Coação e livre arbítrio
A Acção Humana é considerada um dos temas fundamentais da Filosofia .
E porquê?
E porquê?
É através das escolhas ao longo da vida, do caminho que procura construir que o homem se define ou como diz Hanna Arendt " A acção é a actividade que não pode ser imaginada fora da sociedade dos homens" (In A Condição Humana)
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As nossas acções podem ter consequências nos outros, logo, a Acção Humana necessita de ser acompanhada por responsabilidade.
Mas, nem todos os movimentos do Homem são considerados acções. Ou seja, os actos involuntários e inconscientes, isto é, os actos que realizámos sem que desejássemos que tivessem acontecido, onde não somos o agente, não são considerados acções - actos do Homem.
Exemplos : Espirrar, andar sonâmbulo, transpirar.
Acção Humana exige um ser : consciente, voluntário, livre e intencional.- é algo que acontece quando um agente escolhe fazer uma interferência no decurso natural das escolhas, mediante motivos e possuindo uma intenção.
Para tomar decisões, o agente deliberou, isto é, reflectiu sobre os prós e os contras, e para isso teve a liberdade de escolha, e embora possa ter sido vítima de influência, não foi coagido por ninguém e terá então que assumir as consequências das suas acções, ou seja, ser responsável.
Se o agente é “vítima de influência”, significa que a Acção Humana é condicionada , isto é, existem condicionantes de vários tipos:
Estas condicionam mas não determinam, pois a Acção Humana é livre.
- Físico-biológicas
- Psicológicas
- Socio-culturais.
Estas condicionam mas não determinam, pois a Acção Humana é livre.
Será que a coação nos priva de livre-arbítrio?
Considere um ladrão que o coage a dar-lhe o dinheiro dizendo (convincentemente) "O dinheiro ou a vida!" O ladrão roubou-lhe o dinheiro. Será que também lhe roubou o livre-arbítrio?
O ladrão coloca-o perante uma opção - poder ficar com o dinheiro e morrer ou entregar-lhe a carteira e viver. Uma opção de que o ladrão o privou é guardar o dinheiro e também a vida. Você não é livre de fazer isso!
Para reflexão:
Mas será que o ladrão lhe roubou o seu livre-arbítrio?
Foi o agente livre no agir?
Teria agido desse modo se não fosse coagido?
Lola
Para reflexão:
Mas será que o ladrão lhe roubou o seu livre-arbítrio?
Foi o agente livre no agir?
Teria agido desse modo se não fosse coagido?
Lola
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