Jorge Jesus e Paula Rego
Jorge
Jesus na exposição de Paula Rego: "O futebol também é arte"
Pintora agradeceu
presença do treinador do Benfica e lembrou que o avô foi sócio fundador do
clube.
A pintora Paula Rego manifestou-se, nesta
quinta-feira, "muito feliz" com a presença do treinador de Benfica,
Jorge Jesus, na inauguração da exposição "1961: Ordem e Caos", na Casa
das Histórias, em Cascais.
"O meu clube é o Benfica. O meu avô
foi sócio fundador", disse a pintora aos jornalistas, durante uma visita à
mostra, ao fim da tarde. A artista e o treinador do Benfica conversaram
animadamente durante largos minutos, no decorrer da inauguração da exposição.
Jorge
Jesus confessou que, apesar de não perceber muito de pintura e de não ter uma
ligação afectiva à artista, sentiu uma aproximação à actividade de Paula Rego
"pela criatividade e pela qualidade". "O futebol também é arte e
por isso estou aqui", declarou.
O
treinador do Benfica foi convidado pelo presidente da Câmara de Cascais, Carlos
Carreiras, para a inauguração da exposição, depois de o autarca ter tido
conhecimento do interesse de Jorge Jesus pela obra de Paula Rego.
A
exposição "1961: Ordem e Caos" mostra, pela primeira vez, a partir de
hoje, na Casa das Histórias, obras da artista produzidas no início da carreira.
Nesta exposição são também apresentadas obras do marido de Paula Rego, o pintor
Victor Willing (1928-1988), e dos artistas Eduardo Batarda e Bartolomeu Cid dos
Santos.
Com
curadoria de Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira, a exposição reúne, pela
primeira vez, um vasto conjunto de obras de Paula Rego, produzidas durante as
décadas de 1960 e 1970.
"1961:
Ordem e Caos" ficará no museu até 26 de Outubro, congregando pintura,
gravura e desenho, e incluirá também um núcleo documental, para reforçar a
evocação dos momentos mais marcantes do início do percurso artístico de Paula
Rego em Portugal.
LUSA
In publico, 22/05/2014
Jorge Jesus compara a profissão de treinador com a de pintor
Treinador do Benfica revelou que existe ciência e
criatividade na sua profissão, tal como na vida de um pintor, e contou um
episódio de quando visitou uma exposição de Paula Rego.
Jorge Jesus após a conquista da Taça de Portugal |
Na conferência de imprensa após a conquista da Taça de
Portugal, o terceiro troféu da temporada, Jorge Jesus recorreu às suas, já
características, analogias para explicar o trabalho e os desafios diários de um
treinador de futebol.
“Na minha profissão, a minha especialidade de
treinador é uma área que o conhecimento dela envolve, muitas vezes, questões
científicas. É verdade que passa por várias áreas, mas temos, hoje em dia, uma
profissão onde tu tens de ser criativo”, começou por explicar Jorge
Jesus.
E prosseguiu: “Um treinador é como um pintor. (…)
Já
contei esta história da Paula Rego: estive uma vez numa exposição e ela
dizia-me a mim e às outras pessoas que era uma figura que se chamava Maria e
que estava a chorar; ‘ah está a chorar?’ não via nada… mas ela sabia que estava
a chorar.
É como o treinador. Vocês não vêem muita coisa porque isto é
criativo. Porque são muitas horas e horas de treino, a repetir a jogada, vai
para trás, vai para a frente, passa nas costas. Tudo isto é um trabalho, não é
só meter um jogador a jogar — meter o Cardozo ou o Rodrigo — que vai definir se
a opção foi boa ou não. É um trabalho muito complicado, de muita paixão e muito
conhecimento, que os treinadores têm de fazer durante a semana”, disse.
O desafio agora é encontrar o famoso quadro de Paula
Rego. Uma das hipóteses é o “Mary Mary Quite Contrary II”, um quadro de 1989,
que mostramos abaixo.
Mas como os treinadores, ou quase todos, também nós
temos um plano B. Trata-se do tríptico “Maria, Maria e Madalena” de 1999, um
trabalho que acolhe o olhar feminino com um enquadramento triangular de visões
distintas. Contudo, não nos foi possível encontrar uma imagem.
In observador,19/5/2014
Pluralidade de sentidos da Obra de arte
Há ou
não uma interpretação canônica (modelo) da obra de arte?
NÃO.
A obra de arte
não se esgota nas interpretações já feitas e suscita sempre inúmeras
interpretações o que a enriquece. A obra de arte exige um esforço de
interpretação pessoal já que ela é intemporal – admirar uma obra de arte do
Renascimento continua a ser enriquecedor. Mas, claro, que há argumentações nas
interpretações da obra de arte melhor fundamentadas que outras – os críticos e
o homem comum.
Se queremos analisar uma obra de arte devemos documentar-nos,
pois há obras que são ricas de sentidos.
Lola
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