Poderemos ter um conhecimento verdadeiro, objetivo e absoluto em geral, ou apenas um conhecimento aproximado?
Podemos conhecer umas coisas e outras não?
Ou será que o conhecimento nem sequer é possível?
Podemos conhecer umas coisas e outras não?
Ou será que o conhecimento nem sequer é possível?
Possibilidade ou validade do conhecimento
Perguntar pela possibilidade ou validade do conhecimento equivale a perguntar se o sujeito apreende efetivamente o objeto.
Hà vàrias teorias interpretativas
Hà vàrias teorias interpretativas
Dogmatismo
Dogmatismo ingénuo ou realismo ingénuo
Para o dogmatismo coloca-se o problema do conhecimento. O dogmático não se apercebe de que o conhecimento é, acima de tudo, uma relação entre o sujeito e o objeto, partindo, por isso, do pressuposto de que o sujeito apreende efectivamente o objecto. Ao não se aperceber do carácter relacional do conhecimento, o dogmático não coloca em dúvida a sua possibilidade, acreditando que os objetos nos são dados diretamente de um modo absoluto, tal como são em si mesmos. Podemos conhecer tudo porque nem se coloca a hipótese de não conhecer. É possível conhecer e nós conhecemos
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Dogmatismo racionalista
O dogmatismo racionalista ou optimista racionalista: acredita que é possível conhecer, mas antes disso temos de analisar criticamente usando a razão. A razão consegue conhecer a realidade de uma forma absoluta, universal e necessária. No dogmatismo ingénuo não há espírito crítico, submetemo-nos a uma autoridade que o diz, ou a princípios que achamos verdadeiros.
O dogmatismo ingénuo
não ocorre propriamente na filosofia, uma vez que todo o filósofo procede a um exame crítico daquilo que lhe é fornecido pelos sentidos. O filósofo é aquele que, depositando confiança na razão, considera que é possível chegar à certeza e à verdade, entendendo-se aqui o conceito de certeza como sendo a consciência de que se possui a verdade, associada a uma adesão sem reservas a isso que se julga ser verdadeiro. (Descartes, Leibniz, Espinosa e Platão)
não ocorre propriamente na filosofia, uma vez que todo o filósofo procede a um exame crítico daquilo que lhe é fornecido pelos sentidos. O filósofo é aquele que, depositando confiança na razão, considera que é possível chegar à certeza e à verdade, entendendo-se aqui o conceito de certeza como sendo a consciência de que se possui a verdade, associada a uma adesão sem reservas a isso que se julga ser verdadeiro. (Descartes, Leibniz, Espinosa e Platão)
Ceticismo
O cepticismo afirma que não é possível ao sujeito apreender, de um modo efectivo e rigoroso, o objecto. Ninguém possui a verdade absoluta.
Ceticismo absoluto ou radical
é impossível ao sujeito apreender o objecto, não havendo, por conseguinte, qualquer conhecimento verdadeiro. O cepticismo radical ou absoluto anula-se a si próprio. Afirma que o conhecimento é impossível. Mas com isto exprime um conhecimento. Considera o conhecimento como possível de facto e, no entanto, afirma simultaneamente que é impossível.
é impossível ao sujeito apreender o objecto, não havendo, por conseguinte, qualquer conhecimento verdadeiro. O cepticismo radical ou absoluto anula-se a si próprio. Afirma que o conhecimento é impossível. Mas com isto exprime um conhecimento. Considera o conhecimento como possível de facto e, no entanto, afirma simultaneamente que é impossível.
Ceticismo mitigado:
não estabelece a impossibilidade do conhecimento, mas sim a impossibilidade de um saber rigoroso. Não podemos afirmar se este ou aquele juízo é ou não verdadeiro, apenas podemos dizer se é ou não provável. Não há verdade nem certeza, apenas probabilidade. Não podemos nunca ter a pretensão de que os nossos juízos sejam verdadeiros, mas apenas de que sejam prováveis. Este cepticismo tem duas contradições: a anunciada para o cepticismo absoluto e o conceito de probabilidade pressupõem o de verdade; provável é aquilo que se aproxima do verdadeiro, quem renuncia ao conceito de verdade tem, pois, de abandonar também o de probabilidade.
não estabelece a impossibilidade do conhecimento, mas sim a impossibilidade de um saber rigoroso. Não podemos afirmar se este ou aquele juízo é ou não verdadeiro, apenas podemos dizer se é ou não provável. Não há verdade nem certeza, apenas probabilidade. Não podemos nunca ter a pretensão de que os nossos juízos sejam verdadeiros, mas apenas de que sejam prováveis. Este cepticismo tem duas contradições: a anunciada para o cepticismo absoluto e o conceito de probabilidade pressupõem o de verdade; provável é aquilo que se aproxima do verdadeiro, quem renuncia ao conceito de verdade tem, pois, de abandonar também o de probabilidade.
Ceticismo metafísico:
destaca a impossibilidade de conhecermos aquilo que ultrapassa a nossa experiência sensível. Deus, a alma e todo o mundo espiritual não são realidades acessíveis ao conhecimento humano. Devemos limitar à experiência. (David Hume)
destaca a impossibilidade de conhecermos aquilo que ultrapassa a nossa experiência sensível. Deus, a alma e todo o mundo espiritual não são realidades acessíveis ao conhecimento humano. Devemos limitar à experiência. (David Hume)
Distinção entre cepticismo metódico e sistemático
O cepticismo adquire um papel importante no nosso desenvolvimento intelectual e até espiritual. É quando se começa por adoptar uma postura céptica perante determinado problema que se procede com maior prudência na resolução de tal problema.
Quando faz parte do espírito crítico e autónomo, o cepticismo adquire um carácter metódico. É um meio para alcançar a verdade. Com a dúvida liberta-se a razão, para se poder alcançar o verdadeiro conhecimento. Este cepticismo metódico opõe-se ao cepticismo sistemático, que se fica pela dúvida como princípio definitivo.
Origem do conhecimento
a) Racionalismo – o racionalismo considera a razão a fonte principal do conhecimento, a fonte do conhecimento verdadeiro. Só através da razão é que se pode encontrar um conhecimento seguro, o qual é totalmente independente da experiência sensível. Tal conhecimento só existe quando é logicamente necessário e universalmente válido. Exemplo: matemática. Isto não significa que os racionalistas neguem a existência do conhecimento empírico. Esse conhecimento existe, mas não pode ser considerado verdadeiro porque é particular e contingente. – A razão é a origem do conhecimento verdadeiro; as ideias fundamentais do conhecimento são inatas; o sujeito impõe-se ao objecto através das noções que traz em si. Descartes
b) Empirismo – teoria segundo a qual todo o nosso conhecimento provém da experiência. Não existem ideias, conhecimentos ou princípios inatos. O entendimento assemelha-se a uma página em branco onde, antes de qualquer experiência, nada se encontra escrito. Nega a existência de conhecimentos inatos, afirmando que todo o conhecimento humano deriva da experiência. – A experiência é a origem de todo o nosso conhecimento; todas as ideias têm uma base empírica, até as mais complexas, não existindo ideias inatas; o objecto impõe-se ao sujeito. David Hume, John Locke
Lola
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