sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Preparação Ficha de Avaliação 11º Ano



Preparação 1ª Ficha de Avaliação

11º Ano

Temas: Definição Tradicional de Conhecimento,

 O Desafio Céptico,

 O racionalismo de Descartes 

(Razão, método, dúvida, cogito).


Estrutura da Ficha de Avaliação:

 

 

Grupo I -  Itens de seleção - Escolha múltipla. (50 pontos).

Grupo II - Itens de resposta curta. (50 pontos).

Grupo III - Itens de resposta restrita. (50 pontos).

Grupo IV - Item de resposta extensa - Análise de um texto filosófico. (50 pontos).

 

 

Nota: Nos quatro grupos de questões serão avaliados todos os domínios.

 

 

Tempo : 50 minutos

 

 

Aprendizagens essenciais a avaliar:

 

  

A- Definição Tradicional de Conhecimento

 

Conhecimento como crença racional justificada




Platão  apresenta uma teoria que explica como ocorre um dos tipos de conhecimento estudados: o "saber que" ( conhecimento proposicional ou conhecimento de verdades).

 

Ø    Platão defende que o conhecimento parte sempre de uma crença, de uma convicção.

Ø    Uma crença é uma atitude de adesão, é acreditar em algo.

Ø    Qualquer pessoa que sabe alguma coisa tem que acreditar nessa mesma coisa.

Ø    Para Platão, não podemos ter conhecimento de algo em que não acreditamos.

Ø    A crença é, portanto, a primeira condição necessária para o conhecimento, mas não é suficiente.

Ø    A crença é um ponto de partida para o conhecimento.

Ø    Se admitimos que existe a verdade temos que admitir que existe a falsidade.

Ø    A verdade ou a falsidade só existem relativamente a uma crença, opinião ou proposição.

Ø    A verdade ou falsidade de uma crença depende de algo exterior à crença.

Ø    Uma crença pode ser verdadeira ou falsa.

Ø    Uma crença falsa não poderá conduzir a qualquer conhecimento.

Ø    A segunda condição necessária para que ocorra o conhecimento é a verdade.

Ø    Para haver conhecimento, é necessário que uma pessoa acredite em algo e que este algo seja verdadeiro.

Ø    Contudo, podemos ter uma crença verdadeira e não se tratar de conhecimento, pois podemos ter uma crença e ela ser verdadeira por sorte ou por coincidência.

Ø    Assim, uma crença verdadeira ainda não é conhecimento.

Ø    Segundo Platão, é necessário que ocorra uma terceira condição para que haja conhecimento.

Ø    A terceira condição necessária para que aconteça o conhecimento é a justificação.

Ø    Uma opinião verdadeira só por si ainda não é conhecimento, é necessário que se possua uma justificação que comprove a verdade da crença.

Ø    A justificação consiste na razão (ou razões) que suporta a verdade da crença.

Ø    Platão defende que só quando estamos perante as três condições necessárias (crença, verdade e justificação) é que podemos afirmar estar na posse de um efectivo conhecimento.

Ø    Assim, só podemos conhecer aquilo que se pode justificar e não podemos conhecer aquilo que não é possível justificar.

Ø    Consideradas isoladamente, nenhuma das condições é suficiente para que haja conhecimento.

 

Ø    Então...

 

Ø    Elementos constitutivos do conhecimento: Crença– convicção; opinião; acreditar em algo; Conhecimento e verdade – Factividade (remeter para factos)

Ø    Nenhuma crença falsa pode ser conhecimento - Proposições Verdadeiras e Falsas

Ø    O conhecimento é factivo; so se pode conhecer o que é verdadeiro, ou seja, aquilo que, de facto, acontece;

Ø    A verdade é condição necessária para o conhecimento

Ø     Crença e ilusão:  Saber realmente algo é diferente de pensar que se sabe algo A verdade ou falsidade de uma crença depende de algo exterior à crença ou seja, depende dos factos. 

Ø    Crença e conhecimento - Para haver conhecimento, é necessário que uma pessoa acredite em algo e que este algo seja verdadeiro.Mas não há conhecimento por coincidência ou sorte Exemplo: Eu sabia que ia ganhar!

Ø    A crença verdadeira não é suficiente para o conhecimento.

Ø     Conhecimento e justificação- É necessário uma justificação que comprove a verdade da crença. Têm de existir boas razões que suportem a verdade da crença. A Justificação é uma condição necessária para o conhecimento

Ø     Justificar e ter justificação Não é necessário que se saiba explicar correctamente quais as razões da justificação. Conhecimento a priori 

Ø    O que interessa é que haja uma justificação que torne válida a crença!

Ø    Justificação e verdade -  A existência de justificação para acreditar em algo não garante a verdade da crença, simplesmente mostra que há boas razões a seu favor. Assim, também podemos não ter justificação para acreditar em certas verdades. Existência de fantasmas - não há boas razões para acreditar nisso, mesmo que seja verdade. 

Ø    A crença justificada não é suficiente para o conhecimento, segundo alguns autores como E. Gettier que apresenta contra exemplos.

 

CONHECIMENTO como CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA 

O que é? 

 

Ø     Cada uma das condições - crença, verdade e justificação - é necessária, mas não suficiente, para a existência de conhecimento. Mas, uma condição necessária e suficiente para haver conhecimento é ter uma crença verdadeira justificada.

Ø     S sabe que P se, e só se:  -S acredita que P. - P é verdadeira. - S tem uma justificação para acreditar que P é verdadeira.

 

 B- O Desafio Céptico 

 

1. Explicar o que é o ceticismo.

2. Explicar o problema da justificação tal como é entendido pelos céticos.

3.  Discutir se o ceticismo radical se autorrefuta ou não.

4.  Explicar o argumento cético da divergência de opiniões.

5.  Explicar duas objeções ao argumento da divergência de opiniões.

6.  Explicar o argumento cético da regressão infinita na justificação.

7.  Explicar uma objeção ao argumento da regressão infinita na justificação.

8.  Explicar o argumento cético dos erros percetivos.

9.  Explicar uma objeção ao argumento dos erros percetivos.

10. Discutir se as objeções aos argumentos céticos os refutam ou não.

11. Mostrar em que medida o ceticismo lança um desafio a quem se afirma detentor conhecimento.

 

C- O Racionalismo de Descartes

 

1.    Descartes: qual o objectivo da sua Filosofia?

2.     Como entende a razão ou bom senso?

3.     O que é o método cartesiano?

4.      Explique as suas regras?

5.     Relacione as regras do método com as operações da razão.

6.     O que é a duvida cartesiana?

7.     Que razões levam Descartes a duvidar?

8.     Características da dúvida.

9.     Quando termina a dúvida?

10.   Relacione dúvida e cogito.

11.   O que é o cogito?

12.   Justifique que o cogito é uma intuição.

13.   Qual o critério de evidência, para Descartes.

15.   Porque se pode afirmar o solipsismo do cogito?

 

VAMOS, ENTAO, TESTAR OS CONHECIMENTOS!


A- Definição Tradicional de Conhecimento


 1. Segundo a teoria tripartida para definir o conhecimento há três condições que têm de ser satisfeitas, são elas:


a. S acredita que P – S tem uma crença

b. P é verdadeira – Esta crença é verdadeira

c. P tem de estar justificada.


2. Explique porque é que cada uma delas é necessária para o conhecimento.

Porque seria contraditório afirmar que S sabe que P, e ao mesmo tempo não acredita no que sabe. Exemplo: Sei que o mar tem ondas, mas não acredito nisso. Portanto saber P, implica uma crença, S acredita em P. Também é necessário que essa crença seja verdadeira, porque o conhecimento não depende da convicção com que o sujeito acredita em P (sendo P uma qualquer proposição) P tem que ser do mesmo modo como S acredita, o conhecimento é factivo, por outro lado, se esta crença em P não tem qualquer justificação, boas razões para acreditar que p é verdadeira, então também não há conhecimento, há apenas um palpite, uma suposição ao acaso.

3. Explique porque cada uma das condições por si não é suficiente para o conhecimento.

Nem todas as crenças são conhecimento, logo, não basta ter uma crença qualquer como por exemplo “Acredito que existem Extra-terrestres”, mas não posso saber se essa crença é verdadeira. Também não é suficiente ter uma crença verdadeira para ter conhecimento porque é por mero acaso, e o conhecimento não pode ser por acaso, e por outro lado não é suficiente ter uma boa justificação, podemos ter boas justificações para acreditar em falsidades, depende dos nossos estados cognitivos. Aristóteles tinha razões para acreditar que a Terra era plana, e a Terra não é plana.


4. Esta teoria tripartida tem objecções?

 Sim 

5. De que modo são colocadas as objecções? 

Através de exemplos que contrariam a definição. Casos concretos de Sujeitos com uma crença verdadeira e justificada mas que não podemos afirmar que tenham conhecimento.

6. O que pretendem demonstrar? 

 

Que podemos ter satisfeitas as três condições exigidas para ter conhecimento e mesmo assim não o ter, o que demonstra que a teoria tripartida está incompleta e necessitaria de outra condição (4ª) para poder ser válida para todos os casos, só que essa quarta condição (a relação de causalidade entre a justificação e a crença) também sofrer objecções.

 

 

O relógio da igreja da tua terra é bastante fiável e costumas confiar nele para saber as horas. Esta manhã, quando vinhas para a escola, olhaste para o relógio e viste que ele marcava exactamente 8h e 20m. Por isso, formaste a crença de que eram 8h e 20m. O facto de o relógio ter sido fiável no passado justifica a tua crença. Contudo, sem que o soubesses, o relógio tinha avariado no dia anterior exactamente quando marcava 8h e 20m.

 


7. O que prova este exemplo?

 

Prova que apesar de ter justificação para pensar que são oito e vinte devido ao relógio, sempre anteriormente fiável, apesar deste facto ser verdadeiro, isto é, serem mesmo oito e vinte, há um saber que resulta de um acaso, o relógio ter parado exactamente na hora em que posteriormente o consultei. Como o conhecimento não pode ser por acaso, então não há conhecimento, apesar das condições necessárias estarem satisfeitas.

8. Todas as justificações são igualmente fiáveis?

Não, podemos ter justificações que julgamos fiáveis mas que não são, devido ao nosso estado cognitivo não permitir encontrar melhores justificações.


9. Poderemos ter uma boa justificação para uma crença falsa e não sabemos que a crença é falsa?

 

Sim.

Dê um exemplo:

Durante anos acreditou-se que a lobotomia era a cura para as doenças mentais. Havia estudos que o legitimavam. Hoje essa prática foi desconsiderada por novos conhecimentos que provaram que a teoria que a explicava era falsa.


9. O contrário também se verifica? 

Sim

Poderemos não ter razões para acreditar numa crença verdadeira? Como? 

 

Por exemplo: A crença no universo infinito foi defendida por Giordano Bruno mas ninguém lhe deu razão, pois as investigações não eram ainda possíveis devido a não haver instrumentos adequados.


10. Distinga conhecimento a priori e conhecimento a posteriori.

 

O conhecimento “a priori “ é independente da experiência para ser verdadeiro, enquanto o conhecimento “ a posteriori” depende da experiência para ser demonstrado como verdadeiro.


11. Dê um exemplo de cada um:

 

- A priori: “ O casado não é solteiro” 

- A posteriori: “ A ponte 25 de Abril situa-se em Lisboa”

 

 

Assinale as afirmações VERDADEIRAS e FALSAS

 

a) O conhecimento distingue-se da mera opinião. Verdadeiro.

b) Não pode haver conhecimento sem crença. Verdadeiro.

c) A crença não é condição suficiente do conhecimento. Verdadeiro.

d) Não podemos conhecer uma determinada proposição se esta não for verdadeira. Verdadeiro.

e) A crença verdadeira não é condição suficiente do conhecimento. Verdadeiro.

f) Não pode haver conhecimento sem justificação do que acreditamos ser verdadeiro.Verdadeiro.

g) O conhecimento é um palpite correcto. Falso.

h) Os elementos constitutivos – as suas condições necessárias – do conhecimento são a crença, a verdade e a justificação. Verdadeiro.

i) As condições sem as quais não há conhecimento são as seguintes:

1 – Crença – S acredita que P.

2 – Verdade – P é verdadeira.

3 – Justificação – S tem boas razões ou evidências a favor da crença de que P é verdadeira.

Verdadeiro.

J) «Acredito que Mourinho é treinador do Inter. Logo, sei que Mourinho é treinador do Inter.»

Falso. «Sei que Mourinho é treinador do Inter. Logo, acredito que Mourinho é treinador do Inter» é que estaria correcto porque a crença é condição necessária do conhecimento, mas não suficiente.

k) A proposição «Mourinho é treinador do Inter» é verdadeira. Logo, Miguel sabe que é verdade que «Mourinho é treinador do Inter».

R: Falso. Uma proposição pode ser verdadeira e, contudo, não ser conhecida por um sujeito.

l) «Acredito, tenho a forte convicção de que é verdade que amanhã o Sol vai nascer. Logo, é verdade que o Sol vai nascer.»

Falso. Não é a força da nossa convicção que torna uma crença verdadeira ou falsaO que torna a crença verdadeira é o facto de o Sol nascer. Não é a qualidade intrínseca da minha crença que a torna verdadeira. Caso contrário, acreditar fortemente que os extraterrestres existem tornaria essa crença factiva ou verdadeira.

 

Selecione a alternativa correta:

 1.  A crença é…

A.  Uma condição suficiente mas não necessária para o conhecimento

B.  Uma condição necessária e suficiente para o conhecimento

C.  Uma condição necessária mas não suficiente para o conhecimento

D.  Uma condição suficiente para o conhecimento

 

    2. O que torna uma crença verdadeira é…

A.  a força da nossa convicção nessa crença

B.  pensar que sabemos algo

C.  corresponder corretamente um estado de coisas no mundo

D.  exprimir o que pensamos ser verdadeiro

 

  3. Analise as afirmações e indique a opção correta:

 1. O facto de alguém ter uma crença verdadeira não significa que tenha conhecimento

2. A justificação é uma condição suficiente para o conhecimento

3. Uma crença está justificada quando há boas razões a favor da sua verdade

4. A crença verdadeira é condição suficiente para o conhecimento


A.  1,2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa 

B.  1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas

C.  1 e 2 são falsas; 3 e 4 são verdadeiras

D.  1,3 e 4 são falsas; 2 é verdadeira

 

 4. Um sujeito sabe que P a priori se …

a.   sabe que P através da experiência

b.   e só se sabe que P através da experiência

c.   sabe que P independentemente da experiência

d.   e só se sabe que P pelo pensamento apenas

 

 

Distinga os tipos de conhecimento expressos nas seguintes proposições:


1. Eu conheço o George Michael.
2. Sei andar de bicicleta.
3. Sei que a massa tem 10m de cozedura.
4. Sei que Montreal fica no Canadá.
5. Conheço a música de Amália Rodrigues.

 

B- O Desafio Céptico 


1. Em termos gerais, o cepticismo pode ser caracterizado como a perspectiva segundo a qual... 

A. é impossível ter a certeza seja do que for. 

B. todas as nossas crenças são falsas.

C. somos enganados pelos sentidos. 

D. o conhecimento não precisa de justificação. 

 

C- O Racionalismo de Descartes

 

 

Apresente a opção correcta:

 

 

1. Os racionalistas defendem que:

A. Os sentidos são a única fonte de conhecimento universal e necessário

B. O conhecimento fundamenta-se a posteriori

C. Não há conhecimento a priori

D. A razão é a única fonte do conhecimento universal e necessário.

 

2. O cogito é:

1. O primeiro princípio do sistema do conhecimento

2. Uma verdade que se deduz de outras verdades

3. Uma verdade descoberta com o apoio dos sentidos

4. Uma verdade puramente racional.

 

Deve afirmar-se que:

A. 2 é correto; 1,3 e 4 são incorretos

B. 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos

C. 1, 2 e 3 são corretos; 4 é incorreto

D. 1 e 4 são corretos;2 e 3 são incorretos.


3. Ao analisar a afirmação “penso, logo existo”, de René Descartes, poderemos concluir que:


A. a existência da mente, do eu pensante, é uma verdade clara e distinta.

B. Descartes conclui que existe a partir da observação empírica do pensamento de outras pessoas.

C. a própria existência do sujeito que pensa é considerada uma verdade óbvia para o filósofo, sobre a qual não é necessário refletir ou questionar.

D. Descartes consegue demonstrar com isso que o mundo exterior não existe, apenas o eu pensante.

 

4. Acerca do conhecimento,  Descartes:

·   A. não utiliza um método ou uma estratégia para estabelecer algo de firme e certo no conhecimento, já que suas opiniões antigas eram incertas.

B. considera que não é possível encontrar algo de firme e certo nas ciências, pois até então esse objetivo não foi atingido.

C. ao rejeitar o que a tradição filosófica considerou como conhecimento, busca fundamentar nos sentidos uma base segura para as ciências.

D. ao investigar uma base firme e indestrutível para o conhecimento, Descartes inicia rejeitando suas antigas opiniões e utiliza o método da dúvida até encontrar algo de firme e certo.

 

·    5. Assinale a alternativa que contenha corretamente a descrição das regras de análise e síntese.

·   A. A regra da análise orienta a enumerar todos os elementos analisados; a regra da síntese orienta decompor o problema em seus elementos últimos, ou mais simples.

B. A regra da análise orienta a decompor cada problema em seus elementos últimos ou mais simples; a regra da síntese orienta ir dos objetos mais simples aos mais complexos.

C. A regra da análise orienta a remontar dos objetos mais simples até os mais complexos; a regra da síntese orienta prosseguir dos objetos mais complexos aos mais simples.

D. A regra da síntese orienta a acolher como verdadeiro apenas aquilo que é evidente; a regra da análise orienta descartar o que é evidente e só orientar-se, firmemente, pela opinião.

 

·    6. Segundo Descartes, o critério de verdade é:
A. A delicadeza e a exatidão;
B. a clareza e a distinção;
C. a delicadeza  e a distinção;
D. a clareza e a não contradição.

7. A dúvida cartesiana é hiperbólica porque:
A. Só se aplica aos objectos da experiência;
B. aplica-se a todas as nossas crenças em que haja a mais pequena dúvida;
C. aplica-se a todas as ideias factícias:
D. aplica-se só aos objectos da razão.

8. O cogito é:
A. A base da dúvida metódica;
B. alcançado através da experiência;
C. a a prova de que a verdade não existe;
D. a primeira verdade alcançada através da dúvida.

9. Identifique a afirmação verdadeira:
A. Descartes é céptico porque parte da dúvida.
B. Descartes não é céptico porque a dúvida é metódica.
C. Descartes é céptico porque não procura a verdade e a encontra por acaso.
D. Descartes é céptico porque consegue duvidar de tudo.

10. Identifique a afirmação errada:
A. O principal problema de Descartes é o de encontrar a garantia de que o nosso conhecimento é absolutamente seguro.
B. A condição necessária para que algo seja declarado conhecimento absolutamente seguro é resistir completamente à dúvida.
C. Descartes consegue provar que os sentidos não nos enganam.
D. O primeiro conhecimento absolutamente seguro é a existência do sujeito que tem consciência de que os sentidos e o entendimento o podem enganar.

11. Ao recorrer à dúvida metódica, Descartes pretende:
A. Mostrar que os sentidos por vezes nos enganam;
B. rejeitar definitivamente tudo o que não seja indubitável;
C. encontrar um fundamento seguro para o conhecimento.
D. Nenhuma das respostas anteriores é correta.

   

    12. Segundo Descartes, o cogito é uma verdade indubitável porque:
A. A existência do nosso corpo pode ser uma ilusão;
B. podemos provar que Deus existe;
C. somos um sujeito pensante;
D. compreendemo-lo com toda a clareza e distinção.

    

    13. Descartes, no percurso que faz da dúvida até ao primeiro princípio indubitável, considera que:

     A. Não pode atribuir qualquer importância aos dados empíricos na aquisição do
conhecimento verdadeiro;
B. pode atribuir alguma importância aos dados empíricos na aquisição do conhecimento
verdadeiro;
C. tem de atribuir alguma importância aos dados empíricos na aquisição do conhecimento
verdadeiro;
D. tem de atribuir uma importância fundamental aos dados empíricos na aquisição do
conhecimento verdadeiro.

 

14. Assinale as afirmações VERDADEIRAS e FALSAS:

 

A. Para Descartes, o cogito é uma verdade justificada racionalmente 

B. A dúvida é, segundo Descartes, o método para atingir o conhecimento claro e distinto 

C. A dúvida cartesiana é provisória e universal 

D. O génio maligno é uma criação de Deus para enganar Descartes 

E. Clareza e distinção é o critério de verdade, para Descartes 

F. O penso, logo existo cartesiano é uma intuição racional 

G. Deus garante a Descartes apenas e só o conhecimento claro e distinto do cogito 

H. Para Descartes, a única forma de atingir o conhecimento é duvidar das crenças populares e conservar somente as crenças essenciais da cultura ocidental. 

I. Descartes decide que, para fundamentar as ciências, tem de demolir todas as suas crenças duvidosas e começar a partir dos alicerces.

J. A dúvida metódica prova que todas as ideias duvidosas são falsas. 

K. O exercício da dúvida metódica acaba por revelar uma crença indubitável. 

L. A simples suposição de que um «génio maligno» possa manipular os nossos pensamentos, sem nós o sabermos, arruína a certeza do cogito.

M.  No início da sua investigação, Descartes declara que não há uma única das suas opiniões acerca da qual não se possa levantar alguma dúvida. 

N. Descartes, esmagado pelas suas dúvidas, afirma que só Deus o pode ajudar. 

O.  Se eu penso que sou algo, nenhum «génio» enganador pode fazer com que não seja indubitável que eu existo. 

P.  Posso pensar que estou em casa quando estou na escola, mas não posso pensar que não estou a pensar quando penso que estou em casa, embora esteja na escola. 

Q.   É indubitável que eu existo se, e só se, estou a pensar. 

R.   Se eu existo, é indubitável que estou a pensar. 

 

15. Assinale  as afirmações VERDADEIRAS e FALSAS. Justifique as FALSAS.

1.   Para Descartes a Razão é capacidade de distinguir o verdadeiro do falso.

2.   Para Descartes possuir razão não significa que todos conhecemos bem.

3.   O método é de inspiração metafísica

4.   O método é um conjunto de quatro regras que permitem guiar a razão para conhecer.

5.   A Evidência diz: ”só aceitar como verdadeiro o que se apresentar ao espírito clara e distintamente.”

6.   Intuição e a dedução são duas funções cognitivas

7.   Por intuição Descartes chegou ao cogito.

8.   Dedução significa partir de proposições que conhecemos por intuição inferindo

uma outra proposição

9.   A dúvida é uma atitude involuntária para construir o saber com fundamentos

sólidos

10.  Descartes valoriza o conhecimento dos sentidos

11.  O Génio Maligno reforça a atitude de dúvida

12.  A dúvida cartesiana é hiperbólica, particular e radical.

13.  O cogito é a primeira verdade indubitável da filosofia cartesiana.

14.  O cogito mostra que o homem é corpo e alma.

15.  O cogito garante a existência do Mundo

16.  Descartes é um filósofo que defende o Racionalismo.

  


16. Complete os seguintes espaços: 


Como é que se pode vencer a dúvida e alcançar a certeza?

 

O objectivo de Descartes é a construção de um sistema seguro do conhecimento, ou seja, descobrir princípios sólidos (certos e evidentes), a partir dos quais se pudesse constituir toda a ---A------ à semelhança do que acontece na ------- B-----.

Descartes começa por examinar todas as certezas que possui para verificar se estas resistem à -----C-----, apresentando vários argumentos (D----E-----F-----) que lhe permitem duvidar progressivamente de um maior número de conhecimentos. A dúvida é um meio até encontrar um conhecimento indubitável (dúvida -------G------------).

O ----H------corresponde ao primeiro princípio indubitável que da dúvida mais radical. O eu que pensa é a condição do próprio acto de-----I---- já para duvidar eu tenho de ------J---- e para----- L---- tenho de M-----. Esta verdade não pode ser posta em causa, é conhecida por ----N----através da razão e a partir dela, Descartes irá deduzir todos os outros conhecimentos.

 

VER CORRECÇÃO

 

https://lolaeafilosofia.blogspot.com/2019/10/descartes-exercicios_12.html


1. Quem é o Génio Maligno? 

O génio maligno é um ser extremamente poderoso e astuto,  uma espécie de deus enganador; é génio, porque os seus poderes são, supostamente, superiores aos poderes humanos; mas é maligno porque a sua função é enganar-nos. 

 

2. Qual o seu papel na Filosofia de Descartes?

 

Este génio maligno tem uma obsessão: enganar-me. É ele que me induz a acreditar que tenho duas mãos, que tenho um corpo, que há uma realidade exterior a mim, ou que 2 + 3 são 5. Mas tudo isto pode ser falso. Todos os meus pensamentos podem ser mero produto da ação maligna deste génio, pois nem as verdades de razão, em particular os conhecimentos da matemática, são imunes à dúvida. 

 

3. Qual o primeiro principio que resiste à dúvida?

 

Existe pelo menos uma coisa de que podemos estar certos: o cogito. Segundo Descartes o cogito ("Eu sou (penso), eu existo)" é uma crença básica: uma crença que não se infere de coisa alguma. As crenças básicas ou fundacionais são de tal modo evidentes que não precisam de ser justificadas por outras crenças, justificam-se por si mesmas, são autoevidentes. Ora o cogito é uma intuição racional, uma evidência. Se não é possível duvidar dele, então é o tipo de conhecimento que procuramos: resistente à dúvida. 

 

4. Compare a dúvida céptica e a dúvida cartesiana.

 

Afinal, contrariamente ao que pensavam os céticos nem todas as nossas crenças são justificadas com outras crenças; isto porque encontrámos uma que não tem necessidade de qualquer outra que a justifique. Contrariamente à dúvida cética, a dúvida cartesiana não é um ponto de chegada, mas sim um ponto de partida. não é uma suspensão permanente do juízo, mas sim uma decisão de considerar provisoriamente falsas as crenças. Como o cético, Descartes parte da dúvida, mas, ao contrário do cético, não permanece nela. 

 

5. Qual o papel da dúvida na filosofia de Descartes?

 

Descartes não duvida por duvidar: ele duvida porque procura um conhecimento que resista à dúvida, um conhecimento do qual não haja razões para duvidar. Por isso se diz que a dúvida cartesiana é metódica: é um método para encontrar o conhecimento absolutamente seguro que Descartes procura. A dúvida cética tem por objetivo mostrar que o conhecimento não é possível. 

 

6. O que nos diz o argumento céptico da regressão infinita?

Argumento cético da regressão infinita Todas as nossas crenças são justificadas com outras crenças. (FALSO) Se todas as nossas crenças são justificadas com outras crenças, então há uma regressão infinita; se há uma regressão infinita, então as nossas crenças não estão justificadas. Se as nossas crenças não estão justificadas, então não há conhecimento. Logo, não há conhecimento.

 

 

7. Como responde Descartes ao argumento céptico da regressão infinita?

 

A dúvida cartesiana tem o objetivo oposto, mostrar que há conhecimento, isto é, verdades indubitáveis. Descartes procura responder ao argumento cético da regressão infinita mostrando que a sua primeira premissa é falsa; isto é, mostrando que não é verdade que todas as nossas crenças são justificadas com outras crenças. O cogito  é uma crença básica, que não precisa de ser justificada com base noutras crenças; surge ao espirito de modo claro e distinto, constitui-se como primeira evidência, fornecendo os alicerces seguros que Descartes procurava para edificar o conhecimento. 

Por conseguinte Descartes afirma que os céticos não conseguem demonstrar que não há conhecimento. Porquê? Porque há pelo menos uma verdade, «penso, logo, existo», que resiste a todas as dúvidas, mesmo as mais radicais. Essa verdade é justificada pela própria dúvida. Quando duvidamos, estamos a pensar e, se pensamos, somos necessariamente alguma coisa. Este é um conhecimento que nenhum cético consegue abalar. 

 

 

 

8. Em que medida se poderá afirmar que  o cogito abala o cepticismo?

 

O cogito representa o triunfo sobre o ceticismo na medida em que é uma crença básica, que não precisa de ser justificada com base noutras crenças; constitui-se como primeira evidência, fornecendo os alicerces seguros que Descartes procurava para edificar o conhecimento.





Lola

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