quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Caracteristicas dos valores


Caracteristicas dos valores


O QUE SÃO VALORES?


Os valores não são factos, não são acontecimentos, não assumem uma natureza física/concreta, material e visível mas têm, antes, uma natureza ideal. Os valores são Ideias/noções abstractas que nascem de uma relação valorativa (apreciativa ou depreciativa) entre o sujeito (sociedade) e a realidade. 


VALORAR/VALORIZAR


Valorar, é o acto pelo qual atribuímos valores às coisas (sejam eles valores positivos, de agrado ou admiração ou negativos, de desagrado e rejeição); assim, valorar não é o mesmo que valorizar – uma vez que “valorizar” indica, necessariamente, uma valoração positiva.
Ex: Quando algo é desejável, ou merecedor de estima e admiração, atribuímos-lhe um valor positivo; neste caso a nossa valoração foi, simultaneamente, uma valorização. Inversamente, quando não reconhecemos esses atributos nos objectos, pessoas ou situações, atribuímos-lhes um valor negativo (neste caso, valorámos, mas não valorizámos essas realidades)




 CARACTERÍSTICAS DOS VALORES



Idealidade: os valores são ideias, entidades abstractas (é essa a essência dos Valores).





Polaridade: os valores estruturam-se numa lógica de oposição (pólos opostos) havendo, para cada valor, o seu contrário, ou seja, o contra valor: Belo/Feio; Saúde/Doença; Virtude/Vício.




Historicidade: os valores sofrem alterações e flutuações (relativizam-se em função da época e do contexto sociocultural), reflectindo a sua ligação e enraizamento na História da 
humanidade.




Hierarquização: critério que traduz o facto dos valores serem suscepítveis de se organizar numa lógica de maior ou menor preferibilidade, dando origem a uma escala ou tábua de valores: cada sujeito, cada sociedade, hierarquiza os seus próprios valores segundo critérios de maior ou menor preferência e importância.





Absolutividade/relatividade: este aspecto encontra-se intimamente ligado à historicidade e à hierarquia dos valores. 

De facto, podemos entender que segundo alguns autores   há valores  absolutos, objectivos e universais.




 Os valores espirituais e éticos os que assumem um carácter mais absoluto e universal (exs: os valores consagrados nos Direitos Humanos, a Justiça, a Paz, a Liberdade, a Felicidade, etc). Porém, mesmo estes valores, podem relativizar‑se (sofrer mutações no seu significado) quando transpostos para épocas e contextos socioculturais distintos: a felicidade e a honra para o cidadão comum europeu, na Idade Média, não é equiparável aos mesmos valores para o cidadão comum da Europa contemporânea, tal como as noções de honra, virtude e coragem para um cidadão comum japonês, na actualidade, não são análogas às de um cidadão sul-americano.


Os valores materiais são os que assumem maior flutuação/diversidade sendo, por isso, muito relativos.

 Os valores que traduzam sensações de agrado/desagrado e os valores relacionados com os bens de consumo são muito diferentes, de pessoa para pessoa e de sociedade para sociedade.



                                                Lola

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