quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Jornadas das Ciências Sociais






Jornadas das Ciências Sociais
Agrupamento de Escolas de Arouca


Ética e desenvolvimento

Após a abertura das jornadas, teve lugar, ainda na Escola Secundária, a apresentação do primeiro painel subordinado ao tema  “Ética e desenvolvimento” e que foi moderado por Rosa Sousa, professora de Filosofia daquela escola.





A reflexão sobre este importante tema esteve a cargo do Professor Catedrático da Universidade Autónoma de Lisboa, Luís Moita que, numa linguagem muito acessível ao público, constituído, na sua esmagadora maioria, por alunos daquela Escola, soube captar-lhes a atenção e o interesse para esta temática.
Luís Moita começou por abordar as diferenças entre ética e desenvolvimento, acentuando a importância de um desenvolvimento humano e do contributo da matriz cultural para o esse desenvolvimento o qual nunca poderá existir sem o respeito pelos direitos humanos. Referiu ainda o contributo do ambiente e da ecologia, bem como a importância do capital social que definiu como o conjunto de redes de solidariedade entre as pessoas e que são fundamentais para a implementação desse desenvolvimento humano.




Filosofando na Escola
De entre as Ciências Sociais, foi a Filosofia que inaugurou as diversas temáticas destas Jornadas, sob a moderação da professora Rosa Sousa.
Coube ao antigo aluno da Escola, Luís Martins, vencedor do prémio nacional 2016 da Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática, apresentar esse ensaio filosófico sobre o contributo da Filosofia para as causas da tolerância no nosso mundo, defendendo o caminho da mediação em vez do caminho do confronto e da intolerância. Um outro seu ensaio refere-se  às redes sociais e cuja reflexão sobre o assunto  levou este aluno a interrogar-se se “ficamos sós porque usamos as redes sociais, ou se usamos as redes sociais porque ficamos sós”. Refira-se que este ensaio foi também distinguido com o 3º lugar no referido concurso.





Rosa Sousa terminaria este painel da manhã apresentando o projecto “Filosofia para crianças” iniciado já há dois e que envolve crianças de quatro turmas do 1º ciclo do ensino básico de três escolas do Agrupamento (Arouca, Boavista e Moldes).
Com o seu estilo muito peculiar, Rosa Sousa teve uma agradável e divertida conversa com algumas dessas crianças que revelaram uma grande descontracção, espontaneidade e desinibição na sua participação, o que só comprova que a Filosofia pode ajudar as pessoas a “pensarem bem”.

Texto e fotos de José Cerca



Da Filosofia à sustentabilidade e ordenamento do território, foram muitas as temáticas que preencheram o primeiro dia das III Jornadas de Ciência de Arouca, promovidas pelo Agrupamento de Escolas de Arouca, o Círculo Cultura e Democracia e a Câmara Municipal de Arouca. A edição deste ano - "Desenvolvimento, Território e Sustentabilidade: a Cultura como Suporte", é dedicada às Ciências Sociais. Na sessão de abertura, Adília Cruz, directora do AEA, Manuel Brandão Alves, presidente da ACCD, José Rosa, director do CFAE-AVCOA e Margarida Belém, presidente da CMA, contextualizaram a relevância da iniciativa que desde a sua criação adquiriu uma projecção nacional e internacional, afirmando-se já como "uma marca da identidade da escola e de Arouca". Abertas à comunidade, as Jornadas de Ciência visam a partilha de experiências e do conhecimento, envolvendo investigadores de craveira nacional e internacional, professores, alunos e ex-alunos da escola numa reflexão conjunta potenciadora de novas abordagens e de pistas inovadoras no desenvolvimento das comunidades, particularmente as do território arouquense. 







A Filosofia como suporte

Reflexão primordial para uma acção-intervenção humana mais esclarecida e justa, a Filosofia inaugurou e preencheu toda a manhã da jornada inaugural. Moderado por Rosa Sousa, docente do AEA, o primeiro painel teve o contributo do filósofo e investigador em relações internacionais, Luís Moita, professor catedrático da Universidade Autónoma de Lisboa. Os fundamentos éticos do desenvolvimento, a construção da paz, as desigualdades económicas e sociais, os princípios de uma sociedade justa e a natureza dos valores democráticos concentraram a intervenção do filósofo. "É preciso humanizar o desenvolvimento, não o reduzindo a meras fórmulas de engenharia social", alertou o pensador. 







Filosofando na Escola

Ex-aluno do AE Arouca, Luís Martins, vencedor do prémio nacional 2016 da Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática, dissertou sobre o contributo da Filosofia nas questões relativas à tolerância, ao diálogo e à paz mundiais. A espontaneidade do filosofar e as primeiras construções do significado do mundo foram trazidas ao vasto auditório através da professora de Filosofia do AEA, Rosa Sousa, momento alto num diálogo com crianças do primeiro ano de escolaridade, com as quais o AEA desenvolve o seu projecto educativo de "Filosofia para Crianças".

Texto e fotos Adriano Sousa
Jornal Roda Viva







Lola


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