Conhecimento vulgar e conhecimento científico
Se até agora
tratámos do conhecimento em geral, perspectivando-o como fenómeno comum aos
seres humanos e fizemo-lo no intuito de o compreender sob as vertentes
fenomenológica e gnoseológica. Então, vamos agora centrar-nos nas diferenças
entre o conhecimento vulgar e conhecimento científico, para depois nos
ocuparmos deste último de uma forma mais detalhada .
Situando-nos
no domínio da epistemologia ou filosofia da ciência, debruçar-nos-emos sobre o conhecimento
cientifico, procurando individualizá-lo relativamente a outras formas de
conhecimento, e evidenciar alguns dos problemas que se colocam a seu respeito.
O saber do quotidiano
De modo natural
e directo, vamos conhecendo os objectos que nos cercam, as pessoas com quem
lidamos, a cidade, a aldeia, ou a rua onde moramos. Sabemos onde é o
supermercado mais próximo e aí selecionamos os produtos que queremos comprar,
pronunciamo-nos sobre as pessoas que conhecemos, sobre as suas acções, sobre o
nosso meio e sobre os acontecimentos em geral, sabendo avaliá-los em termos de
solidariedade , justiça, beleza, amizade, em termos do que é bom e mau.
E fazemos tudo
isto sem ser de forma propriamente científica, mas regulando-nos pela
experiência vivida que é o “nosso” modo de conhecer e de nos relacionarmos com
o mundo. Quer dizer, a grande maioria dos nossos atos e apreciações quotidianas
são realizadas espontaneamente, com base no “ saber de experiências
feito”. A experiência vivida, que é a forma natural de contactar
com as coisas determina uma modalidade de conhecimento que, por ser acessível a
todas as pessoas, é costume designar-se por conhecimento vulgar ou senso comum
. Merece também o nome de conhecimento empírico, precisamente por ter origem na
experiência, isto é, no contacto directo das pessoas com as situações reais.
Conhecimento vulgar
Saber adquirido
imediata e espontaneamente a partir da experiência, sem qualquer intenção
metódica ou sistemática e sem qualquer preocupação reflexiva.
Quando falamos
de experiência , referimo-nos não à experiência pessoal de vida, colhida
directa e ocasionalmente pelo ser humano, mas também a uma outra mais
sistematizada , obtida no exercício das práticas profissionais . Podemos mencionar
ainda a experiência colectiva, acumulada pelos povos, grupos e civilizações ao
longo do seu desenvolvimento, a qual constitui um legado ancestral, transmitido
e actualizado pela coexistência de gerações.
Porém , a
ocorrência de um facto , uma noticia do jornal ou uma reportagem televisiva
podem contradizer os nossos esquemas habituais de pensar , abalando as
convicções nutridas até então. Gera-se a perplexidade, instala-se a
desconfiança, e quantas vezes somos levados a questionar as nossas crenças,
sacudindo o entorpecimento das ideias feitas. Quando isso acontece, significa
que o senso comum já não nos satisfaz, aspirando a formas mais exigentes e
reflexivas de conhecimento.
O conhecimento científico
Se a motivação
do conhecimento vulgar se prende com a utilidade prática das coisas os motivos
da ciência ligam-se a uma curiosidade intelectual, à necessidade teórica de
saber, de compreender e explicar os fenómenos do mundo que nos rodeia.
Ciência - o mesmo
que o conhecimento cientifico. Conjunto de conhecimentos relativos a
factos, objectos ou fenómenos explicados por leis e que são susceptíveis de
verificação.
Observando a
definição anterior veremos de imediato que dela ressaltam três aspectos que se
encadeiam de modo circular
:
1. Conhecimento
de factos
2. Obediência
a leis
3. Verificabilidade
Objetivos gerais da ciência
·Compreensão
ou explicação - conhecer cientificamente um fenómeno é saber como ele é ,
enquadrando-o numa lei, ou seja, explicando-o em termos de causa e efeito.
Previsão –
para o homem se sentir mais seguro, pois assim já sabe quando o fenómeno
acontece.
Controlo –
o homem procura formas de as manipular de modo a incrementar o seu aparecimento
, se forem benéficos, ou a impedi-los, no caso de o molestarem.
Distinção entre o conhecimento vulgar e científico
O conhecimento
vulgar é:
- acrítico
- Intuitivo
- Dependente
de preconceitos
- Dogmático
- Espontâneo
- Dado
- Heterogéneo
- Subjectivo
- Ilusório
- Assistemático
- Sincrético
Conhecimento
científico é:
- critico
- Racional
- Autónomo
- Reversível
- metódico
- Construtivo
- Homogéneo
- Objectivo – intersubjectivo
- Positivo – operatório
- Sistemático
- Especializado
- Rigoroso
·
Algumas diferenças entre o senso
comum e a ciência
Do senso comum fazem
parte conhecimentos vulgares mas muito úteis na vida quotidiana (saber
cozinhar, conhecer a cidade onde se vive, saber que no Verão há mais calor que
na Primavera.
Pode também incluir superstições, isto é, crenças falsas
ou injustificadas (acreditar que o número 13 dá azar, acreditar que uma mulher
durante o período menstrual não deve fazer bolos pois estes não ficarão bons e outras!
Vejamos algumas das
características distintivas entre senso comum e ciência.
As crenças que fazem
parte do senso comum adquirem-se com base na experiência quotidiana das
pessoas, na chamada experiência de vida (que se distingue da experiência
científica por ser feita sem um planeamento rigoroso, sem método). Nalguns
casos trata-se de experiências pessoais, noutros casos são experiências
partilhadas pelos membros da comunidade – no decurso do processo de
socialização. Em suma, é um conhecimento que se adquire sem estudos, sem
investigações.
Por exemplo: para aprender onde fica a padaria mais próxima de casa
ou para aprender a atar os sapatos não é preciso efectuar uma investigação
metódica, basta a experiência de vida.
Pelo contrário, a ciência
implica investigações, estudos efectuados metodicamente.
Por exemplo: De outra forma, como se poderia descobrir a
temperatura média de um planeta tão distante como Mercúrio? Como é que a
simples experiência de vida podia permitir a descoberta de que a luz do Sol
leva 8,33 minutos a chegar à Terra?
O senso comum é assistemático,
na medida em que constitui um conjunto disperso e desorganizado de crenças
(algumas constituem conhecimentos e outras não), não implicando por parte dos
seus detentores um esforço de organização. Por isso, algumas das crenças podem
ser contraditórias.
Por exemplo: as mesmas pessoas podem acreditar que “Quem espera
desespera” e “Quem espera sempre alcança”.
Ciência é um saber sistemático na
medida em constitui um conjunto organizado de conhecimentos, havendo da parte
dos cientistas um esforço para que as diversas teorias se articulem entre si e
sejam coerentes.
Por exemplo: Os historiadores ficariam preocupados se descobrissem
que, nas suas análises de um fenómeno do passado como a batalha de Aljubarrota,
havia afirmações sobre o relevo da zona incompatíveis com as informações
fornecidas pela Geografia.
O senso comum é impreciso,
na medida em que normalmente não se exprime de modo rigoroso e quantificado.
A ciência é um saber
mais preciso que o senso comum. As diversas ciências, naturais
ou sociais, recorrem sempre que possível à Matemática, na tentativa de
apresentar resultados rigorosos. Mesmo nas investigações em que não é possível
quantificar (a observação psicológica de uma certa pessoa, por exemplo) existe
essa procura do rigor.
Por exemplo: É de conhecimento geral que no Norte de Portugal chove
mais do que no Sul. O conhecimento científico desse fenómeno é muito mais
exacto: no mês de Janeiro de 2003 a precipitação em Faro situou-se entre os 20
e os 40 mm, enquanto no mesmo período no Porto situou-se entre os 350 e os 400
mm (de acordo com o Instituto de Meteorologia).
O senso comum é acrítico.
Acrítico significa não reflectido, não examinado. É compreensível que assim
seja, pois trata-se de crenças cuja aprendizagem é informal: aprende-se à
medida que se vai vivendo e tendo experiências, aprende-se vendo, ouvindo e
imitando os outros. Muitas vezes essa aprendizagem é inconsciente: as pessoas
não têm noção de que estão a aprender, mas vão interiorizando tradições,
costumes, saberes práticos, etc. Tanto podem aprender crenças verdadeiras como
crenças falsas e injustificadas (superstições).
Por exemplo: Algumas crianças portuguesas, ao observarem muitas
vezes os pais e outros adultos deitarem lixo para o chão, aprendem a fazer o
mesmo e interiorizam a ideia de que esse comportamento é correcto. Outras
crianças portuguesas – talvez em menor número – ao observarem muitas vezes os
pais e outros adultos deitarem o lixo para o caixote aprendem a fazer o mesmo e
interiorizam a ideia de que esse comportamento é correcto. Na maior parte dos
casos, tanto umas como outras realizam essas aprendizagens sem reflectir, sem
discutir: limitam-se a imitar. Ou seja: aprendem acriticamente.
A ciência não pode ser
acrítica como o senso comum. Pelo contrário, implica uma atitude crítica por
parte dos cientistas. Ou seja: para fazer ciência é preciso reflectir, pensar
pela própria cabeça, e ter uma preocupação permanente com a fundamentação das
ideias. Os cientistas devem ter essa atitude crítica relativamente às suas
próprias ideias e relativamente às ideias dos outros.
Por exemplo: um cientista que queira publicar um artigo científico
numa revista tem de submetê-lo a um processo de avaliação que costuma ser
chamado “refereeing”: o artigo tem de ser lido primeiro por especialistas da
área; o nome destes não é divulgado e estes também não sabem quem é o autor do
artigo, para que a crítica possa ser mais livre e imparcial.
Conhecimento vulgar e conhecimento científico
Se até agora
tratámos do conhecimento em geral, perspectivando-o como fenómeno comum aos
seres humanos e fizemo-lo no intuito de o compreender sob as vertentes
fenomenológica e gnoseológica. Então, vamos agora centrar-nos nas diferenças
entre o conhecimento vulgar e conhecimento científico, para depois nos
ocuparmos deste último de uma forma mais detalhada .
Situando-nos
no domínio da epistemologia ou filosofia da ciência, debruçar-nos-emos sobre o conhecimento
cientifico, procurando individualizá-lo relativamente a outras formas de
conhecimento, e evidenciar alguns dos problemas que se colocam a seu respeito.
O saber do quotidiano
De modo natural
e directo, vamos conhecendo os objectos que nos cercam, as pessoas com quem
lidamos, a cidade, a aldeia, ou a rua onde moramos. Sabemos onde é o
supermercado mais próximo e aí selecionamos os produtos que queremos comprar,
pronunciamo-nos sobre as pessoas que conhecemos, sobre as suas acções, sobre o
nosso meio e sobre os acontecimentos em geral, sabendo avaliá-los em termos de
solidariedade , justiça, beleza, amizade, em termos do que é bom e mau.
E fazemos tudo
isto sem ser de forma propriamente científica, mas regulando-nos pela
experiência vivida que é o “nosso” modo de conhecer e de nos relacionarmos com
o mundo. Quer dizer, a grande maioria dos nossos atos e apreciações quotidianas
são realizadas espontaneamente, com base no “ saber de experiências
feito”. A experiência vivida, que é a forma natural de contactar
com as coisas determina uma modalidade de conhecimento que, por ser acessível a
todas as pessoas, é costume designar-se por conhecimento vulgar ou senso comum
. Merece também o nome de conhecimento empírico, precisamente por ter origem na
experiência, isto é, no contacto directo das pessoas com as situações reais.
Conhecimento vulgar
Saber adquirido
imediata e espontaneamente a partir da experiência, sem qualquer intenção
metódica ou sistemática e sem qualquer preocupação reflexiva.
Quando falamos
de experiência , referimo-nos não à experiência pessoal de vida, colhida
directa e ocasionalmente pelo ser humano, mas também a uma outra mais
sistematizada , obtida no exercício das práticas profissionais . Podemos mencionar
ainda a experiência colectiva, acumulada pelos povos, grupos e civilizações ao
longo do seu desenvolvimento, a qual constitui um legado ancestral, transmitido
e actualizado pela coexistência de gerações.
Porém , a
ocorrência de um facto , uma noticia do jornal ou uma reportagem televisiva
podem contradizer os nossos esquemas habituais de pensar , abalando as
convicções nutridas até então. Gera-se a perplexidade, instala-se a
desconfiança, e quantas vezes somos levados a questionar as nossas crenças,
sacudindo o entorpecimento das ideias feitas. Quando isso acontece, significa
que o senso comum já não nos satisfaz, aspirando a formas mais exigentes e
reflexivas de conhecimento.
O conhecimento científico
Se a motivação
do conhecimento vulgar se prende com a utilidade prática das coisas os motivos
da ciência ligam-se a uma curiosidade intelectual, à necessidade teórica de
saber, de compreender e explicar os fenómenos do mundo que nos rodeia.
Ciência - o mesmo
que o conhecimento cientifico. Conjunto de conhecimentos relativos a
factos, objectos ou fenómenos explicados por leis e que são susceptíveis de
verificação.
Observando a
definição anterior veremos de imediato que dela ressaltam três aspectos que se
encadeiam de modo circular
:
1. Conhecimento
de factos
2. Obediência
a leis
3. Verificabilidade
Objetivos gerais da ciência
·Compreensão
ou explicação - conhecer cientificamente um fenómeno é saber como ele é ,
enquadrando-o numa lei, ou seja, explicando-o em termos de causa e efeito.
Previsão –
para o homem se sentir mais seguro, pois assim já sabe quando o fenómeno
acontece.
Controlo –
o homem procura formas de as manipular de modo a incrementar o seu aparecimento
, se forem benéficos, ou a impedi-los, no caso de o molestarem.
Distinção entre o conhecimento vulgar e científico
O conhecimento
vulgar é:
- acrítico
- Intuitivo
- Dependente
de preconceitos
- Dogmático
- Espontâneo
- Dado
- Heterogéneo
- Subjectivo
- Ilusório
- Assistemático
- Sincrético
Conhecimento
científico é:
- critico
- Racional
- Autónomo
- Reversível
- metódico
- Construtivo
- Homogéneo
- Objectivo – intersubjectivo
- Positivo – operatório
- Sistemático
- Especializado
- Rigoroso
·
Algumas diferenças entre o senso
comum e a ciência
Do senso comum fazem
parte conhecimentos vulgares mas muito úteis na vida quotidiana (saber
cozinhar, conhecer a cidade onde se vive, saber que no Verão há mais calor que
na Primavera.
Pode também incluir superstições, isto é, crenças falsas
ou injustificadas (acreditar que o número 13 dá azar, acreditar que uma mulher
durante o período menstrual não deve fazer bolos pois estes não ficarão bons e outras!
Vejamos algumas das
características distintivas entre senso comum e ciência.
As crenças que fazem
parte do senso comum adquirem-se com base na experiência quotidiana das
pessoas, na chamada experiência de vida (que se distingue da experiência
científica por ser feita sem um planeamento rigoroso, sem método). Nalguns
casos trata-se de experiências pessoais, noutros casos são experiências
partilhadas pelos membros da comunidade – no decurso do processo de
socialização. Em suma, é um conhecimento que se adquire sem estudos, sem
investigações.
Por exemplo: para aprender onde fica a padaria mais próxima de casa
ou para aprender a atar os sapatos não é preciso efectuar uma investigação
metódica, basta a experiência de vida.
Pelo contrário, a ciência
implica investigações, estudos efectuados metodicamente.
Por exemplo: De outra forma, como se poderia descobrir a
temperatura média de um planeta tão distante como Mercúrio? Como é que a
simples experiência de vida podia permitir a descoberta de que a luz do Sol
leva 8,33 minutos a chegar à Terra?
O senso comum é assistemático,
na medida em que constitui um conjunto disperso e desorganizado de crenças
(algumas constituem conhecimentos e outras não), não implicando por parte dos
seus detentores um esforço de organização. Por isso, algumas das crenças podem
ser contraditórias.
Por exemplo: as mesmas pessoas podem acreditar que “Quem espera
desespera” e “Quem espera sempre alcança”.
Ciência é um saber sistemático na
medida em constitui um conjunto organizado de conhecimentos, havendo da parte
dos cientistas um esforço para que as diversas teorias se articulem entre si e
sejam coerentes.
Por exemplo: Os historiadores ficariam preocupados se descobrissem
que, nas suas análises de um fenómeno do passado como a batalha de Aljubarrota,
havia afirmações sobre o relevo da zona incompatíveis com as informações
fornecidas pela Geografia.
O senso comum é impreciso,
na medida em que normalmente não se exprime de modo rigoroso e quantificado.
A ciência é um saber
mais preciso que o senso comum. As diversas ciências, naturais
ou sociais, recorrem sempre que possível à Matemática, na tentativa de
apresentar resultados rigorosos. Mesmo nas investigações em que não é possível
quantificar (a observação psicológica de uma certa pessoa, por exemplo) existe
essa procura do rigor.
Por exemplo: É de conhecimento geral que no Norte de Portugal chove
mais do que no Sul. O conhecimento científico desse fenómeno é muito mais
exacto: no mês de Janeiro de 2003 a precipitação em Faro situou-se entre os 20
e os 40 mm, enquanto no mesmo período no Porto situou-se entre os 350 e os 400
mm (de acordo com o Instituto de Meteorologia).
O senso comum é acrítico.
Acrítico significa não reflectido, não examinado. É compreensível que assim
seja, pois trata-se de crenças cuja aprendizagem é informal: aprende-se à
medida que se vai vivendo e tendo experiências, aprende-se vendo, ouvindo e
imitando os outros. Muitas vezes essa aprendizagem é inconsciente: as pessoas
não têm noção de que estão a aprender, mas vão interiorizando tradições,
costumes, saberes práticos, etc. Tanto podem aprender crenças verdadeiras como
crenças falsas e injustificadas (superstições).
Por exemplo: Algumas crianças portuguesas, ao observarem muitas
vezes os pais e outros adultos deitarem lixo para o chão, aprendem a fazer o
mesmo e interiorizam a ideia de que esse comportamento é correcto. Outras
crianças portuguesas – talvez em menor número – ao observarem muitas vezes os
pais e outros adultos deitarem o lixo para o caixote aprendem a fazer o mesmo e
interiorizam a ideia de que esse comportamento é correcto. Na maior parte dos
casos, tanto umas como outras realizam essas aprendizagens sem reflectir, sem
discutir: limitam-se a imitar. Ou seja: aprendem acriticamente.
A ciência não pode ser
acrítica como o senso comum. Pelo contrário, implica uma atitude crítica por
parte dos cientistas. Ou seja: para fazer ciência é preciso reflectir, pensar
pela própria cabeça, e ter uma preocupação permanente com a fundamentação das
ideias. Os cientistas devem ter essa atitude crítica relativamente às suas
próprias ideias e relativamente às ideias dos outros.
Por exemplo: um cientista que queira publicar um artigo científico
numa revista tem de submetê-lo a um processo de avaliação que costuma ser
chamado “refereeing”: o artigo tem de ser lido primeiro por especialistas da
área; o nome destes não é divulgado e estes também não sabem quem é o autor do
artigo, para que a crítica possa ser mais livre e imparcial.
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