David Hume
Causalidade
“Todos os nossos raciocínios relativos a questões de facto, defende Hume, se baseiam na relação de causa e efeito.
Mas como chegamos ao nosso conhecimento das relações causais?
(…) Ao olhar apenas para a pólvora, nunca poderíamos descobrir que é explosiva; é preciso experiência para saber que o fogo queima as coisas. Mesmo as mais simples regularidades da natureza não poder estabelecidas a priori
porque uma causa e um efeito são dois acontecimentos totalmente diferentes e um não pode ser inferido do outro. Vemos uma bola de bilhar a mover-se na direcção de outra e esperamos que transmita movimento à outra.
Mas porquê?
Mas como chegamos ao nosso conhecimento das relações causais?
(…) Ao olhar apenas para a pólvora, nunca poderíamos descobrir que é explosiva; é preciso experiência para saber que o fogo queima as coisas. Mesmo as mais simples regularidades da natureza não poder estabelecidas a priori
porque uma causa e um efeito são dois acontecimentos totalmente diferentes e um não pode ser inferido do outro. Vemos uma bola de bilhar a mover-se na direcção de outra e esperamos que transmita movimento à outra.
Mas porquê?
A resposta, obviamente, é que descobrirmos as regularidades da natureza através da experiência. Mas Hume leva a sua indagação mais além. Mesmo depois de termos a experiência das operações de causa e de efeito, pergunta,
que bases existem na razão para inferir conclusões dessa experiência?
A experiência apenas nos dá informação sobre ocorrências passadas: porque haveria de ser alargada a objectos futuros, que, tanto como sabemos, só se assemelham aos objectos passados na aparência?
O pão alimentou-me no passado, mas que razões tenho para acreditar que o irá fazer no futuro?"
que bases existem na razão para inferir conclusões dessa experiência?
A experiência apenas nos dá informação sobre ocorrências passadas: porque haveria de ser alargada a objectos futuros, que, tanto como sabemos, só se assemelham aos objectos passados na aparência?
O pão alimentou-me no passado, mas que razões tenho para acreditar que o irá fazer no futuro?"
Anthony Kenny,
Ascenção da Filosofia moderna,
Edições Gradiva, Lisboa 2011,
págs. 170-171.
Ascenção da Filosofia moderna,
Edições Gradiva, Lisboa 2011,
págs. 170-171.
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