Politica e Literatura
Livro “1984” de Orwell sobe à liderança de
vendas
com “factos alternativos” de Trump
O romance
"1984", de George Orwell, subiu ao primeiro lugar das vendas da
Amazon, depois de declarações incorretas ou improváveis, proferidas pelo
presidente norte-americano Donald Trump.
O aumento de
vendas também se refletiu no ensaio de Hannah Arendt "As origens do
totalitarismo"
O romance
“1984”, de George Orwell, subiu ao primeiro lugar das vendas da Amazon, depois
de declarações incorretas ou improváveis, proferidas pelo presidente
norte-americano Donald Trump, terem sido descritas como “factos alternativos”
por assessores da Casa Branca.
Publicado pela primeira vez em 1949, a obra
sobre uma sociedade que vive sob um regime político totalitário e repressivo, e
em que os factos são distorcidos e suprimidos numa nuvem de “noticiários”,
chegou ao primeiro lugar do ‘top’ de vendas da Amazon, depois de uma subida
constante nos últimos dias, que o levou a superar a lista de ‘best-sellers’.
As vendas
dispararam depois a administração de Donald Trump ter declarado que a cerimónia
de tomada de posse do novo presidente dos EUA foi a mais vista de sempre, e de
que milhões de votos ilegais foram lançados contra ele no outono passado.
A conselheira
de Trump, Kellyanne Conway ,argumentou, sobre a alegada presença de uma
multidão a assistir à tomada de posse, tratar-se de “factos alternativos”,
afirmação que trouxe a lume comparações com a obra “1984”.
Entretanto, a
editora Penguin anunciou ter já mandado mandou imprimir, esta semana, 75 mil
cópias do livro, para dar resposta à súbita procura, noticiou a CNN.
O livro de
George Orwell não é o único título visionário a subir no ‘top 100′ da Amazon: o
romance “It Can’t Happen Here”, de Sinclair Lewis, publicado em 1935, sobre a
eleição de um presidente autoritário, ascendeu ao 46.º lugar, e o “Admirável
Mundo Novo”, de Aldous Huxley, subiu ao 71.º, desde a passada sexta-feira.
O
aumento de vendas também se refletiu no ensaio de Hannah Arendt “As origens do
totalitarismo”.
Antonio Cotrim/LUSA
in observador
Lola
Sem comentários:
Enviar um comentário