Karl Popper e Thomas Kunh:
a objectividade
Karl Popper
A ciência é um processo contínuo e progressivo
As conjeturas e refutações são os pilares da evolução da
ciência
As teorias são melhoradas a partir da eliminação de erros
Para Popper, uma teoria é tanto melhor quanto mais suscetível
for de falsificação, ou seja, a melhor teoria é aquela que, tendo maior
conteúdo empírico, pode ser testada e falsificada
A ciência é uma aproximação sucessiva à verdade (a meta a
atingir)
A verdade é um ideal regulador da ciência
O Falsificacionismo (método que permite falsificar teorias e
eleger as que mais se adequam à realidade) faz com que seja possível a
objetividade da ciência
Thomas Kuhn
A ciência é um processo descontínuo
O conhecimento não evolui de forma contínua
Os paradigmas são incomensuráveis, ou seja, não são
comparáveis entre si e não possuem uma medida comum
As teorias não evoluem com o propósito de se aproximarem da
verdade
O consenso entre cientistas e a consequente partilha de
crenças e ideais definem a verdade de uma teoria num determinado período
O cientista é sempre influenciado pela visão do mundo
fornecida pelo paradigma e não se consegue libertar dela. Assim, o conhecimento
científico não é objetivo.
Análise dos textos das págs.
214-216
Texto 1 – “Objetividade
e evolução da ciência – a perspetiva de Popper”
Popper: ciência – “uma ‘rede’ que tenta capturar a realidade
nas suas malhas”
O principal instrumento do cientista é a teoria – “sistema
hipotético-dedutivo” (Popper)
O mundo é governado pela regularidade, que as teorias tentam
referenciar através de asserções de índole geral, designadas por hipóteses
Estas hipóteses servem de axiomas num sistema dedutivo de
onde podem ser derivados teoremas ou leis
É através destas asserções que a ciência se expõe à
verificação e ao teste da natureza física
Para Popper, a ciência é um processo dinâmico
Nunca se começa do nada, começa-se sempre com ideias,
preconceitos, informação
Toda a observação está impregnada de teoria
O processo científico avança quando surgem problemas ou
anomalias, derivadas da recolha de material, que pedem uma explicação
Propõe-se uma solução que se verifica e se testa, podendo ou
não resultar
No fim, há sempre a possibilidade de algo falhar e o processo
científico ter de recomeçar
Popper baseava-se numa teoria de correspondência à verdade
Nunca podemos ter a certeza de chegar à verdade absoluta, o
melhor que conseguimos é uma aproximação cada vez mais precisa em relação à
mesma
Depois de ‘competirem’, só sobrevivem as melhores ideias
(processo darwinista) que, mesmo assim, podem ser derrubadas por outras
O teste positivo ou bem-sucedido de uma hipótese nunca pode
ser definitivo
Uma hipótese pode sempre vir a ser derrubada no futuro, por
mais confirmada que possa ser
Este potencial de demarcação é a marca da ciência genuína
Mesmo sendo falsificável, a ciência verdadeira não tem
necessariamente de ser tomada com falsa, mas expõe-se à verificação e também à
rejeição
Tudo o resto é metafísica e a metafísica dissimulada de
ciência é um erro
Texto 2 – “Objetividade
e evolução da ciência – a perspetiva de Kuhn”
Paradigma é o conceito-chave de Kuhn
O paradigma tem o sentido “de um trabalho, ou corpo de
trabalho, que capta a imaginação científica – que comanda a lealdade de um
grupo de trabalhadores e estabelece tarefas que eles têm de tomar a seu cargo”
A ciência que não possui um paradigma é considerada imatura e
encontra-se num ‘estado pré-paradigmático’
Para Kuhn, a ciência é um processo dinâmico (tal como para
Popper) e uma vez encontrado um paradigma, as pessoas podem lançar-se ao
trabalho
Estabelecendo as regras, fornecendo os desafios e demarcando
os limites, o paradigma dá origem à ‘ciência normal’
É a ciência em que o paradigma é encarado como um dado
adquirido que não pode ser desafiado e quando se trabalha dentro dele, não
existe nada fora desse âmbito
Em ciência, os problemas são encarados como enigmas
Quando o paradigma começa a falhar e as anomalias a abundar,
não quer dizer que tenhamos de abandoná-lo, pelo contrário, é necessário
encontrar uma solução para este problema
Alguém pode aparecer com um novo paradigma e contornar as
dificuldades do antigo, passando este a ser aceite pela comunidade
Através dos paradigmas não são possíveis argumentos razoáveis
As revoluções científicas situam-se fora da razão
A aceitação ou rejeição de um paradigma está dependente dos
rivais que já existam, reais ou potenciais
Para Kuhn, o progresso da evolução da ciência vai-se tornando
cada vez mais sofisticado e complexo, mas sem fim último à vista
“conhecimento sem (um) conhecedor” é uma contradição pois a
realidade é definida pelo paradigma, que também envolve o cientista
O conhecimento é inevitavelmente subjetivo
O conhecimento é relativo ao paradigma pois não temos acesso
a nenhuma realidade independente em relação à qual possamos verificar o
conteúdo do mesmo
Deste modo, a falsificabilidade é uma esperança vã
Se desistirmos do paradigma quando somos confrontados com
problemas ou anomalias, estamos a desistir de fazer ciência, a não ser que
tenhamos um paradigma alternativo.
Leandro Cruz, 11C
Obrigado!
Lola
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