As perguntas da filosofia
Eis
algumas perguntas que qualquer um de nós pode fazer sobre nós próprios. O que
sou eu? O que é a consciência? Será que eu poderia sobreviver à morte do meu
corpo? Será que posso ter a certeza de que as experiências e sensações das
outras pessoas são como as minhas? Se eu não posso partilhar as experiências
das outras pessoas, será que posso comunicar com elas? Será que agimos sempre
em função do nosso interesse próprio? Será que sou apenas uma espécie de
fantoche, programado para fazer as coisas que penso fazer em função do meu
livre-arbítrio?
Eis algumas perguntas sobre o mundo. Por que razão existe algo e não o nada? Qual a diferença entre o passado e o futuro? Porque razão a causalidade acontece sempre do passado para o futuro, ou será que faz sentido pensar que o passado pode ser influenciado pelo futuro? Por que razão é a natureza regular? Será que o mundo pressupõe um criador? E se pressupõe, será que podemos compreender por que razão ele o criou?
Por fim,
eis algumas perguntas sobre nós e o mundo. Como poderemos ter a certeza de que
o mundo é realmente como pensamos que é? O que é o conhecimento e que
quantidade de conhecimento temos? O que faz de uma área de investigação uma
ciência? (Será a psicanálise uma ciência? E a economia?) Como poderemos saber
se as nossas opiniões são objetivas ou apenas subjetivas?
Simon Blackburn, Pense,
Gradiva, pp. 12/ 13
Lola
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