domingo, 29 de setembro de 2013

Lógica e Filosofia





Estudar Lógica na disciplina de Filosofia? Porquê? Para quê?

linguagem é um elemento essencial para a comunicação entre os seres vivos. No caso especial dos seres humanos, a linguagem verbal - a língua que falamos - constitui um sistema muito complexo de sinais que nos permite comunicar uns com os outros e fazer uma apropriação da realidade através de um conjunto de processos mentais a que chamamos pensar.

Afinal, o que é pensar? O que é que nos permite pensar?
 A matéria-prima que usamos para pensar são representações mentais, a que costumamos chamar ideias, que - identificamos e reconhecemos associando-as a palavras - as ideias são o significado, a palavra ou conjunto de palavras são o significante.
Ao pensar, estabelecemos relações entre essas representações mentais e expressamos esse pensamento através das palavras, para designar quer essas representações quer as ligações estabelecidas entre elas.
Todos sabemos que ao falar usamos as palavras numa certa ordem, respeitando as regras da gramática. Acontece o mesmo com o acto de pensar, ou seja, também temos que ligar as nossas representações mentais de acordo com regras - as regras do pensamento válido ou regras lógicas.
Linguagem e pensamento estão intimamente ligados já que toda a palavra evoca uma ideia e uma ideia, qualquer que seja, só toma forma numa palavra. Já os Gregos, no séc. IV-III a.C., tinham consciência desta íntima ligação. Usavam a palavra “logos”, da qual derivou a palavra portuguesa «lógica», para designar pensamento e o discurso/fala. 
Não é verdade que quando queremos criticar um texto confuso e desor­denado dizemos que é ilógico e irracional? O que é que queremos dizer?
 Que ele não respeita as leis lógicas (as tais que nos permitem relacionar validamente as nossas representações mentais) e, por isso, não é próprio de um ser pensante ou racional.
É um facto que todos pensamos. Os seres humanos são seres racionais. Será que quando pensamos, tal como quando falamos, estamos preocupados em verifi­car se seguimos ou não certas regras? Parece que não. Respeitamo-las automati­camente. Só quando chegamos à escola é que aprendemos a gramática, no entanto, já sabemos falar há muito tempo. Aprender gramática ajuda-nos a falar e a escrever com maior correcção e criatividade. Acontece o mesmo com a nossa capacidade de pensar. Aprender lógica irá ajudar-nos a pensar de forma mais rigorosa e exacta e a ampliarmos o alcance do nosso pensamento. Além disso, aumentará a nossa capacidade de avaliação crítica dos nossos argumentos ou dos argumentos dos outros.

Mas, afinal, o que são argumentos? 
Os argumentos são, justamente, a expres­são dos nossos raciocínios, ou seja, a expressão em palavras de um raciocínio ou inferência que é, precisamente, o processo mental usado para derivar novos conhecimentos dos conhecimentos que já possuíamos anteriormente.
Além disso, o conhecimento das regras lógicas é fundamental quando quere­mos construir ou avaliar argumentos mais longos, com uma linguagem mais técni­ca e erudita, contendo frases intercaladas com funções retóricas ou literárias. De facto, costumamos enfeitar o nosso discurso com adjectivos, organizá-lo, de tal modo, que cative a atenção dos ouvintes; estes elementos podem ser úteis para facilitar o processo de comunicação - para tornar o discurso mais convincente, por exemplo -, mas dificultam, muitas vezes, a identificação do essencial (quais são as premissas e se a conclusão do argumento deriva ou não delas, isto é, se as premissas a sustentam ou justificam, de tal modo que aceitando a verda­de das premissas se terá de aceitar a verdade da conclusão). Também quando temos que aprender matérias complexas como as científicas ou filosóficas, é difícil decidir, automaticamente, se os argumentos são ou não correctos, sendo preciso conhecer as regras de validade dos argumentos para os podermos pôr à prova.


A Lógica pode, assim, ser entendida como o estudo das condições de coerência do pensamento e do discurso com o objectivo de distinguir os raciocínios ou argumentos válidos daqueles que o não são.

A quem interessar!...





LOLA
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                                                                                                 LOLA

                                                                       
                             LOLA






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