sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Morrer com dignidade



Morrer com dignidade


Por decisão sua, Brittany vai morrer a 1 de novembro – e explica porquê






Morte com data marcada. Foi esta a escolha de Brittany, que, através do seu exemplo, quer que mais pessoas nos Estados Unidos tenham a hipótese de fazer a mesma escolha.
Uma mulher norte-americana de 29 anos com um cancro cerebral terminal decidiu pôr fim à sua própria vida no próximo dia 1 de novembro. Mas, antes, associou-se a um movimento civil para pedir aos responsáveis políticos dos Estados Unidos o alargamento da legislação sobre a eutanásia a mais locais do país.
“Não há nenhuma célula suicida no meu corpo”, disse Brittany Maynard numa entrevista à People. Em janeiro deste ano, Brittany viu ser-lhe diagnosticado um glioblastoma multiforme de nível 4, uma forma severa de tumor cerebral com uma taxa muito baixa de sobrevivência. Na altura, os médicos deram-lhe seis meses de esperança de vida e Brittany optou por não fazer os tratamentos de radioterapia adequados à doença, que afetariam significativamente a sua qualidade de vida.
“O meu glioblastoma vai matar-me e isso está fora do meu controlo. Falei com muitos especialistas sobre como ia morrer disso e é uma forma terrível, terrível de morrer. Escolher morrer com dignidade é menos assustador”, afirma Brittany.
A doente lançou na segunda-feira um vídeo onde explica as razões da sua decisão. A iniciativa tem o apoio de um movimento civil, o Compassion & Choices, que criou, juntamente com Brittany, o The Brittany Maynard Fund, um site que tem como objetivo recolher donativos para aquele movimento, que luta pela expansão da eutanásia de pacientes terminais a todos os estados dos Estados Unidos da América.
Atualmente são cinco os que permitem a morte medicamente assistida. Depois de tomar a decisão sobre a sua própria morte, Brittany e o seu marido mudaram-se de São Francisco, no estado da Califórnia, para Portland, no Oregon, um dos estados que tem legislação que permite a eutanásia por motivos médicos. Para a morte ser autorizada, o estado de saúde do doente tem de ser atestado por dois médicos que, depois, fornecem medicação própria para o efeito.


No vídeo divulgado, a mãe e o marido de Brittany demonstram o apoio à sua decisão.
“Toda a minha família passou por um ciclo de devastação. Sou filha única (…). Para a minha mãe será realmente difícil, para o meu marido também, mas eles apoiaram-me porque estavam nos consultórios dos hospitais e ouviram o que me iria acontecer”, explica Brittany.
Há pouco mais de duas semanas, Brittany foi hospitalizada brevemente, mas logo após a alta retomou a sua atividade física normal, que em tempos a levou a escalar o Kilimanjaro. “Quero mesmo festejar o aniversário do meu marido, que é a 26 de outubro”, afirma, para explicar porque escolheu 1 de novembro para a data da sua morte. “Estou a ficar cada vez mais doente, tenho cada vez mais dores”, refere.
No dia 1 de novembro, quando morrer, aos 29 anos, Brittany Maynard estará acompanhada pela sua mãe, pelo seu marido e por um amigo próximo. Morrerá no seu quarto, ouvindo música de que gosta.

In Observador de 9 de setembro, 2014


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Brittany Maynard tem 29 anos e um cancro terminal no cérebro. E por isso planeou tudo para terminar a sua vida no dia 1 de Novembro – e passar o que resta dos seus dias numa campanha ao direito de “morrer com dignidade”.



Depois das devastadoras notícias, Brittany e a família mudaram-se da Califórnia (onde a eutanásia é proibida) para Oregon (onde é permitida desde 1997, tornando-se o primeiro estado americano a permitir o suicídio assistido em doentes terminais).A norte-americana viu ser-lhe diagnosticado um tumor em Janeiro. Depois de um prognóstico inicial que lhe dizia que podia sobreviver entre três e dez anos, foi-lhe dito mais tarde que teria apenas seis meses de vida.
Nos seus últimos dias de vida, viajou com o marido e amigos e criou a The Brittany Maynard Fund, uma organização que tem como objectivo receber fundos e lutar para que a eutanásia seja legalizada nos EUA, país onde só em cinco estados – Washington, Montana, Vermont e Novo México juntaram-se a Oregon – é autorizada a prática de pôr fim à vida com assistência médica.
E Brittany já escolheu a data: 1 de Novembro, um dia depois do aniversário do marido.
Brittany no dia do seu casamento 

“Espero aproveitar os dias que ainda tenho neste planeta lindo rodeada daqueles que amo. Espero morrer em paz. Dê valor à vida e tenha a certeza de que não está a desperdiça-la. Aproveite o dia. Esqueça o resto”, diz Brittany num vídeo divulgado nesta segunda-feira, dia do lançamento do projecto, e que já foi visto por mais de 4 milhões de pessoas.
“Não consigo nem dizer o alívio que sinto por saber que não terei de morrer da maneira que me foi descrito, que o tumor cerebral me tomaria”, desabafa. “Assim, vou morrer na cama, ao lado do meu marido e da minha mãe com uma música que gosto a acompanhar”.
“O meu glioblastoma vai matar-me e está fora do meu controlo. Poder escolher a maneira de morrer com dignidade é menos terrível”.

In Semanario SOL de 2014


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Mulher que escolheu morrer cumpre último desejo

Jovem de 29 anos com cancro terminal visitou o Grand Canyon com o marido e os pais.
Brittany Maynard, a jovem de 29 anos que sofre de um cancro incurável no cérebro e que escolheu morrer por meio de eutanásia no próximo sábado, cumpriu um dos seus maiores desejos: visitar o Grand Canyon, EUA, para festejar o aniversário do marido.
"É de uma beleza de cortar a respiração", confessou Brittany na sua página do Facebook, dizendo também que está grata por ter aproveitado os últimos dias que lhe restam acompanhada pelos pais e pelo marido, no meio da natureza. Apesar de transparecer felicidade nas fotografias que divulgou na internet, no dia seguinte à visita, a jovem teve um colapso grave, perdendo as forças e ficando temporariamente paralisada.
Com a morte marcada, Brittany espera que o seu caso dê visibilidade à questão da eutanásia e ao direito a morrer com dignidade.

In Correio da manhã de 30.10.2014  09:05






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Brittany Maynard decidiu adiar a morte

   



A norte-americana, de 29 anos, que decidiu morrer, no sábado, por meio de eutanásia, diz agora que não é a altura certa.



A três dias da data em que decidiu morrer, Brittany Maynard, a jovem norte-americana de 29 anos com um tumor maligno no cérebro, mudou de ideias. Num vídeo publicado esta quarta-feira no site do Fundo Brittany Maynard, a jovem, que tinha anunciado antes que no próximo sábado queria "morrer com dignidade", justifica o que a levou a adiar este dia.
"Faço-o porque ainda me sinto bem, ainda tenho felicidade suficiente. Ainda consigo sorrir com a minha família e amigos, o quanto baste para perceber que não é a altura certa [para morrer]. Mas sei que vai chegar, sinto-me pior de semana para semana", justifica Brittany, que teve duas convulsões no mesmo dia, durante a semana que passou.

O marido, Dan Diaz, apoia a decisão de mulher: "Vivemos um dia de cada vez. É um cliché, mas é mesmo assim."
No vídeo (que pode ver no final deste texto), Brittany Maynard emociona-se ao falar dos seus sonhos. Confessa que gostava de vencer o cancro, mas sabe que não vai acontecer. Assim quer apoiar a mãe e o marido, para garantir que este, após a sua morte, consiga ser feliz e constituir família.
"Se chegar o dia 2 de novembro e eu morrer, espero que a minha família ainda se orgulhe de mim e das escolhas que fiz. Se ainda estiver viva, vamos continuar juntos no amor que temos uns pelos outros. O meu objetivo principal é garantir que a minha família e os meus amigos saibam o quanto os amo", conclui a norte-americana entre lágrimas.

in Correio da manhã de30.10.2014  11:28











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Vontade de Brittany em morrer com dignidade cumpriu-se sábado!


Brittany Maynard cumpriu a sua vontade em morrer com dignidade, sábado, na sua casa, depois de concretizar alguns desejos e antes que o cancro terminal que tinha no cérebro lhe consumisse as energias e a alegria que ainda sentia.



Brittany Maynard, de 29 anos, sofria de um cancro cerebral agressivo e incurável

"Adeus a todos os meus queridos amigos e família que amo. Hoje é o dia que escolhi para morrer com dignidade, tendo em conta a minha doença terminal, este cancro terrível no cérebro que me levou muito... mas teria levado muito mais", escreveu Brittany Maynard numa mensagem divulgada publicamente depois do suicídio assistido da jovem, de 29 anos, no passado sábado, dia 1 de novembro.

Sean Crowley, porta-voz da associação "Compassion & Choices", que defende o direito à eutanásia e à qual Brittany Maynard associou a sua defesa pelo direito de escolher uma morte digna, anunciou que a jovem norte-americana morreu pacificamente, na sua casa, no sábado.
"Brittany morreu, mas o seu amor à vida, a sua paixão e o seu espírito sobrevivem", acrescentou Barbara Lee Coombs, presidente da instituição.

A jovem recebeu o terrível diagnóstico de que tinha um cancro agressivo e incurável no cérebro, em janeiro, quando foi ao médico a queixar-se de fortes dores de cabeça. Em abril, deram-lhe seis meses ou menos de vida. Os oncologistas indicaram que o tumor lhe iria causar, cada vez mais, dor muito forte e prolongada. Foi então que decidiu ter uma morte digna, recorrendo ao suicídio assistido. E marcou uma data: 1 de novembro.
A decisão de avançar com o suicídio assistido motivou o debate sobre este assunto nos Estados Unidos.

O suicídio assistido está legalmente previsto em cinco Estados norte-americanos (Washington, Montana, Novo México, Vermont e Oregão), por isso, Brittany teve de deixar Oakland, na Califórnia, onde morava, e mudar-se com a família para o Estado vizinho de Orégão, onde a prática é permitida.
Na semana passada, a jovem divulgou imagens de uma visita ao Grand Canyon, no Colorado. Era, segundo revelou a própria, o seu último desejo antes de morrer.Na sexta-feira, Brittany deu a entender que poderia adiar a sua decisão
Mas tal não se confirmou.


                                                                                                       in JN  | 03.11.2014 - 11:13







Brittany Maynard 

      Para ti...





Lola

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