Empirismo e Racionalismo
Introdução
Um dos problemas que se colocam acerca do
conhecimento é o de saber qual a sua
origem, ou seja, saber se na origem do conhecimento está a experiência ou a
razão. Ao contrário da Fenomenologia
que respondia à questão – O QUE É O
CONHECIMENTO?- e descreve o conhecimento como um acto entre um S cognoscente
e um O cognoscível, Empirismo e Racionalismo são duas concepções filosóficas que
interpretam o conhecimento procurando responder à questão – QUAL A ORIGEM DO CONHECIMENTO?
A – EMPIRISMO
- defende a experiência
como única fonte do conhecimento
- é uma teoria defendida por dois filósofoa
ingleses: Jonh Locke e David Hume
- Jonh Locke afirmou: “Nada está no intelecto que primeiro não tenha passado pelos sentidos”.
– isto significa que para o empirismo a razão não tem qualquer conteúdo
apriori.
- a mente é comparada a uma “tábua rasa” – o espírito está vazio e todos os nossos conceitos
provêm da experiência.
- os empiristas justificam a sua concepção
recorrendo ao desenvolvimento do pensamento e do conhecimento humanos (
filogénese e ontogénese).
- desvalorizam o papel da razão no conhecimento.
- para o empirismo o sujeito é passivo – limita-se a registar o que vem da
experiência.
- os defensores do empirismo provêm da área das
Ciências Naturais onde a experiência desempenha um papel fundamental.
- Locke distingue dois tipos de experiência:
interna (reflexão ou operações internas da mente) e externa (a sensação,
captação de objectos exteriores e sensíveis).
- as ideias poderão ser simples ou complexas e o
conhecimento resulta da ligação de ideias simples fornecidas pela experiência.
CRITICAS AO EMPIRISMO
- o empirismo cai no cepticismo (desconfiança) pois só aceita a experiência como fonte de
conhecimento e por isso reduz o conhecimento humano ao mundo empírico e ao
mundo sensível.
- a vantagem do empirismo está no facto de, ao
contrário do racionalismo, aperceber-se da importância da experiência para o
conhecimento.
- o defeito do empirismo é ter substituido um
extremo por outro, ou seja, se o racionalismo rejeita a experiência, o empirismo
rejeita a razão.
- O empirismo, porque limita o conhecimento à
experiência, não tem em conta a extensão e a certeza do conhecimento.
B - RACIONALISMO
- foi defendido por Descartes, Leibniz e Platão.
- a razão
é a única fonte do conhecimento.
- a razão é pré-formada – tem ideias inatas que nascem connosco.
- o espírito humano não é passivo, a razão é dinâmica.
- o racionalismo tem uma fé exagerada no poder da
razão para conhecer.
- Os defensores do racionalismo provêm da área das
Ciências Matemáticas.
- o racionalismo desvaloriza a experiência como fonte
do conhecimento
- o racionalismo não coloca o problema da formação
das estruturas do conhecimento como fez, no séc. XX, Jean Piaget.( se há ideias
inatas na razão como é que se formaram?)
- o verdadeiro conhecimento, para o racionalismo,
tem duas características: universalidade
(é igual em todos os lados) e
necessidade (é assim e não pode deixar de o ser).
- segundo o racionalismo estas características só
podem vir da razão e nunca da experiência.
- o racionalismo levado ao extremo conduz ao dogmatismo, ou seja, à fé exagerada no
poder da razão em conhecer.
CRITICAS AO RACIONALISMO
- é exclusivista porque só valoriza a razão.
- cai no dogmatismo porque vê a razão como algo de
absoluto.
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