terça-feira, 29 de novembro de 2016

Voluntário e Involuntário





Voluntário e Involuntário

Introdução

Quando estudamos a acção humana apercebemo-nos que algumas das nossas actividades estão sujeitas à necessidade ou leis da natureza.
Há actividades que são automáticas e involuntárias, não são da nossa responsabilidade porque não resultam da deliberação e da decisão voluntária do agente.

Como distingue Aristóteles Voluntário de Involuntário?

A - INVOLUNTÁRIO

  • São acções que se geram por coação (força) ou ignorância;
  • O agente é passivo pois não escolheu a acção;
  • Agir sob ameaça é um acto involuntário;
  • No entanto, esta definição não é consensual.
Exemplo:

Numa tempestade alguém deita parte da carga ao mar para se salvar a si e aos outros marinheiros.

  • Será que ele deitou voluntariamente a carga ao mar?
  • Se não houvesse tempestade ele agiria do mesmo modo?

Então, podemos dizer que: 

INVOLUNTÁRIAS são todas as acções cujo principio motivador é extrínseco ao sujeito, ou seja, está no exterior do agente e este não contribuiu para esta acção.





B - VOLUNTÁRIO
  • É toda a acção humana cujo principio depende do agente pois é este que decide, escolhe, opta e assume as responsabilidades;
  • Muitas vezes recorremos a causas exteriores para justificar as nossas acções assumindo-nos como vitimas e evitando responsabilidades;
  • Não devemos responsabilizarmo-nos só pelas acções positivas, ou invocarmos a tentação dos prazeres.
Como conciliar as acções involuntárias com a responsabilidade?
Pode a ignorância ser uma desculpa para nao assumir a responsabilidade da acção humana?

  • Há actividades humanas que dependem da necessidade como respirar;
  • Outras devem-se ao ódio ou paixão -  serão estes comportamentos voluntários ou involuntários?

  • O Homem é um ser biológico pois está submetido às leis da natureza e é racional e social pois orienta-se por valores e regras da sociedade.
  • A distinção voluntário /involuntário é complexa, mas teoricamente podemos dizer que:

Acção voluntária:


  • o principio da acção reside no agente: é intrinseco;
  • O sujeito é activo;
  • O sujeito conhece o contexto;
  • O agente age em liberdade;
  • Assume a responsabilidade.

Acção involuntária:

  • O principio da acção reside no exterior do agente: é extrinseco
  • O sujeito é passivo;
  • Resulta de coacção;
  • Resulta de ameaça, força ou ignorância.

Então podemos dizer:

  • A acção humana é deliberada e a deliberação é racional, não é um desejo pois este visa o agradável;
  • Ao agir em liberdade temos de assumir a responsabilidade.
  • Deliberação e decisão sao racionais, o desejo não é racional.


                                                Lola

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