Será que Deus existe?
Será que Deus existe? Esta é uma questão
fundamental, uma questão que a maior parte das pessoas já enfrentou num ou
noutro período da vida. A resposta dada por cada um de nós não afecta apenas a
forma como agimos, mas também a forma como compreendemos e interpretamos o
mundo e o que esperamos do futuro. Se Deus existe, a existência humana pode ter
sentido e podemos mesmo ter esperança na vida eterna. Se não, temos de criar
nós mesmos o sentido das nossas vidas: nenhum sentido será dado a partir do
exterior e a morte será provavelmente definitiva.
Quando os filósofos voltam a sua atenção
para a religião, costumam examinar os vários argumentos que têm sido oferecidos
a favor e contra a existência de Deus. Ponderam as provas e examinam
atentamente a estrutura e as implicações dos argumentos. Examinam também
conceitos tais como a fé e a crença, para ver
se a maneira como as pessoas falam acerca de Deus faz sentido.
O ponto de partida da maior parte da
filosofia da religião é uma doutrina muito geral acerca da natureza de Deus,
conhecida como teísmo. Esta doutrina defende a existência de um
deus único, a sua omnipotência (capacidade para fazer tudo), omnisciência
(capacidade de saber tudo) e suprema benevolência (sumamente bom). Esta
perspectiva é partilhada pela maior parte dos cristãos, judeus e muçulmanos.
Nestas páginas irei deter-me na ideia cristã de Deus, apesar de a maior parte
dos argumentos se aplicarem igualmente a outras religiões teístas e de alguns
deles serem relevantes para qualquer religião.
Mas será que o Deus descrito pelos
teístas existe de facto? Poderemos demonstrar que esse Deus existe? Há muitos
argumentos que têm por objectivo demonstrar a existência de Deus. Neste
capítulo irei apresentar os mais importantes.
Nigel Warburton, Elementos básicos de
filosofia,
Gradiva, «Filosofia Aberta», 2007
Tarefa:
1. Traduza o conteúdo do texto em seis tópicos!
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