terça-feira, 26 de abril de 2016

Thomas Kuhn




Thomas Kuhn 
e o progresso em ciência


·        Thomas Kuhn (1922-1996) é um filósofo norte-americano com formação em física. 
“   "A Estrutura das revoluções Científicas" é a sua obra mais notável e uma das mais citadas e discutidas na segunda metade do século XX.

·        Neste livro, Thomas Kuhn propõe uma conceção sobre mudanças na ciência que desafia a dos seus antecessores e altera radicalmente o cenário e o vocabulário da filosofia da ciência.

·        Como progride a ciência? Será ciência  objetiva? Kuhn põe em causa as respostas tradicionais a estes problemas e oferece uma perspetiva muito diferente da que era então comum entre os filósofos e cientistas.

·        Kuhn foi um crítico de: teorias indutivistas, de  Popper e das teorias falsificacionistas.

·       Kuhn define ciência normal como investigação firmemente baseada num paradigma 1 que uma determinada comunidade científica reconhece por um dado tempo como base adequada de trabalho.

·        Mas o que é o paradigma? É um modelo explicativo\padrão que orienta a prática científica. Capta a imaginação científica, comanda a lealdade de um grupo de cientistas e estabelece as tarefas que eles têm de tomas a seu cargo. Condiciona o tipo de fenómenos que o investigador vê e também aquilo que não vê.

·      Em período de ciência normal a investigação não visa nem a critica nem a inovação, mas a continuidade e a estabilidade A finalidade da investigação é solucionar enigmas, isto é, explicar os novos dados a partir das teorias que fazem parte do paradigma e não inventar novas teorias.

·        A investigação científica normal é antes dirigida à clarificação dos fenómenos e teorias que o paradigma já fornece.

·      Um cientista não abandona facilmente um paradigma. A atividade de ciência é extremamente conservadora e dogmática.

Porém, no trabalho de ciência normal, o cientista confronta-se com falhanços, falhanços que Kuhn chama de anomalias.

·    O que é uma anomalia? É um enigma da ciência normal, ou seja, o aparecimento de problemas não suscetíveis de explicação à luz do paradigma 1 em vigor.

Exemplo: o telescópio desenvolvido por Galileu permitiu registar novos dados empíricos que os cientistas não conseguiram explicar recorrendo ao paradigma geocêntrico. 

·        Quando as anomalias relevantes se forem sucedendo e se os esforços da comunidade científica para as explicar paradigmaticamente fracassarem, a desconfiança e a contestação do paradigma em vigor começa a ganhar uma adesão crescente por parte da comunidade científica.

·        Gera-se uma crise e com ela, uma fase de ciência extraordinária, ou seja, a ciência praticada em tempo de crise. Durante a ciência extraordinária, os cientistas tentam procuram encontrar soluções para as anomalias. 

·        O desfecho de uma crise, se a solução for um novo paradigma 2, consuma-se a descontinuidade e diz-se que ocorreu uma rutura radical com o velho paradigma 1 chamada revolução científica (momentos de rutura com o paradigma anterior, em que tanto a compreensão dos fenómenos como a maneira de os investigar se altera profundamente).

·        O novo paradigma 2 será muito diferente do antigo (paradigma 1) e incompatível com ele. Cada um destes paradigmas que se confrontam possui diferentes visões do mundo. Enquanto tal, estes paradigmas rivais são incomensuráveis (não comparáveis entre si).

·        Os paradigmas distinguem-se entre si quanto: à substância a investigar e
                                                                           ao modo de investigar


·        Quer isto dizer que o novo paradigma 2 é melhor do que o anterior? Não, segundo Kuhn, eles são apenas diferentes.

·        Kuhn rejeita a ideia tradicional de que os paradigmas se vão aperfeiçoando e assim se vão aproximando cada vez mais da verdade. 

   As revoluções científicas não nos aproximam necessariamente da verdade sobre o mundo. 

   
    A nova representação do real que o novo paradigma 2 traz consigo não se acrescenta à precedente, pelo contrário, substitui-a.

·        A ciência alcança progressos do ponto de vista dos instrumentos (empírico) mas não implica um processo de aproximação à verdade (ontológico)

·        Para Kuhn o conhecimento não é objetivo porque os cientistas dependem de condições sociais e individuais. A verdade científica resulta assim de acordos intersubjetivos.


Ideias centrais:

* Ciência como Processo Descontínuo
* Conhecimento não evolui continuamente
* Paradigma
*Ciência Normal
* Sucessão de Paradigmas
* Paradigmas são incomensuráveis
*Revolução científica
*Anomalias
* Ciência Extraordinária
*Crise
*Revolução científica
* Teorias não evoluem para a aproximação à verdade
* Uma teoria cientifica depende do consenso da comunidade cientifica numa determinada época
*Conhecimento científico não é objectivo


Gonçalo Rocha 11ºA


Obrigado!

Quer consultar uma das suas obras?

http://www2.unifap.br/rsmatos/files/2013/10/thomas_kuhn_estrutura_das_revolucoes_cientificas.pdf





                                            Lola



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