Filosofar espontâneo e filosofar sistemático
Se todo o homem possui capacidade racional e ideias sobre
o que o cerca, se todos têm necessidade de encontrar respostas para questões
que lhe surgem em situações limite, poderemos problematizar: Bastará colocar
questões para se ser Filósofo? Porque não estão todos os homens, que colocam
questões, na História da Filosofia?
Conhece o
homem vulgar os filósofos para apresentar argumentos alternativos?
Se o homem
vulgar é capaz de lançar algumas questões esporadicamente – é a filosofia como
atitude – não o faz de modo sistemático, fundamentado, crítico, rigoroso,
coerente e radical como faz o Filósofo. Este último é capaz de construir
sistemas filosóficos – é a filosofia como saber. (Sobre as características do FILOSOFAR ESPONTÂNEO e FILOSOFAR
SISTEMÀTICO ver caderno).
Vejamos um
exemplo: A Morte.
A) O homem
vulgar fica triste, chora a
perda do familiar ou amigo.
Questiona: Porquê?
B) O filósofo, porque é homem,
também chora e fica triste MAS porque é um ser crítico, insatisfeito, aberto ao
novo e é um perguntão, coloca questões como:
Ø Em que sentido a morte nos torna
realmente humanos?
Ø Existe algo mais pessoal que a morte?
Ø Será que a morte é uma necessidade
lógica?
Ø Os animais serão mortais no mesmo
sentido que nós?
Ø Porque é que se diz que a morte é
intransmissível?
Ø Não é verdade que cada um de nós só
morre para os outros?
Ø Haverá relação entre os sonhos e a
esperança da imortalidade?
Ø Porque é que Epicuro afirma que não
devemos recear a morte?
Ø E como é que Lucrécio apoia essa
argumentação?
Ø Conseguem os filósofos dar-nos
serenidade?
Ø Poderá a morte ser um bem?
Ø A morte serve para nos fazer pensar
sobre a morte ou antes sobre a Vida?
Estas
questões foram retiradas (e adaptadas) da obra “As perguntas da vida” de
Fernando Savater, Publicações Dom Quixote, p. 43.
Lola
Sem comentários:
Enviar um comentário