Liberdade de Expressão
”Desprezo
o que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito a dizê-lo.”
Esta
declaração, atribuída a Voltaire, condensa a ideia nuclear deste livro: a
liberdade de expressão é algo que vale a pena defender vigorosamente, mesmo
quando detestamos o que é expresso. Defender a livre expressão envolve proteger
não só o discurso que queremos escutar, mas também aquele que não queremos
escutar. (…)
A
livre expressão é particularmente valiosa numa sociedade democrática. Numa
democracia, os eleitores têm interesse em escutar e contestar uma grande
diversidade de opiniões e ter acesso a factos e interpretações, bem como a
perspetivas contrastantes, mesmo quando acreditam que as perspetivas expressas
são política, moral ou pessoalmente ofensivas. Essas opiniões podem nem sempre
ser diretamente comunicadas por meio dos jornais, da rádio e da televisão, mas
são amiúde apresentadas em romances, poemas, filmes, desenhos e letras de
canções. Podem também ser expressas simbolicamente por atos como queimar uma
bandeira, ou, como fizeram muitos manifestantes contra a guerra do Vietname,
queimando um cartão de recrutamento. Os membros de uma democracia têm também
interesse em que um grande número de cidadãos participe ativamente no debate
político, em vez de receber de forma passiva uma política transmitida a partir
de cima.»
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