Lógica Proposicional
Teste - 11º Ano
Nas respostas aos itens de
escolha múltipla, seleciona a opção correta.
Escreve, na margem direita, a
letra que identifica a opção escolhida.
1. Considera os seguintes enunciados relativos ao
objeto de estudo e importância da lógica:
1.
A lógica é importante porque nos ajuda a distinguir
proposições falsas de verdadeiras.
2.
A lógica é um instrumento que nos ajuda a examinar a
conexão entre proposições.
3.
A lógica é essencial porque nos ajuda a identificar
estruturas argumentativas válidas.
4.
A lógica é um instrumento que nos ajuda a reconhecer
argumentos verdadeiros.
(A) 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.
(B) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.
(C) 1 e 2 são corretos; 3 e 4 são incorretos.
(D) 3 e 4 são corretos; 1 e 2 são incorretos.
|
|
2. Qual das seguintes frases exprime uma proposição?
(A) Prova-me que o livre arbítrio existe.
(B) Ou estou enganado ou o livre arbítrio existe.
(C) Será que estou enganado e o livre arbítrio existe?
(D) Queria muito que não fosse falsa a existência de
livre arbítrio.
|
|
3. A conclusão do argumento «A lógica, embora nem
sempre seja fácil, é um desafio, visto que nos obriga a prestar atenção aos detalhes da argumentação e exige concentração»
é:
(A) A lógica exige concentração.
(B) A lógica nem sempre é fácil e exige concentração
(C) A lógica obriga a prestar atenção aos detalhes.
(D) A lógica, embora nem sempre seja fácil, é um
desafio.
|
|
4. A proposição «O sentido da vida é um falso problema,
mas podemos discuti-lo.» é:
(B) Uma disjunção exclusiva.
(C) Uma conjunção.
(D) Uma implicação.
|
|
5. Considera os seguintes enunciados relativos ao
âmbito das conectivas:
1.
A proposição é uma
negação.
2.
A proposição é uma
conjunção.
3.
A proposição é uma
disjunção.
4.
A proposição é uma
implicação.
(A) 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.
(C) 1 e 2 são corretos; 3 e 4 são incorretos.
(D) 3 e 4 são corretos; 1 e 2 são incorretos.
|
|
1.
Dado que a proposição é F podemos
determinar que o valor lógico de P é F.
2.
Sabendo que a proposição é verdadeira,
infere-se que o valor lógico de S é V.
3.
Dado que o valor lógico de R é V, a proposição não pode ser
falsa.
4.
Sabendo que o valor lógico de Q é V, conclui-se que é verdadeira.
(A) 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.
(B) 1 e 4 são corretos; 2 e 3 são incorretos.
(C) 1 e 2 são corretos; 3 e 4 são incorretos.
(D) 3 e 4 são corretos; 1 e 2 são incorretos.
|
GRUPO II
1.
Considera os exemplos apresentados:
Exemplo A: Se é sardinha, é peixe.
Não há dúvida que se trata de uma sardinha. Logo, é peixe.
Exemplo B: Se o carapau é mamífero,
respira por pulmões. É certo que o carapau é mamífero. Logo, respira por
pulmões.
1.1. Partindo dos exemplos e da noção de
forma lógica, distingue as noções de validade e de verdade.
2.
Considera as seguintes teses:
Tese A: Temos justiça social, quando há liberdade e
igualdade.
Tese B: A vida tem sentido se, e somente se, o livre arbítrio
não for uma ilusão.
2.1. O que é que refutaria a tese A? O
que faria com que a tese B fosse verdadeira?
GRUPO III
1.
Considera
as proposições:
P: Ana
estuda lógica.
Q: João
estuda lógica.
R: Maria
estuda lógica.
1.1.
Escreve em linguagem
simbólica as proposições:
a)
Tanto a Ana como o João estudam lógica, apesar de a Maria
não o fazer.
b)
Ana ou João estudam lógica, caso a Maria a estude.
c)
A lógica é estudada por todos eles.
1.2.
Escreve em linguagem corrente as proposições:
a)
b)
2.
Mostra,
recorrendo a tabelas de verdade, se as proposições seguintes são tautologias,
contradições ou contingências:
2.1.
2.2.
3.
Considera
o argumento que se segue e respetiva tabela de verdade:
P
|
Q
|
R
|
||||
V
|
V
|
V
|
V
|
V
|
V
|
F
|
V
|
V
|
F
|
F
|
V
|
F
|
F
|
V
|
F
|
V
|
F
|
F
|
V
|
V
|
V
|
F
|
F
|
F
|
F
|
F
|
V
|
F
|
V
|
V
|
V
|
V
|
V
|
V
|
F
|
V
|
F
|
F
|
V
|
F
|
V
|
F
|
F
|
V
|
F
|
V
|
V
|
F
|
F
|
F
|
F
|
F
|
V
|
F
|
F
|
3.1.
Identifica as
conectivas em falta nas colunas quatro, cinco e sete e justifica a validade ou
invalidade do argumento.
4.
Depois de
fazeres o dicionário e a formalização adequados, testa a validade dos seguintes
argumentos, recorrendo a inspetores de circunstâncias.
4.1. Se os
céticos têm razão e a verdade é relativa, o conhecimento é uma ilusão.
Portanto, se os céticos têm razão, o conhecimento é uma ilusão.
4.2. Temos o
dever moral de promover o bem-estar de todas as espécies do planeta. Tendo este
dever, as touradas são condenáveis. Se é verdade que as touradas são
condenáveis, o Estado não deveria subsidiá-las. Consequentemente, as touradas
não devem ser subsidiadas pelo Estado.
Correcção
GRUPO I
1. (A); 2. (B); 3. (D); 4. (C); 5. (D); 6. (B).
GRUPO II
1.1.
- Validade e verdade são conceitos distintos.
- A validade/invalidade é uma propriedade diretamente relacionada com a forma ou estrutura dos argumentos. Por exemplo, os argumentos A e B partilham a mesma estrutura (), estão organizados do mesmo modo. Dizemos por isso que obedecem à mesma forma lógica. As formas lógicas são universalmente válidas/inválidas e não verdadeiras/falsas.
- Neste caso percebemos intuitivamente que estamos perante uma forma lógica válida, independentemente do que conhecemos sobre carapaus ou sardinhas.
- Um argumento válido pode ter uma conclusão falsa, do mesmo modo que um argumento inválido pode ter uma conclusão verdadeira.
- A verdade/falsidade é uma propriedade diretamente relacionada com o conteúdo das proposições. Por exemplo, do que conhecemos sobre peixes sabemos ser razoável (verdade) concluir que «A sardinha é peixe» e consideramos um grande disparate (falsidade) afirmar que «O carapau respira por pulmões».
2.1.
Na primeira tese defende-se que a existência de liberdade e de igualdade é condição suficiente para haver justiça social. Esta tese seria refutada se numa dada sociedade existisse liberdade e igualdade, mas não existisse justiça social, pois tal poria em evidência que a condição (liberdade e igualdade) só por si não bastava para que se desse a consequente (justiça social). A segunda tese seria verdadeira se ambas ou nenhuma delas se verificar, dado que se afirma que se implicam mutuamente. Por exemplo, seria verdadeira se a vida tiver sentido e, simultaneamente, o livre arbítrio não for uma ilusão.
GRUPO III
1.1.
a)
b)
c)
1.2.
a) Se a Ana não estudar lógica, João ou Maria estudá-la-ão.
b) É falso que Ana, João e Maria estudem lógica.
2.1. A proposição é uma TAUTOLOGIA.
P | Q | |||||
V | V | F | F | V | V | V |
V | F | F | V | F | F | V |
F | V | V | F | V | V | V |
F | F | V | V | V | V | V |
2.2. A proposição é uma CONTRADIÇÃO.
P | Q | |||
V | V | V | F | F |
V | F | F | V | F |
F | V | F | V | F |
F | F | F | V | F |
3.1.
A conectiva em falta na coluna quatro é a conjunção, enquanto na coluna cinco é a implicação ou condicional e na coluna sete é a disjunção exclusiva.
Trata-se de um argumento inválido, pois há duas circunstâncias em que as premissas são todas elas verdadeiras (linhas 1 e 5) e na primeira delas (linha 1), a conclusão é falsa.
4.1.
«Se os céticos têm razão e a verdade é relativa, o conhecimento é uma ilusão. Portanto, se os céticos têm razão, o conhecimento é uma ilusão.»
Dicionário
P: Os céticos têm razão.
Q: A verdade é relativa.
R: O conhecimento é uma ilusão.
Formalização:
P | Q | R | |||
V | V | V | V | V | V |
V | V | F | V | F | F |
V | F | V | F | V | V |
V | F | F | F | V | F |
F | V | V | F | V | V |
F | V | F | F | V | V |
F | F | V | F | V | V |
F | F | F | F | V | V |
O argumento é inválido, pois existe uma circunstância (linha 4) em que a premissa é verdadeira e a conclusão falsa.
4.2.
«Temos o dever moral de promover o bem-estar de todas as espécies do planeta. Tendo este dever, as touradas são condenáveis. Se é verdade que as touradas são condenáveis, o Estado não deveria subsidiá-las. Consequentemente, as touradas não devem ser subsidiadas pelo Estado.»
Dicionário
P: Temos o dever moral de promover o bem-estar de todas as espécies do planeta.
Q: As touradas são condenáveis.
R: O Estado deve subsidiar as touradas.
Formalização:
P | Q | R | P | ||||
V | V | V | F | V | V | F | F |
V | V | F | V | V | V | V | V |
V | F | V | F | V | F | V | F |
V | F | F | V | V | F | V | V |
F | V | V | F | F | V | F | F |
F | V | F | V | F | V | V | V |
F | F | V | F | F | V | V | F |
F | F | F | V | F | V | V | V |
O argumento é válido, pois na única circunstância em que as premissas são todas verdadeiras (linha 2), a conclusão também o é.
OBRIGADO AREAL EDITORA!
Lola
Sem comentários:
Enviar um comentário