quarta-feira, 8 de julho de 2015

Que tolerância face ao Estado Islâmico?




Tema : Estado islâmico

Que tolerância face ao Estado Islâmico?

Introdução:
Num contexto socioeconómico diferente do nosso, no Médio Oriente reside o Estado islâmico, uma sociedade independente, sem apoio de qualquer outro pais que tem vindo a promover uma serie de atrocidades contra a população da região onde atua. Formado a partir dos projetos da Al-Qaeda, o califado islâmico desenvolveu-se para a conquista de poder na Síria e no Iraque após a guerra, tendo por base as suas próprias regras, já encara o Ocidente como um reduto de degenerescência moral e decadência religiosa. Tem-se vindo a assistir a uma intensa migração de jovens para a região dominada pelo Estado Islâmico com o objetivo de serem treinados para atuar em defesa do califado. Qual será o princípio seguido por estes jovens para se juntarem ao estado islâmico, de forma a colocar em perigo a dignidade humana?
O sequestro de jornalistas, embaixadores que atuam no Oriente Médio é uma prática corrente no Estado Islâmico. Quando o grupo se sente ameaçado, executa com crueldade essas pessoas mantidas como reféns, como forma de ameaçar quem os ameaça. Tendo vindo a intimidar o mundo com consequentes ameaças de guerra.
Antes de mais temos de perceber o porque de ainda não se ter agido para combater tal ato de terrorismo de modo a não só isolar o califado islâmico da sociedade atual mas também combate-lo de forma a que este não surja noutro ponto do mundo, podendo ainda ser mais perigoso
O Estado islâmico defende-se como promotor de uma luta religiosa, mas “nenhuma fé ensina as pessoas a matar inocentes” (Barack Obama).
Desta forma devemos refletir sobre qual a tolerância face ao Estado Islâmico.

Desenvolvimento

No seio da nossa sociedade tem-se vindo a desenvolver um estado que tenta espalhar a fé, com recurso à violência e à desobediência civil, promovendo uma guerra com os restantes países do medio oriente, este estado busca alcançar uma harmonia entre a fé, a razão ou a filosofia e os ensinamentos religiosos do Islão.
Será que o estado islâmico esta a estabelecer uma Guerra Justa?
O pensamento sobre a ética da Guerra tenta aproximar as perspetivas idealistas e realistas, procurando através da Teoria da Guerra Justa legitimar a violência contra ameaças, justificando os fins e impondo limitações aos meios. Os pensadores, procuraram responder a duas perguntas fundamentais:
1. Quando é permissível travar uma guerra? (jus ad bellum)
2. Quais as limitações na maneira de travar uma guerra? (jus in bello).
A Teoria da Guerra Justa procura reger três tópicos principais: a causa da guerra – jus ad bellum, a condução da guerra – jus in bello, e as consequências da guerra – jus post bellum.           
Só quando se cumprirem os critérios de jus ad bellum é que é permissível o uso da força. A causa justa é o princípio fundamental da Guerra Justa.
Mas quando é que este critério é seguido:
• Causa justa; como por exemplo defesa dos direitos humanos
• Intenção justa; vai para além de submeter a guerra ao interesse nacional, mas ao estabelecimento de uma paz justa. Está intimamente ligada à justiça na guerra (jus in bello) pelo que nega os atos de vingança e violência indiscriminada. Sendo o objetivo da guerra a obtenção de um melhor Estado de paz, constata-se que Guerras Justas têm natureza limitada8. A rendição incondicional é vista como o abdicar da própria soberania e como tal não é uma intenção legítima;
• Autoridade legítima; deriva do conceito de Estado soberano com representatividade popular. Isto exclui como Guerra Justa aquela travada por organizações de indivíduos sem aprovação da sociedade. No entanto é justificável que o conflito possa ser originado por uma comunidade de indivíduos oprimidos por governos ilegítimos;
• Possibilidade razoável de sucesso; refere-se a uma análise de custo/benefício e da garantia mínima de que a guerra não será em vão. Isto não quererá dizer que um poder mais fraco não possa combater por uma causa justa
•Como último recurso – pretende-se que todas as formas não violentas sejam esgotadas antes de se recorrer à guerra. Uma Guerra Justa só pode ser travada quando todas as vias diplomáticas tenham sido esgotadas.
Desta forma podemos concluir que o combate levado a cabo pelo estado islâmico não é uma guerra justa, mas tal como diz Thomas Morus “Na realidade nenhuma guerra que se conheça na história, no presente ou no futuro que se possa prever, foi justa.” Pois todas as guerras foram más para a humanidade, devido aos efeitos que a violência causa nas populações.
Existem muitos tipos de violência. Mas, a título de reflexão sobre o tema, podemos definir por duas grandes classificações: A subjetiva que é aquela do olhar, da má vontade, do mau pensamento, dos maus tratos no lar, de tirar vantagem, abusar da confiança, escondida, covarde e talvez a mais mesquinha e a objetiva que é essa violência criada com o intuito de agredir, ferir ou obter lucro direto com a ação conscientemente violenta.
Walter Benjamin, filósofo judeu do seculo XX chamou à atenção para o necessário excesso da violência do Estado. No sentido de que, mesmo na sociedade mais democrática, em que o poder seja totalmente legitimado, para que o poder do Estado funcione, deve haver algum tipo de ameaça ao superego. No sentido de: ‘Vivemos em uma democracia, mas podemos fazer o que bem entendemos’. Não existe poder sem esse excesso.
O que Benjamin chama de violência divina é um tipo de contra violência a esse excesso. E, nesse sentido podemos considerar que Gandhi foi mais violento do que Hitler.
A violência usado pelo estado islâmico é a objetiva, podendo mesmo ser classificada de terrorismo pois o califado islâmico ataca os inocentes para fins políticos, empregando meios horrivelmente violentos promovendo a religião através do medo e do pânico.
Qual será o princípio seguido por estes indivíduos para se juntarem ao estado islâmico, de forma a colocar em perigo a dignidade humana?
Os sujeitos que se juntam ao estado islâmico não colocam só a sua dignidade em perigo, mas também a dignidade dos outros, pois estes comprometem-se a lutar contra os “infiéis”, ou seja estes sujeitam-se a morrer para matar. Estes indivíduos, geralmente encontram-se cansados de viver num mundo capitalista e procuram uma alternativa à sociedade de onde provêm. Os ocidentais tem sido os que mais aderiram a tal causa, pois não suportam mais observar a desigualdade vivida, para além disso estes jovens acreditam nas imensas promessas feitas pelos extremistas islâmicos.
Alguns filósofos argumentam sobre as nossas decisões, para Nussbaum que segundo o argumento aristotélico refere que:
 – Se cada viver é relativo, a bondade reside nessa relatividade de cada ação ou pretensão;
 – Mas, se a ideia de relatividade prende-se às características específicas da cada vida humana, então, para se atingir a excelência, cada um deve levar em conta suas próprias habilidades, sem o que as funções que resultam numa excelência de desempenho não se realizarão;
– Por isso, a vida que escolhemos precisa ser aquela que seja possível, segundo nossas próprias habilidades e em face das circunstâncias que se nos apresentam.
Podemos mesmo dizer que que deliberamos (e podemos deliberar), antes para nós mesmos, mediante uma realidade possível para cada um de nós, daquela vida que seria suficiente para nós, em particular para cada ser humano, no mínimo no que respeita à própria sobrevivência.
Procuramos, na vida, aquilo que inclui a nós mesmos, aquilo que faz de nós, nós próprios.
O que é muito mais necessário que a demonização dos terroristas como fanáticos suicidas heroicos é um desmascaramento desse mito demoníaco. 

Friedrich Nietzsche percebeu como a civilização ocidental estava se a mover na direção do “último homem”, uma criatura apática com nenhuma grande paixão ou comprometimento. Incapaz de sonhar, cansado da vida, ele não assume nenhum risco, busca apenas o conforto e a segurança, uma expressão de tolerância com os outros: “Um pouco de veneno de tempos em tempos: que garante sonhos agradáveis. E muito veneno no final, para uma morte agradável. Eles tem seus pequenos prazeres de dia, e seus pequenos prazeres de noite, mas tem um zelo pela saúde. ‘Descobrimos a felicidade,’ dizem os últimos homens, e piscam.”
Pode efetivamente parecer que a cisão entre o Primeiro Mundo e a reação fundamentalista, que passa mais ou menos nas linhas da oposição entre levar uma longa e gratificante vida cheia de riquezas materiais e culturais, e dedicar sua vida a alguma Causa transcendente. Não é esse o antagonismo que Nietzsche defendia. Nós no ocidente somos os “últimos homens” nietzschianos, imersos em prazeres cotidianos banais, enquanto os radicais muçulmanos estão prontos a arriscar tudo, comprometidos com a luta até sua própria autodestruição. O poeta William Butler Yeats parece resumir perfeitamente a nossa ideia: “Os melhores carecem de toda convicção, enquanto os piores são cheios de intensidade apaixonada”. Esta é uma excelente descrição da atual cisão entre liberais anêmicos e fundamentalistas apaixonados. “Os melhores” não são mais capazes de se empenhar inteiramente, enquanto “os piores” se empenham em fanatismo racista, religioso e machista.
No entanto, será que os fundamentalistas religiosos realmente se encaixam nessa descrição?
O Fundamentalismo é, em primeiro lugar, uma oposição contra a transformação da religião determinadas pela modernidade. Sendo assim, os fundamentalistas querem defender a sua verdade religiosa, pois para estes o modernismo teológico representa uma ameaça aos fundamentos da civilização cristã. Assim o fundamentalista não pretende a modernização da religião, mas a fundamentação religiosa explícita da modernidade.
O que obviamente lhes carece é um elemento que é fácil identificar em todos os autênticos fundamentalistas: a ausência de ressentimento e inveja, a profunda indiferença perante o modo de vida dos não-crentes. Se os fundamentalistas realmente acreditam que encontraram o caminho da Verdade, por que deveriam se sentir ameaçados por não-crentes, por que deveriam invejá-los? Os verdadeiros fundamentalistas, os pseudo-fundamentalistas terroristas são profundamente incomodados, intrigados, fascinados pela vida pecaminosa dos não-crentes. Tem-se a sensação de que, ao lutar contra o outro pecador, eles estão lutando contra sua própria tentação.
É aqui que o diagnóstico de Yeats escapa ao atual: a intensidade apaixonada dos terroristas mostra uma falta de verdadeira convicção. O quão frágil a crença de um muçulmano tem de ser para ele se sentir ameaçado por uma caricatura besta em um semanário satírico? O terror islâmico fundamentalista não é fundamentado na convicção dos terroristas e no seu desejo de salvaguardar a sua identidade cultural-religiosa da investida da civilização global consumista.
Não será a ascensão do islamismo radical exatamente correlativa à desaparição da esquerda secular nos países muçulmanos? Quando, lá na primavera de 2009, o Taliban tomou o vale do Swat no Paquistao. No entanto ao tirar proveito da condição dos camponeses, o Taliban está a chamar à atenção para os riscos ao Paquistão, que permanece em grande parte feudal, o que garante que os democratas liberais no Paquistão, bem como os EUA, também não “tirem vantagem” dessa condição e procurem ajudar os camponeses sem terra? A triste implicação deste facto é que as forças feudais no Paquistão são os “aliados naturais” da democracia liberal.
O paradoxo é que o próprio liberalismo não é forte o suficiente para salvá-los contra a investida fundamentalista. O fundamentalismo é uma reação falsa, mistificadora e é claro contra uma verdadeira falha do liberalismo.
Será o Estado islâmico sinonimo de mal?
A existência do mal perturba-nos: sentimos que não o podemos compreender e que não o podemos justificar. Dada a vontade de a tudo dar sentido, criaram-se numerosas explicações.
Na mitologia grega descreve-se assim a origem do mal: Zeus confiara a Pandora uma caixa, avisando-a de que seria funesto para a humanidade a sua abertura. A proibição contribuiu para tornar incontrolável a curiosidade de Pandora. Não resistindo, abriu a misteriosa caixa. Imediatamente dela saíram todos os males e desgraças que assolam a humanidade até hoje. No fundo da caixa ficou simplesmente a esperança.
Segundo isto podemos concluir que o mal é uma criação humana, pois este utiliza-o mesmo contra si próprio, continuando a existir esperança que o mal deixe de existir
        
         Quais as teorias que fundamentam a ação do estado islâmico?
Todos nós agimos de uma determinada forma, para isso a filosofia procurou encontram teoria que fundamenta-se a nossa ação, mas como em filosofia, nada tem uma única resposta, podemos encontram imensas teorias. O estado islâmico age em conformidade com os princípios estabelecidos pelo determinismo e pelo fatalismo, não obedecendo claramente a todos os princípios defendidos por estas teorias.
O Determinismo é “a teoria segundo a qual tudo está determinado, isto é, submetido a condições necessárias e suficientes, elas próprias também determinadas”. Existem três tipos de determinismo: pré-determinismo, pós-determinismo e co-determinismo. Sendo que o califado islamico defende o pós-determinismo que indica que as causalidades são determinadas por algum motivo (Ex: Deus no estado islamico).De uma outra forma o Estado islâmico defende o fatalismo, uma teoria que contempla "o que será será", já que todos os eventos passados, presentes e futuros já foram predeterminados por Deus ou outra força poderosa.
Pois, o califado islamico age segundo uma causa que serve de justificação para as suas ações e para alem disso defende que todas as suas ações foram predeterminados. Duas teorias que a princípio parecem ser incompatíveis mas que se mostram compatíveis no estado islâmico.
Mas como todas as teorias tem objeções estas não poderiam deixar de ter, para o determinismo, os filósofos levantam objeções como o facto de não nos sentirmos constrangidos não significa que poderíamos ter escolhido outra coisa além do que escolhemos e o facto de não termos consciência das causas nas nossas escolhas, não significa que elas não existam. Enquanto para o fatalismo, os pensadores filosóficos contrapõem esta teoria dizendo que não é coerente com a liberdade humana e torna deus o criador do pecado.
        Que tolerância face ao estado islâmico?
Em termos gerais, entende-se por tolerância a aceitação, respeito e consideração pela diferença, ou seja, a capacidade e a disposição para admitir nos outros maneiras de pensar e de agir diferentes das nossas e das quais podemos discordar. Vivemos numa sociedade que se considera democrática, liberal e pluralista que permite a existência e manifestação de diferentes pontos de vista sobre assuntos morais, religiosos e políticos. Valorizamos a livre discussão de ideias, o espírito crítico, a pluralidade de opiniões.
Não devemos, contudo, pensar que este espírito de abertura e de respeito pela diversidade significa que nada é proibido e que tudo é permitido. Tolerância não deve ser sinónimo de permissividade e indiferença.
Tal como é evidente que não se pode permitir tudo, a promoção da tolerância não implica tolerar tudo. A tolerância absoluta ou pura seria igual a niilismo (vale tudo, logo, nada tem realmente valor), a ausência de firmeza e de princípios morais. Parece óbvio que a tolerância cega e ilimitada lançaria as sociedades humanas no caos e na anarquia. Assim, várias questões surgem inevitavelmente: “Até onde tolerar? Quais os limites da tolerância? O que é intocável?”
Outras questões intimamente ligadas a estas tornam ainda mais complexo o problema da tolerância. Ei-las: “Por que razão não toleramos certas atitudes e comportamentos? Em nome de quê o fazemos? Ao pôr limites à tolerância, o que pretendemos preservar e proteger?”
O relativismo moral é a teoria segundo a qual a moralidade e a imoralidade das ações variam de sociedade para sociedade, não havendo, assim, normas morais absolutas obrigando igualmente todos os homens, ou seja, que devam ser seguidas por todos onde quer que vivam. Por conseguinte, o relativismo moral sustenta que avaliar se é moralmente correto um indivíduo agir de um certo modo depende de ou é relativo à sociedade a que pertence.
Por exemplo, matar é geralmente considerado moralmente errado, mas  se em sociedades ocidentais há aceitação de matar em autodefesa, guerra e alguns países, como pena capital, em  sociedades como os Amish e os Lepcha essas exceções não são aceitáveis.   Causa horror entre os Amish e Lepcha tirar a vida humana ou usar de violência, mas não exclui a possibilidade de haver desviantes da norma entre essas sociedades. Uma pessoa que mata outra na sociedade ocidental pode ser condenada como criminoso ou condecorada como herói enquanto receberia a ojeriza entre os Lepcha e Amish. Caso um Amish ou Lepcha for covardemente atacados e eu tivesse meios de defendê-los, devo fazê-lo, pois caso contrário seria omissão segundo as normas da minha cultura.
Contudo o argumento a favor do relativismo moral não é totalmente verdadeiro, visto que as afirmações sobre a diferença dos códigos morais e a variação do certo e errado de cultura para cultura dizem respeito somente ao que as pessoas pensam ou acreditam ser o certo ou o errado, enquanto a conclusão diz respeito ao que objetivamente é o caso.
Há ainda um outro ponto contra o relativismo moral. O relativismo moral considera que não há verdade objetiva no campo da moral e que, portanto, certo e errado variam de cultura para cultura. Diante disso, a opinião da maioria das pessoas pareceria ser um parâmetro para o que seria certo e o que seria errado dentro de cada cultura. Isso funcionaria bem se as culturas fossem homogêneas, ou seja, se todas as pessoas tivessem a mesma opinião sobre tudo dentro de uma determinada cultura. O problema é que na prática os acontecimentos não se dão dessa forma, visto que, em geral, as culturas são compostas de subgrupos.
Universalismo moral é a posição meta ética que defende uma ética universal, que se aplica-se universalmente, ou seja, para "todos os indivíduos em situação semelhante", independentemente de raça, cultura, sexo, religião, nacionalidade, sexualidade ou qualquer outro distintivo. O universalismo moral opõe-se ao relativismo moral. No entanto, nem todas as formas de universalismo moral é absolutista.
 Uma perspetiva objetiva sobre o que seria a moralidade entende que existem preferências pessoais que não necessitam ser acompanhadas de razões, como, por exemplo, quando alguém prefere a cor preto invés da cor branca. No entanto, para o objetivista, ações morais devem ser avaliadas por critérios que independem da cultura e sejam acessíveis a todos que são racionais. O objetivista moral propõe que os códigos morais tenham valor de verdade, ou seja, a defesa dos valores morais deve ser construída por um pensamento consistente e justificado. Sendo assim, o objetivismo moral propõe que no relacionamento entre diversidade cultural e objetividade moral seja preservado o respeito às diversidades culturais. A afirmação de um caráter universal da moralidade não se destina à destruição das crenças políticas, religiosas ou ideológicas dos povos; pelo contrário, o interesse de se estabelecer um padrão objetivo na moral segue-se da necessidade de se estabelecer um parâmetro mínimo de relacionamento social, parâmetro esse que, a partir de bases racionais e de argumentos devidamente justificados, possa garantir direitos mínimos para cada indivíduo fora ou dentro de qualquer cultura.
Podemos então concluir que para um relativista moral a tolerância face ao estado islâmico iria variar de cultura para cultura e que segunda a teoria do relativismo moral iria ser muito difícil entrar em consenso face à tolerância que devia ser exercida pela sociedade para com o estado islâmico, enquanto que para um para um universalista moral teríamos de chegar a um consenso universal, em que todos concordassem em estabelecer uma certa tolerância ou uma certa forma de agir face ao estado islâmico.
Conclusão:
Apesar de apresentarem um armamento rudimentar, o califado islâmico tem vindo a atacar constantemente a dignidade humana e a conquistar os territórios da Síria e do Iraque, enquanto isto o estado ocidental limita-se a observar a passagem dos acontecimentos, mas esta observação e este receio de atacar devem-se ao facto de este estado islâmico poder surgir noutro ponto do globo, com mais perigo, como é exemplo o califado nigeriano que age em homenagem ao estado islâmico pois há pessoas que se realizam fazendo boas obras enquanto outros se realizam a atirar pessoas para a morte e a afirmar que é em prol da defesa da religião.
O problema com fundamentalistas não é que consideramos eles inferiores a nós, mas sim que eles próprios secretamente se consideram inferiores. É por isso que nossas reafirmações politicamente corretas condescendentes de que não sentimos superioridade alguma perante a eles só os faz mais furiosos e alimenta seu ressentimento. O problema não é a diferença cultural (seu esforço para preservar sua identidade), mas o fato inverso de que os fundamentalistas já são como nós, que eles secretamente já internalizaram nossas normas e se medem a partir delas. Paradoxalmente, o que os fundamentalistas verdadeiramente carecem é precisamente uma dose daquela convicção verdadeiramente “racista” de sua própria superioridade.
Concluindo, podemos afirmar que o estado islâmico esta inserido numa sociedade completamente diferente da nossa e que qualquer passo ao lado poderá provocar uma grande guerra mundial.

Bibliografia:

Slavoj Zizek: Pensar o atentado ao Charlie Hebdo; Violencia
João Paulo Nunes : Major PilAv
Determinsmo moderado, Helena Bray in Jornal da filosofia
Extremistas islâmicos ,Eduardo Freitas in Mundo da educação
Estado islâmico, Claudio Fernandes in Mundo da Educaçao
Terrerismo, Gabriela Cabral in Mundo da Educaçao
Aspectos da ética no Islã, Rosalie Helena de Souza Pereira
FILOSOFIA ÁRABO-ISLÂMICA (BREVE RELANCE HISTÓRICO) Adel Sidarus
MARTHA NUSSBAUM E A DELIBERAÇÃO NA FILOSOFIA ÉTICA DE ARISTÓTELES, Ramiro in filosofix
Terrorismo, Direitos Humanos e a Apologia do Governo Mundial, de Louis P. Pojman
CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO – LOUIS DE BONALD, Luis Rodrigues in Teorias e Argumentos
DETERMINISMO E FATALISMO: A TRAGÉDIA DE ÉDIPO, Luis Rodrigues in in Teorias e Argumentos
Filosofia da religião, Luis Rodrigues in Teoria e Argumentos
Entrevista de Nuno Rogeiro 04/09/14


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