Tim Cook ofereceu parte do seu fígado a
Steve Jobs
Livro sobre o
crescimento de Jobs no mundo da tecnologia revela pormenores sobre os últimos
meses de vida do antigo CEO da Apple.
Cook e Jobs em 2010, um ano antes da morte do então CEO da Apple KIMBERLY WHITE/REUTERS |
Nos cerca de 13 anos em que foram colegas, Steve Jobs terá gritado com Tim
Cook quatro ou cinco vezes, recorda o presidente-executivo da Apple. Uma delas
foi num dos momentos mais difíceis da vida de Jobs, doente com cancro no
pâncreas, de que viria a morrer há três anos. Cook ofereceu-se para doar parte
do seu fígado a Jobs e a reacção do colega deixou-o perturbado.
Esta parte da
história da relação dos dois homens fortes da Apple é revelada esta sexta-feira
a partir de um excerto do livro Becoming Steve Jobs: The Evolution
Of a Reckless Upstart Into a Visionary Leader, dos autores Brent Schlender
e Rick Tetzeli, com lançamento agendado nos Estados Unidos para o próximo dia
24.
Em 2004, Steve
Jobs tornou público que sofria de cancro. Cinco anos depois, a doença deixava o
“número um” da Apple extremamente fragilizado, impedindo Jobs, pela primeira
vez, de se deslocar à empresa e forçando-o a ficar em casa a aguardar por um
transplante de fígado. Tim Cook visitava Jobs com frequência e numa das
visitas, em Janeiro de 2009, fez o anúncio: estava disponível para doar parte
do seu fígado ao colega e amigo.
Para Cook, tudo
batia certo a nível clínico. Tinha um tipo de sangue raro como Jobs e, segundo
o livro, “começou a fazer a sua própria investigação e descobriu que era
possível o transplante de uma porção do fígado de uma pessoa para alguém a
precisar de um transplante”. Cook fez vários exames que confirmaram que um
transplante de fígado era praticável. Estava confiante e queria dar a notícia a
Jobs. Mas a reacção à oferta de Cook não foi a esperada, revela o livro.
“Ele cortou-me as
pernas, quase mesmo antes de as palavras me saírem da boca”, indica um dos
excertos revelados esta sexta-feira. “Não. Nunca te deixarei fazer isso. Nunca
farei isso”, disse Jobs a Cook. “Steve apenas gritou comigo quatro ou cinco
vezes durante os 13 anos em que o conheci e esta foi uma delas”, acrescentou o CEO da Apple. Jobs acabaria por morrer meses depois da conversa, em Outubro de 2011, aos
56 anos.
Na quinta-feira,
numa conversa com Jim Kramer, da estação de televisão CNBC, Cook voltou a falar
de Jobs e admitiu que três anos após a morte do antigo CEO da Apple não há um
dia que não pense nele, mais não seja porque o seu gabinete está o lado do que
pertenceu (e ainda pertence) a Jobs. Apesar do desaparecimento de Jobs, o seu
escritório continua sem ser reatribuído e é mantido tal como foi deixado pelo
seu presidente.
“Sabe, não há um
dia que passe que não pense em Steve. Ele ainda é a parte central da Apple. O
seu ADN está entranhado na empresa. E o seu escritório ainda está ao meu lado,
com o seu nome na porta. E os valores que ele colocou aqui, essa espécie de
espírito que temos para fazer os melhores produtos do mundo para enriquecerem a
vida das pessoas, ainda são a peça central desta empresa”, afirmou Cook.
PÚBLICO
13/03/2015 - 13:17
Porque Steve Jobs não aceitou o transplante de fígado de Tim Cook?
|
O atual CEO da
marca de Cupertino, Tim Cook, fez saber, através de um livro que sairá no fim
deste mês, que tentou doar parte do seu fígado ao então CEO da marca, Steve
Jobs.
Num livro intitulado 'Becoming Steve Jobs', Tim Cook explica a
compatibilidade sanguínea com Steve Jobs, e que se ofereceu para fazer a
doação, mas que este rejeitou. "Não, não vou permitir que faças
isso", reagiu assim Steve Jobs à ideia de Tim Cook, segundo relatado no
livro e proferido pelo próprio Tim Cook.
O livro, prestes a sair para as bancas, foi escrito pelos jornalistas
norte-americanos, Brent Schlender e Rick Tetzeli. O mesmo é baseado,
sobretudo, em entrevistas feitas a pessoas próximas ao fundador da Apple,
como a sua esposa, Laurene Powell e o designer, Jon Ivy.
Mas porque terá
recusado, Steve Jobs, receber esta doação que lhe daria mais uns anos de
vida? É uma daquelas perguntas sem resposta, mas com muitas probabilidades.
Teria o então CEO da Apple, aceite o seu destino sem querer interferir no
decurso da vida?
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Lola
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