Paris e Terrorismo
Estado Islâmico assume autoria
de atentados em Paris.
O Estado Islâmico assumiu, neste sábado
(14), a responsabilidade pelos ataques coordenados de homens com armas de fogo
e bombas que mataram 127 pessoas em diversos pontos de Paris. Essa foi a pior ação
desse tipo na Europa desde os atentados aos trens de Madrid, em 2004, quando 191
pessoas morreram.
Os ataques se deram em um momento em que
a França, integrante fundadora da coligação liderada pelos Estados Unidos, que
realiza ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, estava em
estado de alto alerta para ataques terroristas.
Ao assumir a responsabilidade pela ação,
o Estado Islâmico disse que os ataques eram uma resposta à campanha da França
contra os seus combatentes.
Uma
fonte do governo francês afirmou à Reuters (site
original desta notícia), que havia 127 mortos, 67 pessoas em estado crítico e
116 feridos. Seis agressores se explodiram e um foi morto pela polícia. Pode
ter havido um oitavo agressor, mas isso não foi confirmado.
O Presidente francês, François Hollande,
afirmou que as ações foram organizadas no exterior pelos "bárbaros"
do Estado Islâmico, com ajuda interna. Um passaporte sírio foi encontrado perto
do corpo de um dos homens-bomba e um dos atiradores tinha nacionalidade
francesa.
"Diante da guerra, um país precisa
tomar a ação apropriada", afirmou Hollande depois de uma reunião de
emergência com autoridades de segurança. Durante visita a Viena, o secretário
de Estado norte-americano, John Kerry, declarou que "nós estamos
testemunhando um tipo de fascismo moderno e medieval ao mesmo tempo".
Conheça a opinião dos pensadores que passaram pelo
Fronteiras do Pensamento sobre os ataques:
Mohamed
ElBaradei, diplomata egípcio, Nobel da Paz: Os ataques são um insulto a todas as fés e valores
humanos. A raiz do extremismo vem da ignorância, da opressão e da
discriminação. Solidariedade e dignidade são a única salvação.
Edgar
Morin, filósofo francês: Meu
sentimento é de inseparável horror e loucura. Metástases do horrível câncer do
Oriente Médio.
Simon
Schama, historiador britânico: Você
pode não estar interessado na guerra, mas a guerra está interessada em você.
Bernard
Henry-Lévy, filósofo francês: Charlie
era um símbolo. Esta é a guerra.
Garry
Kasparov, ativista político russo: A
única forma de terroristas e ditadores justificarem seus direitos ao poder é
por meio do conflito. Portanto, isso nunca acabará. É hora de nos sentirmos
mais bravos do que tristes. Você não pode ter liberdade, igualdade e
fraternidade sem segurança. Defesa passiva não funciona. Sigam atrás dos
assassinos e daqueles que os apoiam.
Timothy
Garton Ash, cientista político britânico: Tenho certeza de que esta grande nação defenderá sua
liberdade (e tolerância) e a nossa.
Cameron
Sinclair, arquiteto britânico: Cidadãos
de ao menos 12 países foram mortos em Paris ontem à noite. Da Suécia ao Chile,
os atentados foram contra a humanidade.
Michel
Onfray, filósofo francês: A
direita e a esquerda que semearam uma guerra internacional contra a política do
Islão agora colhem, nacionalmente, a guerra da política do Islão.
Salman
Rushdie, escritor indo-britânico: Grande
dor por aqueles que tombaram, raiva pelo fanatismo que criou esta vil mutação
no coração do Islão.
Michael
Shermer, escritor norte-americano: Se
você é cristão, judeu, crê em qualquer religião e acredita que “eles seguem a
religião errada", saiba que os terroristas pensam o mesmo de você. Um
inimigo comum geralmente une as pessoas. Os últimos atentados na França e na
Rússia podem reunir os grandes poderes nesta luta. O inimigo do inimigo é meu
amigo.
Vandana
Shiva, ativista indiana,
citando uma passagem do Alcorão: “Aquele que mata um inocente, é como se
tivesse matado toda a humanidade".
Reuters/Equipe Fronteiras - 14.11.2015 |
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