1- Aprender FILOSOFIA exige TRÊS COMPETÊNCIAS básicas:
- Problematizar
- Conceptualizar
- Argumentar
2- PROBLEMATIZAR é fundamental porque:
- Formula um problema Filosófico;
- A Filosofia alimenta-se de questões que formula;
- A problematização é o ponto de partida;
- Não há verdade sem questionamento, sem perguntas bem formuladas, sem porquês.
3 - CONCEPTUALIZAR é importante porque:
- Criam-se conceitos;
- O conceito é uma representação mental e universal de uma realidade;
- As características do conceito são partilhadas por todo o homem.
4 - ARGUMENTAR é fundamental porque:
- Apresentam-se razões ou motivos para justificar a tese defendida pelo autor;
- A argumentação é importante para provar racionalmente uma tese.
O Discurso filosófico é um discurso argumentativo! O que é um ARGUMENTO?
5- Os INSTRUMENTOS LÓGICOS DO PENSAMENTO - O que existe no pensamento?
A - CONCEITO: Ideia ou representação mental de algo.
O conceito tem uma extensão (conjunto de seres que cabem nesse conceito) e uma compreensão (conjunto de características comuns aos elementos do conceito)
Exº
Conceito de ESCOLA
Extensão: de musica, culinária, dança, básica, secundária (...e todas as escolas)
Compreensão: ensino, professores, alunos, conteúdos (...e todas as características comuns aos elementos da extensão).
Quanto maior for a extensão de um conceito, menor a sua compreensão ( quantos mais elementos, menos características em comum poderemos encontrar).
NOTA: O discurso filosófico exige rigor conceptual.
O conceito deverá ser bem definido.
A expressão material (verbal ou escrita) do conceito é o Termo.
B - O JUÍZO
- Os conceitos não existem isolados, unem-se formando juízos.
- Exemplo de Juízo: "OS FILÓSOFOS SÃO LIVRES"
- Isto significa que ao conceito filosofo atribui a característica de liberdade;
- Os juízos podem ser Verdadeiros ou Falsos;
- Exemplos: Os gatos miam é um juízo Verdadeiro. (adequa-se à realidade)
- Os gatos ladram é um juízo Falso. (não se adequa à realidade)
O JUÍZO expressa-se materialmente (verbal ou escrito) na Proposição.
- As proposições podem ser classificadas quanto à QUANTIDADE (Universais e particulares) e QUALIDADE (Afirmativas e Negativas)
- Da conjugação da quantidade e da qualidade surgem 4 tipos de proposições: A; E; I e O:
- A- universais afirmativas - Todos os alunos são espertos;
- E- Universais negativas - Nenhum aluno é esperto;
- I - Particulares afirmativas- Alguns alunos são espertos;
- O - Particulares Negativas- Alguns alunos não são espertos.
C- O RACIOCÍNIO
- O raciocínio, inferência ou Argumento é o conjunto de duas ou mais premissas da qual deriva uma conclusão.
Os Argumentos podem ser de vários tipos:
DEDUTIVOS
- Os que mais se usam em Filosofia
- De duas ou mais premissas extrai-se uma conclusão
Num raciocínio temos de distinguir a VERDADE ( adequação à realidade) e a VALIDADE (respeito pelas regras da lógica).
- Um raciocínio pode ser válido porque está bem construído mas não ser verdadeiro porque não está de acordo com a realidade.
Exº Um gato ladra,
Snoopy é um gato,
logo Snoopy ladra.
- Um argumento sólido é aquele que é, ao mesmo tempo, válido e verdadeiro.
INDUTIVOS
- São raciocínios que partem de premissas particulares e chegam a uma conclusão universal.
- Este tipo de raciocínio não tem justificação lógica para garantir a verdade da conclusão.
CONDICIONAIS
- As premissas apresentam-se sob condição;
Exº Se os alunos estudarem, têm boas notas
Estudam
Logo, têm boas notas
Está correcto porque afirmei a condição (estudam) e esta é uma das regras da lógica que se se designa Modus Ponens;
Também está correcto se negar o condicionado (têm boas notas) e designa-se esta regra por Modus Tollens.
Exº Se os alunos estudarem, têm boas notas
Não têm boas notas
Logo, não estudaram
FALÁCIAS E ARGUMENTOS FALACIOSOS
Nem sempre os raciocínios estão correctos. Há falácia formais e informais. O que as distingue?
Falácia Formal é um argumento com erros de raciocínio pois não respeita as regras da lógica;
Falácia Informal é um argumento ou inferência que não tem erros de raciocinio mas no conteúdo do que é afirmado.
Exº:
- "Se ninguém prova que Deus não existe, então Deus existe"!
Falácia de apelo ignorância (os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso);
- "Não sabes o que dizes pois és um ignorante"!
Falácia Ad Hominen (ataca-se quem diz algo e não o que diz ou seja o seu argumento).
Lola
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