sábado, 19 de novembro de 2016

Caixa de Pandora





Caixa de Pandora




Quando alguém faz alusão a "caixa de Pandora" quer se referir a um lugar onde os segredos sujos e as mazelas estão guardados e, em geral, a referência a tal caixa é acompanhada da ameaça de abri-la, o que significaria espalhar a dor e a desgraça pelo mundo. Isso não é de todo errado, contudo a significação do mito que deu origem a expressão "caixa de Pandora" é melhor compreendida quando se olha para as estórias que se relacionam ao mito original que deu origem a expressão.

A estória nos chegou por meio do mito da criação de Hesíodo, um dos poetas-rapsodos gregos contemporâneos de Homero. Segundo Hesíodo, Zeus havia proibido que os homens tivessem acesso ao fogo (metáfora do conhecimento) e o titã Prometeu o desobedeceu, levando o fogo para os homens. Zeus o puniu acorrentando-o a um rochedo e fazendo com que uma águia viesse e comesse seu fígado. Como Prometeu era um titã podia regenerar-se e um novo fígado nascia. De modo que, dia após dia, a águia lhe atravessava as entranhas e comia-lhe o fígado novamente. Quem libertou Prometeu foi Hércules, porém este não foi um de seus doze trabalhos.


Quanto aos homens o castigo foi outro. Zeus mandou que Pandora, tida como a primeira mulher e forjada a partir das virtudes do mundo, levasse para a Terra sua caixa (que era um jarro na verdade). Dentro da caixa estavam todas os vícios e mazelas do mundo, porém uma única virtude, a esperança. De modo que Pandora não deveria abrir a caixa. Porém, não foi o que aconteceu. Pandora abriu a caixa e deixou tudo de ruim escapar, mas a fechou antes de sair a esperança. Desde então penamos sobre a Terra e a vida humana é sórdida e difícil.
"O titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefão dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher. Antes de enviá-la à Terra, entregou-lhe uma caixa, recomendando que ela jamais fosse aberta. Dentro dela, os deuses haviam colocado um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente – mais um único dom: a esperança. Vencida pela curiosidade, Pandora acabou abrindo a caixa, liberando todos os males no mundo – mas a fechou antes que a esperança pudesse sair."

Por Andrea Nathan



                                                Lola

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