Filosofia Moral:
Teste de Avaliação.
TESTE DE AVALIAÇÃO
GRUPO I
Na
resposta a cada um dos itens que se seguem, seleciona a única opção correta. |
12. Analisa as afirmações que se seguem
sobre a teoria ética de John Stuart Mill.
Seleciona,
em seguida, a única opção correta.
A. Cada ser humano deve procurar garantir
a sua própria felicidade.
B. O sacrifício do indivíduo é sempre
algo positivo no contexto das éticas utilitaristas.
C. Ao agir, cada um deve ponderar as
mais-valias da sua ação como um espectador desinteressado e benevolente.
D. A aplicação do Princípio da Maior
Felicidade assenta exclusivamente numa análise quantitativa dos benefícios
resultantes da ação.
13. De acordo com o utilitarismo de John Stuart
Mill, os prazeres devem ser classificados:
A. como bons ou maus, dependendo da
intenção do agente moral.
B. segundo o seu grau, ou seja, quanto à
quantidade.
C. quanto à quantidade e à qualidade.
D. como mais intensos ou menos intensos.
GRUPO II
Responde às questões que se seguem. |
Lê, atentamente, o
excerto que se segue.
Seja
como for, a ideia de que as consequências são a única coisa que importa é parte
necessária do utilitarismo. A ideia fundamental da teoria é que para determinar
se uma ação é correta, devemos ter em atenção o que acontecerá em resultado de
a fazermos. Se viesse a verificar-se que qualquer coisa é igualmente importante
para determinar a correção, o utilitarismo veria então os seus alicerces
arruinados.
Alguns
dos argumentos antiutilitaristas mais sérios atacam a teoria justamente neste
ponto: insistem que há várias considerações, além da utilidade, que são
importantes para determinar o que é ou não é moralmente correto.
James Rachels (2013). Elementos de
Filosofia Moral. Gradiva, pp. 121-123.
1. Partindo
do texto, responde às questões que se seguem:
1.1. Por
que razão, para o utilitarismo, as consequências são a única coisa que importa?
1.2. Identifica
e explica a crítica ao utilitarismo apresentada no texto.
1.3. Identifica
a razão pela qual um defensor de uma ética deontológica não pode concordar com
a posição utilitarista apresentada no texto.
Lê, atentamente, o
excerto que se segue.
A
vontade absolutamente boa, cujo princípio deve ser um imperativo categórico,
será, portanto, indeterminada em relação a todos os objetos: ela apenas conterá
a forma do querer em geral enquanto autonomia; quer dizer, a aptidão da máxima
de toda a boa vontade para se erigir a si mesma como lei universal é mesmo a
única lei que se impõe a si própria a vontade de todo o ser racional, sem nisso
fazer intervir qualquer móbil ou interesse.
Immanuel Kant (2006). Fundamentação
da Metafísica dos Costumes. Lisboa Editora, p. 120.
2. Partindo
do texto, responde às questões que se seguem.
2.1. Explica
a importância do conceito de boa vontade na filosofia moral kantiana.
2.2. Por
que razão, para Kant, uma ação com conteúdo moral não pode estar fundada em
imperativos hipotéticos?
GRUPO III
Lê o texto e responde às questões
que se seguem. |
As obrigações morais não
dependem de desejos específicos que possamos ter. A forma de uma obrigação
moral não é "Se queremos isto ou aquilo, então devemos fazer isto e
aquilo". Os requisitos morais são, ao invés, categóricos: têm a forma,
"Deves fazer isto e aquilo, sem mais". A regra moral não é, por
exemplo, que devemos ajudar as pessoas se nos importamos com elas ou se temos
outro objetivo que possamos alcançar ao auxiliá-las. A regra é, pelo contrário,
que devemos ser prestáveis para as pessoas independentemente dos nossos desejos
e necessidades particulares.
James Rachels (2013). Elementos de
Filosofia Moral. Gradiva, p. 176.
1. Identifica e caracteriza a teoria moral defendida no
texto.
2. Que posição defenderia John Stuart Mill relativamente à
frase destacada no texto? Justifica cuidadosamente a tua resposta.
FIM
TESTE DE AVALIAÇÃO |
CRITÉRIOS DE CORREÇÃO
Grupo I |
1. C |
2. C |
3. D |
4.
C |
5.
A |
6. D |
7. B |
8. B |
9.
C |
10.
D |
11.
A |
12.
C |
13.
C |
Grupo
II
1.1.
Para o utilitarismo, a avaliação das ações faz-se em função do seu contributo
efetivo para o princípio de maior felicidade. Por essa razão, o que importa é se
o resultado das nossas ações promove esse princípio. Logo, as consequências das
ações são a única coisa que importa no momento de se perceber se uma ação é
correta.
1.2.
A
crítica ao utilitarismo apresentada no texto defende que, se se encontrar
qualquer outro critério que permita defender que uma ação é correta, o
utilitarismo sai com os seus alicerces abalados.
De acordo com o texto, há
muitas outras formas de determinar o que é moralmente correto, pelo que a
posição utilitarista é facilmente posta em causa desde que não se aceite, por
exemplo, que a felicidade resultante das nossas ações é o critério de
moralidade correto.
1.3.
As
éticas deontológicas determinam que uma ação é correta na medida em que se
adequa a princípios preestabelecidos que regulam o que é o bem. Defendem ainda
que a moralidade das ações não depende das suas consequências. Esta é a razão
pela qual um defensor de uma ética deontológica não concorda com o critério de
moralidade apresentado pelo utilitarismo.
2.1.
Para
Kant, a avaliação moral das ações humanas só pode ser feita a partir da intenção
do agente. Nada do que se pratique é bom ou mau em função dos resultados da
ação. A boa vontade é assim, segundo o texto, independente de todas as
finalidades ou objetos exteriores ao sujeito. Este conceito é central porque é
a partir da noção de boa vontade que é possível sustentar uma moral
autónoma e universal.
2.2.
Um
imperativo hipotético faz depender o resultado pretendido de uma condição.
Aplicado à moral, este imperativo faria depender a ação boa de finalidades
exteriores, o que tornaria o sujeito moral interesseiro. Por esta razão, a
moral não pode estar fundada neste tipo de imperativos.
Grupo
III
1. O
texto apresenta uma teoria moral deontológica. Estas éticas definem, em
primeiro lugar, um conjunto de leis ou de princípios que permitem distinguir o
que está certo ou errado de um ponto de vista moral. O resultado da ação não é
determinante para se atingir o bem, pois uma ação é boa na medida em que
respeita o dever definido pelas leis ou princípios estabelecidos.
O
texto refere que estes princípios morais ordenam de forma categórica
(absoluta). Neste sentido, a ética kantiana é compatível com as afirmações do
texto de James Rachels. Por exemplo, a seguinte formulação do imperativo
categórico ilustra essa compatibilidade: «Age de tal maneira que trates a
humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre e
simultaneamente como um fim, e nunca simplesmente como um meio». Este princípio
é ilustrado no exemplo do texto, pois, segundo o autor, devemos ser prestáveis
com as pessoas sem esperar nada em troca, pois se formos prestáveis com os
outros porque temos qualquer outro objetivo estaremos a tomar o outro como um
meio e não como um fim em si mesmo.
2. John
Stuart Mill concordaria com a frase destacada no texto se, e só se, entendermos
que o resultado pretendido é a promoção do princípio da maior felicidade. De
acordo com a ética utilitarista, devemos procurar promover o melhor bem
possível para o maior número de pessoas (princípio da maior felicidade). Neste
sentido, o sujeito deveria agir de forma desinteressada e benevolente. Stuart
Mill defenderia que uma boa ação obedece à forma condicional: se queres
promover o princípio da maior felicidade, então deves agir de forma que
obtenhas esse resultado. Por estas razões, John Stuart Mill concordaria com a
frase destacada.
Muito Obrigada, Areal Editora!
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