Diana
Hoje acordei mais triste!
Partiste hà sete anos, Diana, adormecendo suave e dignamente deixaste o mundo que era nosso reduto de cumplicidades e companheirismo!
Eu que nunca imaginara que conseguiria resistir a tanta dor sofrida num mesmo momento, fui resistindo com a ajuda dos meus alunos, da minha escola e dos meus amigos.
Perder um filha é a dor maior... ficamos vazios de mundo e toda a realidade envolvente é, inconscientemente, re-interpretada e, por pouco, desvalorizada!
Não sei se me tornei uma sofista dos tempos modernos, no que concerne ao sentido da VERDADE, na medida em que defendendo-a nos meus principios éticos, considero por vezes que temos de relativizar tudo na vida sob pena de viver-mos numa tensão esgotante que castra o nosso pensar e sentir.
Nunca me revoltei!
A ciência explicou-me a causa e eu mesmo não acreditando no que me estava a acontecer, fui transferindo todo este amor para a minha profissão e para o que nela hà de melhor e que são os meus alunos!
Por isso, hoje, Diana é para eles que vai o meu grande abraço de carinho e de dedicação pela compreensão que vão tendo comigo nos momentos de maior cansaço, desilusão e inconformismo!
Continuo a gostar muito de ti, minha filha!
Um dia encontrar-nos-emos... e eu vou ficar tão feliz!...
Ainda hoje me custa acreditar...
Para todos ...
Mãe
Sem comentários:
Enviar um comentário