domingo, 29 de janeiro de 2017

Politica e Literatura



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Livro “1984” de Orwell sobe à liderança de vendas 
com “factos alternativos” de Trump


O romance "1984", de George Orwell, subiu ao primeiro lugar das vendas da Amazon, depois de declarações incorretas ou improváveis, proferidas pelo presidente norte-americano Donald Trump.

O aumento de vendas também se refletiu no ensaio de Hannah Arendt "As origens do totalitarismo"

O romance “1984”, de George Orwell, subiu ao primeiro lugar das vendas da Amazon, depois de declarações incorretas ou improváveis, proferidas pelo presidente norte-americano Donald Trump, terem sido descritas como “factos alternativos” por assessores da Casa Branca. 




Publicado pela primeira vez em 1949, a obra sobre uma sociedade que vive sob um regime político totalitário e repressivo, e em que os factos são distorcidos e suprimidos numa nuvem de “noticiários”, chegou ao primeiro lugar do ‘top’ de vendas da Amazon, depois de uma subida constante nos últimos dias, que o levou a superar a lista de ‘best-sellers’.

As vendas dispararam depois a administração de Donald Trump ter declarado que a cerimónia de tomada de posse do novo presidente dos EUA foi a mais vista de sempre, e de que milhões de votos ilegais foram lançados contra ele no outono passado.

A conselheira de Trump, Kellyanne Conway ,argumentou, sobre a alegada presença de uma multidão a assistir à tomada de posse, tratar-se de “factos alternativos”, afirmação que trouxe a lume comparações com a obra “1984”. 

Entretanto, a editora Penguin anunciou ter já mandado mandou imprimir, esta semana, 75 mil cópias do livro, para dar resposta à súbita procura, noticiou a CNN.

O livro de George Orwell não é o único título visionário a subir no ‘top 100′ da Amazon: o romance “It Can’t Happen Here”, de Sinclair Lewis, publicado em 1935, sobre a eleição de um presidente autoritário, ascendeu ao 46.º lugar, e o “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, subiu ao 71.º, desde a passada sexta-feira. 




O aumento de vendas também se refletiu no ensaio de Hannah Arendt “As origens do totalitarismo”.


Antonio Cotrim/LUSA
in observador
25/1/2017, 14:50



Lola

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