Teste de Avaliação 11ºAno
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“O desprezo da argumentação
é, a meu ver, um dos aspectos mais inquietantes do nosso quotidiano.
Damos uma opinião e
dizem-nos logo:- Isso é muito discutível.
Apresentamos as nossas
razões, mas não as discutem, limitando-se a responder:- Como é que pode estar
de acordo com fulano, que está ao serviço de beltrano, que mudou de casaca,
etc.
Os mais belicosos
rugem:- Isso é o que você diz.
Aceitamos, então, que o
que dizemos é, de facto, dito por nós e não pelo Espírito Santo, mas que, mesmo
assim, desejaríamos que refutassem serenamente as nossas ideias e calmamante as
discutissem. Respondem-nos:- Você tem a sua ideia e eu tenho a minha.
Admitimos de bom grado
tal disparidade e tentamos aproveitar a ocasião para apresentar motivos
compreensíveis que sustentem uma e outra ideia, para que possamos escolher a
mais bem fundamentada. O outro indigna-se. É que ele não é dos que estão
dispostos a alterar o que pensam por causa de algo trivial como duas ou três
razões. Ele é como é e pensa como pensa e sempre foi assim (...) Costuma concluir
triunfante:- Eu tenho tanto direito como você a pensar como quiser.
E nem vale a pena
dizer-lhe que, em questão de opiniões, o que importa não é o óbvio e
indiscutível direito de as manter; antes, os pouco óbvios e muito discutíveis
argumentos que sustentam a sua manutenção”
Fernando
Savater, “Apresentar razões”, in El País Semanal de 4-7-1999
1 – Encontre
no texto argumentativo as partes que o integram. (30 pontos)
Grupo B
2 – Elabore
um ENSAIO FILOSOFICO seguindo as
orientações propostas nas aulas. (70
pontos)
Lola
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