicidade geral da sociedade.
D. Igualmente
para todos os cidadãos.
33. Qual é o propósito da posição original na Teoria da Justiça de John Rawls?
A. Estabelecer
um estado inicial onde todos os membros da sociedade têm uma distribuição
igualitária de recursos.
B. Fornecer um
ambiente imparcial para a seleção dos princípios de justiça.
C. Identificar
os líderes políticos e econômicos mais qualificados para tomar decisões justas.
D. Garantir que
todos os indivíduos possuam conhecimento completo das leis e instituições
sociais.
34. De acordo
com a Teoria da Justiça de John Rawls, os princípios de justiça devem ser
escolhidos:
A. Na posição
original, sob o véu da ignorância.
B. Através de
um processo democrático com ampla participação dos cidadãos.
C. Com base nas
tradições e valores culturais de cada sociedade.
D. Por líderes
políticos e econômicos com base em suas experiências e conhecimentos.
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C |
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Nota: O que entende Rawls pelo princípio maximin?
O princípio maximin é uma estratégia de decisão que pessoas razoáveis seguem, numa situação de incerteza. É a estratégia do menor mal. São preferíveis princípios de justiça que estejam na base de uma sociedade em que o pior não será muito mau do que uma sociedade que, por exemplo, haja muita pobreza e muita riqueza. A sociedade preferível é aquela em que a pobreza e a riqueza sejam moderadas. Se escolher uma sociedade em que a pobreza extrema convive com a riqueza extrema corro o risco de fazer parte do grupo de pessoas que serão extremamente pobres.
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