domingo, 25 de maio de 2014

Jorge Jesus e Paula Rego



Jorge Jesus e Paula Rego

Jorge Jesus na exposição de Paula Rego: "O futebol também é arte"

Pintora agradeceu presença do treinador do Benfica e lembrou que o avô foi sócio fundador do clube.
A pintora Paula Rego manifestou-se, nesta quinta-feira, "muito feliz" com a presença do treinador de Benfica, Jorge Jesus, na inauguração da exposição "1961: Ordem e Caos", na Casa das Histórias, em Cascais.
"O meu clube é o Benfica. O meu avô foi sócio fundador", disse a pintora aos jornalistas, durante uma visita à mostra, ao fim da tarde. A artista e o treinador do Benfica conversaram animadamente durante largos minutos, no decorrer da inauguração da exposição.
Jorge Jesus confessou que, apesar de não perceber muito de pintura e de não ter uma ligação afectiva à artista, sentiu uma aproximação à actividade de Paula Rego "pela criatividade e pela qualidade". "O futebol também é arte e por isso estou aqui", declarou.
O treinador do Benfica foi convidado pelo presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, para a inauguração da exposição, depois de o autarca ter tido conhecimento do interesse de Jorge Jesus pela obra de Paula Rego.
A exposição "1961: Ordem e Caos" mostra, pela primeira vez, a partir de hoje, na Casa das Histórias, obras da artista produzidas no início da carreira. Nesta exposição são também apresentadas obras do marido de Paula Rego, o pintor Victor Willing (1928-1988), e dos artistas Eduardo Batarda e Bartolomeu Cid dos Santos.
Com curadoria de Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira, a exposição reúne, pela primeira vez, um vasto conjunto de obras de Paula Rego, produzidas durante as décadas de 1960 e 1970.
"1961: Ordem e Caos" ficará no museu até 26 de Outubro, congregando pintura, gravura e desenho, e incluirá também um núcleo documental, para reforçar a evocação dos momentos mais marcantes do início do percurso artístico de Paula Rego em Portugal.
LUSA 
In publico, 22/05/2014 





Jorge Jesus compara a profissão de treinador com a de pintor

Treinador do Benfica revelou que existe ciência e criatividade na sua profissão, tal como na vida de um pintor, e contou um episódio de quando visitou uma exposição de Paula Rego.




Jorge Jesus após a conquista da Taça de Portugal 

Na conferência de imprensa após a conquista da Taça de Portugal, o terceiro troféu da temporada, Jorge Jesus recorreu às suas, já características, analogias para explicar o trabalho e os desafios diários de um treinador de futebol.

“Na minha profissão, a minha especialidade de treinador é uma área que o conhecimento dela envolve, muitas vezes, questões científicas. É verdade que passa por várias áreas, mas temos, hoje em dia, uma profissão onde tu tens de ser criativo”, começou por explicar Jorge Jesus.
E prosseguiu: “Um treinador é como um pintor. (…) 






Já contei esta história da Paula Rego: estive uma vez numa exposição e ela dizia-me a mim e às outras pessoas que era uma figura que se chamava Maria e que estava a chorar; ‘ah está a chorar?’ não via nada… mas ela sabia que estava a chorar.

É como o treinador. Vocês não vêem muita coisa porque isto é criativo. Porque são muitas horas e horas de treino, a repetir a jogada, vai para trás, vai para a frente, passa nas costas. Tudo isto é um trabalho, não é só meter um jogador a jogar — meter o Cardozo ou o Rodrigo — que vai definir se a opção foi boa ou não. É um trabalho muito complicado, de muita paixão e muito conhecimento, que os treinadores têm de fazer durante a semana”, disse.

O desafio agora é encontrar o famoso quadro de Paula Rego. Uma das hipóteses é o “Mary Mary Quite Contrary II”, um quadro de 1989, que mostramos abaixo.





Mas como os treinadores, ou quase todos, também nós temos um plano B. Trata-se do tríptico “Maria, Maria e Madalena” de 1999, um trabalho que acolhe o olhar feminino com um enquadramento triangular de visões distintas. Contudo, não nos foi possível encontrar uma imagem.



In observador,19/5/2014



Pluralidade de sentidos da Obra de arte



Há ou não uma interpretação canônica (modelo) da obra de arte? 
NÃO. 
A obra de arte não se esgota nas interpretações já feitas e suscita sempre inúmeras interpretações o que a enriquece. A obra de arte exige um esforço de interpretação pessoal já que ela é intemporal – admirar uma obra de arte do Renascimento continua a ser enriquecedor. Mas, claro, que há argumentações nas interpretações da obra de arte melhor fundamentadas que outras – os críticos e o homem comum.
Se queremos analisar uma obra de arte devemos documentar-nos, pois há obras que são ricas de sentidos.



Lola

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