Os valores não são
factos, não são acontecimentos, não assumem uma natureza física/concreta,
material e visível mas têm, antes, uma natureza ideal. Os valores são
Ideias/noções abstractas que nascem de uma relação valorativa (apreciativa ou depreciativa) entre o sujeito (sociedade) e a realidade.
VALORAR/VALORIZAR
Valorar, é o acto pelo
qual atribuímos valores às coisas (sejam eles valores positivos, de
agrado ou admiração ou negativos, de desagrado e rejeição); assim, valorar não é o mesmo que valorizar – uma vez que
“valorizar” indica, necessariamente, uma valoração positiva.
Ex: Quando algo é desejável, ou merecedor de estima e admiração, atribuímos-lhe um valor positivo; neste caso a nossa valoração foi, simultaneamente, uma valorização. Inversamente, quando não reconhecemos esses atributos nos objectos, pessoas ou situações, atribuímos-lhes um valor negativo (neste caso, valorámos, mas não valorizámos essas realidades)
Ex: Quando algo é desejável, ou merecedor de estima e admiração, atribuímos-lhe um valor positivo; neste caso a nossa valoração foi, simultaneamente, uma valorização. Inversamente, quando não reconhecemos esses atributos nos objectos, pessoas ou situações, atribuímos-lhes um valor negativo (neste caso, valorámos, mas não valorizámos essas realidades)
CARACTERÍSTICAS DOS VALORES
Idealidade: os valores são ideias, entidades abstractas (é essa a
essência dos Valores).
Polaridade: os valores estruturam-se numa lógica de oposição (pólos
opostos) havendo, para cada valor, o seu contrário, ou seja, o contra valor: Belo/Feio; Saúde/Doença;
Virtude/Vício.
Historicidade: os valores sofrem alterações e flutuações (relativizam-se
em função da época e do contexto sociocultural), reflectindo a sua ligação e
enraizamento na História da
humanidade.
Hierarquização: critério que traduz o facto dos valores serem
suscepítveis de se organizar numa lógica de maior ou menor preferibilidade,
dando origem a uma escala ou tábua de valores: cada sujeito, cada sociedade,
hierarquiza os seus próprios valores segundo critérios de maior ou menor
preferência e importância.
Absolutividade/relatividade: este aspecto encontra-se intimamente
ligado à historicidade e à hierarquia dos
valores.
De facto, podemos entender que segundo alguns autores há valores absolutos, objectivos
e universais.
Os valores espirituais e
éticos os que assumem um carácter mais absoluto e universal (exs:
os valores consagrados nos Direitos Humanos, a Justiça, a Paz, a Liberdade, a
Felicidade, etc). Porém, mesmo estes valores, podem relativizar‑se (sofrer
mutações no seu significado) quando transpostos para épocas e contextos socioculturais
distintos: a felicidade e a honra para o cidadão comum europeu, na Idade Média,
não é equiparável aos mesmos valores para o cidadão comum da Europa
contemporânea, tal como as noções de honra, virtude e coragem para um cidadão
comum japonês, na actualidade, não são análogas às de um cidadão sul-americano.
Os valores materiais são os que assumem maior flutuação/diversidade sendo,
por isso, muito relativos.
Lola
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