Boa Argumentação
"A
eficácia de um discurso persuasivo não basta para garantir o seu valor. Como a
eficácia é função do auditório, a melhor argumentação é aquela que poderia
convencer o auditório mais exigente, o mais crítico, o melhor informado, como o
que é constituído pelos deuses, ou pela razão divina."
Ch. Perelman
Lógica formal e lógica informal
O que favorece uma boa argumentação?
Boa expressão...
Boa expressão...
Linguagem eficaz (como se diz)
Adaptação ao auditório (efeito no outro)
Conhecimento prévio do auditório
Exclui relação de poder, de força e de violência
Exige tolerância, abertura e respeito mútuo
Frases curtas
Palavras chave
Simplicidade da sintaxe
Repetição de palavras chave ( yes, we can - Obama)
Apelo à afectividade do auditório:" um mundo melhor para os nossos filhos"
Argumentos bem articulados
Clareza na exposição, discurso.
O que dificulta uma boa argumentação?
- Desconhecimento do auditório
- Discursos longos
- Raciocínios complicados
- Vocabulário inacessível
O papel do auditório
- Não há argumentação sem auditório
- Auditório - é o conjunto daqueles que o orador pretende influenciar, convencer(razão) ou persuadir (emoção) com o seu discurso.
- Há vários tipos de auditório todos eles com interesses e sensibilidades diferentes.
Exemplos:
- Juízes e jurados
- Vendedores e consumidores (público)
- Políticos e eleitores
- Cientistas e comunidade cientifica
- Professores e alunos
- O orador tem como objectivo provocar a adesão do auditório às teses que defende
- O auditório tem de ser , pelo orador, persuadido ou convencido - a técnica da persuasão é muito importante
- O objectivo do orador é alterar a posição ou as ideias do auditório.
Que significa a intenção de persuadir um auditório?
- reconhecer-lhe a capacidade de comunicar;
- reconhecer-lhe o direito de aceitar ou de recusar a tese que se pretende "impor-lhe";
- renunciar a dar-lhe ordens que exprimam uma relação de força (renunciar ao uso da violência);
- aceitar o desafio (e o risco) de tentar ganhar a sua adesão intelectual, através da força dos argumentos usados.
Assim:
Argumentar (e contra-argumentar ou refutar) implica e exige:
- tolerância
- generosidade intelectual
- respeito pelo outro e pela sua opinião
- reconhecimento (a nós mesmos e aos outros) do direito e do dever de ter convicções, mas não a obrigatoriedade de estar definitiva e necessariamente presos a elas, e do direito e do dever de as modificar e transformar.
Lola
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