Falácias Informais
Na tentativa de ganhar a adesão do auditorio para as
nossas convicções, também utilizamos estratégias argumentativas consideradas
falaciosas.
As falácias informais são argumentos inválidos que
o orador quer mostrar como válidos. Não falham a nível lógico, mas sim ao nível
do seu conteúdo.
Tipo de Falácia
Características
Exemplos
Falácia da Petição de Princípio
Uma premissa
contém palavras com igual significado das presentes na conclusão para que a
conclusão possa ser tomada como premissa.
A premissa e a
conclusão repetem-se.
A verdade da conclusão é pressuposta pelas premissas. Muitas vezes, a
conclusão é apenas reafirmada nas premissas de uma forma ligeiramente
diferente. Nos casos mais subtis, a premissa é uma consequência da conclusão.
- Há
competitividade nos jogos olímpicos porque se trata de uma competição de alto
nível.
- Dado que não
estou mentir, segue-se que estou a dizer a verdade.
- Sabemos que
Deus existe, porque a Bíblia o diz. E o que a Bíblia diz deve ser verdadeiro,
dado que foi escrita por Deus e Deus não mente. (Neste caso teríamos
de concordar primeiro que Deus existe para aceitarmos que ele escreveu a
Bíblia)
Falácia do Falso Dilema
Apresentam-se
apenas duas alternativas para um problema, escondendo outras
soluções intermédias.
Uso de premissas
de tipo disjuntivo.
É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas
duas), quando de facto há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador
"ou". Pôr as questões ou opiniões em termos de "ou sim ou
sopas" gera, com frequência (mas nem sempre), esta falácia.
- Ou és boa
pessoa ou és má pessoa.
· - Ou concordas comigo ou não. (Porque se pode concordar
parcialmente.)
· - Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. (Porque
uma pessoa tem o direito de denunciar o que entender.)
· - Ou votas no Silveira ou será a desgraça
nacional. (Porque os outros candidatos podem não ser assim tão maus.)
· - Uma pessoa ou é boa ou é má. (Porque muitas pessoas
são apenas parcialmente boas.)
Falácia de Ad Hominem
(contra a pessoa)
Desvalorizam-se os argumentos do oponente ao
atacar directamente o seu estatuto, a sua religião, as suas características
pessoais…
Tentativa de destituir a credibilidade do orador
com insultos contra a pessoa.
Não sabes o que dizes porque és um inculto.
Falácia de Apelo à Ignorância
Comprova-se uma
tese pela inexistência de evidências que sustentem a sua falsidade.
Não reunindo
provas suficientes que uma tese é falsa, então esta é tomada como verdadeira.
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter
provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é
verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que presume que
todas as proposições têm de ser realmente conhecidas como verdadeiras ou
falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma
prova." (p. 59)
- Se ninguém
prova que Deus não existe, então Deus existe!
· - Os fantasmas existem! Já provaste que não
existem?
· - Como os cientistas não podem provar que se vai dar
uma guerra global, ela provavelmente não ocorrerá.
· - Fred disse que era mais esperto do que Jill, mas
não o provou. Portanto, isso deve ser falso.
Derrapagem
(bola de neve)
Para mostrar que uma
proposição, P, é inaceitável, extraem-se consequências inaceitáveis de P e
consequências das consequências... O argumento é falacioso quando pelo menos
um dos seus passos é falso ou duvidoso. Mas a falsidade de uma ou mais
premissas é ocultada pelos vários passos "se... então..." que
constituem o todo do argumento.
- Se aprovamos
leis contra as armas automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis
contra todas as armas, e então começaremos a restringir todos os nossos
direitos. Acabaremos por viver num estado totalitário. Portanto não
devemos banir as armas automáticas.
- Nunca deves
jogar. Uma vez que comeces a jogar verás que é difícil deixar o jogo. Em
breve estarás a deixar todo o teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, pode
acontecer que te vires para o crime para suportar as tuas despesas e pagar as
dívidas.
- Se eu abrir uma
excepção para ti, terei de abrir excepções para todos.
Boneco de palha (espantalho)
O argumentador, em vez de atacar o melhor argumento do seu opositor,
ataca um argumento diferente, mais fraco ou tendenciosamente
interpretado.
Infelizmente é uma das "técnicas" de argumentação mais usadas.
- As pessoas que
querem legalizar o aborto, querem prevenção irresponsável da gravidez. Mas
nós queremos uma sexualidade responsável. Logo, o aborto não deve ser
legalizado.
- Devemos manter
o recrutamento obrigatório. As pessoas não querem o fazer o serviço militar
porque não lhes convém. Mas devem reconhecer que há coisas mais importantes
do que a conveniência.
Lola
Na tentativa de ganhar a adesão do auditorio para as
nossas convicções, também utilizamos estratégias argumentativas consideradas
falaciosas.
As falácias informais são argumentos inválidos que
o orador quer mostrar como válidos. Não falham a nível lógico, mas sim ao nível
do seu conteúdo.
Tipo de Falácia
|
Características
|
Exemplos
|
|
Falácia da Petição de Princípio
|
Uma premissa
contém palavras com igual significado das presentes na conclusão para que a
conclusão possa ser tomada como premissa.
A premissa e a
conclusão repetem-se.
A verdade da conclusão é pressuposta pelas premissas. Muitas vezes, a
conclusão é apenas reafirmada nas premissas de uma forma ligeiramente
diferente. Nos casos mais subtis, a premissa é uma consequência da conclusão.
|
- Há
competitividade nos jogos olímpicos porque se trata de uma competição de alto
nível.
- Dado que não
estou mentir, segue-se que estou a dizer a verdade.
- Sabemos que
Deus existe, porque a Bíblia o diz. E o que a Bíblia diz deve ser verdadeiro,
dado que foi escrita por Deus e Deus não mente. (Neste caso teríamos
de concordar primeiro que Deus existe para aceitarmos que ele escreveu a
Bíblia)
|
|
Falácia do Falso Dilema
|
Apresentam-se
apenas duas alternativas para um problema, escondendo outras
soluções intermédias.
Uso de premissas
de tipo disjuntivo.
É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas
duas), quando de facto há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador
"ou". Pôr as questões ou opiniões em termos de "ou sim ou
sopas" gera, com frequência (mas nem sempre), esta falácia.
|
- Ou és boa
pessoa ou és má pessoa.
· - Ou concordas comigo ou não. (Porque se pode concordar
parcialmente.)
· - Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. (Porque
uma pessoa tem o direito de denunciar o que entender.)
· - Ou votas no Silveira ou será a desgraça
nacional. (Porque os outros candidatos podem não ser assim tão maus.)
· - Uma pessoa ou é boa ou é má. (Porque muitas pessoas
são apenas parcialmente boas.)
|
|
Falácia de Ad Hominem
(contra a pessoa)
|
Desvalorizam-se os argumentos do oponente ao
atacar directamente o seu estatuto, a sua religião, as suas características
pessoais…
Tentativa de destituir a credibilidade do orador
com insultos contra a pessoa.
|
Não sabes o que dizes porque és um inculto.
|
|
Falácia de Apelo à Ignorância
|
Comprova-se uma
tese pela inexistência de evidências que sustentem a sua falsidade.
Não reunindo
provas suficientes que uma tese é falsa, então esta é tomada como verdadeira.
Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter
provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é
verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que presume que
todas as proposições têm de ser realmente conhecidas como verdadeiras ou
falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma
prova." (p. 59)
|
- Se ninguém
prova que Deus não existe, então Deus existe!
· - Os fantasmas existem! Já provaste que não
existem?
· - Como os cientistas não podem provar que se vai dar
uma guerra global, ela provavelmente não ocorrerá.
· - Fred disse que era mais esperto do que Jill, mas
não o provou. Portanto, isso deve ser falso.
|
|
Derrapagem
(bola de neve)
|
Para mostrar que uma
proposição, P, é inaceitável, extraem-se consequências inaceitáveis de P e
consequências das consequências... O argumento é falacioso quando pelo menos
um dos seus passos é falso ou duvidoso. Mas a falsidade de uma ou mais
premissas é ocultada pelos vários passos "se... então..." que
constituem o todo do argumento.
|
- Se aprovamos
leis contra as armas automáticas, não demorará muito até aprovarmos leis
contra todas as armas, e então começaremos a restringir todos os nossos
direitos. Acabaremos por viver num estado totalitário. Portanto não
devemos banir as armas automáticas.
- Nunca deves
jogar. Uma vez que comeces a jogar verás que é difícil deixar o jogo. Em
breve estarás a deixar todo o teu dinheiro no jogo e, inclusivamente, pode
acontecer que te vires para o crime para suportar as tuas despesas e pagar as
dívidas.
- Se eu abrir uma
excepção para ti, terei de abrir excepções para todos.
|
|
Boneco de palha (espantalho)
|
O argumentador, em vez de atacar o melhor argumento do seu opositor,
ataca um argumento diferente, mais fraco ou tendenciosamente
interpretado.
Infelizmente é uma das "técnicas" de argumentação mais usadas.
|
- As pessoas que
querem legalizar o aborto, querem prevenção irresponsável da gravidez. Mas
nós queremos uma sexualidade responsável. Logo, o aborto não deve ser
legalizado.
- Devemos manter
o recrutamento obrigatório. As pessoas não querem o fazer o serviço militar
porque não lhes convém. Mas devem reconhecer que há coisas mais importantes
do que a conveniência.
|
|
Lola
Sem comentários:
Enviar um comentário