A - A Dimensão ético-politica: análise e compreensão
da experiência convivencial (p. 104)
B - A Fundamentação da Moral: analise comparativa de
duas perspectivas filosóficas
Estrutura
- Itens de escolha múltipla
- Itens de resposta restrita
- Itens de resposta extensa
Tempo : 90 minutos
Conteúdos
* Ética e Moral
* Intenção Ética e norma Moral;
* O que é ser PESSOA;
* Características da Pessoa.
* Relação EU-OUTRO;
* Dimensão Pessoal e Social da
Ética;
* Consciência Moral e Pessoa;
* Relação entre Moralidade,
Liberdade e Autonomia;
* Porque razão havemos de ser
morais?
* Várias teorias acerca dos
fundamentos da moral;
* Egoísmo psicológico e egoísmo
ético;
Instituições e Moralidade
Instituições e Moralidade
* Ética deontológica e ética
consequencialista;
* Que questões se levantam à
fundamentação da moral?
* Ética Deontológica e Ética
Consequencialista;
* Conceito fundamental da ética
deontológica de Kant
* Noção de Dever em Kant
* Conceção de homem para Kant
* A vontade a razão em Kant
* Distinga Legalidade e
moralidade.
* Ações por dever, conforme ao
dever e contra o dever.
* Noção de imperativo
* Lei moral e imperativo.
* Tipos de imperativo:
caraterísticas.
* Máxima e Lei Moral
* Moralidade, Autonomia e
Dignidade Humana em Kant
* Mentir e Ética deontológica
* Critério de moralidade para
Kant
* Criticas à ética deontológica.
* Ética consequencialista
* Princípio moral do utilitarismo
* O utilitarismo e as ações boas
* Caracterizar o Utilitarismo.
* Felicidade - definição e
dificuldades levantadas pelo conceito de Felicidade.
* Utilitarismo e prazeres
* A importância do princípio da
imparcialidade para Stuart Mill
* Utilitarismo, Egoísmo ético e
Altruísmo Ético
* Criticas à ética
consequencialista.
Questões de preparação:
1. Qual o conceito central da
ética? Caracterize-o.
2. Distinga ética e moral.
3. Distinga intenção ética e
norma moral.
4. Exemplifique intenção ética e
norma moral a partir da situação: “O Tomás tirou, abusivamente, da mochila do
colega Xavier os resumos que este tinha feito para o teste de Filosofia
privando-o de poder estudar por eles”.
5. Relacione dimensão pessoal e
social da ética;
6. Explique o conceito de consciência
moral;
7. Relacione Moralidade,
Liberdade e Autonomia;
8. Explique a afirmação de
Sartre: "O homem está condenado a ser livre".
9. Porque razão havemos de ser
morais.
10. Distinguir egoísmo ético e
egoísmo psicológico.
10B. Relacione Instituições e Moralidade Ver Blog
10B. Relacione Instituições e Moralidade Ver Blog
11. Esclareça o significado da expressão:
"Necessidade da Fundamentação da Moral";
Significa que se deve estabelecer
um critério para distinguir uma ação moralmente boa ou correta de uma ação
moralmente incorreta. Tem a ver com a exigência de encontrar esse critério que
separe ou distinga o que é, moralmente certo ou errado.
12. Distinguir as duas éticas
quanto ao Bem Ultimo;
13. Porque é que a ética de Kant
é Deontológica?
14. Relacionar os conceitos
kantianos de dever e boa vontade;
15. Apresente a conceção de ser
humano para Kant;
16. Distinguir, exemplificando,
ações por dever, conforme ao dever e contra o dever;
17. Relacionar Moralidade e
Legalidade;
18. Distinguir e exemplificar
Imperativo Categórico e imperativo hipotético;
O filósofo de Kõnigsberg
distingue imperativos hipotéticos de imperativos categóricos. O imperativo
hipotético é uma ordem condicionada, na medida em que se submete a condições
para que cumpramos o dever, dizendo-me o seguinte: “Tu deves fazer isto, se
queres obter aquilo”. Por exemplo, eu devo dizer a verdade, se quero ficar bem
visto perante os vizinhos do meu bairro. Ora, a expressão que temos aqui tem a
seguinte forma: Eu digo a verdade (cumpro o dever) para não ficar mal visto
perante os outros (não pelo próprio dever, mas por interesse). Cumpro o dever, não
pelo próprio dever, como um fim em si mesmo, mas como um meio para obter um
fim. (O imperativo hipotético é o princípio que norteia a ação do indivíduo que
age apenas em conformidade com o dever). Pelo contrário, o imperativo
categórico é uma ordem incondicionada, na medida em que não se submete a
qualquer condição para que realizemos uma certa ação, anunciando o seguinte:
“Tu não deves mentir aos teus pais, porque esse é teu dever”. Não devo mentir
aos meus pais, porque é meu dever não mentir em todas as circunstâncias
possíveis e não por causa de qualquer outro interesse ou inclinação. Neste
caso, estou a cumprir o dever pelo próprio dever, não minto porque é meu dever
não mentir.
19. Caracterizar a lei moral em
Kant;
20. O que entende Kant por
máxima?
21. Explicar as duas formulações
do Imperativo categórico.
“Age segundo uma máxima tal que
possas querer ao mesmo tempo que se torne lei universal.” (agir de um modo tal
que eu queira que o princípio que determina a minha ação seja também ele
seguido por todos os indivíduos) - lei universal.
Age de tal maneira que uses a tua
humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e
simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.” (agir de um modo tal
que, encare o outro como o fim da minha ação e não simplesmente como um meio
para atingir algo) - respeito pela pessoa.
22. Distinguir autonomia e
heteronomia da vontade;
A capacidade do indivíduo agir de
acordo com a lei moral denomina Kant de autonomia da vontade. Autonomia da
vontade porque o indivíduo não está a agir condicionado pelos seus interesses
ou inclinações sensíveis, mas num puro respeito pela lei da sua própria
consciência racional. Ao obedecer à lei moral, estou a obedecer a uma lei da
minha própria razão. Kant denomina esta vontade que cumpre o dever pelo próprio
dever de boa vontade. (Nota: A autonomia da vontade identifica-se em Kant com o
agir que cumpre o dever pelo próprio dever.)
Por sua vez, à incapacidade do
indivíduo determinar a sua conduta pela lei moral chama Kant vontade
heterónoma. A vontade heterónoma é aquela que cumpre o dever, não por dever,
mas por interesse, mas também a vontade que simplesmente não cumpre o dever.
23. Relacionar Moralidade,
Autonomia e Dignidade Humana.
24.Avaliar, em exemplos dados, a
moralidade das ações, segundo a ética kantiana.
Atente na seguinte situação:
“Durante a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra e os barcos de pesca com refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão de passagem. Ora, é claro que os pescadores tinham apenas duas alternativas, mentir ou permitir que os seus passageiros (e eles mesmos) fossem apanhados e executados. Não havia terceira alternativa.”
“Durante a Segunda Guerra Mundial, os pescadores holandeses transportavam, secretamente nos seus barcos, refugiados judeus para Inglaterra e os barcos de pesca com refugiados a bordo eram por vezes interceptados por barcos patrulha nazis. O capitão nazi perguntava então ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo, e assim por diante. Os pescadores mentiam e obtinham permissão de passagem. Ora, é claro que os pescadores tinham apenas duas alternativas, mentir ou permitir que os seus passageiros (e eles mesmos) fossem apanhados e executados. Não havia terceira alternativa.”
Os pescadores holandeses
encontravam-se então na seguinte situação: ou “mentimos” ou “permitimos o
homicídio de pessoas inocentes”. Os pescadores teriam de escolher uma dessas
opções. De acordo com Kant, qualquer uma delas é errada, na medida em que as
regras morais “não devemos mentir” e “não devemos matar” (ou permitir o
assassínio de inocentes, no caso do exemplo dado) são absolutas. O que fazer
então?
Verificamos que a teoria ética de
Kant não saberia responder perante uma situação de conflito, porque proíbe
ambas as possibilidades de ação por estas se revelarem moralmente incorretas.
Mas a verdade é que, perante uma situação destas, a qual por acaso se passou na
realidade, teríamos de optar por uma dessas duas possibilidades. Se a teoria
ética de Kant nos proíbe de optar por uma delas, mas na realidade somos
forçados a optar por uma, a teoria ética de Kant revela-se incoerente.
Incoerente porque aquilo que concluímos (existem casos em que temos de mentir)
contradiz aquilo que Kant defende (não devemos mentir nunca e em qualquer
situação e isto porque para Kant as regras morais são absolutas).
25. Como entende Kant a mentira?
Para Kant, mentir é sempre
incorreto, sejam quais forem as circunstâncias em que me encontro, porque para
Kant as regras morais são absolutas, não existem exceções para um eventual
incumprimento dessas mesmas regras. Cumpro o dever como um fim em si mesmo e
não como um meio para obter outro fim.
26. Apresentar objeções à ética
de Kant. (Ver Blog)
27. Defina a ética utilitarista
de Stuart Mill.
Para Stuart Mill, o critério para
aferir da moralidade das nossas ações encontra-se nas consequências das mesmas,
naquilo que resulta das nossas ações. É porque apenas se atende às
consequências das nossas ações que se designa a teoria de Mill de teoria
utilitarista, no sentido em que a minha ação é boa ou má, consoante seja útil
ou não para o maior número possível de pessoas.
28. Porque é que a ética de
Stuart Mill é consequencialista;
29. O que entende Stuart Mill por
felicidade;
Por felicidade entende ainda Mill
o prazer e a ausência de dor ou sofrimento. Mill enuncia o princípio utilitarista
do seguinte modo: “A máxima felicidade possível para o maior número possível de
pessoas é a medida do bem e do mal.” Para Mill, a felicidade geral é a única
coisa desejável por si mesma, enquanto todas as outras coisas são apenas
encaradas como um meio para obter um fim, fim esse que é a felicidade.
O argumento apresentado por Mill
para justificar que a felicidade geral é algo de desejável por si mesmo (por
todos nós) é o seguinte: Argumento da felicidade como fim em si:
Cada pessoa deseja a sua própria
felicidade.
A felicidade de cada pessoa é um
bem para essa pessoa.
Logo, a felicidade geral é um bem
para o conjunto de todas as pessoas.
A partir deste argumento, de que
a felicidade geral é a única coisa desejável por si mesma, Mill vai defender
que quando agimos devemos procurar visar essa mesma felicidade geral. Assim, a
partir do argumento anterior construímos o seguinte argumento:
A felicidade geral é um bem para
o conjunto de todas as pessoas.
Logo, cada pessoa deve agir de
modo a promover a felicidade geral Verificamos assim que, para Mill, o fim – a
felicidade geral – justifica os meios. Na teoria do utilitarismo, há um primado
dos fins da ação em relação aos meios. Significa isto que, para Mill, uma ação
terá valor moral desde que a quantidade de felicidade que produzimos com a
nossa ação sobre um determinado número de pessoas seja superior ao número de
pessoas a que causamos dor ou sofrimento durante a realização da ação. Ou seja,
para Mill, é suficiente que a felicidade produzida com a ação seja superior ao
sofrimento eventualmente provocado com a sua realização para que a ação tenha
valor moral e é neste sentido que há um primado dos fins da ação (da
maximização da felicidade para o maior número) sobre os meios (mesmo que a ação
produza sofrimento sobre algumas pessoas).
30. Distinguir os prazeres para
Stuart Mill;
Mill dá preferência aos prazeres intelectuais (prazeres superiores) – prazeres que resultam do exercício das nossas capacidades intelectuais – sobre os prazeres sensíveis (prazeres inferiores), querendo com isso dizer que não troca uma vida de prazeres intelectuais por outra vida com um maior número de prazeres sensíveis. Para testemunhar isso mesmo, Mill exemplifica dizendo que preferia ser um «Sócrates insatisfeito» do que um «porco satisfeito», ou seja, é preferível uma vida fraca em prazeres intelectuais a uma vida cheia de prazeres sensíveis, porque os prazeres intelectuais são qualitativamente superiores aos prazeres sensíveis.
Mill dá preferência aos prazeres intelectuais (prazeres superiores) – prazeres que resultam do exercício das nossas capacidades intelectuais – sobre os prazeres sensíveis (prazeres inferiores), querendo com isso dizer que não troca uma vida de prazeres intelectuais por outra vida com um maior número de prazeres sensíveis. Para testemunhar isso mesmo, Mill exemplifica dizendo que preferia ser um «Sócrates insatisfeito» do que um «porco satisfeito», ou seja, é preferível uma vida fraca em prazeres intelectuais a uma vida cheia de prazeres sensíveis, porque os prazeres intelectuais são qualitativamente superiores aos prazeres sensíveis.
31. Exemplificar prazeres
superiores e inferiores;
32. Qual o princípio moral que
permite distinguir ações corretas de incorretas?
Para Stuart Mill, uma ação tem
valor moral consoante produza uma maior ou menor quantidade de felicidade sobre
as várias pessoas implicadas pela ação (tendo em conta as próprias
circunstâncias da ação e as condições de ação do próprio agente). Para Mill, é
suficiente que a felicidade produzida com a ação seja superior ao sofrimento
eventualmente provocado com a sua realização para que a ação tenha valor moral e
é neste sentido que há um primado dos fins da ação (da maximização da
felicidade para o maior número) sobre os meios (mesmo que a ação produza
sofrimento sobre algumas pessoas).
33. Defina Hedonismo;
Para Stuart Mill, uma vida boa
seria então uma vida de experiências aprazíveis, mas, sobretudo, experiências
de prazer intelectual.
34. Avalie, mediante exemplos
dados, ações moralmente corretas e incorretas;
35. Haverá para o utilitarismo
deveres morais absolutos?
36. Mas por que razão defende
Stuart Mill este princípio da máxima felicidade? Por que razão me hei-de eu
esforçar por promover a felicidade dos outros, se posso limitar-me a promover
apenas a minha própria felicidade?
Stuart Mill parece apresentar dois argumentos para responder a esta questão, o argumento da felicidade geral como fim último das nossas ações (apresentado em cima) e o argumento da ética cristã.
Stuart Mill parece apresentar dois argumentos para responder a esta questão, o argumento da felicidade geral como fim último das nossas ações (apresentado em cima) e o argumento da ética cristã.
Comparar as éticas de Kant e
Stuart Mill
A - Uma teoria deontológica: a ética
racional de Kant
Podemos distinguir os campos:
Legalidade - caráter das ações
simplesmente boas, em conformidade com a norma.
Moralidade - caráter das ações
realizadas não só em conformidade com a norma, mas também por respeito ao
dever.
O ser Humano tem três
disposições:
-Como alcançar a vontade boa?
• O corpo e a razão não têm as
mesmas inclinações.
• A vontade fica sujeita a
conflitos entre disposições.
• A vontade fica dividida entre o
dever (motivações racionais) e o prazer (inclinações sensíveis).
• A vontade pode escolher (é o
livre-arbítrio).
• Nem sempre escolhe o dever (a
moralidade).
-Vontade boa
Devido aos conflitos entre as
disposições a vida ética é uma luta. Kant propõe como ideal moral o esforço
para transformar a vontade dividida e imperfeita numa vontade boa, isto é, numa
vontade que se determine a agir por dever
Só a escolha do dever por dever
permite transformar a vontade numa vontade boa
-Dever e lei moral – imperativo
categórico da moralidade
O que é agir por dever?
É orientar-se pela disposição para a personalidade, e consiste na elaboração de leis racionais a que a própria razão se submete (autonomia). O dever é o respeito pela lei moral.
É orientar-se pela disposição para a personalidade, e consiste na elaboração de leis racionais a que a própria razão se submete (autonomia). O dever é o respeito pela lei moral.
- As leis da razão e as leis da
natureza valem universalmente
As leis naturais são descritivas
– Dizem como a natureza funciona
As leis morais são prescritivas
(normativas) – prescrevem um comportamento – são incondicionais e absolutas –
são um imperativo categórico (uma ordem incondicional).
-Enunciado do Imperativo
Categórico
Age apenas segundo uma máxima tal
que possas, ao mesmo tempo, querer que ela se
torne lei universal.
A opção pela moralidade permite
ao indivíduo tornar-se ser moral ou pessoa, conferindo-lhe dignidade e valor
absoluto.
Diz Kant que a moralidade é a
única condição que pode fazer de um ser racional um fim em si mesmo; a
moralidade, e a humanidade, enquanto capaz de moralidade, são as únicas coisas
que têm dignidade. Podemos agora explicar-nos facilmente (pois) sucede que
possamos achar simultaneamente uma certa sublimidade e dignidade na pessoa que
cumpre todos os seus deveres.
Pois enquanto ela está submetida
à lei moral não há nela sublimidade alguma; mas há-a sim na medida em que ela é
ao mesmo tempo legisladora em relação a essa lei moral e só por isso lhe está
subordinada. Não é nem o medo nem a inclinação mas tão somente o respeito à
lei, que constitui o móbil (motivo) que pode dar à ação um valor moral. Só esta
vontade que nos é possível (representar) na ideia é o objeto próprio do
respeito, e a dignidade da humanidade consiste precisamente nesta capacidade de
ser legislador universal, se bem que com a condição de estar ao mesmo tempo
submetido a essa mesma legislação.
Autonomia
Kant chama autonomia à
propriedade da vontade de se constituir como a sua própria lei. A autonomia da
vontade é o princípio supremo da moralidade e o fundamento da dignidade e do
respeito devido ao ser moral ou pessoa.
Fundamento e critério de
moralidade
Segundo Kant, o fundamento da
moralidade é a racionalidade e a autonomia da vontade
Isso implica:
• cumprimento do dever por dever.
• independência face às
dispos
Segundo Kant, o critério para
identificar uma ação como boa é o caráter incondicional e universalizável da
máxima que determina a escolha, ou seja, o caráter racional da lei moral.
B - Uma teoria consequencialista:
a ética utilitarista de Stuart Mill
O credo que aceita a Utilidade ou
o Princípio da Maior Felicidade como fundamento da moral sustenta que:
• As ações são justas na
proporção em que tendem a promover a felicidade e injustas enquanto tendem a
produzir o contrário da felicidade.
• Entende-se por felicidade o
prazer e a ausência de dor; por infelicidade a dor e a ausência do prazer.
• O prazer e a ausência de dor
são as únicas coisas desejáveis como fins e todas as coisas desejáveis são-no
pelo prazer inerente a elas mesmas, ou como meios para a promoção do prazer e a
prevenção da dor.
O princípio moral em
que se baseia o utilitarismo é o princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade.
Chama-se hedonismo (grego hédonê,
prazer) a este tipo de conceção
-Princípio da Utilidade ou da
Maior Felicidade
Uma ação é boa quando promove a
felicidade
A felicidade é “única coisa
desejável como fim” e, por isso, boa em si mesma.
A felicidade é um estado de
bem-estar, de prazer e ausência de dor ou sofrimento.
-Distinção qualitativa do prazer
e do sofrimento (dor)
Mas o que é que causa maior
felicidade ou prazer?
Stuart Mill distingue:
. Prazeres físicos: Os prazeres
sensoriais ligados às necessidades somáticas(básicas), como beber, comer, sexo.
. Prazeres espirituais: Ligados a
necessidades intelectuais, sociais, morais, estéticas(ex.: apreciar um pôr do
sol, uma obra de arte, descobrir e criar, partilhar afetos ou conhecimentos,
ajudar os outros)
-Refutação das críticas: o
Utilitarismo
a) Propõe um ideal moral: a
felicidade de todos os Homens, e não apenas a própria
b) Identifica o imperativo moral
utilitarista com o mandamento cristão não faças aos outros o que não gostarias
que te fizessem a ti e ama o teu próximo como a ti mesmo
c) Indica um ideal
jurídico-político: o bem comum ou a felicidade global
d) Sugere um ideal pedagógico: a
formação de indivíduos solidários, empenhados em promover o bem comum e a
felicidade de todos Imperativo moral age sempre de
modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas.
Critério de moralidade as
consequências previsíveis da ação.
Ação moral ou boa é a ação que
traz mais felicidade ao maior número de pessoas.
-Conclusão do utilitarismo de
Stuart Mill
* A finalidade da moralidade é a
felicidade
• O critério de moralidade das
ações (o que torna uma ação boa) é a sua utilidade, o seu contributo para criar
a maior felicidade
• Fazer uma opção moral exige
inventariação e avaliação das consequências possíveis para se poder escolher a
que previsivelmente produzirá mais felicidade ou bem-estar.
-O utilitarismo e as democracias
liberais
O utilitarismo foi a tentativa
mais coerente de traduzir racionalmente o mandamento ama o próximo como a ti
mesmo, a tentativa mais forte de dar uma definição racional de altruísmo e
continua a ser um dos modelos fundamentais na construção do moderno estado do
bem-estar.
COMPARAR AS ETICAS DE KANT E STUART MILL
Na tentativa
de se fazer uma avaliação moral das nossas acções, apresentam-se duas teorias
morais: a teoria de Kant e a teoria de
Stuart Mill.
A teoria
moral de Kant vai avaliar a
moralidade das nossas acções baseando –se na intenção com que realizamos as
acções. Por sua vez, a teoria moral de Stuart Mill vai avaliar a moralidade das
nossas acções a partir das consequências das acções. Denomina-se a teoria moral
de Kant de teoria deontológica, porque é uma doutrina moral que se baseia na
noção de dever. Para Kant, na avaliação da moralidade de uma acção aquilo que
mais importa é a intenção com que a pessoa age e não as consequências da acção.
Concretamente, para Kant, a moralidade de uma acção é cumprir o dever por
dever.
A teoria de
Stuart Mill é denominada teoria utilitarista,
porque defende que o critério para avaliar a moralidade de uma acção é pelas
consequências desta (uma acção é moralmente correcta se promover a felicidade
para o maior número de pessoas).
A questão que
se vai colocar com estas duas teorias morais vai ser a seguinte:
Devemos avaliar a moralidade de uma acção pela intenção com que a
realizamos ou pelas consequências que dela resultam?
Ver no blog
quadro comparativo
criticas à ética de Kant
Nota:
Para facilitar o vosso estudo
apresentei algumas propostas de
resposta
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