sábado, 28 de outubro de 2023

Descartes e o Racionalismo: Exercícios

 




Descartes e o Racionalismo: 

Exercícios

 

1. Descartes e o Conhecimento

1.  Identifique a afirmação errada:

A. O principal problema de Descartes é o de encontrar a garantia de que o nosso conhecimento é absolutamente seguro.

B. A condição necessária para que algo seja declarado conhecimento absolutamente seguro é resistir completamente à dúvida.

C. Descartes consegue provar que os sentidos não nos enganam.

D. O primeiro conhecimento absolutamente seguro é a existência do sujeito que tem consciência de que os sentidos e o entendimento o podem enganar.

 

2. Acerca do conhecimento,  Descartes defende que:

·      A. Descartes não utiliza um método ou uma estratégia para estabelecer algo de firme e certo no conhecimento, já que suas opiniões antigas eram incertas.

B. Descartes considera que não é possível encontrar algo de firme e certo nas ciências, pois até então esse objetivo não foi atingido.

C. Descartes, ao rejeitar o que a tradição filosófica considerou como conhecimento, busca fundamentar nos sentidos uma base segura para as ciências.

D. ao investigar uma base firme e indestrutível para o conhecimento, Descartes inicia rejeitando suas antigas opiniões e utiliza o método da dúvida até encontrar algo de firme e certo.

 

3. Os racionalistas defendem que:

A. Os sentidos são a única fonte de conhecimento universal e necessário

B. O conhecimento fundamenta-se a posteriori

C. Não há conhecimento a priori

D. A razão é a única fonte do conhecimento universal e necessário.

 

2. Descartes e a Razão

1. Para Descartes, a razão é a faculdade de:

A. Comparar o conhecimento a priori e o conhecimento a posteriori

B. Distinguir o certo do incerto.

C. Distinguir o verdadeiro do falso

D. Comparar o inato  e o adquirido.


2. Para Descartes, a razão tem as seguintes caracteristicas:

A. Particular e homogénia

B. Universal e variável

C. Igual e universal

D. Particular e heterógenia

 

3. Descartes e o Método

1. Assinale a alternativa que contenha corretamente a descrição das regras de análise e síntese.

A. A regra da análise orienta a enumerar todos os elementos analisados; a regra da síntese orienta decompor o problema em seus elementos últimos, ou mais simples.

B. A regra da análise orienta a decompor cada problema em seus elementos últimos ou mais simples; a regra da síntese orienta ir dos objetos mais simples aos mais complexos.

C. A regra da análise orienta a remontar dos objetos mais simples até os mais complexos; a regra da síntese orienta prosseguir dos objetos mais complexos aos mais simples.

D. A regra da síntese orienta a acolher como verdadeiro apenas aquilo que é evidente; a regra da análise orienta descartar o que é evidente e só orientar-se, firmemente, pela opinião.

 

4. Descartes e a Dúvida

1 – Imagine que decide submeter as suas ideias ao teste da dúvida proposto por Descartes. Qual das ideias seguintes seria a mais resistente à dúvida?

A. Ao longe, uma ave cruza o céu.

B. Toco com as mãos numa folha.

C. Não estou a flutuar no espaço.

D. O quadrado tem quatro lados.

 

2 – Identifique o par de termos que permite completar adequadamente a afirmação seguinte.

 

A dúvida cartesiana é _______; por isso, Descartes não é um filósofo _______.

A. metódica … cético

B. cética … empirista

C. metódica … racionalista

D. hiperbólica … empirista

 

3.  Identifique a afirmação verdadeira:

A. Descartes é céptico porque parte da dúvida.

B. Descartes não é céptico porque a dúvida é metódica.

C. Descartes é céptico porque não procura a verdade e a encontra por acaso.

D. Descartes é céptico porque consegue duvidar de tudo.

 

5. Descartes e o Cogito

1. Descartes considera que o cogito é um conhecimento especialmente seguro, porque é:

A. obtido por um processo a priori.

B. imune ao próprio processo de dúvida.

C. confirmado pela experiência.

D. o fundamento do conhecimento.

 

2. O cogito é:

1. O primeiro princípio do sistema do conhecimento

2. Uma verdade que se deduz de outras verdades

3. Uma verdade descoberta com o apoio dos sentidos

4. Uma verdade puramente racional.

 

Deve afirmar-se que:

A. 2 é correto; 1,3 e 4 são incorretos

B. 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos

C. 1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto

D. 1 e 4 são corretos;2 e 3 são incorretos.


3. Ao analisar a afirmação “penso, logo existo”, de René Descartes, poderemos concluir que:

A. a existência da mente, do eu pensante, é uma verdade clara e distinta.

B. Descartes conclui que existe a partir da observação empírica do pensamento de outras pessoas.

C. a própria existência do sujeito que pensa é considerada uma verdade óbvia para o filósofo, sobre a qual não é necessário refletir ou questionar.

D. Descartes consegue demonstrar com isso que o mundo exterior não existe, apenas o eu pensante.

 

6. Descartes e Deus

1. De acordo com a filosofia cartesiana, Deus existe porque:

A. O universo físico tem de ter uma causa;

B. a organização do Universo aponta para um criador inteligente;

C. a própria ideia de ser perfeito implica a sua existência.

D. Nenhuma das respostas anteriores é correta.

 

2. Na filosofia cartesiana, a ideia de Deus que o sujeito possui teve origem:

A. Numa ideia, proveniente dos sentidos, que o sujeito descobriu na sua própria razão;

B. Na necessidade de encontrar um criador para tudo o que existe;

C. No eu pensante, ao submeter todos os conhecimentos que possui à dúvida radical;

D. Em Deus, que a deixou em nós como a sua marca.  

 

7. Descartes e as Ideias

1.  De acordo com Descartes os conteúdos da nossa mente podem classificar-se como:

A. Ideias inatas; ideias fictícias; ideias adventícias;

B. ideias factícias; ideias complexas; ideias simples,

C. ideias adventícias; ideias inatas; ideias factícias.

D. ideias simples, ideias inatas, ideias claras e distintas.

 

8. Descartes e o Mundo

1. Segundo Descartes, apenas é verdadeira a seguinte afirmação:

A. Sabemos que o mundo exterior é real porque os sentidos o comprovam;

B. Sabemos que o mundo exterior é real porque sabemos que o sujeito existe;

C. Sabemos que o mundo exterior é real porque o cogito é um princípio indubitável que  garante a sua existência;

D. Sabemos que Deus existe porque o mundo exterior é real.


9. Descartes e as Substâncias

1.  De acordo com Descartes há 3 tipos de substâncias:

A. Cogito, Deus e Dúvida

B. Dúvida, Método e Deus.

C. Mundo, Deus e Perfeição.

D. Mundo, Deus e Cogito.

  

10. Descartes e os críticos


Tenho outra preocupação: como pode o autor evitar raciocinar em círculo quando diz que estamos certos de que aquilo que percebemos clara e distintamente é verdade apenas porque Deus existe?

Pois podemos estar certos de que Deus existe apenas porque percebemos isso clara e distintamente. Assim, antes de podermos estar certos de que Deus existe, devemos poder estar certos de que aquilo que percebemos clara e evidentemente é verdade.

                                                                             Antoine Arnauld

1. Apresente o tema, a tese e  a critica em forma de um argumento dedutivo.


  11. Descartes  e o Racionalismo - QUESTÕES GERAIS

 

I - Assinale as afirmações VERDADEIRAS e FALSAS. Justifique as FALSAS.


1. Para Descartes, não existem ideias inatas, todas as nossas ideias têm uma origem empírica, mesmo as mais complexas e abstratas. 

2. O cogito é, para Descartes, um modelo e um critério de verdade, já que só será aceite como verdadeiro aquilo que aprendermos de forma tão clara e distinta como este primeiro princípio. 

3. O cogito é, segundo Descartes, uma verdade primeira, pois nenhuma verdade lhe pode ser anterior e será a partir dela que a reconstrução do saber vai ser possível. 

4.  O cogito, o «Penso, logo existo», é uma verdade adventícia porque é uma verdade que não deriva nem depende da experiência, dos sentidos. 

5.  Com a descoberta do seu primeiro princípio, Descartes chega à certeza de que ele próprio existe, mas a existência de objetos físicos e de outros seres pensantes continua sob suspeita. 

6. Para Descartes, conceber Deus como inexistente é tão absurdo como, por exemplo, conceber um triângulo sem três ângulos.

7.  Embora a primeira verdade indubitável seja o cogito, Deus é, para o sistema cartesiano, o fundamento metafísico de todo o saber, isto é, de todas as crenças verdadeiras. 

8.  Descartes é um racionalista, pois considera que só as verdades descobertas pela razão e deduzidas destas merecem o título de conhecimento. 

9. Segundo Descartes, aplicando corretamente as nossas faculdades podemos alcançar verdades indubitáveis sobre o mundo físico e sobre realidades que ultrapassam a experiência.  

10. Uma das críticas frequentemente dirigida a Descartes é o facto de  usar o critério de evidência para provar a existência de Deus e, simultaneamente, usar Deus para fundamentar aquele critério. 

II - Considera o texto seguinte e responda às questões:

 "Mas, logo em seguida, notei que, enquanto queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessariamente era alguma coisa. E, notando que esta verdade, eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a poderia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava".


Descartes, Discurso do Método

 

1. Quais as substâncias defendidas por Descartes?

2. Como é que Descartes raciocina acerca do argumento céptico da impossibilidade do conhecimento. 

3. Explique por que razão «todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes» para abalar a certeza da nossa existência como seres pensantes.

4. Formule um dos argumentos de Descartes a favor da existência de Deus, distinguindo claramente as premissas da conclusão. 

5. O argumento anterior é a priori ou a posteriori? Justifique. 

  

III - Questões de desenvolvimento 

 

"Ora, não sendo Deus enganador, é absolutamente manifesto que ele não introduz em mim essas ideias, nem imediatamente por si próprio, nem também por meio de outra criatura […] Porque, não me tendo Deus dado absolutamente nenhuma faculdade para conhecer isto, mas, pelo contrário, uma grande propensão para crer que elas são emitidas pelas coisas corpóreas, não vejo por que se possa compreender que ele não é enganador, se estas ideias fossem emitidas por outras que não as coisas corpóreas. E, portanto, as coisas corpóreas existem". 

 

Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira

  

1. Apresente o tema, a tese e o argumento em forma de premissas e conclusão.

2. Como responde Descartes ao argumento dos cépticos?


“Quantas vezes me acontece que, durante o repouso noturno, me deixo persuadir de coisas tão habituais como que estou aqui, com o roupão vestido, sentado à lareira, quando, todavia, estou estendido na cama e despido! Mas, agora, observo este papel seguramente com os olhos abertos, esta cabeça que movo não está a dormir, voluntária e conscientemente estendo esta mão e sinto-a: o que acontece quando se dorme não parece tão distinto. Como se não me recordasse já de ter sido enganado por pensamentos semelhantes!”

R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p. 108.

1. Apresente o tema, a tese e o argumento.

2. Apresente um outro argumento não presente no texto.




LOLA


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