Manuel Sobrinho Simões
"É preciso fechar hospitais e aumentar os centros de saúde"
O
governo tem uma doença psicológica. E na sua área é incompetente, displicente e
amador, diz o médico
Sobrinho
Simões é professor, médico e investigador. No Ipatimup - Instituto de Patologia
e Imunologia Molecular da Universidade do Porto faz perto de 300 diagnósticos
por ano só para fora do país. O i interrompeu-lhe as férias
com a família, em Vila Praia de Âncora, e pediu-lhe que fizesse um diagnóstico
do governo e do país, em particular dos sectores da saúde e do ensino.
Confessou-nos que não há pior derrota que falhar a patologia de um doente e diz
que está a chegar uma vaga de novos-ricos que o preocupa: são os
fundamentalistas antivacinação. Fala-nos do erro médico e aponta o dedo aos
políticos e aos reguladores, incapazes de punir e premiar, e por isso de
melhorar o Serviço Nacional de Saúde como um todo.
Viveu
na Noruega. É um país pequeno, periférico, que podia servir de exemplo a
Portugal?
É
muito mais fácil definir os noruegueses que os portugueses. Eles são muito mais
semelhantes uns aos outros, nós somos individualistas e minifundiários, cada um
tem a sua folie de grandeur. Temos características engraçadíssimas e noto isso
nos alunos. A nossa miudagem, a que chega à universidade, está cada vez mais
infantil, mais liceal. Mas tem piada, se forem estimulados vão mais longe, são
mais livres que os miúdos a quem dou aulas no centro da Europa e nos Estados
Unidos.
Mais
livres como?
Menos
formatados. Ainda.
Porque
a tendência é...?
Formatá-los.
E não é só um bocadinho. E isso é péssimo e está cada vez pior. Os nossos internos,
como os turcos ou os chineses, têm muito mais graça que os internos ingleses ou
os holandeses, que são absolutamente previsíveis.
Porque
estamos a formatá-los?
Porque
passou a haver critérios objectivos de avaliação económica, de outputs, etc.
Não fomos nós que os descobrimos, foram-nos impostos. O meu mundo é limitado:
universidade, hospital e investigação. Mas nestes três mundos, de repente,
fomos obrigados a produzir coisas mensuráveis. Não tínhamos feito a evolução
dos outros países, sobretudo do Centro-Norte da Europa, que com a Revolução
Industrial organizaram uma sociedade mais planificada, muito mais articulada
com a produção, com os números.
É
incompatível ser-se fora do comum e ao mesmo tempo organizado?
Não
sei. Quando os tipos são geniais, não é. Mas também é mais difícil ser-se
genial nestas áreas em particular, cada vez há mais informação, há menos lugar
para descobertas. Existem guidelines. Senti muito isso na Noruega, é uma
sociedade muito vigilante, muito à Orwell. Por exemplo, os nossos vizinhos
vieram perguntar-me porque é que fazíamos tanto lixo. Nós tirávamos a casca das
batatas e das cenouras e eles não, e claro que o nosso caixote se enchia muito
mais depressa. Mas havia outras coisas. Em Portugal não era assim e não é, como
se tem visto pela incapacidade de vigiar o que quer que seja, até do ponto de
vista dos reguladores estatais, que são muito fracos.
Porquê?
Os
noruegueses são engraçados: se passam por uma árvore de fruto que não conhecem
vão lá, tiram o fruto, dão uma trincadinha... O processo da descoberta. Nós
não. Nós queremos saber o nome, queremos classificar. Lá fora perguntam para
saber, nós só perguntamos quando já sabemos a resposta, achamos que perguntar é
ser intrusivo, malcriado. Ninguém pergunta de onde vem o dinheiro ou como
chegou a este diagnóstico. Por outro lado, adoramos retórica, discursos
labirínticos, achamos que isso é que nos torna interessantes. Não percebemos a
ideia de que tempo é dinheiro. Uma coisa que noto nos meus alunos, entre cá
dentro e lá fora, é que lá fora sabem distinguir muito bem o essencial do
acessório. Aqui ir directamente ao ponto é demonstrar fragilidade.
Sendo
médico, quando diagnostica percebem sempre o que diz?
A
minha grande aspiração é que as pessoas percebam o que quero dizer. O que eu
gostava que as pessoas percebessem é aquilo que os ingleses chamam o
understand, o que está por baixo. Que nós não temos. A palavra apreender, mesmo
compreender, é sempre à superfície. É engraçado, porque somos miméticos, mas a
linguagem, a descrição, o que embrulha, é quase mais importante do que a coisa
em si, e isso tira-nos a capacidade de ser eficientes. De resto, a política
personifica isto e agora a ciência também. Devíamos estar a discutir quais são
as melhores e as piores instituições, as que vamos apoiar, mas estamos a
discutir a lei. Fugimos a defrontar-nos com a realidade nua e crua.
Fiquei
com a frase sobre os reguladores serem muito fracos...
Porque
em Portugal há outro problema grave, que é o contexto: somos todos da mesma
família. A classe dominante eram 5% ou 10% e fomos casando uns com os outros.
Isto também torna a regulação difícil, porque há uma promiscuidade muito
grande. Não temos treino a fazer as perguntas certas e, se porventura houver
escândalo ou corrupção envolvida, temos medo. Fazemos uma torta de camadas. Lá
está, temos uma língua extraordinária; não dizemos quero, dizemos gostaria.
Gostaria que soubessem isto... Quando falo com os meus internos costumo
acrescentar que, se não souberem, "dou cabo de vocês" [risos]. Porque
durante muito tempo acontecia que eu dizia as coisas assim, perifrasticamente,
e isso dava-lhes uma oportunidade para não cumprir. Nós somos assim, circulares,
porque nunca precisámos de mostrar eficiência.
Uma
vez mais, somos tão bons a mimetizar, porque não fazemos copy/paste da Noruega?
Porque
isso exigiria que tivéssemos regras e que as cumpríssemos Enquanto não foi
preciso produzir riqueza, nós, como organização social, que não era boa,
aguentámos uma guerra em África - bem sei que durante uma ditadura. Há muito
poucos países no mundo que tivessem aguentado tantos anos uma guerra com tantas
frentes de isolamento internacional. Há aqui um elemento nosso notável de
despacho e de capacidade, como deve ter existido nos Descobrimentos. O que
falta é organização e saber avaliar, uma vez mais porque somos todos primos de
primos e não introduzimos mecanismos de recompensa-castigo.
Disse
que a sociedade norueguesa, e não só, é vigilante. E a portuguesa?
Nós
somos invejosos, não somos vigilantes. E cuspimos na rua e deitamos papéis para
o chão. No Hospital de São João, no Porto, tenho vergonha de levar um
estrangeiro à casa de banho porque os homens não puxam o autoclismo. Se fossemos vigilantes
isso não acontecia.
O
que é que o irrita na sua área, o que o deixa zangado em Portugal?
A
destruição das instituições. Tivemos de nos adaptar a um novo nível de vida,
tudo bem. Temos de introduzir mecanismos de poupança e de reorientação
estratégica de gastos, muito bem. Mas acho indecente que isso esteja a ser
feito de uma forma cega e esteja a pôr em risco coisas que funcionavam apesar
de tudo muito melhor que a média. Estou a pensar na saúde, na ciência e de
certa maneira no ensino superior. Se é preciso fazer cortes de 40%, vamos
reforçar o que tem qualidade e fechar ou reformular o que não tem, e não cortar
em todos por igual.
E é
fácil saber o que tem e o que não tem qualidade?
É
muito fácil, toda a gente sabe isso.
Porque
acha que não se faz?
Primeiro,
porque temos uma partidocracia que vive enclausurada em si mesma. O poder
político não tem nesta altura nenhuma capacidade de exercer de uma forma séria
- e isto é verdade para todos os partidos - e classificar ou recompensar/punir
as instituições. Temos a tal coisa da vitimização. Sempre que há qualquer
intenção de fechar o que quer que seja vem logo um coro de vozes e eles perdem
votos. O nosso sistema partidário é uma tragédia. O segundo defeito é que nós
próprios, como somos muito individualistas e invejosos, temos uma extrema
dificuldade em nos associar e manter algumas destas instituições de bom nível
reforçadas. Isso exigiria que os actores se unissem e encontrassem soluções
entre si. Não con- seguimos.
O
que é que estamos a fazer ao Sistema Nacional de Saúde?
Estamos
dar cabo, por exemplo, do Serviço Nacional de Saúde, que tem de ser
reformulado, toda a gente sabe. Vamos ver se aguentamos, porque num país pobre,
se dermos cabo do SNS, vamos introduzir assuntos de uma gravidade indecente
para as pessoas mais frágeis, para os idosos, para as pessoas doentes, para os
desempregados. Era preciso que os médicos, os enfermeiros, todos os actores
percebessem isto e estivessem dispostos a introduzir alguma racionalidade. Não
estão. E depois era preciso que o poder político tivesse capacidade para
introduzir os tais mecanismos de regulação de recompensa/castigo, que não tem.
Há comprimidos para
isso?
Não.
Mas isso é o que o português gosta. Aliás, não é de comprimidos nem de solução
intravenosa: prefere pingos. Quando muda o partido no poder, os hospitais mudam
as direcções. Não faz sentido. O grande problema em Portugal é que a
promiscuidade nos partidos é tão grande que têm a chefiar muitas estruturas
públicas gente que é posta lá não pela sua competência mas porque pertence à
concelhia ou à distrital. Aqueles a quem chamamos a rapaziada das concelhias,
gente horrorosa na maior parte dos casos. De certeza que há alguns bons, mas
são raríssimos.
Este
governo está doente?
Eu
acho que sim.
Qual
é o seu diagnóstico? De que doença padece?
Eu
penso que a pior doença é a incapacidade de perceber a sociedade e a realidade.
Uma doença de isolamento ideológico, que torna os membros do governo
insensíveis à realidade exterior. No limite, é uma doença do foro psicológico.
Não estão doentes com uma doença crónica, não têm uma doença cancerosa, mas
estão doentes com uma doença psicológica que eu acho muito grave, que é a
incapacidade de perceber o que os rodeia. Mas não lhe chamaria alienação. Parte
deste governo também está enquistado, diz coisas que não fazem sentido. Na
minha área acho-os incompetentes, mas também os acho displicentes e amadores.
Dizem coisas que não têm a ver com a realidade, há uma dissociação entre a
realidade e a percepção da realidade.
Isto
é de propósito ou é pouca sorte?
Não
sei. Mas há um problema de percepção da realidade que, de resto, tem expressões
como aquela de que "o país está melhor, as pessoas é que estão pior".
Acho que o governo tem uma doença psicológica. E se a perturbação psicológica é
uma deriva ideológica, há de certeza também, aqui para nós, e disso não têm a
culpa, um enquadramento europeu e internacional que não é favorável. Ou seja,
parte das coisas que este governo está a fazer, qualquer outro governo teria de
fazer. O que acho é que outro governo poderia ter mais atenção às pessoas.
Os
médicos portugueses são hoje mais ou menos conceituados que há uns anos?
Os
médicos tinham grande prestígio e estão a perdê-lo por sua culpa. Há uma
mistura muito grande entre actividades públicas e privadas, entre actividades
claramente oficiais e semioficiais. Mas é uma profissão que foi proletarizada -
estão a pagar oito euros por hora aos médicos, os miúdos fazem noite por meia
dúzia de euros por hora. As elites não estão a desaparecer só na classe
política. Deixou de ser compensador ser muito bom, muito sério e muito
trabalhador. Pior: é quase estúpido. Os smart kids ingleses já não vão para
Medicina, nem para Engenharia, vão para a política. Ou para a banca. Estamos a
dar cabo das profissões.
Não
conseguimos encontrar um apoio na União Europeia?
Não
sei. O que sei é que trabalho muito com a República Checa, a Polónia e a
Eslovénia e eles são mais educados que nós. Se se puser um problema de
competição, eles ganham. A Europa de Leste passou a ser mais um factor de
pressão sobre Portugal e agora estamos a competir com a Lituânia, a Letónia, a
Estónia e a Bulgária.
Voltando
aos cortes... O que cortaria?
No
ensino superior temos um exagero de instituições, um disparate e duplicações
monstruosas. A primeira coisa seria articular a universidade com os
politécnicos, mantendo-os separados mas criando sinergias. Aí poupava imenso. O
problema é que teria um desequilíbrio e o interior ia chiar. Mas não tenho
alternativa. Não podemos manter artificialmente pólos de ensino superior com a
ideia de que esses pólos vão ser o motor do desenvolvimento local. Fica caríssimo e não é
verdade.
E na saúde?
É
preciso fechar hospitais e aumentar os centros de saúde. Sei que quando
escrever isto vai haver gente com vontade de me matar, mas conheço dezenas de
cidades do Interior que têm hospitais que não deviam ter para as
características que têm. Deviam ter centros de saúde muito bons, centros de
saúde capazes de resolver os problemas até certo nível, e depois passar para os
hospitais terciários. Depois devíamos ter cuidados paliativos e continuados. Os
nossos hospitais deviam ser poucos mas muito bons e só para coisas muito
especializadas. Por exemplo, há hospitais que só operam dois ou três cancros
por ano e o que sei é que as pessoas que são operadas nesses hospitais são
muito menos bem tratadas do que se fossem tratadas num hospital que tem dez ou
quinze vezes mais operações. É claro que tem o peso da deslocação, mas vale a
pena. As pessoas acham que é uma coisa economicista, mas não é, também tem a
ver com a qualidade.
O utente sabe isso?
Não.
O utente do que gosta é de ter uma unidade ao pé da porta. Como se fosse
possível. E a grande aspiração do político é um tipo de bata branca em cada
esquina. Mas não pode ser.
Onde
teríamos a ganhar?
Em
tudo o que fossem economias por aumento da capacidade de gerir a nossa
educação, a nossa saúde, a nossa justiça. Diminuiríamos muito os gastos do
sistema de saúde se fossemos mais educados, mais bem comportados do ponto de
vista social, se tivéssemos melhores hábitos. Faríamos economias pelo lado da prevenção.
Hoje
estamos também a assistir a um novo fundamentalismo...
Que
é gravíssimo e tem um toque de novo-riquismo. Uma moda monstruosa, de uma
classe média-alta, de pais contra a vacinação. Duplamente estúpido: arriscam-se
a ter doenças por não estar vacinados e o argumento de que são doenças já pouco
prevalentes é falso porque deixando de vacinar elas reaparecem, como está a
acontece com a poliomielite [paralisia infantil]. Outra coisa que me assusta são
os partos em casa, na água. É um retrocesso ao século xix. De vez em quando dá chatices e as
crianças ficam com paralisias. Tem sido horrível. Se acontecer num hospital,
safam--se. Se acontecer num regato, em casa ou num spa, morrem ou ficam parvos.
Há um novo-riquismo em relação à saúde e à alimentação que é a ausência da
ligação à terra, e isto não acontece num país dito desenvolvido.
Falou
em punição. Cada vez mais há erros médicos, mas continuam difíceis de punir. Porquê?
Inaceitável.
Mas temos de distinguir o erro negligente, que tem de ser punido de forma
exemplar, e o erro médico por pouca sorte. Mas, de novo, é preciso ter
mecanismos de avaliação que não sejam corporativos, e isso é que é difícil. Não
podem ser os pares, numa sociedade com muito pouca tradição de avaliação e com
muitos pouca independência.
A
saúde devia ser privada ou pública?
Deve
haver pública e deve haver privada. Mas tenho a certeza que quem está na
pública e é director de serviço deve ser proibido de fazer privado. Admito que
haja pessoas em part-time que podem estar num lado e noutro desde que não
tenham funções de chefia. Quer uma, quer outra têm de ter mecanismos de gestão
que nos permitam comparar. Isto é: acho indecente que o Estado, que tem, apesar
de tudo, um serviço fora de série, não dê autonomia de gestão às suas unidades
e depois as responsabilize. Mas acho obsceno que um médico esteja de manhã num
hospital com listas de espera sem ver um paciente e vá vê-lo à tarde na sua
clínica. Isso era cadeia.
Escreveu
recentemente um livro sobre o cancro. Não existem afinal muitas estatísticas
sobre a doença em Portugal. Porquê?
Porque
não é compensador e não é pago. Isto foi resolvido pelos países do Norte. Toda
a gente que tem cancro na Noruega vai ao instituto do cancro. Eles investiram
de cima para baixo, porque queriam conhecer essa realidade e não dependem da
boa vontade dos agentes. Lá está a hierarquia. Portugal consegue usar essas
estatísticas extrapolando. Do ponto de vista da incidência isso é seguro, temos
hábitos mais ou menos iguais na Europa.
O
cancro é uma doença muito menos hereditária do que as pessoas julgam...
A
hereditariedade conta muito pouco: 5%. 95% é comportamento puro e duro. Depois,
se a pessoa tiver tido um cancro, a possibilidade de voltar a ter é maior do
que a de quem nunca teve nenhum mas, de novo, já se sabe que ou se deixou
engordar, ou fumou, ou fez disparates alimentares... Não tenhamos dúvidas sobre
isto.
Depois
há outra coisa que não é comportamental, é que estamos a ficar muito mais
velhinhos. E isto é uma mistura explosiva. Temos comportamentos que são uma
selvajaria e vivemos muito mais tempo. Mas a prevenção justifica que as pessoas
que a fazem são as que quando têm um diagnóstico positivo numa fase mais
precoce vencem o cancro com mais facilidade.
Qual
a taxa média de cura do cancro?
É
de 60%. Curam ou ficam com a doença controlada. E há pessoas que vêm a morrer
de outra coisa mas morrem com o seu cancro.
Quais
são os cancros mais difíceis?
O
cancro do pâncreas, que não conseguimos prevenir, o do sistema nervoso central,
que não sabemos quem tem ou porque tem, e que são cancros muito mortais, o
cancro do fígado e o cancro do estômago. A cura é inferior a 5%. Há um elemento
de pouca sorte, que é a pessoa fazer tudo como manda o figurino e ter um tumor
cerebral. Está tramada. Mesmo assim, 60% a 70% de cura para o cancro da mama,
para o cólon, para a próstata, de mais de 90% para os cancros do testículo ou
da tiróide, já é muito bom.
Sobre
a decisão de mexer ou não, de tratar ou deixar ficar...
Não
sei. A cirurgia, a radioterapia cura sempre numa fase inicial. Depois temos uma
fase intermédia em que não há certeza, mas tratamos por excesso. Aí os doentes
devem ser estimulados a querer ser tratados, just in case. Depois há os casos,
30% a 40%, em que temos quase a certeza que a coisa não vai correr bem. Então
vai depender da idade do doente, de ser homem ou mulher, de o cancro ser numa
área em que a pessoa vai ter uma vida desgraçada do ponto de vista da
sobrevivência. Aí não sei como se resolve, tem de ser a própria pessoa a
decidir. O doente tem de estar informado, o médico tem de dizer a verdade e dar
toda a informação e o doente tem de poder pedir uma segunda opinião.
Isto
é assim quer o médico goste quer não goste. Tem de se aguentar.
Isabel Tavares
In
ionline de 2 de Agosto de 2014
Lola
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