Kant e Stuart Mill
A
Necessidade de Fundamentação da Moral: as perspectivas filosóficas de Stuart
Mill e Kant
Tema/Problema:
Que critérios nos permitem tomar boas decisões, aderir ou não às normas morais,
distinguir as acções correctas das incorrectas?
STUART MILL 1806 -
1873
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KANT 1724 - 1804
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É uma ética
utilitarista, ou consequencialista – moral teleológica.
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- É uma
ética deontológica que assenta na ideia de dever.
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O
utilitarista avalia a moralidade das acções pelas vantagens ou desvantagens
que os seus efeitos comportam.
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O valor
moral da acção reside na intenção
que lhe preside.
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O que
permite definir uma acção boa ou má são as suas consequências
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A acção boa
depende da intenção boa. A acção deve ser por dever.
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O
utilitarismo defende o princípio hedonista segundo a qual a finalidade última
de todas as nossas acções – o supremo bem – é a felicidade.
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O único
motivo que origina uma acção moralmente válida é o sentimento puro de respeito pelo dever. A
intenção pura deriva da vontade racional.
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A felicidade é o estado de prazer e de
ausência de dor e sofrimento.
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A felicidade não é um ideal da razão mas
da imaginação e embora todos tenhamos direito a procurá-la, ela não é o fim
que o homem deva procurar.
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O utilitarista
distingue prazeres superiores (ligados ao espírito) e inferiores (ligados ao
corpo). Os primeiros são superiores aos segundos.
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Ao contrário
da moral utilitarista, Kant defende o carácter formal – como se deve agir.
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A felicidade
de cada um e de todas as pessoas é entendida como igualmente importante.
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O homem é o
autor da lei moral que se exprime no imperativo
categórico – Age sempre de tal maneira que a máxima da tua acção se possa
tornar lei universal.
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O progresso
do espírito humano é a chave para encontrar a verdadeira felicidade.
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O progresso
da humanidade está no carácter universal, formal, absoluto e racional da
moral – independente das circunstâncias e das consequências.
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O sentimento
moral da humanidade não é imposto pela educação ou pela lei - é um sentimento
espontâneo e autónomo.
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Reflexões:
Será possível uma
ética de rigor formal e dimensão absoluta como defende Kant?
Esqueceu Kant o contexto real e diversificado das acções humanas?
Para Kant as intenções puras não derivam senão da adesão da vontade à razão – será sempre possível e saberemos sempre como aplicar o dever?
· O utilitarista defende a maximização da felicidade. Numa situação em que estejam em confronto de interesses de vários grupos, como avaliar o maior número?
Será possível compatibilizar os princípios do utilitarismo com a ideia de justiça?
· Ao aplicar o critério de utilidade, não estaremos a admitir, por vezes, situações graves de injustiça?
Esqueceu Kant o contexto real e diversificado das acções humanas?
Para Kant as intenções puras não derivam senão da adesão da vontade à razão – será sempre possível e saberemos sempre como aplicar o dever?
· O utilitarista defende a maximização da felicidade. Numa situação em que estejam em confronto de interesses de vários grupos, como avaliar o maior número?
Será possível compatibilizar os princípios do utilitarismo com a ideia de justiça?
· Ao aplicar o critério de utilidade, não estaremos a admitir, por vezes, situações graves de injustiça?
Lola
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