segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Bom Natal aos mochinhos




Bom Natal aos mochinhos

NATAL


Acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Era gente a correr pela música acima.
Uma onda uma festa. Palavras a saltar.

Eram carpas ou mãos. Um soluço uma rima.
Guitarras guitarras. Ou talvez mar.
E acontecia. No vento. Na chuva. Acontecia.
Na tua boca. No teu rosto. No teu corpo acontecia.

No teu ritmo nos teus ritos.
No teu sono nos teus gestos. (Liturgia liturgia).
Nos teus gritos. Nos teus olhos quase aflitos.
E nos silêncios infinitos. Na tua noite e no teu dia.
No teu sol acontecia.

Era um sopro. Era um salmo. (Nostalgia nostalgia).
Todo o tempo num só tempo: andamento
de poesia. Era um susto. Ou sobressalto. E acontecia.

Na cidade lavada pela chuva. Em cada curva
acontecia. E em cada acaso. Como um pouco de água turva
na cidade agitada pelo vento.

NATAL Natal (diziam). E acontecia.
Como se fosse na palavra a rosa brava
acontecia. E era Dezembro que floria.
Era um vulcão. E no teu corpo a flor e a lava.
E era na lava a rosa e a palavra.
Todo o tempo num só tempo: nascimento de poesia.

Manuel Alegre







Para os meus mochinhos 
que encheram os meus dias de sorrisos, 
de pureza de amanheceres,
de sabor a maresia,
de inquietação de rostos,
de insatisfação de olhares
de calor em manhãs
quase inertes pelo frio que dançava!

Obrigado

por terem estado AQUI
no conforto do meu EU
no meu coração colorido
pela vossa alma iluminada 
de sonhos e esperançado
num futuro 
que desejam de saudade
e que eu envolvo
em sorrisos cumplices
nas manhãs que
 são so e ...
...secretamente
nossas!!!



Eternamente vossa


                                           
                                              Lola

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