sábado, 14 de novembro de 2015

Paris e Terrorismo



Paris e Terrorismo


Estado Islâmico assume autoria de atentados em Paris. 




O Estado Islâmico assumiu, neste sábado (14), a responsabilidade pelos ataques coordenados de homens com armas de fogo e bombas que mataram 127 pessoas em diversos pontos de Paris. Essa foi a pior ação desse tipo na Europa desde os atentados aos trens de Madrid, em 2004, quando 191 pessoas morreram.
Os ataques se deram em um momento em que a França, integrante fundadora da coligação liderada pelos Estados Unidos, que realiza ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, estava em estado de alto alerta para ataques terroristas.
Ao assumir a responsabilidade pela ação, o Estado Islâmico disse que os ataques eram uma resposta à campanha da França contra os seus combatentes.
Uma fonte do governo francês afirmou à Reuters (site original desta notícia), que havia 127 mortos, 67 pessoas em estado crítico e 116 feridos. Seis agressores se explodiram e um foi morto pela polícia. Pode ter havido um oitavo agressor, mas isso não foi confirmado.
O Presidente francês, François Hollande, afirmou que as ações foram organizadas no exterior pelos "bárbaros" do Estado Islâmico, com ajuda interna. Um passaporte sírio foi encontrado perto do corpo de um dos homens-bomba e um dos atiradores tinha nacionalidade francesa.
"Diante da guerra, um país precisa tomar a ação apropriada", afirmou Hollande depois de uma reunião de emergência com autoridades de segurança. Durante visita a Viena, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, declarou que "nós estamos testemunhando  um tipo de fascismo moderno e medieval ao mesmo tempo".




Conheça a opinião dos pensadores que passaram pelo
               Fronteiras do Pensamento sobre os ataques:


Mohamed ElBaradei, diplomata egípcio, Nobel da Paz: Os ataques são um insulto a todas as fés e valores humanos. A raiz do extremismo vem da ignorância, da opressão e da discriminação. Solidariedade e dignidade são a única salvação.

Edgar Morin, filósofo francês: Meu sentimento é de inseparável horror e loucura. Metástases do horrível câncer do Oriente Médio.

Simon Schama, historiador britânico: Você pode não estar interessado na guerra, mas a guerra está interessada em você.

Bernard Henry-Lévy, filósofo francês: Charlie era um símbolo. Esta é a guerra.

Garry Kasparov, ativista político russo: A única forma de terroristas e ditadores justificarem seus direitos ao poder é por meio do conflito. Portanto, isso nunca acabará. É hora de nos sentirmos mais bravos do que tristes. Você não pode ter liberdade, igualdade e fraternidade sem segurança. Defesa passiva não funciona. Sigam atrás dos assassinos e daqueles que os apoiam.

Timothy Garton Ash, cientista político britânico: Tenho certeza de que esta grande nação defenderá sua liberdade (e tolerância) e a nossa.

Cameron Sinclair, arquiteto britânico: Cidadãos de ao menos 12 países foram mortos em Paris ontem à noite. Da Suécia ao Chile, os atentados foram contra a humanidade.

Michel Onfray, filósofo francês: A direita e a esquerda que semearam uma guerra internacional contra a política do Islão agora colhem, nacionalmente, a guerra da política do Islão.

Salman Rushdie, escritor indo-britânico: Grande dor por aqueles que tombaram, raiva pelo fanatismo que criou esta vil mutação no coração do Islão.

Michael Shermer, escritor norte-americano: Se você é cristão, judeu, crê em qualquer religião e acredita que “eles seguem a religião errada", saiba que os terroristas pensam o mesmo de você. Um inimigo comum geralmente une as pessoas. Os últimos atentados na França e na Rússia podem reunir os grandes poderes nesta luta. O inimigo do inimigo é meu amigo.

Vandana Shiva, ativista indiana, citando uma passagem do Alcorão: “Aquele que mata um inocente, é como se tivesse matado toda a humanidade".

 Reuters/Equipe Fronteiras - 14.11.2015 | 





                                                Lola

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