terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Filosofia Moral: teste de Avaliação



Filosofia Moral: 

Teste de Avaliação.

 

TESTE DE AVALIAÇÃO


GRUPO I

 

Na resposta a cada um dos itens que se seguem, seleciona a única opção correta.

 

1.    Para os defensores das éticas deontológicas:

A. a ação é boa na medida em que agrada à maioria das pessoas.

B. o bem depende dos resultados que se alcançam com as nossas ações.

C. a ação é boa na medida em que respeita uma intenção ou princípio preestabelecido.

D. as ações são boas, se e somente se, promovem a felicidade do agente.

 

2.    Esta perspetiva ética defende que os agentes morais devem promover a felicidade como resultado desejável das suas ações.

 

A. Ética deontológica.

B. Ética intencionalista.

C. Ética utilitarista.

D. Ética racionalista.

 

3.    Para Kant, a ação moral deve ser determinada:

 

A. pelos prazeres superiores e pelo imperativo categórico.

B. pela razão e pela inclinação.

C. pelos imperativos categórico e hipotético.

D. pela razão e pelo dever.

 

4.    Segundo Kant, «Neste mundo e até também fora dele, nada é possível pensar que possa ser considerado como bom sem limitação a não ser (…)»:

Imannuel Kant (1995). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Edições 70, p. 21.

 

A. agir de forma interessada.

B. a felicidade.

C. a boa vontade.

D. não agir de forma desinteressada.

 

5.    Se partirmos da avaliação das ações humanas feita por Kant, a observação das ações dos outros apenas nos permite concluir:


A. se são praticadas contra o dever ou conforme ao dever.

B. se são praticadas contra o dever ou por dever.

C. se são praticadas por dever ou desfavoráveis ao dever.

D. se são praticadas em conformidade com o dever ou por dever.

 

6.   Uma ação por dever, segundo Kant, é uma ação praticada de forma desinteressada.

Esta afirmação é:

 

A. Falsa, porque o agente moral deve mostrar interesse pelo seu dever.

B. Verdadeira, porque o agente não se deve preocupar com princípios morais.

C. Falsa, porque as ações praticadas de forma desinteressada são contra o dever.

D. Verdadeira, porque as ações por dever não podem perseguir interesses particulares.

 

7.   Uma das formulações do imperativo categórico de Kant é:

 

A. Age de tal forma que uses o outro sempre e simultaneamente como um meio e nunca simplesmente como um fim.

B. Age de tal forma que a máxima da tua ação possa servir como lei universal para todos os seres racionais.

C. Age de tal forma que a máxima da tua ação promova o princípio da maior felicidade para todos os seres racionais.

D. Age de tal forma que a máxima da tua ação obedeça sempre a um imperativo hipotético.

 

8.   Esta perspetiva ética defende que a autonomia e a razão são determinantes para que o agente moral não faça depender a moralidade de qualquer interesse exterior a si.

 

A. Ética deontológica de Stuart Mill.

B. Ética deontológica de Kant.

C. Ética utilitarista de Bentham.

D. Ética racionalista de Stuart Mill.

 

9.   Esta perspetiva ética defende que o objetivo da moralidade é a felicidade do maior número possível de seres humanos.

 

A. Ética consequencialista de Kant.

B. Ética deontológica de Kant.

C. Ética utilitarista de Stuart Mill.

D. Ética utilitarista de Kant.

 

10.   Stuart Mill defende que uma ação tem valor moral:

 

A. sempre que o agente renuncia ao prazer.

B. quando a intenção do agente é boa.

C. sempre que resulta de uma boa vontade.

D. quando dela resulta a maior felicidade para a maioria.


 

11.   Analisa as afirmações que se seguem sobre o utilitarismo de John Stuart Mill.

Seleciona, em seguida, a única opção correta.

 

A.   Os prazeres superiores estão associados ao exercício das capacidades intelectuais.

B.   Os prazeres devem ser avaliados exclusivamente em função da quantidade.

C.   Os prazeres inferiores estão associados ao prazer físico obtido através do uso da razão.

D.   Os prazeres devem ser avaliados exclusivamente em função da qualidade.

 

12.   Analisa as afirmações que se seguem sobre a teoria ética de John Stuart Mill.

Seleciona, em seguida, a única opção correta.

 

A.     Cada ser humano deve procurar garantir a sua própria felicidade.

B.     O sacrifício do indivíduo é sempre algo positivo no contexto das éticas utilitaristas.

C.     Ao agir, cada um deve ponderar as mais-valias da sua ação como um espectador desinteressado e benevolente.

D.     A aplicação do Princípio da Maior Felicidade assenta exclusivamente numa análise quantitativa dos benefícios resultantes da ação.

 

13.   De acordo com o utilitarismo de John Stuart Mill, os prazeres devem ser classificados:

 

A.  como bons ou maus, dependendo da intenção do agente moral.

B.  segundo o seu grau, ou seja, quanto à quantidade.

C.  quanto à quantidade e à qualidade.

D.  como mais intensos ou menos intensos.


 

GRUPO II

 

Responde às questões que se seguem.

 

Lê, atentamente, o excerto que se segue.

Seja como for, a ideia de que as consequências são a única coisa que importa é parte necessária do utilitarismo. A ideia fundamental da teoria é que para determinar se uma ação é correta, devemos ter em atenção o que acontecerá em resultado de a fazermos. Se viesse a verificar-se que qualquer coisa é igualmente importante para determinar a correção, o utilitarismo veria então os seus alicerces arruinados.

Alguns dos argumentos antiutilitaristas mais sérios atacam a teoria justamente neste ponto: insistem que há várias considerações, além da utilidade, que são importantes para determinar o que é ou não é moralmente correto.

James Rachels (2013). Elementos de Filosofia Moral. Gradiva, pp. 121-123.

 

1.    Partindo do texto, responde às questões que se seguem:

 

1.1.  Por que razão, para o utilitarismo, as consequências são a única coisa que importa?

 

1.2.  Identifica e explica a crítica ao utilitarismo apresentada no texto.

 

1.3.  Identifica a razão pela qual um defensor de uma ética deontológica não pode concordar com a posição utilitarista apresentada no texto.

 

Lê, atentamente, o excerto que se segue.

A vontade absolutamente boa, cujo princípio deve ser um imperativo categórico, será, portanto, indeterminada em relação a todos os objetos: ela apenas conterá a forma do querer em geral enquanto autonomia; quer dizer, a aptidão da máxima de toda a boa vontade para se erigir a si mesma como lei universal é mesmo a única lei que se impõe a si própria a vontade de todo o ser racional, sem nisso fazer intervir qualquer móbil ou interesse.

Immanuel Kant (2006). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Lisboa Editora, p. 120.

 

2.    Partindo do texto, responde às questões que se seguem.

 

2.1.  Explica a importância do conceito de boa vontade na filosofia moral kantiana.

 

2.2.  Por que razão, para Kant, uma ação com conteúdo moral não pode estar fundada em imperativos hipotéticos?

 

 

 

GRUPO III

 

Lê o texto e responde às questões que se seguem.

 

As obrigações morais não dependem de desejos específicos que possamos ter. A forma de uma obrigação moral não é "Se queremos isto ou aquilo, então devemos fazer isto e aquilo". Os requisitos morais são, ao invés, categóricos: têm a forma, "Deves fazer isto e aquilo, sem mais". A regra moral não é, por exemplo, que devemos ajudar as pessoas se nos importamos com elas ou se temos outro objetivo que possamos alcançar ao auxiliá-las. A regra é, pelo contrário, que devemos ser prestáveis para as pessoas independentemente dos nossos desejos e necessidades particulares.

James Rachels (2013). Elementos de Filosofia Moral. Gradiva, p. 176.

 

1. Identifica e caracteriza a teoria moral defendida no texto.

 

2. Que posição defenderia John Stuart Mill relativamente à frase destacada no texto? Justifica cuidadosamente a tua resposta. 

FIM


TESTE DE AVALIAÇÃO | CRITÉRIOS DE CORREÇÃO

Grupo I

1. C

2. C

3. D

4. C

5. A

6. D

7. B

8. B

9. C

10. D

11. A

12. C

13. C

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grupo II

1.1. Para o utilitarismo, a avaliação das ações faz-se em função do seu contributo efetivo para o princípio de maior felicidade. Por essa razão, o que importa é se o resultado das nossas ações promove esse princípio. Logo, as consequências das ações são a única coisa que importa no momento de se perceber se uma ação é correta.

 

1.2. A crítica ao utilitarismo apresentada no texto defende que, se se encontrar qualquer outro critério que permita defender que uma ação é correta, o utilitarismo sai com os seus alicerces abalados.

De acordo com o texto, há muitas outras formas de determinar o que é moralmente correto, pelo que a posição utilitarista é facilmente posta em causa desde que não se aceite, por exemplo, que a felicidade resultante das nossas ações é o critério de moralidade correto.

 

1.3. As éticas deontológicas determinam que uma ação é correta na medida em que se adequa a princípios preestabelecidos que regulam o que é o bem. Defendem ainda que a moralidade das ações não depende das suas consequências. Esta é a razão pela qual um defensor de uma ética deontológica não concorda com o critério de moralidade apresentado pelo utilitarismo.

 

2.1. Para Kant, a avaliação moral das ações humanas só pode ser feita a partir da intenção do agente. Nada do que se pratique é bom ou mau em função dos resultados da ação. A boa vontade é assim, segundo o texto, independente de todas as finalidades ou objetos exteriores ao sujeito. Este conceito é central porque é a partir da noção de boa vontade que é possível sustentar uma moral autónoma e universal.

 

2.2. Um imperativo hipotético faz depender o resultado pretendido de uma condição. Aplicado à moral, este imperativo faria depender a ação boa de finalidades exteriores, o que tornaria o sujeito moral interesseiro. Por esta razão, a moral não pode estar fundada neste tipo de imperativos.

 

Grupo III

1. O texto apresenta uma teoria moral deontológica. Estas éticas definem, em primeiro lugar, um conjunto de leis ou de princípios que permitem distinguir o que está certo ou errado de um ponto de vista moral. O resultado da ação não é determinante para se atingir o bem, pois uma ação é boa na medida em que respeita o dever definido pelas leis ou princípios estabelecidos.

O texto refere que estes princípios morais ordenam de forma categórica (absoluta). Neste sentido, a ética kantiana é compatível com as afirmações do texto de James Rachels. Por exemplo, a seguinte formulação do imperativo categórico ilustra essa compatibilidade: «Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na de qualquer outro, sempre e simultaneamente como um fim, e nunca simplesmente como um meio». Este princípio é ilustrado no exemplo do texto, pois, segundo o autor, devemos ser prestáveis com as pessoas sem esperar nada em troca, pois se formos prestáveis com os outros porque temos qualquer outro objetivo estaremos a tomar o outro como um meio e não como um fim em si mesmo.

 

2. John Stuart Mill concordaria com a frase destacada no texto se, e só se, entendermos que o resultado pretendido é a promoção do princípio da maior felicidade. De acordo com a ética utilitarista, devemos procurar promover o melhor bem possível para o maior número de pessoas (princípio da maior felicidade). Neste sentido, o sujeito deveria agir de forma desinteressada e benevolente. Stuart Mill defenderia que uma boa ação obedece à forma condicional: se queres promover o princípio da maior felicidade, então deves agir de forma que obtenhas esse resultado. Por estas razões, John Stuart Mill concordaria com a frase destacada.

 

Muito Obrigada, Areal Editora!

 


LOLA

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