Adolescencia: idade filosófica?
Adolescência: uma etapa filosófica da vida
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Se você já passou ou está na adolescência, é provável que tenha sido chamado
em algum momento de ‘rebelde sem causa’. O termo, muito comum para
categorizar os adolescentes, não é completamente sem propósito. Nem
totalmente negativo.
Assim como a criança, o adolescente observa tudo que lhe foi ensinado e
compara esses ensinamentos com a realidade à sua volta, com as ideias e
comportamentos de seus colegas e amigos.
Como já vimos anteriormente, a observação é o primeiro passo para o
questionamento ou para a atitude filosófica. Mas agora, ao contrário da
criança, o adolescente já reconhece o mundo ao seu redor, e passa a pôr em
xeque não somente as leis naturais, mas essencialmente as leis humanas, a
começar pelas regras sociais, a autoridade de pais e professores e sua
posição no mundo.
E essa é uma viagem muito peculiar ao universo interno de cada um. Por isso,
também é provável você já ter ouvido falar que algum adolescente está no
‘mundo da lua’.
Rebeldes e do ‘mundo da lua’ são também características atribuídas aos
filósofos. Contudo, ao contrário do que muitos pensam, o filósofo não vive
fora do mundo. A reflexão filosófica faz o indivíduo adentrar profundamente a
realidade a fim de conhecê-la e, por vezes, modificá-la.
A Filosofia questiona o que já existe, coloca em dúvida, critica e, assim,
abre a possibilidade de não só compreendermos a vida, mas de criarmos novas
maneiras de viver e ver o mundo. Por isso, assim como os adolescentes,
ela incomoda, pois questiona costumes estabelecidos e comportamentos tidos
como normais ou naturais.
O bom filósofo é aquele que busca constantemente abandonar os preconceitos e
a ingenuidade do senso-comum. Sem submeter-se às ideias dominantes, ele não
cessa em compreender as significações do mundo, da história, da cultura, da
política, da religião, das artes e das ciências.
Sua principal contribuição é disponibilizar para a sociedade e para cada um
de nós a possibilidade de nos tornarmos conscientes de nós mesmos e de nossas
ações.
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Lola
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