terça-feira, 1 de outubro de 2013

Os Princípios Lógicos





A palavra "pensar" deriva da palavra latina pensare, que significa pesar. Isto permite-nos compreender o que caracteriza os actos do pensamento (da razão):
Pensar é conhecer, o seja, é recolher dados acerca de algo, o que não deixa de poder ser encarado como um acto de avaliação, e aqui convém dizer que só conhecemos algo de novo, integrando-o no conjunto dos conhecimentos já adquiridos, o que remete para uma necessária  ponderação dos elementos novos e da sua compatibilidade com os já adquiridos.
Pensar é, também, julgar, ou seja, é comparar objectos (conceitos), de forma a que possamos distinguir e relacionar, de uma forma pertinente, os elementos da nossa realidade, interna e externa.
Pensar é, igualmente, raciocinar, é, a partir da análise do que conhecemos, que somos capazes de descobrir novas relações entre os objectos do nosso conhecimento, ou novas qualidades do real, que não poderiam ser simplesmente conhecidas através da experiência sensível.
Vamos centrar-nos nestes três tópicos, o conhecer, o julgar e o raciocinar, se bem que o pensamento abarque um vastíssimo leque de actividades mentais e de operações lógicas.
Em primeiro lugar veremos que o pensamento obedece a regras formais, os princípios lógicos da razão, que são o fundamento da sua consistência. Estes são normas, regras, leis, principios e critérios que nos permitem pensar bem;






Os Princípios Lógicos da Razão – como devemos pensar?

1) Princípio da Identidade: A=A

Cada objecto é igual a si próprio; Cada proposição é equivalente a si mesma.  O Princípio da Identidade determina que todo o ser é igual a si próprio: (X = X); (A = A); “ uma girafa é uma girafa”- uma girafa é igual a si mesma.

  • É um principio evidente
  • Sem este principio nenhum pensamento seria possivel
  • É fundamental e necessário.




2) Princípio da não-contradição:

Uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, de acordo com a mesma perspectiva; Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, de acordo com a mesma perspectiva.

 O Princípio de não Contradição determina que proposições contraditórias não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo: (se X é Verdadeiro, ~ X é Falso) e vice-versa.

“ Uma girafa não é uma não girafa e uma não girafa não é uma girafa”.


  • Este principio é a forma negativa do principio da identidade.




3) Princípio do Terceiro Excluído:

um indivíduo ou é ou não é, não há uma terceira hipótese; Uma proposição ou é verdadeira, ou é falsa, não há uma terceira possibilidade.

 O Princípio do terceiro excluído determina que uma proposição ou é verdadeira ou é falsa, não havendo terceira possibilidade ou meio termo: ( se X é Verdadeiro, não pode ser simultaneamente falso) e vice-versa.

“ Entre um ser que é uma girafa e um ser que não é uma girafa, não existe terceira possibilidade ou meio termo: não existem “camelogirafas” ou “ patogirafas esta 3ª hipótese está excluída.
  • Este principio não é mais que o principio da não contradição sob a forma de Dilema.

Haverà solidariedade dos três princípios logicos?

Estes três princípios podem ser considerados como três formulações de uma mesma lei geral do pensamento: os nossos pensamentos não devem conter contradições. As contradições são a base dos nossos erros lógicos.

A forma como os princípios estão formulados permitem-nos identificar, de uma forma mais fácil, as inconsistências dos nossos pensamentos.



Tarefa

  • Comente a seguinte afirmação de Leibniz: "Os princípios lógicos são tão necessários quanto os músculos e os tendões para andar, mesmo que disso não tenhamos consciência"






 Lola

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