quarta-feira, 4 de março de 2015

Kant e Stuart Mill - quadro comparativo





Kant e Stuart Mill



A Necessidade de Fundamentação da Moral: as perspectivas filosóficas de Stuart Mill e Kant


Tema/Problema: Que critérios nos permitem tomar boas decisões, aderir ou não às normas morais, distinguir as acções correctas das incorrectas?



STUART MILL 1806 - 1873

KANT  1724 - 1804
É uma ética utilitarista, ou consequencialista – moral teleológica.

- É uma ética deontológica que assenta na ideia de dever.
O utilitarista avalia a moralidade das acções pelas vantagens ou desvantagens que os seus efeitos comportam.

O valor moral da acção reside na intenção que lhe preside.
O que permite definir uma acção boa ou má são as suas consequências
A acção boa depende da intenção boa. A acção deve ser por dever.

O utilitarismo defende o princípio hedonista segundo a qual a finalidade última de todas as nossas acções – o supremo bem – é a felicidade.

O único motivo que origina uma acção moralmente válida é o sentimento puro de respeito pelo dever. A intenção pura deriva da vontade racional.
A felicidade é o estado de prazer e de ausência de dor e sofrimento.
A felicidade não é um ideal da razão mas da imaginação e embora todos tenhamos direito a procurá-la, ela não é o fim que o homem deva procurar.

O utilitarista distingue prazeres superiores (ligados ao espírito) e inferiores (ligados ao corpo). Os primeiros são superiores aos segundos.

Ao contrário da moral utilitarista, Kant defende o carácter formal – como se deve agir.


A felicidade de cada um e de todas as pessoas é entendida como igualmente importante.
O homem é o autor da lei moral que se exprime no imperativo categórico – Age sempre de tal maneira que a máxima da tua acção se possa tornar lei universal.



O progresso do espírito humano é a chave para encontrar a verdadeira felicidade.
O progresso da humanidade está no carácter universal, formal, absoluto e racional da moral – independente das circunstâncias e das consequências.

O sentimento moral da humanidade não é imposto pela educação ou pela lei - é um sentimento espontâneo e autónomo.






Reflexões:

   Será possível uma ética de rigor formal e dimensão absoluta como defende Kant?

    Esqueceu Kant o contexto real e diversificado das acções humanas?

    Para Kant as intenções puras não derivam senão da adesão da vontade à razão –         será sempre possível e saberemos sempre como aplicar o dever?

·  O utilitarista defende a maximização da felicidade. Numa situação em que estejam    em      confronto de interesses de vários grupos, como avaliar o maior número?

  Será possível compatibilizar os princípios do utilitarismo com a ideia de justiça?

·  Ao aplicar o critério de utilidade, não estaremos a admitir, por vezes, situações graves de    injustiça?




                                                Lola

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